[Should I Trust You?] escrita por Grani008


Capítulo 4
You never understand


Notas iniciais do capítulo

heeeeeeeeeeeey, Nyah entrou de greve u.u mas to aki *----------* boa cap. e comentem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/497365/chapter/4

Cap. 04 You never understand

Jason ria ao meu lado, enquanto percorríamos o corredor da escola. Isso me irritava. Ele cochichava com si mesmo frases como ‘não creio’ e ‘impossível’. Ele estava surtando como uma garotinha.

Estava me arrependendo de ter contado a ele oque acontecera noite passada com Annabeth, ou melhor, o que não acontecera.

[Flash Back ON]

Olhei nos olhos de Annabeth apenas um segundo antes de pular para fora da cama. Ela estava assustada e pegou o primeiro casaco que vira pela frente. Um casaco de lã e gola alta, vermelho. Ainda estava ofegante quando nos sentamos às pressas nas cadeiras em que estávamos antes, ela fingindo que estava apenas lidando com as feridas em minhas costas, por todo esse tempo.

– Annabeth posso entrar? – Disse o pai dela batendo à porta.

– Só um segundo papai – ela gritou, continuou em um sussurro – Percy! Como eu estou?

Virei-me para ela, que provavelmente nos denunciaria. Apele branca estava rosada, fora do normal, os lábios muito vermelhos, e os cabelos bagunçados e volumosos, com algumas mechas sobre o rosto.

– Você está linda – menti e foi a última coisa que disse antes do pai dela abrir a porta e entrar. Seja o que os deuses quiserem.

[Flash Back OFF]

Eu dormi no quarto de hóspedes. Entre o quarto de Annabeth e eu havia o escritório do pai dela, que ficou acordado, a noite inteira e com as luzes ligadas. Mensagem clara como cristal ‘Ninguém passa por mim sem eu saber’.

Agora Jason havia se acalmado um pouco.

– Você pode passar no meu armário comigo? – Ele perguntou.

Concordei. Jason murmurava alguma coisa sobre filme de terror e o Di Angelo. O assunto tinha, finalmente, mudado. Talvez apenas para que o ‘assunto’ chegasse até nós.

Ao lado do armário de Jason, Rachel pegava alguns livros, sorrindo que nem boba, com uma Annabeth vermelha como um pimentão ao lado. Ela balbuciava algumas palavras incoerentes, gaguejando e não completando frases.

Quando me viu ficou branca como um cadáver.

Seus olhos se prenderam aos meus e me perdi naquela imensidão cinzenta.

– Para de falar do assunto que o assunto chegou – Rachel falou entre risadinhas, parece que, como Jason, ela também estava a par das informações.

– Hey Rachel – cumprimentou Jason, dando um beijo na bochecha da ruiva – Hey Annie – ele também a cumprimentou.

Não gostei do rosto dele perto do dela. Nem um pouco.

Também dei um beijinho em cada uma, dizendo ‘oi’, Rachel comentou algo com Jason enquanto eu observava Annabeth.

O cabelo dela estava bem encaracolado e volumoso, alguns cachos caindo em seus olhos, ela os soprava, irritada. A maquiagem deixava as suas bochechas em uma cor alaranjada, demarcando as maçãs do rosto. Os olhos eram destacados, cinzas, delineados no preto. A boca carnuda era colorida em um tom claro de roxo.

Ela usava um tope tomara-que-caia azul com decote V, que deixava a pele do pescoço e barriga à mostra. Alguns pontinhos pretos surgiam no seu pescoço.

Ela vestia uma jaqueta de couro preta, calças jeans escuras um pouco largas com um cinto de fecho de borboleta. Por fim, botas negras, de saltos altos, que a faziam ficar do meu tamanho.

Ela estava tão sexy que me deixava louco.

Deve ter percebido porque desviou o olhar e corou, fechando a jaqueta, abraçando o próprio corpo.

Jason me deu uma cotovelada, quando Rachel chamou a atenção de Annabeth.

– Pare com isso, está a fazendo ficar sem jeito.

– Do que está falando? – perguntei sem nem tirar os olhos dela.

– Você está devorando a garota com os olhos – ele falou, parecendo incomodado.

Rachel falou que precisava ir para a aula e Jason foi com ela. Deixando eu e Annabeth sozinhos em um corredor praticamente deserto. Ficamos apenas nos encarando, até que ela desviou o olhar, soprando uma das mechas.

Não me contive, e coloquei aquela mecha atrás de sua orelha, minha mão queimava onde havia tocado sua pele.

Ela não se intimidou ao meu toque e colocou sua mão sobre a minha.

A distância entre nós, agora, era mínima.

– Alguém já te disse que está mais que linda hoje? – Sussurrei ao seu ouvido.

Ela estalou um beijo na minha bochecha, e outro no canto da minha boca.

– Só milhares de vezes – brincou, piscando.

E saiu, na direção oposta à minha, deixando-me louco por não ter ganho aquele beijo, pelo qual desejava tanto.

–------------ / ----------------

Depois da aula, voltei caminhando pra casa, me preparando para o que iria enfrentar. Era dia de Poker e Gabe não me daria folga.

Mas o que eu vi quando cheguei em casa foi bastante diferente. Porque realmente parecia uma casa. Um lar.

Havia plantas na varanda e as janelas estavam abertas.

Chequei se era mesmo meu endereço duas vezes, e realmente era.

Quando entrei fui atingido pelo aroma de cookies recém-assados e alcaçuz. Portas retratos estavam espelhados pelas paredes em meio a quadros retratando mares e horizontes sem fim.

Caminhei até a cozinha temendo que fosse mais uma gracinha de Gabe Cheiroso. Deixei minha mochila cair no chão e corri, quando vi minha mãe tirando uma bandeja quente, repleta de cookies azuis, do forno.

Tudo que me lembro foi como borrões, ela me abraçou e pediu infinitas desculpas por te me deixado com aquele ‘brutamonte troglodita’, que era o novo apelido de Gabe Cheiroso.

Gabe Cheiroso Brutamente Troglodita.

–---------------/----------------

Mamãe falou que precisava dormir um pouco e só esperei que se trancasse no quarto para que eu saísse.

Eu não acreditava que ela tinha contado pro seu pai. Mamãe não seria feliz aqui, iria se lembrar dele.

Cheguei à escola em menos de 10 min. Eu sabia onde encontra-la. Fui direto para a sala de biologia e a encontrei sobre uma escada, tentando alcançar alguma coisa no teto da sala. Ignorei essa cena sem noção.

– Annabeth!

Ela se virou, assustada, fazendo a escada balançar um pouco.

– Oh, Percy, é só você – ela disse, entre sussurros – Você tem que ver o que eu achei...

Ela finalmente prestou atenção em mim.

– O que foi?

Lágrimas de raiva queimavam em meus olhos.

– Como você pôde?

– Eu não entendo – ela disse, descendo os degraus – pensei que ia gostar em ter sua mãe de volta!

– Nunca mais – minha voz foi entrecortada por um soluço – fale comigo.

– Mas o quê?! – Sua expressão era pura confusão – Agora ela está em casa. Seu padrasto vai responder por tudo na justiça... Ela vai trabalhar na empresa do meu pai. Pensei que ia gostar de ter ele de volta...

– É você tem razão Annabeth – minha voz saiu ríspida e ela deu um passo para trás – você não entende.

Saí da sala, batendo a porta. Deixando uma Annabeth estática para trás.

Sem entender nada.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Foi mal os erros gente. Cap. nao foi revisado; kisses! comentem!