Antes que Tudo Termine escrita por Patty Team Jacob


Capítulo 30
Capítulo 1 * Segunda Temporada *


Notas iniciais do capítulo

Um presente para vcs leiam o cap conversamos no final..



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Passava um pouco das duas da manhã, eu estava chegando em casa depois de uma festa na casa do Henry.

– Estou esperando que você se desculpe pela grosseria que me fez essa noite. - Lizzy falou assim que parei o carro em frente sua casa.

– Olha eu sinto muito ta legal mais tipo nós não somos namorados então não sei por que tanto stress. - ela sabia que eu não tinha saco para namorar. Eu era novo ainda 17 anos e sinceramente não estava a fim de me amarrar com ninguém que não fosse uma única pessoa.

– Ah disso eu sei faz mais de seis meses que você fica me enrolando. - putz o garota chata, eu querendo ir pra casa correndo contar ao meu pai quem reencontrei depois de tanto tempo e ela fica aqui empatando a minha vida.

– Lizzy foi mal eu sinto muito ta legal. Agora por favor, eu quero ir embora então será que você poderia me deixar ir. - ela bufou ao sair do carro.

Não faria questão de beijá-la, não depois de ter reencontrado a garota por quem eu sempre tive uma queda. Na verdade acho que desde que eu era pequeno que eu sou vidrado nela.

Estacionei o carro na garagem ao lado do carro do meu pai e subi as escadas pulando de dois em dois. Dentro de casa  corri para o quarto dos meus pais.

Minha mãe hoje estava de plantão e Sarah dormia no seu lado da cama abraçada ao nosso pai. Ele obvio se derretia todo pro lado dela.

– Pai. - o chamei

– Humm... - foi a único som que ele emitiu. E fala sério meu pai é dorminhoco demais! Deitou já era.

– Pai eu preciso falar com você. - ele era meu melhor amigo, tipo era o único cara em quem eu confiava para contar meus segredos e inclusive ele sabia que eu sempre tive uma queda pela Julia.

– Filho são duas e meia da manhã, por favor. - ele se virou. Mas depois resolveu pensar melhor, sentou na cama e passou a mão no rosto e no cabelo. - O que aconteceu. - ele murmurou ao ver Sarah dormindo ao seu lado.

– Vem comigo. - sai do quarto indo em direção ao meu e ele me acompanhou.

– Você fez alguma coisa errada, por que fala sério me tirar da cama essa hora. - ele não estava bravo pelo contrario meu pai era incrível ele sempre estava à disposição assim como minha mãe que alias alem de linda e perfeita era meu ícone como mulher.

– Pai eu reencontrei a Julia na casa do Seth e da Samantha. Ela estava lá linda usando um vestido branco colado ao corpo e um sapato de salto, o cabelo solto meio desfiado e uma maquiagem linda. - acho que ele facilmente notava meu entusiasmo.

– A Júlia está aqui novamente? - ele arqueou a sobrancelha. Mas ela não estava em Londres com a mãe? - ele perguntou curioso.

– Ela me disse que cansou de ficar por lá e resolveu voltar a morar com o pai e a Leah, porém como Sue ficou viúva eles acharam que aqui poderia ser melhor pra ela já que a cidade é menor e você sabe o pai dela tem uns horários malucos igual à mamãe e Leah vive correndo em organizações de eventos e como ela considera a Sue como sua avó. - dei de ombros.

– Entendi e pela descrição toda que você me fez dela significa que??? - ele me faria confessar.

– Que aconteceu exatamente como todas as vezes que a reencontro, meu coração acelerou, minhas mãos suaram frias e um calor se acumulou no meu rosto enquanto você sabe meu amigo ficou todo feliz. - eu conversava qualquer coisa com meu pai, não havia segredo algum entre nós.

– E esse sorriso bobo apareceu em seu rosto.

– Sim e agora como é que eu faço tipo eu quero ficar perto dela e ver se rola alguma coisa, porém como fazer isso sem parecer grudento ou inoportuno?

– Bom eu com sua mãe sempre fui grudento e direto. Na verdade você pode começar oferecendo sua amizade, imagino que ela deva estar se sentindo sozinha e vai a escola e provavelmente estará se sentindo perdida. Alias mocinho você tem aula daqui a pouco então o que faz acordado até essa hora?

