*Pensamento do Damon

21 de outubro de 2013

Como fui tão burro achando que uma promessa valia mais que aqueles olhos? Como fui tão idiota em ir embora sem dizer nada? Deixar a menina dos meus sonhos ali, sem saber se me esperava ou não. Tudo isso veio a tona na porta de casa, olhando para seus olhos assustados e preocupados.

–Damon! Eu tava preocupada! –ela falou correndo ao me abraçar.

Não retribui o abraço, apenas fiquei parado esperando ela se afastar.

–Precisamos conversar. –falei olhando bem nos seus olhos.

–Desculpa Klaus, podemos nos ver outra hora? –perguntou July ao Klaus.

–Quer saber? Deixa pra lá. Eu não vim falar nada de muito importante mesmo. –ele disse saindo.

Entrei e fui até a sala, onde Stefan estava em pé, observando tudo.

–Onde você esteve? A Quinn está te procurando feito uma doida. –disse Stefan.

–Pelo menos alguém estava. –falei arqueando as sobrancelhas.

–Damon, não fala besteira, nós te procuramos, mas o Stefan disse que eu precisava voltar pra escola, e que não era seguro.

–A é, Stefan?

–Damon... –ele disse sério.

–Onde você esteve? –perguntou July.

–Casa de uma amiga, que por sinal, não vemos a tempos. –falei olhando para o Stefan.

–E por que você só voltou agora? –perguntou July.

–Porque eu queria cumprir minha palavra, mas percebi que ficar com você era mais importante, e não parava de pensar em você. Pelo visto, não foi bem em mim que você andou pensando...

–Damon! Eu não sabia se você ia voltar! –ela falou mais alto.

–Mas eu voltei! E o Stefan gosta de você. Afinal, você sempre gostou dele. Mas é o seguinte, July: eu não vou embora daqui, e nem o Stefan, mas não quero que você seja uma Katherine ou uma Quinn da vida, então escolhe, eu ou Stefan. –falei nervoso.

–Damon, eu não posso escolher assim.

–Pode. É só seguir o seu coração, eu não vou fazer nada. Não vou fugir, ficar chateado, não vou fazer nada. –eu falei calmo.

–Damon... Eu não quero terminar com o Stefan.

Minhas esperanças acabaram naquele momento. Foi como se eu tivesse caído de um penhasco. July continuava me olhando se sentindo culpada.

–É claro... Todas escolhem o Stefan. –falei olhando para o chão. –Então, a partir de agora, seremos apenas menina protegida, e vampiro protetor. –falei olhando novamente em seus olhos.

–Então... Sobre isso... –começou July.

–O que foi agora? –perguntei nervoso.

–Aquela noiva do Klaus que sumi, a Mary era mãe dela, e aí a o Klaus sentiu pena e a liberou. –disse Stefan.

–E ele sabe daquilo que você me contou dela estar usando ele e tal?

–Eu disse pra ele. –falou July.

–Bom, então seremos apenas... Colegas de casa. –falei olhando para ela.

–Damon, se quiser que eu vá embora...

–Eu não consigo parar de gostar de alguém de uma hora pra outra. Eu não aguentaria passar a noite sem saber se você está segura, pois caso não saiba, o Klaus não é o único perigo por aí. Pode ficar.

–Obrigada. –ela disse sem graça.

Subi para o meu quarto, e tirei o celular do bolso. Fui até meus contatos e apertei naquele nome conhecido. Eu podia continuar gostando da July, mas aquele gostinho que eu teria depois que ligasse praquele número seria insubstituível.

–Alô? –perguntei, com o celular no ouvido.

–Damon! Aonde você estava?

–Longa história. Ainda está interessada?

–Sempre estou. E você? Mudou de ideia.

–Na verdade sim. Você consegue passar aqui em casa em uma meia hora?

–Claro! Vou caprichar.

–Você está morando aonde?

–Lugar nenhum. Na verdade, em vários. Uma noite aqui, uma noite ali... Sabe como é!

–Então, traz uma roupinha extra. Pode passar a noite aqui se quiser.

–Acho que estou te entendendo... E estou gostando. Já vou pra aí.

–Ótimo.

–Um beijo, Damon.

–Até mais, Katherine.

Desliguei o celular. Aquela mulher não valia nem um centavo, mas eu precisava ver a cara da July assim que ela chegasse.