Resilience escrita por lilithfx


Capítulo 14
Estreias - 1


Notas iniciais do capítulo

“O mundo inteiro é um palco
E todos os homens e mulheres não passam de meros atores
Eles entram e saem de cena
E cada um no seu tempo representa diversos papéis.”
William Shakespeare



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Rachel nunca esteve tão calma. Era chegado o momento, as luzes piscaram e apagaram pela terceira vez, o sinal sonoro soou, era agora ou nunca. A sensação de frio no estômago foi rápida e passageira, ali é seu lar. Adentrou o palco, já não era mais Rachel Berry. Agora era a comediante Fanny Brice, e por duas horas e meia suas aventuras e desventuras seriam vivenciadas no palco.

O intervalo aproximou-se rapidamente, estava tão concentrada em sua personagem e no palco que em nenhum instante colocou os olhos na plateia. Sabia que estavam gostando pelos risos, choros e palavras de consolo para Fanny, era a magia do teatro.

Quando terminou de cantar My Man e as cortinas caíram, ela estava exausta. Lembrou de todo sacrifício feito até aquele momento, as pessoas que ficaram no meio do caminho e aquelas que estavam ali, sentadas na plateia, apoiando e aplaudindo sua vitória.

Respirou fundo, adentrando novamente o palco, para receber uma das maiores ovações presenciadas na Broadway. Rachel Berry agora é uma estrela, suas metáforas tornaram-se realidade. O céu é o limite para pequena judia e hoje ela comemoraria junto daqueles que ama seu triunfo e vitória.

Abraçou cada membro do elenco, dos músicos, as camareiras, os levaria para sempre em sua carreira e ali, além de ganhar o respeito profissional, fez mais admiradores. A classe teatral sabia detectar quando surgia um fora de série e a jovem judia estava nesse patamar. Não importava muito se as críticas fossem positivas ou negativas, era tudo uma questão de tempo.

Foi escoltada ao seu camarim, precisava despir-se de Fanny Brice e tornar-se novamente Rachel Berry. Seus amigos e família a esperavam para comemorar e quem sabe, certa loira, dona do seu coração, também não estaria por lá, tudo era possível, naquela noite mágica.

Santana

Santana estava com raiva, na realidade furiosa. Não deixaria ninguém estragar a noite de estreia de sua amiga, muito menos a loira aguada, eterna moradora de Nárnia, Quinn Fabray ou sua cópia mais velha Cassandra July.

Ela sabia o quanto Rachel esperou por esse dia. No fundo, todos que conviviam com a jovem diva, também estavam ansiosos e apreensivos. Inclusive a grande Santana Lopez.

A diva tinha conquistado seu coração e apesar de negar, a latina possuía um coração, mostrado para as poucas pessoas que não se deixavam enganar pelo exterior marrento, sarcástico e petulante.

Ela sabia que algo estava errado, era sutil, mas Santana sempre foi boa em “ler” pessoas. Cassandra July depois da conversa com a diva sumiu, e por mais que Rachel não falasse, a latina percebia que o fato estava incomodando a judia. E existia Quinn, Santana bufou de raiva ao pensar na loira.

Sabia o quanto a jovem diva contava com a presença da loira na sua estreia, repetindo várias vezes a promessa feita pela ex-capitã. A anã era uma idiota, dar seu coração para quem não conseguia assumir gostar de meninas, era pedir para sofrer.

Fabgay usava os meninos para mostrar a boa cristã que era, mas Santana se lembrava da loira em sua cama, naquele maldito casamento de Mister Shue. A bebedeira foi à causa de tudo, junto à eterna repressão da loira e o coração quebrado da latina. Ela queria Britt e não suportava o fato de sua duck estar com o boca grande do Sam, já Quinn queria a judia, mas nunca iria admitir.

Elas foram para cama, cada uma procurando algo que a outra não podia dar. Fabray era linda, mas não era Britt e nem certa morena que andava povoando sua mente. Ela não era a judia também, e quando Quinn gritou o nome de Rachel no momento do clímax, Sant fingiu não ouvir.