– Ah pai nem vem você sabia que eu iria a festa do aniversário do Henry.

– Mas só o Seth e a Samantha para permitir o filho fazer festa em plena quinta feira até essa hora.

– Pai eu acho que estou apaixonado. - sim eu sabia que bastava eu reencontrar com ela para meu coração ficar assim repleto de esperança que dessa vez pelo menos um beijo aconteça.

– Quem diria até ontem era um pirralho agora está ai todo apaixonado.

– Vou dormir e amanhã passo na casa da Sue quem sabe ela aceita uma carona.

– Isso vamos dormir mais primeiro vou ligar pra sua mãe. - esses dois era uma amor só, e devo confessar que jamais presenciei nada que demonstrasse ao contrário do que eles sentiam um pelo outro.

– Pai... Você não fica bolado do David conviver tanto com a mamãe? - perguntei logo depois de ter tirado a roupa e deitado na cama.

– Sempre vou ficar. Ele esteve ao lado dela quando eu cometi o maior erro da minha vida. - sempre que ele tocava nesse assunto ele ficava assim perdido em seus próprios pensamentos.

– Ah mais a mamãe ama tanto você pai, na verdade chega a ser uma veneração. As garotas da escola cujas mães foram no casamento de vocês suspiram quando vêem você por lá sabia?

– Humm... Não conte isso a sua mãe ela é realmente ciumenta. - rimos. - Boa noite filho. - ele apagou a luz e saiu.

XXXXXX

Putz ninguém merece acordar com despertador mais haviam duas coisas bem especiais hoje afinal a primeira claro é que eu veria a Julia de alguma forma e a segunda é por que finalmente a sexta feira havia chegado.

– Pensei que fosse perder a hora. - meu pai preparava nosso café da manhã já que a mamãe voltava apenas às oito da manhã por que o plantão dela era de doze horas.

– A Julia comentou comigo que vai ter que ir a escola hoje para se ambientar com tudo, vou passar lá.

– Mas e eu vou pra escola como? - olhei suplicante para o meu pai.

– Eu levo você de moto filha. - ela sorriu.

– E o aniversário do Henry como foi. - ela era apaixonada por ele mais tipo ele tinha uma ficante e apesar de ter uma grande amizade por ela era apenas isso.

– Foi legal. Alias ele perguntou de você. - ela sorriu e era igual ao sorriso da minha mãe.

– Mesmo?? Mais a ficante dele?

– Pendurada no pescoço dele. - Sarah era alguns meses mais nova que o Henry e embora ele fosse dois anos mais novo que eu ainda assim eu gostava da sua amizade.

Na verdade tinha muito aquela coisa dos nossos pais serem amigos e acabamos herdando isso deles.

– Pra variar.

– Hei princesa. - meu pai levantou sua cabeça segurando pelo queixo. - Se você gosta dele tem que ir a luta. Lembra o príncipe não vai aparecer em um cavalo branco de baixo da sua janela.

– Eu sei pai, mais eu nem sou tão bonita assim e a garota dele é perfeita. - ela deu de ombros.

– Está muito enganada. Os rapazes do time de futebol são loucos por você.

– Mocinho nada de jogadores envolvidos com sua irmã, mantenha seu time com as mãos na bola e não na Sarah. - eu era o capitão do time.

– Pai!!! - ela corava igual a minha mãe.

– Bom já vou indo. Obrigado pelo café pai. - fizemos nossos cumprimentos de sempre.

Minha cabeça girava, minha mão suava e um nervoso percorria todo meu corpo.

– Bom dia Sue. - falei lhe dando um beijo já que ela era como uma avó pra mim também.

– Bom dia Daniel. - ela me convidou para entrar.

– Não posso Sue tenho aula. Na verdade eu queria ver se a Julia gostaria de uma carona já que ela precisa fazer algo como um reconhecimento na escola nova para começar na segunda. - dei um sorriso amarelo, na verdade mais para tímido.

– Oh que bom que você irá acompanhá-la eu estava mesmo preocupada com isso.

– Bom dia Daniel. - ela apareceu na porta e aquele mesmo sorriso bobo apareceu em meu rosto.

– Bom dia... Então quer carona?

