Red Roses - CaptainSwan escrita por Dark Swan


Capítulo 17
All That Matters


Notas iniciais do capítulo

Oi!!
Capítulo novo e a minha dica é que vocês façam um sanduíche ou um saco de pipoca porque esse tá grandão. Aproveitem e peguem uma caixa de lencinhos de papel.
Aproveitem



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Puxei seu corpo ainda mais contra o meu. Lágrimas escorriam pelo meu rosto e caiam na face de Killian.

Ouvi a sirene da ambulância e virei o rosto para observa-la. As luzes azuis e vermelhas podiam ser vistas a distância. Notei que muitas pessoas tinham se aglomerado em volta de nós. Elas apontavam assustadas e curiosas.

Os paramédicos chegaram com a maca e fizeram eu me afastar com relutância de Killian. Os dois homens fortes carregaram-no para dentro do carro enquanto uma equipe de enfermeiros checava os ferimentos.

Várias pessoas ficaram na porta da ambulância impedindo que eu passasse. Empurrei quem estavam na minha frente com os cotovelos e em troca recebi vários xingamentos e murmúrios. Mas nada importava naquele momento, a não ser Killian.

Quando finalmente cheguei à porta do carro, os enfermeiros já estavam fechando-a quando eu os interrompi.

–Por favor, me deixem entrar, por favor- implorei em meio às lágrimas.

–Desculpe, senhorita- um homem alto de cabelos escuros falou- muitas pessoas estão trabalhando aqui. Temo que não haja uma vaga sobrando.

Feito isso, ele fechou a porta, me deixando aos prantos no meio da rua.

–Vem, Emma- um rosto familiar, que também estava chorando, disse- Precisamos ir ao hospital.

–Tink... - segurei sua mão com força- O carro está na frente do Granny's.

–Vamos- ela limpou as lágrimas que estavam escorrendo pelo seu rosto e segurou em meu braço, me fazendo correr até a frente do restaurante.

Entramos rapidamente no carro e dirigi até o hospital. No caminho, permanecemos em silêncio que às vezes era interrompido por soluços meus ou de Tink.

Quando chegamos à ala de emergência, estacionei o carro depressa e corremos para dentro do hospital. Quando entramos, reconheci o corpo que estava deitado na maca que era arrasta rapidamente por um homem forte. Vários tubos e curativos estavam espalhados por todo o corpo de Killian.

Corri ao encontro dele, mas antes de alcançar meu objetivo, fui segurada pelo homem que outrora tinha visto na ambulância.

–Você deve permanecer na sala de espera, senhorita- ele disse impotente.

–Você não entende... - falei com o fluxo de lágrimas voltando.

–Por favor, senhorita, quando houver alguma notícia do seu amigo você será a primeira a saber.

Voltei à sala de espera, onde Tink estava sentada em uma das cadeiras. Sentei-me ao lado dela.

Curiosamente uma chuva fraca tinha começado. A natureza estava, com certeza, contribuindo para que a minha noite ficasse mais depressiva ainda.

Estava tudo dando errado. Killian estava quase morto, meus pais estavam longe, eu não sabia o que diabos tinha acontecido com a Tia Helen e a única pessoa que eu poderia coversar agora era Tink, que tinha possivelmente roubado o meu melhor amigo.

Apoiei meus cotovelos em meus joelhos e pressionei as palmas das mãos contra os meus olhos. Gemi baixinho.

Depois de algumas horas, uma mão tocou em minhas costas.

–Tink... -falei enquanto encarava seus olhos que estavam vermelhos de tanto choro.

–Emma... -ela disse desajeitada- Eu queria me desculpar...

–Pelo quê, Tink?- perguntei me virando para olhá-la melhor.

–Por tudo... - ela começou a lágrimar de novo, me fazendo chorar- E se... - ela suspirou- o nosso amigo sair vivo daqui hoje, eu quero que você sente para conversar com ele. E pode ter certeza que em qualquer escolha que você fizer eu vou lhe apoiar.

–Mas... - falei intrigada.

Não sabia o que ela queria dizer com "vou lhe apoiar em todas as escolhas".

–Shh!- ela colocou o dedo indicador na frente de minha boca, me impedindo de falar- Vem, cá- ela me convidou para um abraço.

Quando eu pensei que tudo tinha acabado, uma luz de esperança apareceu no fim do túnel. Tink era minha amiga novamente. Fiquei comovida pela sua ação de ela vir até mim e se desculpar.

