Lei da Paixão escrita por Bia Flor Escritora


Capítulo 51
Terrível Descoberta


Notas iniciais do capítulo

Aqui está mais um capítulo! Espero que gostem!



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Sara fingiu não ter escutado aquelas malditas palavras e desejou com todo seu ser que não as tivesse escutado. Seu coração estava mais que ferido, estava dilacerado. Parecia que se encontrava em um terrível pesadelo do qual não conseguia acordar. Uma sucessão de fatos horríveis a perseguia. Primeiro foi o seu sequestro comandado por Bia, agora aquela maldita revelação: Grissom, seu marido, amava a responsável por seu infortúnio. Sara acreditou durante algum tempo que Grissom a amava. Queria, precisava acreditar que era amada por ele, no entanto, era evidente que o notável entomologista, o supervisor do turno noturno, o homem de gelo, sabia perfeitamente esconder suas emoções. Ele a enganara muito bem. Ele mentia muito bem. Entretanto, ela não seria mais tão ingênua. Estava preparada para tudo o que viesse.

Ela ouviu o barulho de passos se aproximando e o som da porta sendo aberta. Decidiu recolher os cacos de seu coração, julgava que em algum momento no futuro poderia concertá-lo ou ao menos remendá-lo. Só o tempo diria. E fingiu ter amor próprio e orgulho os quais estava longe de possuir. Ela ouviu a saudação da mulher que odiava:

— Sara querida, tenho uma surpresa para você - Bia falou com prazer, abraçando- se fortemente a Grissom.

Sara nunc sentiu tanta raiva em sua vida, exceto talvez, nos casos que envolviam violência doméstica ou durante os que a vítima era criança. Ver Beatrice Williams de braços dados com Gil a encheu de fúria. Desejou estar livre para poder esbofetear aquela maldita e matar Grissom. Como pudera amar, dar seu coração a um homem como Griss? Um homem vil, baixo e mentiroso, capaz de se envolver com a mulher que quase destruíra seu casamento? Talvez ele já estivesse envolvido com ela antes de seu casamento. Arrependia-se do dia em que aceitara o convite para sair e se divertir na boate e de ter se embriagado. Como consequência, acabara casando-se com Grissom em decorrência da embriaguez. A única coisa da qual não se arrependia era de ter feito amor com Gil. Se não fosse isso,  não carregaria em seu ventre os frutos de um lindo caso de amor. Pelo menos de sua parte era amor. Não podia dizer o mesmo de Gil, pois já não o conhecia.

 — Veja quem veio me visitar - Bia comentou - Não me olhe desse jeito. É exatamente como você ouviu. Grissom está aqui e ele veio por minha causa.

Sara fingiu não escutar. Era doloroso demais.

— Vamos Gil! Diga a ela o que você me disse lá em cima! - Beatrice exigiu.

 Grissom lançou um olhar a Sara tentando transmitir sem palavras o seu plano. Tudo o que viu nos lindos olhos castanhos foi desprezo. Lhe doía saber que o amor da sua vida não compreendia o que estava fazendo e o pior de tudo: que estava fazendo aquele sacrifício por ela. Somente por ela.

— Eu amo Beatrice e é com ela que quero ficar. Descobri que ela é a mulher da minha vida - ele proferiu cada palavra com extrema dificuldade, forçando para que tudo o que dizia soasse o mais sincero possível.

Para provar que o que dizia era verdade, ele tomou Bia em seus braços e a beijou. Ignorou o asco que sentia ao tomar- lhe os lábios sob os seus. A vida de Sara e de seus filhos eram mais importantes. Eles dependiam inteiramente dele. Não importava seu sentimento desde que eles estivessem a salvo.

Lágrimas corriam pelo rosto abatido de Sara. Aquele era um golpe muito duro. Grissom estava realmente envolvido com Bia. Ela engoliu o choro e refez-se. Grissom não merecia suas lágrimas. Nunca mais choraria por ele. Viu quando eles se separaram e viu quando Bia seguiu em sua direção.

 — Eu não disse que o Grissom perceberia que eu sou a mulher da vida dele? Eu venci queridinha - Bia comunicou e desferiu um forte tapa no rosto de Sara, o qual fez com que ela tombasse junto com a cadeira na qual estava presa, indo de encontro ao chão.