– Claro vou pegar minha bolsa. - ela se afastou e claro Sue me pegou admirando sua neta e me lançou um olhar de advertência.

– Não se preocupe não vou abusar dela.

– Mas é igual ao pai nas gracinhas. - ela sacudiu a cabeça e entrou enquanto a Julia caminhava em minha direção.

Abri a porta do carro ela entrou e eu a fechei.

– Obrigada por ter vindo. Claro que meu primo iria me levar... - ela interrompeu sua frase.

– Mas... - a incentivei.

– Prefiro que seja você. Eu me sinto melhor ao seu lado. Começar na escola no meio do semestre ninguém merece.

– Por que você resolveu voltar. Claro que eu estou feliz por ver você. - me permiti olhar fundo em seus olhos.

– Eu sinto falta do meu pai, não tenha uma relação das melhores com a minha mãe. Somos distantes e depois eu gosto da reserva e do que ela pode me oferecer. - ela corou no mesmo momento em que seus olhos brilhavam ao dizer a ultima parte.

– Pensei que fosse dizer algo em relação à gente, tipo nossa amizade. - desde que me entendo por gente e uso computador que ela é a primeira pessoa que eu adicionei em tudo quanto é site de relacionamento.

– Você é alguém realmente especial não vou negar.

– Você também é, sentia sua falta. Tipo você sabe que é minha melhor amiga não sabe?

– Você sempre me disse isso então deve ser realmente verdade.

Ah que vontade de contar do meu amor, do quanto eu sonho em ganhar um beijo dela, mas eu não tinha coragem de nada disso e pior eu sabia que ela tinha um cara em Londres mais não perguntei nada, deixaria ela me contar caso sentisse vontade.

– Chegamos. - parei o carro no mesmo lugar que pertenceu ao meu pai, era estranho isso eu sei mas ainda bem que meu pai era popular por aqui.

– É chegamos. - ela parecia nervosa.

– Quer que eu vá até a secretária com você? - claro que isso era apenas um motivo para ficar ao seu lado e espantar os caras que ficariam claro de olho nela.

– Não vai atrapalhar você?

– De maneira alguma. - descemos do carro juntos e ela veio ficar ao meu lado.

Conforme andávamos as pessoas olhavam, curiosas querendo saber quem era. Os garotos eram a pior parte de tudo já que olhavam com olhares repleto de malicia.

Senti quando sua mão se fechou em torno da minha e um sorriso apareceu em seus lábios enquanto me fitava.

– Se importa?

– Não, claro que não. - sorri demonstrando o quanto eu gostava de senti-la perto de mim, por ela confiar tanto em mim.

– Eu senti tanto a sua falta por aqui. - falei tentando dar um ar casual a afirmação de que longe dela eu me sentia triste.

– Eu também. Mais do que consegue imaginar. Por muitas vezes quando acordava e estava aquele ar frio e o céu coberto pela neblina londrina eu sonhava e imaginava o quanto eu queria estar aqui ao seu lado deitada no sofá da sua casa vendo algum filme comendo pipoca abraçada a você.

– Você lembra? - pergunte admirado sem esconder minha felicidade.

– Me lembro de tudo que já fizemos juntos até hoje. Você é importante pra mim. - meu coração disparou.

– Posso saber que palhaçada é essa? - suspirei pesado.

– Lizzy! - virei os olhos respirando fundo para ter saco e disposição pela manhã para suportá-la.

– Sim eu mesma que alias sou sua namorada então o senhorita londrina quer fazer o favor de tirar sua mãozinha da dele. - Julia parecia sem graça com isso tudo.

– Lizzy primeiro não somos namorados e segundo a mão da Julia vai continuar no mesmo lugar que está nesse momento.

Passamos reto. Ah! Eu não vou ficar no corredor da escola dando satisfação da minha vida pra essa garota.

– Daniel eu não quero atrapalhar seu namoro. - ela parecia triste com isso.

– Que namoro? Não tem nada disso não. Ela era apenas uma ficante mais perto de uma garota que eu verdadeiramente amo...

– Então você está mesmo namorando outra garota.

– Não ainda mais pretendo namorar em breve se ela me quiser. - olhei em seus olhos com intensidade. - Está entregue. - abri a porta para que ela entrasse.

– Oi Daniel. - minha avô estava na sala dos professores e me viu entrando.