–Eu senti tanto a sua falta- falei abraçando-a e chorando ao mesmo tempo.

–E eu a sua- ela me abraçou mais forte.

A madrugada já estava chegando e eu e Tink adormecemos em um sofá no fundo da sala. Recostamos-nos uma na outra e conseguimos cochilar, nem que sejam por alguns minutos. Porque, aliás, no dia seguinte haveria um dia de aula normal.

Por volta das uma e meia da madrugada nossos ombros folham chocalhados por Whale, que estava com uma prancheta nas mãos. O hospital já estava quase vazio.

–Meninas. MENINAS- ele nos chamou, aumentando o tom de voz.

–Oi?- Tink disse coçando os olhos, ainda sonolenta.

–É sobre o Killian- ele falou.

O nosso sono passou de uma hora para a outra e levantamos sincronizadamente do sofá, permanecendo em pé.

–Ele está bem, Whale?- falei preocupada.

–Conseguimos fazer os curativos no abdômen, mas a mão que foi atingida ainda está muito frágil- ele falou observando os papeis na prancheta- Ele ainda está desacordado, o que é um grande risco, mas um especialista já passou os remédios necessários.

–Desacordado?- repeti para mim mesma- Isso não é boa coisa.

–Quando vamos poder vê-lo?- Tink disse pressionando Whale.

–Vocês são minhas amigas... Então eu posso dar um jeitinho. Mas, só uma pode vim, para não causar nenhuma suspeita.

Eu e Tink nos entreolhamos.

–Pode ir... - ela disse sem hesitar.

–Obrigada... - pronunciei apenas com os lábios.

Entrei com Whale pelo extenso corredor branco, que fazia eco com os nossos passos. Entramos em um dos últimos quartos.

–Vou deixar vocês ficarem a sós- Whale fechou a porta de mim.

Andei até a última maca, na qual uma cortina hospitalar estava impedindo minha visão.

Quando vi Killian novamente, o choro que tinha se tornado mínimo voltou a torna-se um berro de desespero.

–Killian... -me ajoelhei perto da cama- Me desculpe... Se eu fiz alguma coisa de errado, me desculpe.

Segurei sua mão direita e beijei-a.

–Você sempre vai sempre ser especial para mim- deixei uma lágrima cair.

Me sentei na cama e fiquei observando seu lindo rosto. O medidor de batidas cardíacas indicava que Killian ainda estava vivo. Passei as mãos pelo seu cabelo escuro e penteei sua franja com os dedos.

Whale apareceu na porta da enfermaria sinalizando que o tempo havia acabado.

–Boa Noite... - beijei a bochecha de Killian.

Distanciei-me de Killian com angústia. Não queria me afastar dele. Nunca mais.

Voltei à sala de espera, onde Tink me esperava com o olhar aflito.

–Ele está bem?- ela perguntou quando me aproximei.

–A princípio, sim- falei colocando a bolsa nos ombros.

–Acho melhor voltarmos para casa- ela verificou as horas no celular- Já se passam das duas.

–Mas eu... -falei relutante.

–Você poderá visita-lo depois da faculdade. Mas o melhor agora é descansarmos para não dormimos na aula amanhã- ela me interrompeu e eu assenti com a cabeça.

Depois de deixar Tink em seu pequeno apartamento perto do centro da cidade, dirigi a minha casa. As ruas estavam silenciosas, aliás, quem estaria acordado na madrugada de uma segunda-feira?

Entrei em casa e notei que Duke dormia perto da porta. Subi as escadas silenciosamente para não acorda-lo. Andei em direção ao meu quarto e joguei a bolsa em cima da cadeira.

Depois de tomar banho, vesti um pijama frouxo e deitei na cama. Apesar de estar muito cansada, eu não conseguia dormir. Virava de um lado para outro na cama. Estava sentido um aperto em meu coração. Mil coisas se passavam pela minha cabeça me impedindo de fechar os olhos. Quando lembrei de uma coisa em especial.

Caminhei até a penteadeira e peguei a pequena chave. Abri a caixinha e encontrei uma das únicas coisas que tinham me sobrado de Killian. O colar de Cisne. Prendi-o em meu pescoço e voltei a chorar. Não tinha me atentado para um detalhe: Killian estava me odiando. Se ele se fosse hoje, ele estaria me odiando. Segurei o pingente como se fosse a coisa mais preciosa para mim.

Quando finalmente encontrei uma posição confortável na cama e já estava pegando no sono, o despertador ao meu lado tocou. Observei incrédula que os fracos raios Sol já entravam pelas frestas da persiana.

