I Would Have Gone With You escrita por Brenda


Capítulo 1
I don't care.




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Daryl observou com os olhos apertados á estrada de terra que se estendia até onde sua vista alcançava.

As lembranças de horas atrás, quando Rick contou a ele sobre Carol lhe atingiram fortemente. Como um soco na boca do estômago.

– Ela matou Karen e David. – Rick observou a expressão do caipira a sua frente passar de preocupada a raivosa antes de continuar. – Eu não podia trazê-la de volta.

– Então você abandonou-a? – O tom sarcástico na voz de Daryl fez o xerife estremecer. – Deixou-a sozinha para morrer?

– Ela é forte! – Rick tentou soar convincente, mas vacilou; era obvio que ele não queria ter mandado Carol embora. – Poderá se cuidar muito bem sozinha. Talvez até encontre algum outro grupo.

Daryl não falou a principio, fazendo com que o silêncio desconfortável se fixasse entre ele e Rick.

Mas por fim, um murmúrio de Daryl chegou aos ouvidos do xerife. Tão fraco que Rick teve que se inclinar na direção do som para compreender as palavras.

– Eu vou atrás dela. – Mesmo com o tom baixo, a determinação na voz dele era indiscutível.

– Daryl... – O xerife suspirou. – Ela já está longe, com certeza. Será quase impossível fazer isso. Além do mais, o que você fará se conseguir encontra-la? Ela não pode voltar para cá.

– Você expulsou-a sem ao menos consultar o Conselho! – Agora Daryl estava quase gritando. Seus olhos estavam fixados nos de Rick, mandando para o xerife ondas de ódio apenas pelo olhar. – Acho que eu posso trazê-la de volta sem permissão também.

– Eu não vou permitir que ela fique no mesmo ambiente que meus filhos. – Rick tentava manter-se calmo, mas estava sendo difícil. Um lado dele queria gritar para Daryl correr atrás de Carol e trazê-la de volta. Mas havia outra parte que dizia para impedi-lo. Rick não sabia qual parte ganharia a batalha. – Ela mudou, Daryl. E sei que ela não está arrependida do que fez.

– Como você sabe? – O caipira disse entredentes.

– Porque ela me disse. – Suspirou. – E disse também que faria de novo se fosse preciso.

– Eu não acredito. – Daryl recuou pelo corredor, tentando se afastar do xerife. Mas o mesmo o seguiu, não deixando mais do que alguns poucos passos entre eles. – Ela irá voltar. Já está decidido!

Rick respirou fundo, tentando em vão acalmar seus pensamentos. Aquela conversa com Daryl estava sendo pior do que ele imaginava.

Mas lá no fundo, o xerife sabia que Daryl tinha razão.

Carol estava apenas tentando proteger a todos da prisão, de sua família, como sempre. Além do mais, Rick já havia feito coisas piores em prol da segurança de seus filhos e do restante do grupo.

O xerife sentiu-se derrotado.

Dois pares de olhos se encontraram. Um deles continha arrependimento. O outro raiva e... Medo.

Rick sentiu-se ainda pior ao perceber o quando aquilo fizera mal ao seu irmão.

– Vá atrás dela. – Rick sussurrou. – Traga-a de volta.

Antes que o xerife pudesse piscar novamente, Daryl já havia saído correndo pelo corredor, em direção á saída do bloco.

Daryl sabia onde começar a procurar, ele que havia indicado o local para Rick e Carol fazerem uma busca por suprimentos. E foi para lá que ele dirigiu sua moto.

O sol estava alto, mostrando que a tarde apenas começará, deixando ainda um bom tempo para o caipira seguir quaisquer pistas que encontrasse.

Ele olhou em volta, vendo alguns zumbis se aproximando, mas estavam longe o suficiente para Daryl poder pensar por um instante antes de dar partida na moto novamente e seguir na direção de marcas de pneus que estavam no asfalto.

Daryl dirigiu por alguns instantes quase que mecanicamente, não querendo realmente pensar no que estava fazendo.