– Oi vô. - ela continuava dando aula aqui e era inclusive minha professora.

– Julia? - ela pareceu duvidar do que via.

– Olá Bella tudo bem?

– Sim. Nessie comentou comigo que você estava voltado para morar na reserva mais não sabia que seria no meio do ano letivo.

– Pois é...

– Mas pelas suas notas que a escola enviou, ela não terá problema algum já passou na maioria delas. - a Sra. Campbell falou.

– Ah quem sabe ela coloca o Daniel na linha também.

– Será um prazer ser monitora dele. - mal sabe ela que o prazer seria meu.

– Bem preciso ir para a minha aula que por acaso é com você vó. - ela sorriu ficando ao meu lado.

– Levem a Julia junto, o pai dela pediu que ela tivesse todas as aulas com você Daniel. - mais isso não poderia ser melhor.

– Na verdade eu pedi isso a ele. Tem problema?

– Não será um prazer ter você ao meu lado o dia todo. - peguei na sua mão e começamos a acompanhar minha avó até a aula mais andando um pouco mais afastado dela.

Nos sentamos juntos em todas as aulas e isso era legal permitia que ficassemos a maior parte do tempo juntos e conforme conseguíamos, conversávamos sobre vários assuntos.

Na hora do intervalo fomos em direção ao refeitório. Eu sempre me sentava na mesa dos jogadores e das líderes de torcidas, mas sei lá eu não gostava desse coisa de se achar o cara mais popular.

Haviam muitos nerds que eram super legais, mas enfim a vida escolar não é nada justa, existe uma clara divisão entre os grupos e raramente alguém os rompiam embora eu fosse um deles.

– Não vai sentar com seus amigos? - ela apontou já que eles estavam me chamando.

– Quer se sentar lá? - deixaria para ela a opção.

– Por mim tudo bem, mas e a tal da Lizzy. - ela parecia realmente não gostar dessa garota.

– Ela a gente ignora. - ela deu um meio sorriso.

– Então não vai apresentar a garota? - Christian foi logo falando ele é filho do Kim e do Jared.

– Julia esse é o Christian.

– Prazer. - ela falou timidamente.

– Prazer é todo meu gatinha. Se precisar de alguma coisa. - ele era todo sorriso.

– Cara se toca. - O Taylor que era o filho do Quil e da Claire bateu na nuca do Christian.

– Que foi que eu fiz.

– A garota está com o Daniel não é possível que você não percebeu isso ainda.

– Vamos ver até quando. Até por que ela deveria sentar-se a mesa dos derrotados. - Lizzy falou com inveja só pode por que a Julia é mil vezes mais bonita que ela.

– Engraçado por que aqueles a quem você chama de derrotados não seriam os que garantem que você tenha o mínimo de nota para passar já que certamente seu intelecto não permite muito. - um silêncio reinou na mesa. - E a propósito era líder de torcida e do clube de matemática ao mesmo tempo então acho que vou fazer o teste também pra entrar no time. Você me ajuda Daniel?

– Claro que eu te ajudo. Alias todo mundo vai ficar muito feliz de ter você conosco.

– E vai me ajudar com a matemática? Christian perguntou.

– Claro vou ser monitora do time todo sem problema afinal o pais de vocês esperam que consigam bolsas nas melhores universidades não é? - ela piscou e os caras suspiravam e até as outras lideres estava dispostas a aceitar sua ajuda.

Lizzy se levantou e saiu batendo o pé.

– Já tava mesmo na hora de alguém tirar o trono daquela ali. - Sofia a filha da minha tia Rachel e do meu tio Paul portanto minha prima comentou.

Na verdade havia cerca de um ano ou dois entre nós mais andávamos sempre juntos e nossos pais apoiavam isso, achavam bacana continuarmos com a amizade que pra eles eram tão importante.

Até hoje toda sexta feira a turma dos nossos pais saem e vão dançar e namorar e nós ficamos cada vez na casa de um e hoje era a vez de ficarmos na minha casa.

– Então nos vemos depois. - Taylor se levantou. - A propósito hoje vamos na sua casa não é?

– Sim espero todo mundo lá as sete.

Aos poucos cada um foi para sua aula e eu a Julia caminhávamos em direção a nossas aulas.