Levantei relutante da cama e caminhei ao banheiro a fim de tomar um banho gelado para despertar. Vesti a primeira roupa que vi no armário: Calça jeans e uma camisa floral. Não estava com humor para me preocupar com o que vestir.

Desci as escadas e coloquei água e ração nas vasilhas de Duke. Peguei uma maçã na fruteira e posicionei a mochila nas costas. Saí pela porta pegando as chaves do carro que estavam em cima na mesa da sala.

O dia permanecia dublado e o vento frio me fez arrepender de não ter pego um casaco ou uma jaqueta.

Quando cheguei a Universidade, Tink veio falar comigo juntamente com Regina e Ruby.

–Você está melhor?Conseguiu dormir?- Tink disse com os olhos ainda vermelhos.

–Se eu dormi aposto que no máximo uns cinco minutos- falei esfregando os olhos- Estou exausta. Passei a noite em claro.

–Eu também- Tink disse colocando a mão em meu ombro.

–Nós ouvimos o que aconteceu- Regina falou- Tomara que o Killian saia logo daquele inferno- Ruby concordou com a cabeça.

O sinal tocou fazendo com que nós nos despedíssemos com abraços e beijinhos na bochecha.

–Seus olhos ainda estão vermelhos- Regina falou enquanto seguíamos caminho para a nossa sala.

–Devo ter gastado minha reserva de lágrimas para vida toda- falei e me olhou compreensiva.

–Emma, daqui a pouco ele vai estar conosco novamente. Sorrindo, brincando e sendo um completo...

–... Idiota- completei, sorrindo ao lembrar de como eu o chamava

Ao entramos na sala, vários cochichos podiam ser ouvidos. Sentei perto da janela, observando a chuva que agora caia minimamente.

Como será que Killian estava? Será que ele iria acordar? Será que ele iria voltar para mim?

–Como vai, Emma?- meus pensamentos foram interrompidos com um comentário sarcástico de Nick- Ouvi dizer que o Killian está morrendo no hospital- uma raiva muito grande começou a tomar conta de mim- Então quer dizer que você está sozinha agora, sem nenhum dos seus príncipes.

–Nick... - falei furiosa me pondo de pé.

–Você vai me bater? Isso não fazer com que o seu namoradinho volte- Nick disse dando um sorriso diabólico.

–Seu... - falei me aproximando dele, mas o professor chegou na mesma hora, me fazendo recuar e todos os outros alunos que tinham formado um círculo em nossa volta se sentarem em seus lugares.

–Bom Dia, alunos- foi a única coisa que me lembrei do professor dizer.

Nas aulas seguintes passei o tempo todo com um nome em minha cabeça.

Killian, Killian, Killian. Eu estava decidida a ser uma amiga melhor, não deixaria nunca mais ele se afastar de mim.

Ao final da tarde, quando a última aula terminou, saí correndo da sala, sem mesmo falar com as minhas amigas. Queria muito ir ao hospital para pelo menos ver Killian.

Dirigi meu fusquinha pelas ruas molhadas pela chuva. Saí do carro com pressa e entrei ansiosa no hospital. Quando vi Whale perto da recepção fui até ele.

–Whale!- chamei sua atenção- Eu queria ver o Killian.

–Emma, olá- ele estava com o humor muito bom- Bem, o Killian já pegou alta. Ele acordou essa manhã e estava totalmente disposto. Eu quis que ele ficasse mais uns dias em observação, mas ele insistiu em ir para casa.

–Ele já está em casa? Ele está bem?- falei com esperança nos olhos.

–Algumas sequelas restaram, mas nada que o tempo não ajude a curar- ele me deu um sorriso sincero.

–Obrigada, Whale- falei o abraçando com animação.

Ele estava vivo e em casa. Killian poderia voltar para mim. Eu estava explodindo de felicidade.

Saltitei até a saída do hospital e quando estava entrando no carro, outro veículo passou em cima de uma poça de água da chuva fazendo com que minha roupa molhasse.

Xinguei o motorista mentalmente, mas no estado de felicidade em que estava nada poderia me abalar.

Dirigi para casa e fui diretamente para o meu quarto ignorando os latidos de Duke. Tomei banho e vesti uma das calças jeans que estavam na gaveta do meu closet e uma camiseta branca e básica. Deixei os meus cabelos loiros caírem em meus ombros e passei um dos perfumes que Tia Helen tinha enviado de Paris para mim. Peguei o casaco de cor escura e desci as escadas.

