Light of Dawn escrita por Kyo Takashi


Capítulo 22
Capítulo 21: Incertezas da monstruosidade


Notas iniciais do capítulo

Yo! Dboas? Bem, eu tento fazer caps pequenos, mas sempre me estendo mais do que sei que devo. De todo jeito, boa leitura
S2



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Marceline

Passei mais um tempo na Noitosfera após o discurso de meu pai. Tal, me afetara muito mais do que em qualquer momento que eu poderia imaginar. Por um momento, senti-me como uma escrava, presa pelas amarras do destino a um humano. Mas eu ainda teria de descobrir se as coisas eram mesmo assim, ou se teria algo a mais reservado

Sentada em um canto escuro, tocava uma leve música, pensando no que faria a seguir. Estava ligeiramente assustada em aparecer do nada dando a notícia. Problemas começaram a surgir, amontoados demais. Ataques à seres doces em vilas próximas do reino. A volta de Finn. Um ataque ao reino e em seguida ao humano. Encarei o horizonte infernal. Algo maior está por vir, isso é uma certeza. É engraçado como a coloração do céu nessa dimensão faz parecer que sempre é pôr do sol...

Jujuba

Observava o reino a partir de uma longa janela. Atrás de mim, apenas uma longa mesa jazia como móvel do cômodo, que logo depois, se fechava com uma alta porta dupla de madeira. Pensava em um assunto que me preocupava seriamente

O que acontecera com o causador dos assassinatos?

Logo após o ataque do misterioso homem a nós, em meu próprio castelo, passei a cogitar que ele seria a figura causadora. Mas ele poderia querer que pensassem isso, e por isso atacou? Ele não era alguém normal. Não parecia ser um vampiro, muito menos algo como Lich. Não. Ainda tinha um corpo, mas aquela composição.... era quase como um espírito.... Mas não poderia ser. Se Finn o acertou com ataques físicos, não poderia ser isso

Os ataques cessaram. O que levaria a mostrar que ele seria o culpado, se Finn não tivesse chegado dizendo que foi atacado pelo mesmo. Uma súbita mudança de alvo? Talvez ele quisesse alguma coisa com o garoto, mas qual seria o sentido dos ataques? Chamar atenção? Se fosse, eu teria feito mal ou bem escondendo tais assassinatos dele?

Baseado no ataque fraudado em uma vila, próxima a floresta, eu poderia deduzir algumas coisas. Não poderia saber quem era, afinal, o sobrevivente não pudera dizer a aparência do assassino. Alguma coisa aconteceu, alguém, impediu aquele ataque de ser completado, causando o enorme alvoroço. Seria por isso a mudança de alvo? Talvez, aquele homem de gorro e sobretudo fosse realmente o culpado, e por ter a continuação da série de ataques frustrados pela primeira vez, resolveu ir direto ao assunto? Fazia sentido pensar deste jeito?

Não...

Não estava imaginando certo

Tentando me colocar no lugar dos casos, indivíduos e culpados, me concentrei, fechando os olhos por um momento. Imaginaria o indivíduo que é responsável pelos assassinatos como uma pessoa diferente do que atacou o castelo, e depois a Finn

Ele fez uma série de ataques em vilas das proximidades do reino doce, sempre chegando mais perto do reino. Todos os ataques foram cometidos em seres doces. Nenhuma ligação havia entre as vítimas. Levarei em conta que ele continuaria os ataques, sempre diminuindo o intervalo de tempo e a distância ao castelo. Quando foi interrompido, tudo indica que a cena do crime foi incendiada. Ele poderia ter morrido ali, mas talvez fosse ingenuidade de minha parte considerar isso. Pouco tempo depois, um intervalo menor do que até o seu estimado para realizar outro crime, o castelo foi atacado por outra figura misteriosa. Esse ataque levou ele a continuar escondido. Mas faria mais sentido ele ter feito outro, pois esse indivíduo que atacou teria sido o centro das atenções, e demoraria para percebermos um ataque menor como os dele, ou mesmo tentarmos passar a prestar atenção. A não ser que seja este seu objetivo. Chamar a atenção. E não de todos, e sim unicamente de quem se importa tanto com seres doces

Eu

Se este fosse o caso, ele atacaria de novo em futuro

A porta rangeu. De trás, mordomo menta surgia com um pratinho e uma xícara em cima de tal. Ele se aproximou a passos calmos, e deixou tais cima da mesa, perto de mim. Baixou a cabeça antes de falar

– Algo lhe preocupa princesa? – Perguntou

Ainda encarando o reino abaixo, respondi

– Sim Menta. Problemas recentes tem me preocupado, e muito

– Creio que eu seja só um problema aqui então majestade – Ele se virou, porém antes de sair, meus olhos se arregalaram

– Menta, lembra-se do dia em que fui atacada? – Perguntei, chamando sua atenção de volta, e finalmente o encarando nos olhos

– O dia em que a senhorita Marceline foi ferida e que recebemos a ajuda de um empregado do reino de fogo?