– Cade sua irmã Daniel? - Henry pareceu se dar conta que ela não estava por perto.

– Sinceramente não sei. - olhei pro lado e a vi no final do corredor. - Ali no final do corredor com o Taylor. - ele pareceu não gostar muito o que era realmente algo bom quem sabe ele a notaria.

– Me desculpe se fui grossa na hora do almoço mais fala sério aquela garota consegue.

– Nem preocupa ele mereceu, mas vou dizer que vou sentir ciúmes em ver você na equipe das lideres de torcida.

– Por que sou sua irmã? - ela arqueou a sobrancelha.

– Jamais disse que você é minha irmã... - ela corou. - Mas então vai na minha casa hoje? - se ela dissesse que não eu criaria um maneira dela ir ligaria para tia Samantha enfim ligaria até pro pai dela se fosse preciso.

– Isso é um convite?

– Praticamente estou implorando sua presença.

– Posso ficar na sua casa depois da escola... É que eu estou sem internet vão instalar apenas na segunda e eu...

– Claro que pode, vou adorar ficar com você lá em casa.

Parecia que ela também sentia alguma coisa por mim, era como se ela quisesse e precisasse ficar tanto ao meu lado quanto eu precisava e queria ficar ao lado dela.

XXXXXX

– Oi filho. - minha mãe estava na sala quando chegamos. - Sua irmã?

– Oi mãe.  Está vindo de carona com o Taylor. Mãe olha quem está aqui. - como ela estava de costas não a tinha visto ainda.

– Julia?? - ela levantou sorrindo e foi abraçá-la

– Oi tia Nessie tudo bem? - Julia sempre gostou muito da minha mãe e ela sabe o quanto o pai dela amou minha mãe no passado e que quase que eles se casaram.

– Tudo. Você está linda. - eu sorria igual a um bobo e minha mãe percebeu.

– Obrigada.

– Mãe vamos subir e ficar no meu quarto a Julia precisa usar a internet tudo bem?

– Claro fiquem à-vontade. - ela sentou novamente.

Subimos em silêncio e não sei, contudo parecia que a Julia queria ficar perto de mim por que ela sempre pegava na minha mão e eu gostava do contato da pele dela com a minha.

– Fique à-vontade. - joguei minha bolsa no canto e ela colocou a dela junto da minha.

– Eu vou só mandar um e-mail pra minha mãe dizendo que está tudo bem e como foi na escola hoje.

Havia um silêncio que vez ou outra era quebrado apenas pelo som da teclas do computador, era bom a ter tão perto de mim mas eu queria mais eu precisava de mais.

Fiquei há observando o tempo todo e enquanto ela ficava no computador enquanto tentava em vão jogar vídeo game mais não sei não estava dando muito certo.

– Julia e o seu namorado? - eu sei que disse que não falaria sobre isso mais não consegui agüentar.

– Namorado? - ela virou a cadeira ficando de frente pra mim.

– É seu pai disse que você tinha um namorado e você comentou comigo no MSN também!

– Ah o Fred?

– É esse mesmo. -acho que dava para perceber a tristeza em minha voz.

– Não tenho nada com ele não. Somos apenas amigos eu não poderia ficar com ele sabendo que eu amo outra pessoa. - ah minha nossa então ela ama alguém, isso torna tudo ainda mais complicado.

– Humm então você ama alguém? - sempre fomos amigos e conversamos de tudo. - Me contaria quem é?

– Amo e contaria se você me contasse de quem você gosta. Seria uma troca justa.

– Ah não sei... Ela gosta de outro. - dei de ombros. - Acho que ela apenas me vê como amigo. - será que havia falado demais??

– Que engraçado por que posso jurar que o meu amor também apenas me vê como sua amiga. - espera ai tem algo de comum demais nessa história.

– Estranho nós dois gostáramos de alguém e eles nos verem apenas como amigos.

– Muito mesmo. - ela ria e eu me perguntava o que é que eu perdi. - Vamos assistir algum filme?


– Vou fazer pipoca. Quer ver aqui no meu quarto mesmo ou na sala?

– Se pudermos ficar aqui eu prefiro. - sorri e sai em direção à cozinha.

Espera ai será que a Julia gosta de mim? E se ela gosta ela pensa que eu a vejo apenas como amiga?