O caipira sentia-se tão vulnerável no momento e sabia bem o motivo: Carol.

Pensar que poderia nunca mais vê-la o deixava doente.

Ele necessitava daquele sorriso doce que ela lançava apenas para ele. Não sobreviveria sem os olhares compreensivos de Carol. Sem os toques ocasionais que deixavam sua pele formigando onde ela tocava.

Ele precisava até das brincadeiras e flertes dela, que sempre o deixavam envergonhado.

Ele simplesmente precisava de Carol.

Em dados momentos, as marcas de pneus no asfalto desapareciam, deixando Daryl frustrado e apenas com a opção de continuar ou retornar de volta a prisão.

Ele continuava.

E logo as marcas reapareciam, para o alivio do caipira.

O sol já se punha no horizonte quando Daryl estacionou sua moto na beira da estrada, hesitando em continuar quando viu o carro que Rick havia dito que era de Carol parado na frente de uma casa, no lado oposto da rua onde o caipira estava.

Por um momento, ele sentiu o alivio invadir seu corpo, mas não durou muito.

O que ele diria a ela?

Porque ele havia vindo atrás dela?

Nem Daryl sabia a verdadeira resposta; mas ele se convenceu que a amizade deles serviria por ora para explicar tudo.

O caipira empurrou sua moto até o lado do carro e então deixou-a lá.

Ele caminhou hesitante até a porta, mas quando encarou a madeira, ele nem teve consciência que sua mão estava na maçaneta, girando e empurrando-a. Daryl observou a casa que era iluminada por uma fraca luz, vinda de um cômodo que ele não enxergava de onde estava.

Ele caminhou ainda mais lentamente, mas a madeira podre rangia abaixo de seus pés.

Quando chegou no cômodo, pode ver que era uma pequena lanterna que iluminava parcialmente a cozinha da casa.

De costas para ele, Carol mexia em alguma coisa.

Ele prendeu a respiração, tentando não fazer qualquer barulho que assustasse-a.

– Carol? - Ele chamou-a. Por alguns instantes, ela não se virou; mas Daryl pode perceber as costas e ombros dela ficando tensos.

Ela voltou-se para ele então, dando a Daryl a visão de sua expressão angustiada.

– O que você está fazendo aqui? – Ela indagou num sussurro quase inaudível.

– Eu vim atrás de você. – Ele deu de ombros. – Vim te levar de volta para casa.

Ela riu, mas não foi como as risadas que ele tanto amava ouvir. Foi uma risada irônica e triste.

– Eu não posso voltar. – Ela deu um passo na direção de Daryl. – Rick não me quer lá.

– Foi ele quem me mandou vir atrás de você. – Ele não mentiu totalmente. – Então, vamos!

Mas ela continuou ali no meio da cozinha, seu rosto obscurecido pelas sombras que se infiltravam pela janela.

– Eu os matei, Daryl. – Ela disse, calma e suave. – Eu matei Karen e David.

– Eu não me importo! – Daryl exclamou enquanto se encolhia.

– Você não quer saber o porque? – Mesmo não vendo completamente o rosto de Carol, ele sabia que ela estava com uma sobrancelha erguida, questionando-o.

– Não. – O caipira deu apenas três passos antes de parar bem na frente dela. – Já disse que não me importo.

– Mas os outros se importam. – Ela suspirou.

– Quando chegarmos, iremos fazer uma reunião com o Conselho, se isso fará você se sentir melhor. – Daryl pegou as mãos da mulher a sua frente, acariciando-as. – Era o que deveríamos ter feito. Rick não podia ter tomado essa decisão sozinho.

– E se tivéssemos feito isso antes, o que você faria se o Conselho tivesse decidido por minha expulsão também? – Na penumbra da noite, Carol observava a imensidão azul dos olhos de Daryl.

– Eu teria ido com você! – Ele sussurrou.


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Notas finais do capítulo

Então é isso pessoal, espero que tenham gostado dessa fanfic. Comentem e me deixem saber o que acharam. Beijos, xXx.



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