Lei da Paixão escrita por Bia Flor Escritora


Capítulo 24
Conselhos de Amiga


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo para vocês e eu nem demorei muito u.u
Espero que gostem. Ah! Esse capítulo dedico a Una Fénix, obrigada querida pelo carinho.
Boa leitura!



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Elas estavam sentadas tranquilamente em um tosco banco de uma graciosa praça que ficava bem próxima a casa de Grissom. Era a folga da mulher mais nova, por isso não estavam muito preocupadas com o horário de voltar. Sua única preocupação era o de serem pegas em suas artimanhas, elas sabiam muito bem que as paredes da casa onde estavam hospedadas podiam ter ouvidos e não podiam colocar tudo o que já conseguiram obter a perder.

— Beth não acho que nosso plano esteja dando certo – queixou-se Bia para a amiga mais velha.

— Fique tranquila, querida! Tudo está indo muito bem. Continue fazendo exatamente como eu te disser – assegurou Elizabeth.

— Mas ele parece enfeitiçado por aquela lá... – insistiu Beatrice – Nada do que eu faça parece chamar-lhe a atenção.

— Confie em mim Bia, sei o que estou fazendo. Não há nada que abale mais a confiança de uma mulher, do que supor que esteja sendo traída ou que seu marido não faz nada para acabar com os conflitos familiares – assegurou Beth confiante – Não se preocupe Bia. Este casamento está com os dias contados. Logo Gil estará livre. Tudo pronto para nosso próximo passo?

— Sim – Bia respondeu animada – A adorável Sara não perde por esperar!

–o-

Ela estava farta de tudo aquilo. Não sabia como agir. Seu relacionamento com sua sogra era um verdadeiro desastre. Quando dona Beth não fingia que ela não existia, ela começava a implicar com tudo o que fazia ou deixava de fazer. O pior de tudo era ela fingir para o filho que tudo estava bem. Entretanto não estava e Sara permanecia inconformada com aquilo. No começo ela pensava que tudo fosse fruto de sua imaginação, que era impressão sua a implicação de sua sogra, contudo, com o passar dos dias percebeu não era. Para piorar tudo, ainda tinha a senhorita ruiva. Cada vez mais, Sara tinha certeza de que a senhorita Bia não tinha boas intenções. Ela se sentia de mãos atadas, pois não sabia como abordar aquelas questões com seu marido. Como falaria de sua parente? Como explicaria seus temores?

Naquele exato momento eles seguiam de carro para o laboratório. Para a felicidade de Sara, naquele dia não teria do desprazer de encontrar-se com a senhorita Williams. Era folga dela. Durante aquele trajeto, nenhum dos dois emitiu uma única palavra. O silêncio que se estabeleceu era quase palpável. Estavam ambos perdidos em seus pensamentos e preocupações. Enquanto dirigia, Grisssom se perguntava como poderia abordar o assunto do relacionamento deles. Ele queria um casamento de verdade, não um de mentira.

Sara estava com a cabeça recostada no vidro da janela com o olhar perdido. Droga! Mil vezes droga! Como faço para falar com ele sobre sua mãe e a metida senhorita Williams?, ela pensava consigo. Grissom pareceu ler seus pensamentos.

— Algum problema querida? Algo a preocupa? – ele perguntou receoso.

— Não – ela mentiu.

— Posso colocar uma música para ouvirmos? – ele indagou, compreendendo que ela não queria prolongar a conversa.

— Sim – ela concordou em um murmúrio.

Ele escolheu uma música clássica de seu vasto repertório de MP3, agradecendo a concordância dela, pois somente assim poderia por um fim naquele silêncio infernal. Concluíram o trajeto do mesmo modo que começaram: calados.

Chegaram ao seu ambiente de trabalho e sem conversarem – não havia a necessidade de demonstrar afeto porque não havia ninguém no hall de entrada – Grissom foi direto para seu escritório, enquanto Sara seguiu para a sala de convivência.

Não esperava encontrar ninguém ali, por isso espantou-se ao ouvir a voz de Catherine vinda do fundo da sala.

— Você não me parece muito feliz para uma recém - casada!

— Está tão visível assim? – ela questionou a amiga.

— Totalmente. O Grissom não está fazendo você feliz? – Catherine levantou-se e aproximou-se de Sara.

— Não é isso. Gil é um ótimo marido! E nosso casamento não poderia estar melhor – ela disse uma meia verdade.

— Então qual é a razão dessa tristeza nesses encantadores olhos castanhos? – indagou a loura preocupada.

— Minha sogra.

Catherine fez uma careta.

— Foi por isso que decidi não me casar mais. Sogra só é bom a distancia.