Duke pulou em mim desesperado. Tanta coisa estava na minha cabeça que tinha esquecido de dar comida a Duke, que a essa altura já deveria estar faminto. Coloquei a ração na vasilha amarela perto do jardim e Duke avançou nela. Corri para a porta e calcei as botas pretas que estavam recostadas na parede. Saí em direção às ruas.

Quando cheguei ao prédio verde de Killian, o Sol já estava se pondo. Subi as escadas ao mesmo tempo nervosa e ansiosa. Bati na porta do apartamento 2D.

Killian abriu a porta com uma toalha nas mãos. A minha primeira reação foi abraça-lo, mas ele ficou lá parado sem nenhuma expressão.

–Swan- ele disse seco.

–Eu posso entrar?- perguntei com medo que ele recusasse.

–Claro... - ele disse abrindo completamente a porta.

Entrei no apartamento que estava em perfeita organização. O cheiro forte de perfume e os cabelos molhados revelavam que ele tinha acabado de sair do banho.

–Você quer que eu guarde o seu casaco?- ele falou entendendo a mão.

–Sim, por favor- falei tirando e entregando-lhe.

Andei até a cozinha, sentei em uma das cadeiras da mesa e coloquei minha bolsa em cima do móvel.

–O quê aconteceu com a sua mão?- falei quando notei a mão esquerda enfaixada.

–Nada de mais- ele disse se recostando no balcão- Só uma sequela que ainda dói um pouco.

–Entendo... - falei pousando meu olhar sobre ele.

–Café?- ele apontou para a cafeteira.

–Killian, por favor, nós podemos conversar?- ignorei sua pergunta.

–Nós estamos conversando- ele falou dando um gole em seu café.

–É sério Killian- comecei a chorar novamente- Eu preciso de explicações. Eu não aguento você desviando os olhos de mim. Eu não aguento você me ignorando- aumentei meu volume de voz- Se você tivesse morrido nesse acidente, eu me perguntaria por toda a vida o porquê de você me odiar tanto. E você acha que eu poderia conviver com isso? Eu te respondo: Não, eu não poderia.

–Swan- ele puxou uma cadeira e a posicionou em minha frente fazendo com que nós ficássemos próximos- O que eu estou prestes a dizer pode mudar totalmente o rumo da nossa amizade.

Os olhos azuis de Killian revelavam que lágrimas estariam por vim.

–Eu aguento- falei limpado as lágrimas. Ele suspirou.

–Tudo começou do dia que você chegou. Quando eu te acertei com um copo de café. No momento em que eu te vi, o meu mundo virou de cabeça para baixo. Sua reação ao acidente foi o que mais me surpreendeu. Você não era igual as outras garotas de Storybrooke que em uma oportunidade daquelas aproveitariam para se atirar em cima de mim. Você mostrou que era durona e independente.

Dei um pequeno sorriso.

–No momento foi só uma leve atração que eu senti- ele continuou- Quando voltei ao Granny's e você estava conversando com as meninas, fiquei surpreso de que em tão pouco tempo você já tinha conquistado a todas. Você estava se tornando uma de nós. Apesar de ter falado com você durante menos de cinco minutos, eu a admirava. Foi então que eu te levei para casa e nós tivemos um diálogo de verdade, onde eu percebi que você era uma pessoa durona e frágil ao mesmo tempo.

Ele me olhava com os lindos olhos azuis que me faziam derreter.

–Você era uma pessoa que me fascinava e intrigava ao mesmo tempo, Swan. Apesar do pouco tempo, eu já lhe considerava uma amiga. Mas eu percebi que amigos não tinham ciúmes um do outro, e era isso que eu sentia quando você estava com Graham. Tentei fazer com que você ficasse com ciúmes de mim e de Tink- Ele disse desviando os olhos dos meus- mas você continuou neutra. Então você relutou em entrar no mar e eu te carreguei, tornando o espaço entre nós muito pequeno. Eu cheguei a pensar que iria rolar alguma coisa quando já estávamos na água, mas você interrompeu o clima tirando as minhas falsas esperanças.

Eu não sabia onde essa história iria dar, mas eu prestava atenção em cada detalhe que ele dizia.

