Escute: I Know You Were Trouble

Tantos erros. Tantas falhas. Eu achei que o amava, mas nem de longe o amava era somente um capricho que eu me dei ao luxo de ter. Conhecemos-nos logo após a morte do meu pai. Eu estava frágil, lutando para ser forte e não sucumbir ao desejo de tirar minha própria vida. Eu estava caindo e caindo, precisando de alguém. E foi ai que eu o conheci.

Ele era um Bad boy muito bonito, charmoso, emanava problema. Ele me pegou sozinha, Ele me encontrou. Ele não se importou com quem eu era ou o que aconteceu comigo. Eu me deixei levar pelas sensações do momento, e eu acho que eu precisava daquilo, de uma válvula de escape.

Eu me deixei levar. Eu me entreguei. E esse foi o problema. E um medo me arrepia doentiamente, que ele nunca sentiu nada por mim, nem eu, nem ninguém. Eu era só mais um furo em seu cinto. Ele me levou a lugares que eu nunca imaginei conhecer. E agora eu me afogo em problemas enquanto ele arruma outra vítima. Estou sentada no chão frio enquanto ele tortura outra com seu sorriso de anjo.

E o pior é saber que não foi por falta de aviso, minha família, amigos e até professores me avisaram. Mas eu só queria esquecer, esquecer tudo que me depreciava, que me acabava, que me afogava. E este foi o meu erro.

E mais uma vez eu sai ferida.

Mudei totalmente, virei à garota que nenhum pai gostaria de ter, mas e daí? Eu não tinha mais um pai então fez o que eu achava certo. Eram festas, bebidas, chegar tarde em casa. Eu me apaixonei por Cato, e eu achava que ele também gostava de mim, pelo menos um pouco, mas eu nunca me entreguei a ele, nunca senti essa necessidade. Mas tudo mudou naquela fatídica noite.

Era nosso baile de formatura, a bebida rolava solta, eu já estava totalmente bêbada, e Cato também. A festa era no salão de um hotel e Cato havia reservado uma suíte, eu estava tão bêbada que fui. Não teve amor, carinho e muito menos cuidado. Cato depois de “saciado” disse que não queria mais nada, eu gritei com ele, eu estava com raiva, mas eu sei que era tudo que ele queria me usar e depois me jogar fora, eu era somente mais um furo em seu cinto. Ele me bateu, bem no rosto, disse que eu era uma vadia e que nunca me amaria. Tantas coisas aconteceram naquela noite, coisas que eu nunca serei capaz de contar há alguém, mas o sentimento que ficou comigo desde aquela noite, eu não esquecerei nunca me senti tão humilhada. Tão suja. Eu tive nojo de mim mesma. Acho que sempre terei.

Dois meses depois, de onde estou contando eu descobri estar grávida, agora uma vida dependia de mim, uma que eu não podia acabar machucar, e Cato sabe que eu a tenho, eu disse, mas ele não aceitou, fiquei feliz com isso até. Não quero meu filho perto desse idiota, nunca. Mas o que ele me fez ainda dói. Dói saber que alguém pode ser covarde ao ponto. Só dói e muito.

Mas o que me conforta é que por mais que as pessoas não saibam a verdade. Ele saberá. Toda.Vez.Que.Olhar.Pra.Mim. Sei que ele fingirá não saber, mas ele nunca me verá chorar por isso. Por que eu sei que ele estará se afogando na culpa. Se afogando e se afogando e se afogando. A cada olhar. Porque eu sei que o tempo todo ele rirá de mim, e eu saberei que a piada é sobre mim. Mas não importa, EU sei que ele é problema.

Mas de uma coisa eu sei e faço questão de saber. Cato Ludwig NUNCA tocará em mim novamente. Nem em Mim nem no meu filho. Não mais.