– Sim, este mesmo – As probabilidades em minha cabeça sumiram por um momento. Mas para tais coisas, que eram mais que ‘’pedras no sapato’’, era importante até as coisas mínimas serem reparadas – Detectou alguma coisa maligna antes das coisas acontecerem?

Ele me encarou com um olhar confuso

– Não entendo o que quer dizer com isso prince...

– Conseguiu perceber alguma ‘’aura maligna’’ antes dos fatos aconteceram? Eu sei sobre suas práticas de magia negra Menta, nada neste castelo acontece que eu não saiba – Vociferei, ligeiramente irritada com o fato dele se fazer de desentendido

Parecendo voltar de um transe, ele se recompôs, ainda com a voz o mais formal que podia

– Não, minha princesa. Não senti nada – Respondeu

– Certo então, pode ir, obrigada por cooperar – Retruquei

E então saiu a passos ligeiramente mais velozes. Juro que pude perceber que ele me olhava com o canto dos olhos

E há também a outra possibilidade. De ambos serem um mesmo. Ele estaria atacando para chamar a atenção, mas não de mim... quando teve seu ataque interrompido, parece que desistiu de ir desse jeito, ‘’lentamente’’, e foi diretamente ao assunto. Com isso, faria sentido um segundo ataque à Finn

Eu chamaria ele. O poria para fazer investigações. Nada que informações do mercado negro não resolvessem. Levei minha mão até a xícara, e provei ligeiramente, sorrindo

...

Phoebe estava curvada, erguida por suas doloridas pernas por baixo da armadura. O ataque havia sido massivo, forte demais. Não vira nada assim que fora atingida, quase diretamente. O ataque havia acertado em uma área próxima a seus pés, reduzindo drasticamente o dano que poderia ter causado. Fora de propósito tal ação, pensou ela. Como ele poderia ter todo esse poder?

Virando-se para Finn, com seus olhos parecendo queimar tanto quanto seus cabelos ondulados. Ele jazia de pé. Arfava, porém não parecia ter se machucado. Uma brisa bateu, refrescando ambos. Os olhos azuis do jovem observavam o ambiente a sua volta, e depois à rainha de fogo. Estava tudo como antes, verde e belo, com a casa na árvore em perfeito estado.

Fazia parte da magia que ela havia colocado no começo da luta? Não importava agora, já que fizera seu papel

A luz do astro rei banhava o lado esquerdo do rosto do humano. Seus cabelos loiros bruxuleavam, e em seu corpo, longe passara o indício do poder destruidor e rapino que passara por ele. As únicas coisas que restaram era o suor, a sujeira, a segurança e a felicidade

A passos calmos, ele se aproximou. Phoebe se ergueu. Nunca pensou que ele chegaria a um nível assim. Pelo menos, não era o que achava quando o viu ridiculamente no reino de fogo, sendo oprimido por chamas. A poucos metros de distância, ele sorriu. Tinha ganhado. Estava feliz por dentro e por fora. Já a rainha não sabia o que lhe dizer

Porém, quando Finn foi fazê-lo, um urro se fez ouvir. Estrondoso, cobrindo os campos. Eles se viraram para ver um monstro

Correndo como louca, a besta vinha na direção de ambos. Seu corpo era grande e musculoso, com garras no lugar de suas mãos. Mas sua natureza se revelava realmente em sua cabeça. Seus olhos eram arroxeados e suas pupilas em fenda. Suas orelhas, ligeiramente pontudas. Chifres saíam do topo de seu crânio, retos. Suas boca aberta, não tinha lábios ou qualquer coisa, era um vão aberto, deixando a vista os dentes pontudos do ser. Todo ‘’ele’’ possuía apenas a cor verde, ligeiramente brilhosa