– Mãe pode me ajudar na cozinha? - era mentira eu queria era falar com ela mesmo.

– Claro o que você precisa.

– Na verdade enquanto eu faço pipoca você me aconselha tudo bem? - ela sorriu em afirmação. - Como eu faço pra saber se a Julia gosta de mim como eu gosto dela?

– Humm meu filhote está realmente amando a Julia. Na verdade eu sempre soube que isso aconteceria um dia.

– Mãe vamos a resposta por que a pipoca está ficando pronta e eu não posso deixar ela sozinha.

– Ela faz questão de ficar ao seu lado? Sempre encontra alguma maneira de pegar na sua mão ou tocar em você de alguma forma? Cora quando você diz algo e ficou enciumada por pensar que você tem alguma namorada?

– Sim para todas as perguntas e ela disse que eu sou especial.

– Ah filho então ela sente algo por você porém você precisa se declarar se não, vão ficar perdendo tempo quando poderiam estar juntos.

– Mas é tão difícil, tenho medo de ser rejeitado e que nossa amizade acabe por isso.

– Não creio que isso irá acontecer. Se eu fosse você arriscaria, por que sabe a mulher espera ouvir do cara que ele a ama e que gosta de estar ao lado dela. Enfim não perca a oportunidade e posso te garantir filho que isso é que diferencia os homens e eles nem se dão conta disso.

Subi pensando em tudo que minha mãe havia me dito e sim, eu estava disposto a dizer o que sentia mais por outro lado não sei...

– Voltei. - ela estava deitada na minha cama e jura que proibiria a Marta de trocar esse lençol.

– Senti sua falta. - a cama era de casal então ficaríamos muito bem acomodados.

Dei o balde de pipoca a ela enquanto abria as latas de refrigerante.

Me encostei na cama e ela literalmente se posicionou ao meu lado colado nossos braços inclusive pegando minha mão e fechando na nela.

Sorri ao ver nossas mãos unidas, era como se fossemos realmente namorados e eu queria tanto isso.

– Eu queria te contar uma coisa... não sei tenho medo do que possa acontecer se você não gostar. - falei depois de quase uma hora de filme, agora estávamos deitados e ela com a cabeça encostada no meu peitoral.

– Você sabe que pode me contar qualquer coisa. - ela deslizava a unha pelo meu braço e mal sabia o quanto era importante pra mim sentir seu toque.

– Eu sei mas de qualquer maneira eu prefiro sua amizade a não ter nada. - suspirei pesadamente. - Deixa pra lá. - perdi a coragem.

Ela sentou na cama e ficou me encarando e acho que percebeu a dúvida, angústia e até um pontada de tristeza em meus olhos.

– Não vou deixar pra lá por que me parece ser algo importante. Você não me engana. - não mesmo, ela me conhecia bem demais. Alias depois dos meus pais e da minha irmã ela era a que mais me conhecia.

– É sobre a garota que eu amo. - foi ela quem ficou triste agora. - Eu queria contar pra ela o que eu sinto.

– Mas tem medo dela nos proibir de sermos amigos? É isso? Olha eu sei que somos unidos e eu gosto muito de ficar aqui com você e terei que entender que nada disso vai acontecer quando você estiver com ela. - seus olhos estavam marejados.

– Hei nunca ninguém vai me separar de você. Eu sempre vou escolher você. - ela sorriu amarelo.

– Sei e vou virar inimiga da sua namorada. Não me parece uma boa idéia por que se você estiver namorando eu vou tentar encontrar uma meio de continuar tendo um pouquinho que seja de você pra mim. Eu te adoro muito pra me afastar e você foi umas das pessoas que sem saber pesou mais na minha decisão de vir embora.

– Eu???

– É. Eu queria, eu precisava ficar ao seu lado, só aqui eu sou feliz.

– Julia a garota que eu amo está ao meu lado. - ela me olhou surpresa.

– É a Lizzy? Sim por que vocês estão juntos, digo ela está do seu lado o tempo todo e... - a interrompi.

– Lizzy? Não a garota está ao meu lado agora, passou o dia e a tarde comigo. - ela levantou, se afastou de mim.

Viu deveria ter ficado quieto agora ela vai embora e nem vai querer saber mais de mim.