–Logo, as conversinhas das meninas começaram a surgir. Elas sempre falavam como você e o Graham combinavam e isso me deixava furioso. Eu tentava descobrir se você sentia alguma coisa pelo Graham, mas você sempre mudava de assunto- ele suspirou- Foi então que o seu aniversário chegou e quando eu ti vi entrar com aquele vestido vermelho pelo salão, um nó se formou em meu estômago. Eu estava acostumado a ver a Emma de jaqueta e calça jeans, a Emma durona que eu tanto gostava. Mas quando vi a Emma frágil desfilando elegantemente com o vestido vermelho, eu senti que algo mais forte estava se formando em meu peito.

A esse ponto lágrimas já começavam a descer de ambos nossos rostos.

–Quando nós dançamos, eu não poderia estar mais feliz em toda a minha vida. Estava com você em meus braços, rodopiando pelo salão. Então, a música foi ficando mais lenta e nós estávamos muito próximos. Quando eu vi você se aproximando mais ainda, as minhas esperanças voltaram, finalmente o que eu estava esperando iria acontecer. Mas então, você desviou o beijo para a minha bochecha com a desculpa de que você não poderia trair uma amiga e que mesmo assim poderíamos ser amigos. Foi nesse momento que minhas esperanças caíram para 0%.

Um filme de tudo que tinha acontecido se passava pela minha cabeça enquanto Killian falava.

–Se passaram seis meses onde em cada abraço e beijo na bochecha seu eu me controlava para não fazer algo a mais, mas a cada interação física que nós tínhamos ficava mais difícil. Foi quando chegou o domingo no qual você encontrou Duke. Foi um ato de coragem e compaixão. Quando saímos à noite, eu já estava me sentindo diferente, mas a maior mudança aconteceu quando você pegou os nossos sanduíches e deu para aquelas crianças com fome. Aquilo só confirmou o que eu já sabia: você era bonita tanto exteriormente quanto interiormente. Duas boas ações no mesmo dia eu não aguentava. Eu só tinha vontade de te levantar no ar e te beijar.

Nesse ponto da história eu estava totalmente fragilizada com a história. Lágrimas escorriam pelo meu rosto incessantemente.

–Mas eu tive medo- ele disse envergonhado- Eu tive medo que você me rejeita-se e que perdêssemos toda a amizade que tínhamos construído. Mas eu não conseguia ficar perto de você sem sentir meu coração pulsar mais forte, minha respiração ficar acelerada e meus sentidos me impulsionando a fazer coisas que já queria a muito tempo. Eu não podia arriscar a nossa amizade, então achei que me afastar de você diminuiria meu sentimento, mas isso não aconteceu. Eu não queria ser só seu amigo, eu queria algo mais. Todo esse tempo, eu sempre quis dizer uma coisa: Eu te amo, Emma Swan- ele me olhou com os lindos os azuis cheios de lágrimas.

Minha cabeça girava mais do que a primeira vez que tinha tomado Uísque. Killian estava na minha frente se confessando. Pude perceber pelos seus olhos que ele não havia contado nenhuma mentira. Ele me amava, por isso que tinha se afastado. Ele tinha medo de se machucar.

–Então você não está namorando a Tink?- me permiti falar baixinho.

–Não, Swan. Quando eu fugi de você na noite do cachorro-quente, Tink foi a primeira pessoa conhecida que eu encontrei na rua. Como eu estava abalado emocionalmente foi com ela que eu desabafei. Ela sabe de tudo que eu estou sentido e nessas últimas semanas tem me ajudado a "esquecer" você. Mas não deu certo- ele disse com os olhos marejados.

Então Tink sabia de tudo. Ela sabia que o Killian gostava de mim. As peças do quebra-cabeça estavam se encaixando. Tink tinha feito o papel de amiga. Foi quando uma luz se acendeu em minha mente. Tink disse que me apoiaria em qualquer escolha que eu fizesse com relação a Killian. Ela tinha deixado a passagem livre.

–Então é isso... -Killian disse depois de um longo suspiro- Acho que nossa amizade acabou de vez.

Uma escolha estava a minha frente. Eu poderia me afastar e viver a vidinha medíocre em que vivia ou eu poderia seguir em frente e fazer o que eu secretamente queria fazer a muito tempo.

–Killian... - chamei enquanto levantava sua cabeça forçando-o a me olhar nos olhos

Limpei as lágrimas que escorriam pelo seu rosto com o polegar, ao mesmo tempo em que sorria e arrastava a cadeira para ficar mais perto dele.

–Swan... - ele me olhou com esperança. Estávamos tão próximos que pude ver meu reflexo em seus olhos.

Passei a mão pelo seu rosto enquanto fitava seus lábios. Quanto mais nos aproximávamos, mais o meu coração acelerava.

