A Filha da Magia escrita por Felipe Stark


Capítulo 11
Hermes, cadê você?


Notas iniciais do capítulo

Oi leitores. Lamento o tempo que passei fora. Mas aqui está: mais um capitulo para vocês.
Já estamos no 11. A previsão é de 20. Já passamos da metade? Quem é que sabe. Vou analisar o feedback de vocês para ver se amplio essa história ou não.
Espero que gostem!



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Carol e Piper gritaram logo antes do animal desaparecer nas sombras. Haviam se assustado com a proximidade da árvore do focinho do animal. Mas Percy nem se incomodou. Sabia que a cadela iria entrar nas sombras. E a viajem fora igual a como ele lembrava.

Sua pele era descolada do rosto pela velocidade com que se moviam. E ele era obrigado a se agarrar aos pelos da Sra. O’Leary para não ser jogado para trás. Carol estava abraçada a ele, segurando fortemente sua cintura. E Piper segurava a pelugem da cadela logo atrás de Carol.

– ISSO É HORRÍVEL! – gritou Piper.

– EU ACHO MARAVILHOSO! – rebateu Carol. Percy concordou com a amiga, pois realmente achava aquela viajem uma experiência magnifica.

Os três surgiram perto de uma praia pouco tempo depois e a cadela de Percy se deitou no mato logo que eles desceram de suas costas.

– Ela está cansada. Vamos encontrar Hermes e pedir ajuda. Acho que ele vai nos ajudar. – disse Percy. As amigas o seguiram até a praia.

– Ei Percy, como vamos encontrar Hermes? Essa praia é enorme! – exclamou Piper.

– É claro que é enorme. Aqui é a Califórnia! – Carol quase gritou. – Sempre quis conhecer a Califórnia.

– Espere um pouco... Califórnia? Mas a fortaleza de Jano não fica ao norte? – perguntou Piper.

– Fica. Mas precisamos da ajuda de Hermes. E se Hermes está na Califórnia, nós também. Só gostaria de saber porque ele está aqui... – Percy parecia preocupado.

– O que foi Percy? – perguntou Carol.

– Califórnia é onde aprisionamos Porfírion depois do ataque dos Gigantes. – admitiu Percy.

– Foi aqui? – perguntou Piper. – Porque na Califórnia?

– Meu pai queria poder observá-lo sempre. E considerando que a Califórnia tem uma das maiores extensões de água dos Estados Unidos, ele escolheu aqui. Eu sinceramente tinha pensado na Flórida, mas ele achou que seria perigoso já que é uma terra estreita. Então, o aprisionamos aqui.

– Faz sentido. – admitiu Piper.

– Mas... – disse Carol receosa. – Você acha que Hermes estar aqui pode ter alguma relação com ele?

– Não sei. Mas, se tiver, podemos estar com sérios problemas. – advertiu Percy.

– Que os deuses tenham piedade. Se ele voltar... – Piper ficou nervosa. – Não sei o que faremos.

– O que faremos eu sei. – exclamou Percy. – Lutaremos. Mas espero que não precisemos.

– Também espero. – Piper respirou fundo.

– Pra onde vamos agora? Já andamos metade da cidade. – Carol ofegava.

– Para o último lugar que eu queria ir. – Percy suspirou. – Para as montanhas.

– Qual delas? – Piper quis saber.

– 37.030894, -122.174359 – disse Percy.

– Coordenadas? – perguntou Carol.

– Sim. – respondeu ele.

– Mas como você...?

– Nem pergunte. Ele é lerdo. Mas é um gênio. A memória dele... é espetacular. – Piper interrompeu Carol.

Carol deixou escapar um suspiro e ambas seguiram Percy até a região indicada. Percy andava em um passo acelerado. Não falava nem olhava para trás. Piper e Carol se entreolharam várias vezes nos 43 minutos e meio que se seguiram. Mas eles não precisaram chegar à montanha para perceber que algo estava errado. Um clarão de luz avermelhada emergia de um região ao sul de uma alta montanha.

– NÃO NÃO NÃO! – Percy gritou e se pôs a correr. – MALDITO.

As duas o seguiram o mais rápido que conseguiam, mas a velocidade em que Percy estava era muito grande. Percy se lançou montanha acima com um jato de água sob seus pés, logo depois, um segundo jato jogou Piper e Carol para perto dele.

– Obrigado pela ajuda. – disse Carol enquanto os três subiam. Percy não respondeu.

Chegaram até uma pequena caverna na lateral da montanha. Eles entraram.