Grissom assistiu a cena sem nada poder fazer para ajudar sua esposa. Qualquer movimento, qualquer palavra sua que fosse dita sem pensar poderia acabar com sua farsa e piorar a situação de Sara.

— Vamos querido! Vamos deixar essazinha refletindo como perdeu um homem maravilhoso - Bia convocou-o.

Grissom deu as costas para Sara sentindo seu coração parar de bater. Passou seu braço pelo de Bia e deixaram o cômodo.

—o-

Eles adentraram na casa empunhando suas armas. Era imprescindível ter cuidado, pois qualquer passo em falso poderia resultar em uma tragédia. A casa era mediana e pouco mobiliada. Tinha apenas o necessário. Sob um olhar rápido dava para ver apenas uma sala de estar com sofá gasto, uma cozinha simples e a porta do que talvez fosse um quarto. Por sorte havia sinal de celular. Nunca se sabia quando seria necessário realizar uma ligação de emergência.

Não havia ninguém, nem sinal dos brutamontes que haviam entrado ali, muito menos de Grissom. Estranharam aquela quietude.

Catherine foi a primeira a ouvir o som de passos aproximando-se. Ela sinalizou para que os outros permanecessem em silêncio e com suas armas em punho, pois poderia ser qualquer pessoa. Tanto Grissom como aqueles armários que eles haviam visto entrando na casa.

Nick viu surpreso Grissom e Bia aparecerem de mãos dadas na sua frente. Ele não conseguia compreender aquela cena bizarra que parecia ter saído de um circo de horrores. O que seu chefe fazia de braços dados com aquela vagabunda? E como ficava Sarinha nessa história? Era tudo muito confuso para ele.

— O que vocês estão fazendo aqui? Eu não disse para que vocês permanecessem no carro? – ele indagou inconformado com a desobediência de seus amigos e subordinados. Sentia-se feliz e irado ao mesmo tempo. Feliz porque seus amigos estavam ali com ele, mas irado porque eles o haviam desobedecido e isso podia significar a segurança de Sara.

— Sim, você disse, mas achamos que você estava demorando demais – respondeu Greg.

— Que coisa feia Gil! Você me desobedeceu... Pedi que viesse sozinho. Será que não fui bem clara?  - inquiriu Bia.

— Não tive culpa querida. Não posso controlar todas as ações de meus subordinados – ele desculpou-se.

Eles ficaram perplexos ao ouvi-lo chama-la de querida. Qual a parte da piada que eles haviam perdido? Aquilo não fazia sentido. Os peritos ainda permaneciam com seus revólveres em punho.

— Peça a eles que abaixem as armas Gil – Bia pediu.

— Por favor, abaixem as armas – Grissom quase implorou.

— E quem vai nos obrigar? Somos quatro contra um – Warrick argumentou.

Eles não souberam quando, nem como, porém de um momento para outro, de algum lugar desconhecido, Bia tirou um punhal e imobilizou Grissom, apontando a arma para suas costas. Embora fosse baixinha, Bia possuía uma força descomunal. Ela aprendera defesa pessoal e praticava artes marciais quando adolescente.

— Abaixem suas armas ou Gil morrerá – ela virou-se para Gil – Desculpe meu querido. Eu te amo, mas entre você e eu, eu prefiro a minha vida – ela voltou-se novamente para os outros peritos – Além disso, tenho companheiros que estão com a querida Sara. Somente um alerta meu e eles a liquidam – alertou Beatrice.

Mesmo temendo por sua vida e a de Sara e de seus filhos, Grissom buscou o olhar de Cath tentando traduzir com o olhar tudo o que desejava falar naquele momento. E  naquele exato momento tudo o que ele queria dizer para ela era:

— Não tenha medo Catherine. Inspire, solte e faça! Já!

Catherine pareceu entender o que o amigo queria, pois, quase que instantaneamente ela mirou e disparou a arma.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acham que irá acontecer? Aguardando o review lindo de vocês!!

PS: Na próxima semana passarei por uma cirurgia na mão e ficarei umas duas semanas impossibilitada de escrever, digitar e postar. Por isso deixarei os posts agendados. Não se preocupem que não os deixarei na mão. Apenas não terei como fazer divulgação como sempre faço.
Bjinhos e até o próximo capítulo!!



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