Então nossos lábios se encostaram se encaixando perfeitamente um no outro. Um beijo lento e suave fez com que eu estremecesse. Passei minhas mãos pelos seus cabelos molhados enquanto ele puxava a minha cabeça dando mais intensidade para o beijo. Eu nunca tinha me sentido assim em toda a minha vida, Killian tinha me dado borboletas no estômago.

Sua língua pediu passagem para entrar em minha boca, que eu permiti sem contestar. Nossas cabeças giravam de um lado para o outro de um jeito que se conectavam perfeitamente. O beijo já estava intenso quando o ar se foi preciso.

–Isso foi... - ele disse ainda olhando para os meus lábios.

–Shhh!- coloquei meu dedo indicador em seus lábios fazendo-o parar de falar- Não fale.

Puxei-o novamente para um beijo. Fomos levantando das cadeiras ainda aos beijos.

–Vem... -Killian me puxou para o balcão.

Ele empurrou a cafeteira para o lado e me virou contra o balcão. Enquanto me beijava intensamente, ele segurou minhas coxas e me impulsionando a sentar. Quando sentei na estrutura de granito, Killian colou-se em meu corpo e eu enlacei as minhas pernas em sua cintura.

Um beijo estava apaixonado e sexy. Killian tinha conseguido me levar as alturas, finalmente eu estava me sentido mulher de verdade.

–Posso?- ele disse apontando para o meu pescoço.

Balancei a cabeça e ele retirou as mechas loiras que caiam em meus ombros. Então ele avançou em meu pescoço dando beijos e chupões. Fechei meus olhos para aproveitar cada segundo daquele momento.

No meu intimo eu sempre quis ter Killian como mais que amigo, mas nós tínhamos uma amizade tão saudável que na minha mente, qualquer coisa que viesse depois disso seria besteira.

Killian me puxou mais contra si, fazendo com que estremecesse ainda mais.

–Killian... - eu gemia baixinho enquanto ele puxava minha cintura contra o seu abdômen.

Sorri com a situação. Eu estava com alguém especial em um lugar especial. Éramos duas pessoas apaixonadas e tudo o que importava naquele momento era nós dois.

Esse era o momento certo. Eu estava com o cara certo. Killian era o cara certo e até agora eu não tinha percebido isso. Eu precisava dele. Precisava dele por completo. Prometia a mim mesma que perderia minha virgindade com alguém que eu amasse. E a pessoa que eu amava estava na minha frente.

–Killian- chamei fazendo-o se afastar do meu pescoço com uma expressão confusa- Eu preciso de você, agora.

–Você quer... - ele disse me olhando inocentemente.

–Sim, Killian, eu quero ser somente sua- sorri ternamente.

–Você já fez isso?- ele segurou em minha cintura.

–Não, eu estava esperando alguém especial- falei e ele se aproximou do meu rosto.

–Você acha que eu sou essa pessoa especial?- Killian falou intercalando os olhos entre minha boca e meus olhos.

–Eu não acho. Eu tenho certeza- falei antes de avançar novamente em sua boca.

Killian interrompeu o beijo e eu olhei-o contrariada.

–O quê aconteceu?- falei preocupada.

–Se nós vamos fazer isso, nós vamos fazer da maneira certa- ele falou enquanto me carregava em seu colo, indo em direção ao quarto


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Notas finais do capítulo

Ahhhhhh! Depois de 17 capítulos de espera, finalmente aconteceu. ELES SE BEIJARAM. Espero ter alcançado as suas expectativas.
O capítulo demorou porque eu reescrevi ele várias vezes até chegar ao resultado final (e também porque eu chorava constantemente).
Tink não podia ser a vilã, minha gente. Eu AMO a TinkerBell e nunca faria com que ela fosse a vilã. Então, vocês podem parar de odiar ela.
Aliás, vocês podem me amar de novo, ok?
Como vocês perceberam pelo final do capítulo, o próximo vai ser HOT. Eu até aumentei a classificação para +18 por causa disso. Esperem para ver os nossos pombinhos se amando ainda mais.
Já tô chorando de novo aqui.
Quero muitos comentários sobe o capítulo.
Sorry pelos erros.
Beijos,
Dag

P.S.: Eu ando meio sem criatividade e inspiração, então o próximo capítulo pode demorar, não sei quando tempo. Podem ser dias ou semanas, então não esperem que eu poste rápido.
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Hahahahah, brincadeira. Vou postar o próximo o mais rápido possível. Sorry se eu dei um Heart Attack em algum de vocês. ♥♥