Naquela mesma noite do dia 27, Klaus chegou ao quarto de hotel onde Mary estava e jogou uma bolsa de sangue em cima da cama. Nervoso, ele sentou no sofá e encarou seu copo de sangue. Ele o balançava com rapidez enquanto a loira o olhava.

–Não fugiu, não é? –perguntou Klaus para Mary.

–Como? Você conseguiu um quarto sem janelas e que não dá pra abrir por dentro. Sem contar que hipnotizou todo mundo que trabalha aqui. –ela falou passando a mão em seu pescoço.

–Você sempre dá um jeito. –ele disse olhando pro chão.

Ela continuava o encarando, porém chegando o rosto cada vez mais perto.

–Eu sei. Mas parte de mim quer estar aqui. –ela falou com o rosto colado no dele. –Com você. –ela disse o beijando.

Os dois se beijaram por um tempo, até Klaus se afastar.

–O que foi? Problemas com a July? –perguntou Mary se jogando na cama e dando um belo gole de sangue.

–Ela ficou os últimos dias numa casa de praia com o Damon porque foi ameaçada pela Katherine e pela Quinn. –ele disse bravo.

–E não te disse nada, né? Se você realmente quer conquistá-la, precisa estar mais presente na vida dela, entende? Precisa visitá-la com mais frequência, ligar pra ela... É isso que as meninas gostam.

–E você não?

–Você sabe que eu não tenho humanidade faz um tempo. Pra mim, o amor não existe. –ela falou sentada na cama.

–De qualquer forma, a July tem namorado.

–Klaus, você é o vampiro mais poderoso do mundo. Eu acho idiotice você voltar agora com a sua humanidade, mas de qualquer forma... Se você quer ter a July é só tirar o namorado dela da jogada.

–Mas assim ela não vai me querer.

–Ameace a vida dela pro namorado. Diz, que se ele não se afastar você a mata. Ou mata o irmão dele. Perfeito! Fala com algum lobisomem, e pede que ele o morda. Logo vão implorar pela cura, ou seja, seu sangue, e então você diz que só o dará se ele desligar sua humanidade. Pronto. O namorado dela estará fora de jogada. –ela falou sugado o último pingo de sangue. –Ou... Apenas o hipnotize.

Klaus a encarou por um tempo. Por pior que a ideia fosse, fazia sentido, e poderia funcionar.

...

Stefan já estava na estrada fazia um tempo. Era dia 28 de outubro de 2013, por volta das cinco horas da tarde. A gasolina do carro já pedia pra que ele parasse no posto. Assim que ele saiu pra encher o tanque, e voltou, sem nem olhar pra trás já foi perguntando.

–Quinn, o que faz aqui? –ele perguntou.

Ela saiu do banco de trás e pulou pro da frente.

–Quero ser uma pessoa melhor.

–Que bom, mas por que ta aqui? –ele perguntou a encarando.

–Quero sua ajuda. Quero te provar que sou boa. Que posso ser como antes.

–E você precisa fazer isso agora?

–Qual o problema?

–Bom, tudo bem. Mas se isso for uma tentativa de me separar da July, acho melhor sair do carro.

–Não vou fazer isso. –disse Quinn sorrindo.

Stefan a olhou por um tempo, e finalmente voltou a acelerar. E, em poucos minutos, ele e Quinn estavam na porta da casa de July. Stefan estacionou o carro, e como faria uma surpresa pra July, ela não fazia ideia de sua visita. Stefan caminhava em direção a porta, e Quinn ia logo atrás. Antes de tocar a campainha, ou simplesmente bater na porta, ele conseguia ouvir July gritando.

–Damon, para! –ela dizia rindo.

–Você não terminou de lavar a louça! –ele disse logo em seguida.

–Acho que sua namorada está se divertindo. –disse Quinn.

Stefan não esperou nem mais um minuto e tocou a campainha.

–Eu atendo. –disse July.

Assim que ela abriu a porta, Stefan viu sua namorada coberta de espuma, e sorrindo.