Como também fingiu não perceber que Fabray não a tocou e ela precisou construir pra si um orgasmo. Ela foi usada, isso ainda doía. A grande Santana Lopez, uma latina quente e gostosa, não precisava dormir com alguém que não tinha interesse nela e o pior, nunca admitiria a pequena escapada para ninguém.

Quinn fazia questão de fingir que nada aconteceu, Santana tinha vontade de quebrar aquela aura cristã de boa moça da amiga, mas o preço a pagar seria alto. Não quebraria o coração de Rachel ou mesmo de Dani, por uma vingança barata.

Quando recebeu o email de Q avisando que não iria à estreia da baixinha, sentiu-se culpada. Fabray tinha pânico de Rachel descobrir sobre a noite de sexo que as duas desfrutaram algo engraçado, já que nunca se preocupou em poupar a judia dos seus relacionamentos com os meninos. Quinn era uma idiota, poderia ter o amor de Rach, mas preferia ser aceita socialmente e compactuar com as ideias pré-históricas da sua família hipócrita.

Santana pensava nas ações de Quinn e lembrou-se do momento de covardia que ela tinha vivido no ensino médio, onde não era tão diferente da loira, magoando quem mais amava no mundo, pensou em Finn e como ele a expulsou do armário, deixando a latina em pânico, com medo de ser rejeitada pelos pais e perder o status e a popularidade que tinha no colégio.

Foi nesse momento que Rachel ganhou definitivamente seu coração. Aquela que teria todos os motivos do mundo para odiar Santana, foi quem se levantou primeiro, para defendê-la e apoiar, diante de todos, chegando ao ponto de brigar com Finn e declarar em alto e bom som, sua possível bissexualidade.

Rachel merecia quem pudesse assumi-la e ter orgulho de estar com ela, sem medo ou receio. Se tudo fosse diferente e a baixinha desse uma oportunidade, Santana não perderia essa chance. Tinha certeza que faria Rach feliz e esqueceria em definitivo Brittany.

Dani era alguém especial, mas seu namoro não fazia seu coração palpitar, apesar de uma química poderosa no campo sexual, a relação não estava dando certo, San tinha consciência de ser a grande culpada por isso, não estava inteira, seu coração, era ocupado por Britt e recentemente Rach tomou de assalto, um bom pedaço. Sabia que precisava colocar um ponto final no relacionamento, mas também tinha sua dose de covardia e ficar sozinha não era sua escolha.

Por isso, tentava compreender Quinn, entretanto sabia que tinha passado a hora da loira crescer e encarar seus sentimentos, ou perderia a possibilidade de ser feliz, além de amarrar Rachel numa relação sem futuro, negando a judia, a felicidade merecida.

Depois de ler o email, sua raiva cresceu ainda mais, com o pedido feito por Quinn. Verificar se a judia receberia as flores. Por acaso a grande Santana Lopez possuía cara de entregadora de flores, Fabgay podia ser sem noção as vezes. Porém, por mais vontade que a latina tinha de jogar fora aquele arranjo de lírios brancos, ela sabia que entregaria a Rachel. Juno é tão óbvia, em seus desejos inconscientes/conscientes, que a única coisa a fazer é rir, quem mais escolheria flores, cujo significado é “eu te desafio a me amar”, só faltou colocar um letreiro em neon dizendo Quinn ama Rachel.

O cartão foi a cereja do bolo, com Quinn reafirmando sua fé na jovem judia, ao dizer que ela era uma estrela e estava destinada as grandes façanhas e ao sucesso, e que tinha certeza sobre isso, desde que a viu cantar aos 6 anos no teatro da escola, em Lima.

Depois de ler o cartão, a anã lamberia o chão por Fabray, Santana tinha certeza e não estava contente com isso. E para aumentar ainda mais sua dor de cabeça, tinha que lidar com Cassandra July.

Depois da conversa no teatro, achou que tinha esclarecido as coisas com a professora, Rachel estava feliz e era isso que importava. Mas ao longo da semana, San notou o afastamento da loira mais velha e como isso afetou a jovem diva.

Rach não contou o que elas conversaram e nem o que tinha rolado, porém a latina percebeu que a diva sentia falta das ligações e da atenção constante de Cassie. Santana jurou ter uma conversinha com Cassandra July, sem que Rachel percebesse algo.

