– Aqui é um bom lugar pra morrer. Dobby está com seus amigos! – o pequeno elfo dizia, quando enfim deu seus últimos suspiros e fechou os olhos, nos braços de Harry.

Lagrimas caíram dos olhos do garoto, com apenas 17 anos. Ele já não agüentava mais chorar pela morte de seus amigos. Dumbledore, Dobby, Fred, Lupin, Tonks... A dor de todas essas perdas preenchiam o coração do homem, que se encolhia. Parecia delírios e Luisa escutava frases soltas de todos eles. Gina, Hermione, Rony, Draco e Harry.

– Solte-os. Por favor. Não agüento vê-los sofrer assim.

– Ora,minha “filha”... Eles estavam atrapalhando meus planos. Precisam aprender a não meter o nariz onde não foram chamados. – Disse Morpheus, acariciando o rosto da loira. Eles estavam dentro da casa. Luisa presa pelos braços e pernas nas extremidades de uma cama e seus amigos no chão, atormentados pela Maldição do Pesadelo.

– Agora, vamos ver se voce me deixa te possuir e fazer um filho. Porque estou perdendo a paciência, sua pestinha.

O homem então tirou suas vestes. Uma calça e uma camiseta de linho brancas. Apesar de Luisa sentir repulsa pelo homem, não pode deixar de notar as semelhanças que tinha com o mesmo. Seus cabelos loiros tão claros como o próprio sol, sua pele branca e alguns traços do rosto. Mas as semelhanças paravam aí. Os olhos de seu pai eram castanho claros, diferentes dos da garota, que eram negros.

– Harry! Acorda! – Gritava a garota, em vão.

– Tola! Essa maldição é inquebrável. Eles nunca mais vão acordar de seus pesadelos.

– Hermione. Rony. Por favor. Despertem. – chorando, Luisa tentava acordá-los. Morpheus então subiu na cama e ficou sobre a loira, de joelhos. Luisa se debatia mas não conseguia evitar os toques e caricias do bruxo.

– Seu monstro. Me solta!

– Eu já te disse. Se você não ficar quietinha vai ser pior pra você.

O homem começou a beijá-la, tocando seus seios sobre a blusa, passando a mão por todo o corpo de Luisa. Quanto mais ele a tocava, mais desesperada ela estava. Foi então que ela fechou os olhos. Não conseguia mais ver o teto branco e tentava se imaginar em qualquer outro lugar. “ Bristol. Perto da minha avozinha. O único lugar seguro que conheço. Com meus quarto, quentinho e sossegado. Onde eu escrevia minhas cartas pra Harry... O que posso fazer para despertá-lo dessa maldição? Morpheus disse que era um pesadelo... então eles estão apenas dormindo? Bem... eu viajava no tempo quando dormia, mas... será que consigo entrar no pesadelo deles?ai que nojo desse homem...por que ele não para de beijar meu seios? Epa... o que é isso? Será...Não! não quero pensar nisso. Se eu posso usar magia estando dormindo, talvez possa...”

Luisa estava nos jardins de Hogwarts. Era dia. Mas a magia da escola não parecia emanar alegria. Todos estavam de preto, sentados, e na frente havia uma lápide de mármore branco. Então os alunos se levantaram e voltaram para o castelo. A garota nao era notada por ninguém. Então ela se aproximou da lápide. Alvo Wulfrico Brian Dumbledore era o nome escrito. Algumas lágrimas caíram dos olhos da loira. Ela escutou uma voz conhecida. Gina e Harry estavam conversando. Algo como ir embora, ela não entendeu bem. Luisa correu na direção dos dois e desesperada, falou:

– Harry?

– Quem é você garota? Como conhece meu namorado? E que roupas são essas?- Gina a questionou, olhando para seus shorts curtos e regata.

– Gina! Nossa você está tão diferente.

– Olha eu não sei quem é você mas...- Harry começou porém foi interrompido.

– Harry, não tenho tempo. Você precisa acordar. Logo.

– Acordar? Mas não estou dormindo. Se bem que eu desejaria que tudo isso fosse somente um pesadelo.

– Tá, ta,eu sei. A morte de Dumbledore, você caçando as horcruxes, e a batalha em Hogwarts no final do...

– O que disse? Como sabe das horcruxes? – Sussurrou o moreno, segurando no braço de Luisa.

– Já vi que vou ter que explicar muita coisa.