–Stefan eu não acredito! –ela disse contente. Ela correu para um abraço, mas ao se lembrar que estava suja desistiu. –Eu não sabia que você vinha! Eu e o Damon estávamos só... Lavando a louça. Sabe, nesses últimos dias ele me ajudou muito. Quando chegamos a casa estava completamente destruídas. Um dos quartos estava cheio de goteiras, ele até teve que dormir no mesmo quarto que eu.

–Vocês dormiram juntos? –perguntou Stefan.

–Sim, mas é claro que não fizemos nada. –ela disse o olhando. –Eu estava com tantas saudades! Entra por favor! –ela falou secando as mãos no avental.

–E eu? Posso entrar? –perguntou Quinn.

Ela estava atrás de Stefan, por isso July ainda não tinha a visto.

–O que ela faz aqui? –perguntou July ao Stefan.

–Ela só veio pra pedir desculpas. –disse Stefan.

–Desculpa. –ela disse a olhando e sorrindo de leve.

–Tanto faz, entra. –disse July.

Damon chegou todo sujo de espuma.

–Você me deixou lavando tudo sozinho? –ele perguntou olhando pro chão. –Stefan. –ele disse o encarando. – Vejo que trouxe a morte até a July. –ele disse olhando Quinn.

–Eu vim me desculpar, ok? –disse Quinn.

–Bom, acho que ta na hora de você descansar, Damon. Eu ajudo a July a lavar a louça. –disse Stefan sorrindo.

–É mais divertido do que parece, eu juro! –falou July indo pra cozinha.

Stefan foi logo em seguida, deixado Damon e Quinn sozinhos. Quinn sentou no sofá e Damon limpou a espuma na camisa.

–Quem diria? Damon lavando a louça e todo feliz com a namorada do irmão. Ok, essa última parte era previsível. –disse Quinn.

–Eu que pergunto o que houve! Quinn pedindo desculpas?

–Eu estou voltando a ser como antes, e pelo visto você também. Sabe, acho que você que virou o irmão bonzinho. Nunca mais te vi rebelde como o primeiro dia que nos encontramos aqui novamente. Você quase me encantou sabia? Mas agora... Esse seu jeito... Parece uma cópia fajuta do Stefan. Veja lá como a July está te mudando. E mesmo desse seu jeitinho idiota você não consegue ficar com ela.

–E por que eu confiaria em você?

–Porque eu não quero que a July fique com Stefan. Eu quero ficar com ele. –disse Quinn sorrindo para ele. –Se eu fosse você, voltaria a ser rebelde. Os badboys sempre encantam as meninas.

Damon a olhou por um tempo. Talvez ela estivesse certa. Talvez ele estivesse mesmo sendo bonzinho de mais.

–Eu disse que era divertido! –falou July se sentando o sofá.

Ela já estava sem avental, e Stefan foi logo atrás dela.

–Acho melhor nós voltarmos pra casa. –disse Stefan.

–Eu não vou voltar com vocês. –disse Damon. –Tem uma coisa que eu quero fazer antes.

–Tudo bem, de qualquer forma, obrigada Damon. Graças a você a casa está ainda melhor do que quando meus avós vinham pra cá. –disse July.

Damon olhou pra Quinn, que segurava o riso, sem July e Stefan perceberem.

–Que cavalheiro, Damon. –disse Quinn.

–Estou indo. –disse Damon.

–Acho melhor fazermos o mesmo. –disse Stefan.

–Vamos aproveitar mais um pouco! –falou July pondo sua cabeça no ombro do namorado.

–Tudo bem. –ele disse a abraçando.

Vendo isso, Damon saiu da casa. Apesar de parte de Quinn querer que Damon ficasse com July, seu pensamento mais forte era que sua sombra estava se saindo melhor que ela, e que os Salvatore já tinham dona. Quinn sabia exatamente o que Damon tinha ido fazer, e sabia, que quando chegasse em casa de madrugada com queixo pingando de sangue e duas mulher completamente desconhecidas, July não ficaria nem um pouco atraída por ele.