— Não sei o que faço Cath, minha sogra parece me odiar. Nada do que faço é bom o suficiente para ela. Para ela não sou a esposa ideal para seu filho.

— Ela disse isso? – Cath perguntou espantada.

— Não! Ela não expressou em palavras ou sinais, mas suas ações revelam tudo.

Catherine pigarreou, chamando a atenção de Sara para si.

— Sara, não queria ser portadora de más notícias, mas acho que você deve ter cuidado com a nova CSI. Aquela mulher vive cercando o Gil...

A conversa entre elas foi interrompida pela chegada dos companheiros de trabalho e de Gil.

— Boa noite pessoal! – saudou Grissom a todos e lançou um sorriso encantador para Sara que foi percebido pela equipe – Temos muito trabalho a fazer. Vamos nos dividir em dois grupos. Cath, você e Sara ficam com o caso da mulher que foi encontrada morta na banheira no Hotel Excalibur.

— Certo! – elas respondem em uníssono, pegando a ficha do caso das mãos de Grissom.

— Nick, Greg e Warrick, vocês ficam com o caso do corpo encontrado no Lago Mead.

— E pra gente sempre sobra o melhor! – queixou-se Greg, também pegando a ficha das mãos do supervisor.

— E você Gil, não vem conosco? Não irá a nenhum dos casos? – perguntou Catherine curiosa.

— Não – ele respondeu simplesmente – Tenho que ficar aqui para preencher alguns relatórios – comentou mostrando diversos papéis que estavam em suas mãos – Todos ao trabalho.

Ele dirigiu-se prontamente para sua sala. Havia muito que fazer. Os demais integrantes da equipe se prepararam para partir para seus devidos locais de crime. Antes, porém, de partirem Greg e os demais meninos chamaram Sara:

— Sarinha espere! Precisamos falar com você!

— Podem falar – ela respondeu ansiosa com o que seus amigos queriam lhe falar.

— Sabe a novata? – indagou Warrick.

Ela assentiu. Sabia muito bem quem era.

— Tome cuidado com ela, Sar. Aquela mulher vive atrás do Grissom como um cachorrinho.

— Obrigada pelo carinho e atenção, meninos – ela agradeceu sinceramente. Pelo menos hoje ela podia ficar sossegada. Era folga da senhorita perfeição.

Saíram todos para solucionar seus casos. Grissom permaneceu em seu escritório preenchedo seus relatórios. Perdeu a noção da hora e só parou um pouco quando a porta fora aberta.

— Não quero ser incomodado – ele disse sem tirar os olhos dos documentos.

—Senhor Grissom, preciso de sua ajuda.

Ele levantou o olhar. Não era para ela estar ali. Era folga dela. Então que diabos ela fazia ali? Notou surpreso que ela não estava vestida com roupas de trabalho. Em vez disso, usava um vestido de alças azul escuro rodado na altura dos joelhos, uma sandália de salto médio. O rosto estava bem maquiado. Os cabelos estavam soltos. Bia estava linda!

— Em que posso ajudá-la senhorita Williams? – ele perguntou intrigado.

Ela fechou a porta sem trancá-la. Precisava disso para seu plano dar certo.

— Eu... Marquei de sair com rapaz que conheci, mas não sei se estou bem. Acho que essa roupa não está boa – ela argumentou com voz chorosa.

— Você está muito bonita! – ele respondeu secamente.

— Jura?

— Juro. Isso era tudo que você precisava?

Ela se aproximou de sua mesa. Deu a volta e aproximou-se mais dele.

— Só preciso de mais uma coisinha. O meu perfume está bom?

— Está muito bom – ele respondeu, um sinal de alerta ecoando em seu cérebro.

— Assim não dá para você saber – ela descaradamente sentou no colo de Gil e aproximou seu pescoço afastando o cabelo para o lado para que ele o cheirasse – agora sim. O que acha do meu perfume?

Ele estava preso. Não conseguia soltar-se nem tirá-la de cima de si. Aquela mulher era maluca. Por mais que fosse linda, não era ela quem ele desejava ou amava. Sem esperar, sem aviso prévio nenhum, sentiu os lábios da senhorita sob os seus. Ele ficou paralisado. O que ela estava fazendo? O que dera nela?

Duas pessoas também estavam paradas atônitas na porta. Uma sentia uma raiva incontrolável, a outra estava de boca aberta e olhos arregalados. Nunca pensou que um dia presenciaria aquela cena.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? o que vem por aí? plim. plim kkkkkk
Aguardando os reviews lindos de vocês!
Bjokas da Bia e até o próximo!



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