Hermione e Rony se aproximaram, quando ouviram a garota dizer em voz alta sobre as horcruxes. A morena sacou sua varinha e a colocou na frente do rosto de Luisa.

– Como sabe sobre isso? Nem a Gina sabe. Quem e você?

– Preciso ser rápida. Vocês hoje têm uns 38, 40 anos, derrotaram Voldemort e destruíram as horcruxes. Eu sou uma parente distante de Harry e de Draco e estou agora presa correndo o risco de ser estuprada e de ter um filho do meu próprio pai. E vocês estão dormindo por causa de uma maldição que até então era desconhecida,a maldição do pesadelo. E aí eu consegui, milagrosamente,entrar no pesadelo de um de vocês e preciso fazer vocês despertarem e derrotar meu pai,que a propósito é um bruxo maligno das trevas.

– O que? – todos exclamaram, surpresos.

– Voce está louca?- a ruivinha disse.

– Como assim eu tenho um parente vivo?

– Nós temos 40 anos? Hermione perguntou.

– O que seu pai quer fazer com você? – O garoto ruivo falou.

– Esquece. Não vai dar certo. É melhor eu aceitar meu destino de ter um filho do meu próprio pai. - Luisa saiu andando, sem rumo. E ela se esbarrou em uma pessoa. Grande, gorda e peluda.

– Hagrid! – Luisa abraçou o meio-gigante, que sorriu com a presença da menina.

– O.. o que faz aqui menina?

– Hagrid, é difícil de explicar, mas estou presa com Harry, Gina, Draco, Hermione e Rony, mas eles não se lembram de mim, e estamos dentro de um pesadelo, ou uma lembrança ruim.

– Eu acho que já ouvi falar de uma magia assim. Precisamos conversar com alguém. Vão para minha cabana, todos vocês. – a loira se virou para trás e viu os quatro que estavam seguindo-a, sem ela saber.

– Voce conhece Hagrid? – Rony falou.

– Sim. Vocês acreditam em mim agora?

– Não. Mas na temos mais nada pra fazer. Então vamos pra cabana. – Harry respondeu.

– Precisamos do Draco. – Luisa disse de repente.

– Aquele desgraçado fugiu com o covarde do Snape. – o moreno disse,cerrando os dentes e fechando os punhos.

– Voce ainda não sabe. Tudo bem, depois damos um jeito de acordá-lo.- e eles entraram na cabana.

– Mas como se conheceram? Gina perguntou.

– Bem, ele foi na minha casa em uma das visitas que Dumbledore fez a mim. Mas eu era bem pequena e só me lembro que ele era muito simpático. Não sabia ainda quem era Dumbledore até meus 11 anos. Porque ele conversou só com meus avós. Então eu nem me importava direito.

– E eu cuidava dessa baixinha. Mas foi somente 2 vezes. Que bom que ainda se lembra de mim. – Hagrid disse e, com a professora Minerva MacGonagal eles estavam todos reunidos na cabana que parecia pequena para tanta gente.

– Hagrid me explicou mais ou menos o que está acontecendo. Então vocês estão sob a Maledictionem Tantibus? E somos todos fruto do pesadelo de alguém?

– Sim. – confirmou a garota.

–Bem, nunca ouvi falar de uma pessoa que consegue entrar nos sonhos de ninguém, mas acho que tenho uma ideia. – A professora MacGonagall lançou um feitiço para que Harry, Gina, Rony e Hermione dormissem profundamente, caindo no chão da cabana.

– O que a senhora fez? – Luisa tentava acordá-los, sem sucesso.

– Se você entrou no pesadelo de alguém, você só precisa fazer essa pessoa acordar certo? Entao vamos lá. Tente acordar o dono desse pesadelo.

– Mas não sei quem é. E se for o Draco? Ele não está aqui.

– Se concentre e você saberá quem é o dono desse pesadelo. Feche os olhos e respire fundo.

Luisa obedeceu e respirou profundamente varias vezes, tentando se acalmar. Assim que ela sentiu uma energia negativa vindo da sua direita, ela se aproximou do jovem bruxo. Se ajoelhou e suplicou:

– Por favor, acorde!

Poucos segundos foram o bastante para que a loira visse aqueles brilhantes e azuis olhos se abrirem. Sentindo um peso sobre seu corpo, Luisa se sentiu novamente presa pelos membros na cama e Morpheus a tocando, tentando tirar seus shorts curtos.

– Expelliarmus.