– Espera ai vamos entender isso.

– Não há o que entender. Eu amo você desde o dia em que te conheci acredite no meu aniversário de um ano. - ri sem humor. - Eu sempre te admirei e sempre te achei a garota mais bonita que eu conheço e eu gosto de ficar ao seu lado, eu sinto muito deveria ter ficado quieto, mas minha mãe disse e meu pai que eu deveria tentar dizer o que sentia. - me levantei da cama envergonhado.

– A tia Nessie e o tio Jacob sabem disso?

– Acredite acordei meu pai hoje de madrugada assim que cheguei da festa pra contar que tinha reencontrado você e que meu coração martelava de felicidade por isso. - dei um sorriso bobo.

– Daniel eu não sei o que dizer.

– Só diga que nada vai mudar entre a gente. Minha mãe me disse que as garotas esperam ouvir do cara que ele a ama mais acho que ela... - ela me interrompeu.

– E ela tem razão ainda mais quando a garota também sente a mesma coisa que o cara. - opa espera respira e analisa a situação como um todo.

– Você não está brava ou qualquer coisa desse tipo?

– Como poderia se o meu maior medo era chegar de Londres e encontrar você com outra que não fosse eu. - ela se aproximou de mim.

– Isso significa que? - tudo bem eu confesso queria tudo às claras, ah também queria ouvir ela dizer que me ama poxa.

– Que eu também amo você e eu pensei que você soubesse mais não dava importância a isso. Eu disse tantas vezes que eu te amava quando estávamos no MSN.

– Eu também disse, mas eu pensava que era como amigo.

– Mas eu te amo também como amigo... Porém não te vejo mais só como amigo.

Pronto tudo às claras eu poderia passar para a fase do beijo não podia?

Passei minha mão pela sua cintura me aproximando mais dela e senti sua mão acariciar minha nuca. Ao olhar em seus olhos  percebi um olhar apaixonado dela pra mim pela primeira vez.

Sua respiração tocava a minha pele e nossos lábios estavam quase, mas quase mesmo se tocando...

– Maninho... Ops foi mal. - Sarah!!!!

– Eu vou embora a Sue deve estar preocupada mais tarde eu volto.

– Não fica por favor você janta aqui conosco. - peguei na sua mão.

– Eu volto pro jantar mais eu preciso ir, tomar um banho enfim... Eu volto, prometo.

– Me liga que eu vou te buscar eu sei que é pertinho mais não me importo mesmo. - ela beijou o canto da minha boca.

– Ai me desculpe eu não sabia. - coitada da Sarah tava toda sem graça.

– Não tem problema. Mas então o que você precisa.

– Aconteceu algo realmente estranho hoje. - ela deitou na minha cama e ficou olhando o teto.

– Estranho? Eu vi você de conversa com o Taylor.

– Pois é acredita que o Henry deu o maior show por que o Taylor me abraçou e beijou meu rosto logo depois do almoço? Inclusive ele vai vir hoje aqui mais tarde.

– Isso deve ser ciúmes do Henry. Tipo agora que ele viu que tem concorrente...

– Nunca vai ter concorrência, eu o amo e isso é fato, mas por outro lado to cansada dele ficar sempre me tratando como criança. E depois ele é apenas meses mais velho. Mas e você e a Julia? Sinto muito vou bater na porta da próxima vez.

– Não esquenta, agora ela já sabe que eu a amo então. - dei de ombros.

– Ai que lindo, vocês vão viver uma amor igual ao dos nossos pais. - ela se levantou seguindo para porta.

– Quem sabe. - ela se foi.

Deitei na cama e fiquei olhado pro teto igual a um bobo mas não importava, tudo que eu queria era amar a Julia, ficar ao seu lado e quem sabe ela poderia aceitar namorar comigo e hoje à noite ficaríamos juntos já que ela garantiu que viria e se ela não aparecesse eu a buscaria de qualquer maneira.


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Notas finais do capítulo

Gostaram do que leram??? eu tipo ontem tive essa ideia e resolvi ir digitando e quanto vi era praticamente um cap se não estiver legal eu paro por aqui e dou a fic por encerrada até pq já está mesmo mais de qualqer modo queria compartilhar esse cap com vcs não me parece justo o deixar no meu pc... bjs patty *_*