Outro grito estridente. Ele acelerou mais

Ambos estavam tensos. Podiam sentir. A criatura tinha energia, tinha poder. Não era um monstro qualquer. Era algo forte, e eles não podiam fazer grandes coisas, machucados como estavam. Outro berro. A criatura estava a metros de ambos, e em um salto, preparando outro urro, foi jogado para longe

Mais ao lado, Canela postava-se confiante. Sua rapieira estava fora da bainha, brilhando com a luz do sol, e uma ligeira fumaça cobria a ponta da arma

Estocada sem sombra

Citou, encarando a criatura, e dando passos para se aproximar

Ela berrou. Caída, virou seu rosto ao guerreiro. Abriu mais a boca, grunhindo. Em um veloz movimento, levantou ou tronco, virando-se e golpeando o chão com os dois punhos. O impacto foi tão poderoso, que o solo ao lado subiu ligeiramente, antes dele levantar a poeira e saltar em direção ao ser doce

Este porém, continuou inexpressivo. Olhou para trás por um momento. Logo nas suas costas, estavam o humano e a rainha, vendo-o, sem poder ajudar

– Estocada sem sombra – Falou

Em grandessíssima velocidade, atacou. O rosto da besta estava à frente de seu corpo. A ponta da fina lâmina, a milímetros de se chocar entre seus olhos. O vento girava em volta da espada, e antes sequer de encostar, a criatura foi jogada longe, rodopiando e arrastando terra em seu caminho

– Deixa eu te ajudar – Pediu Finn, chegando a seu lado

Canela o observou por um segundo

– Está cansado e não recomposto. Pode se sentar Finn, eu resolvo – Disse, sorrindo

– Não, não resolve – Falou, surpreendendo-o – Você não é um robô Canelinha. E não tá nem acertando ele. Está só o mandando para longe com a pressão. Logo se cansará. Essa técnica é muito complicada

Antes do ser doce poder protestar, outra voz chegou de trás

– É isso mesmo mano, fica sentado aí, não precisa nem se esforçar contra o grandalhão

A voz era de Jake, que chegava atrás de todos com um sorriso estampado. Um óculos com grossas lentes jazia acima de sua cabeça, enquanto farrapos castanhos cobriam-no a área do pescoço

Finn sorriu, mas logo depois, postou-se a protestar novamente. Quem o parou, foi a rainha de fogo, silenciosa até o momento

– Acalme-se garoto. Acho que só Canela já poderia resolver isso, mas agora que seu irmão chegou, não resta dúvida de que não há chance para o monstrengo

O humano olhou de relance. O ser já se ajeitava, pronto para outra investida. Era uma criatura estranha. Muito estranha. Tentando fazer o que podia para ficar calmo, ele recuou alguns passos, postando-se ao lado de Phoebe

Jake por sua vez, deu passadas para frente. Esticava-se, estalando alguns ossos. Um berro estridente veio do monstro verde, que se jogou para cima de ambos

O cão e o guerreiro trocaram olhares rápidos

O ser doce retirou sua espada da bainha de forma indetectável para os olhos de seu companheiro, que esticou o braço e golpeou o estômago de seu inimigo. Este, por sua vez, só pode esticar os braços antes de ter seu pescoço cortado, e sua cabeça cair do corpo

Canela jazia próximo dele, que caia, morto. Seu corpo, moribundo, como se nunca tivesse tido vida

Um pouco longe, próximo da casa da árvore, Finn encarava a luta com sua Dark Vision. Podia enxergar pouca coisa, já que o combate era mais físico, mas ele podia ver claramente uma coisa. O corpo do ser, tinha uma cor verde-esmeralda em sua visão encantada. Ele se lembrou exatamente de pouco tempo atrás, dentro do que achava que era sua mente. Dois vultos, um azul claríssimo, e outro, o mesmo verde-esmeralda

Rangeu os dentes. Não sabia o que pensar, se sentia-se feliz por ele não causar mais problemas, ou impaciente por não poder encontrar respostas de um ser que podia as ter. Ele não tinha atacado por coincidência. Ele sabia. Sentia isso. Ele havia atacado Finn

Pensou duas vezes, pois logo em seguida, a energia de tal cor verde-esmeralda, que jorrava da cabeça decepada, conectava as duas partes


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Notas finais do capítulo

Yo! O que acharam? Não há muito o que dizer sobre esse capítulo, a não ser que ele é uma pequena peça para um quebra cabeça maior que virá :p



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