Lá dentro, encontraram Porfiríon ainda preso a centenas de cordas de bronze e aço. Em um canto da caverna, dois homens conversavam. Dos pés de um deles brilhava uma luz dourada e ofuscante.

– Hermes. – Percy falou baixo. – Não sei o que está acontecendo aqui, mas aquele raio de luz não é coisa boa. HERMES! PAI!?

Ambos olharam.

– Percy? Olhem só! Há quanto tempo não te vejo! Está crescido ou estarei eu imaginando coisas?

– Lamento meu jovem, mas não sou seu pai. – o outro homem usava um terno cinza claro, era alto e um tanto quanto magricela.

– Hermes. O que está havendo?

– Nada meu jovem, nada. – Hermes tentou disfarçar.

– Não minta pra mim Hermes. A luz vermelha é sinal de perigo. O QUE. ESTÁ. HAVENDO?

– Tudo bem... – Hermes suspirou. – Nunca vou conseguir te enganar mesmo não é? Esse é Bartholomeu, um grande feiticeiro. Cometeu alguns crimes no passado. E, para redimir-se com os deuses, a pedido de Poseidon, concordou em fazer um forte feitiço para que essa caverna venha a drenar as forças de Porfirion dia-a-dia para que ele nunca retome suas forças. Mas Porfirion está resistindo e não o deixa concluir o feitiço. Por isso o feixe vermelho. Não há nada com o que se preocupar Percy.

– Deixe comigo. Vou fazê-lo parar. – disse Percy.

– É perigoso Percy. Deixe conosco. Vamos dar um jeito. Afinal, o que está fazendo aqui?

– Preciso da sua ajuda. – ele disse. – E eu vou ficar. – rebateu. – Porfirion terá o que merece.

Percy sacou Anaklusmus e saltou fenda abaixo.

– Ele ainda é teimoso desse jeito? – perguntou Hermes.

– Pior do que antes. – afirmou Piper.

– Por Zeus... – Hermes suspirou. – Ande logo com isso feiticeiro. Não temos muito tempo.

Percy cortou o joelho do gigante em um golpe espiral. Sangue dourado escorreu pela perna amarrada.

O gigante fazia força para despender seu corpo e atacar Percy.

– Finalmente você está aqui seu desgraçado de merda! Vou te matar! Você vai sangrar lentamente por ter me colocado aqui. Nenhum semideus é capaz de me vencer!

– Bom, você está errado. EU te derrotei. E voltarei a derrotar tantas vezes mais forem precisas. – Percy fincou sua espada no braço esquerdo do gigante e o cortou do cotovelo ao punho. Porfirion rangeu os dentes enquanto seu braço se regenerava lentamente.

Percy contou a parte de trás do pescoço do gigante e em seguida sua barriga.

– Ele está conseguindo. O filho da mãe está o distraindo. – exclamou o feiticeiro.

– Ele é Percy Jackson. Ele sempre consegue. – admirou Hermes.

O gigante tentou abocanhar Percy quando este saltou, mas Percy foi mais rápido e cortou a língua de Porfirion ao meio.

– Um gato comeu sua língua é Porfirion? – Percy brincou.

– Seu cretino! Você cortou minha língua! – o gigante exclamou assim que sua língua cresceu de novo.

– E se reclamar eu corto de novo. – Percy enfiou a espada no olho direito de Porfirion.

– PRONTO PERCY! ACABAOU! – Bartholomeu gritou.

– Deixe-o brincar um pouco. O gigante merece um pouco de dor. E se o fato dele ter perdido uma vez para o Percy já o incomoda, imagina o fato de ter sido massacrado por ele e não ter conseguido nem mesmo reagir! - Hermes soltou uma gargalhada.

– Percy o derrotou sozinho? – perguntou Carol.

– Sim. Ele derrotou três dos gigantes sozinho naquele dia. Percy parecia um deus. Emanava força com um deus. Ele sempre emanou na realidade. Quando ele chegou no acampamento, Frank pensou que ele fosse algum deus carregando alguma outra deusa. Pelo menos uma parte ele acertou. Percy carregava Juno nos braços. Dizem que sua aura de poder podia ser comparada à de Júpiter ou Marte.

– Os planetas? – perguntou Carol.

– Não – Piper riu. – As representações romanas de Zeus e Ares, respectivamente. Os dois deuses romanos mais poderosos.


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Notas finais do capítulo

Muito obrigado por ter lido até aqui! Espero que gostem. Até a próxima!!!



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