Precisava agora de foco, arrumar-se e ir buscar Dani, elas estariam na primeira fila do teatro para aplaudir Rach, junto com os amigos e seus pais.

Carmem

Ela estava em êxtase, hoje era um dia importante para Carmem Tibideaux. Tinha convidado Gabriele para ir ao Teatro, ver a estreia da Rachel, e ela tinha aceitado nada poderia ser mais perfeito.

Quem poderia imaginar que a grande Carmem iria apaixonar-se justamente pela ex-namorada da sua melhor amiga. Era insano, ela sabia. Tinha lutado com todas as forças para renegar essa paixão e só após o falecimento do traste de seu marido, ela admitiu pra si mesma e para Shelby que amava Gabriele.

Foram 15 anos de sofrimento, convivendo com um marido abusivo e sofrendo em silêncio. Poucas pessoas sabiam o que acontecia na intimidade do seu lar. O marido, uma jovem promessa da Broadway, não segurou a pressão e começou a beber, o que tornou a vida de Carmem um inferno de agressões, humilhações e desculpas esfarrapadas. Ele tinha inveja do sucesso alcançado pela mulher e quando percebeu o interesse de Carmem em outra pessoa, tornou-se ainda pior, chegando a ter ciúmes e ameaçar sua amiga Shelby. Mal sabia ele, que o verdadeiro amor de Carmem respondia pelo nome de Gabriele e era uma linda loira.

Carmem vivia em pânico de seu marido descobrir sua paixão e fazer alguma maldade com Gabi, por isso tratou de esconder seu amor debaixo de sete chaves, escondidos de todos. E agora, que estava viúva, poderia finalmente tentar ser feliz, mas antes, precisava ajudar Shelby, Não teria como ser feliz com Gabi, vendo Shelby infeliz.

E para isso acontecer, ela tinha um plano, e o executaria hoje, durante a estreia de Rachel. Forçaria o encontro de Shelby e Cassie, antes que a amiga pudesse perder o amor da sua vida.

Ela sabia que Cassie estava confusa com relação a Rachel, mas acreditava que a loira ainda amava Shelby, tanto amor não se acaba de uma hora para outra, ela era prova viva disso. Tantos anos amando Gabriele em silêncio e mesmo assim, seu amor crescia e ficava mais forte.

Hoje seria uma noite de comemoração, encontraria antigos e queridos amigos. Sairia num encontro com seu amor, veria o nascimento de uma estrela da Broadway e possibilitaria a chance de felicidade para sua melhor amiga.

Agora é planejar suas ações e aprontar-se para ver o brilho incandescente de Rachel Berry.

Cassie

Ela estava pronta para seduzir, seu vestido Versace perolado ajustava-se na medida certa, valorizando seu belo corpo, de maneira elegante e nada vulgar. O cabelo num coque frouxo valorizava o pescoço esquio, enquanto a maquiagem destacava seus lindos olhos verdes. Estava pronta para encarar, as morenas. Não perderia a oportunidade de esclarecer seu passado, precisava disso para decidir o futuro.

Agora, era ver os últimos detalhes da apresentação de Rachel e preparar-se para montar vigília, seria uma longa noite, mas Shelby não escaparia de forma alguma. Queria todas as explicações que tinha direito. Por isso, tinha inventado para Kurt, que após o show, precisava tratar de alguns contratos importantes para carreira da jovem diva. Kurt ficaria responsável de dar suporte a Rachel e ela os encontraria depois, para comemorar o sucesso do show.

Apesar de sentir culpa por enganar Rachel, tinha fé que a diva a perdoaria, depois de saber toda a verdade. Aquela conversa pertencia a ela e Shelby, Cassie precisa tirar do coração toda mágoa guardada, limpar a alma, só assim estaria inteira para Rachel.

Em breve ocuparia seu lugar na coxia e aplaudiria com entusiasmo o triunfo da judia, mas agora era hora de gritar com alguns incompetentes e fazer o show acontecer.

Beth

Elizabeth Corcoran no alto dos seus 4 anos era uma garotinha adorável e ao mesmo tempo impossível. Uma miniatura perfeita de Quinn com os olhos de Puck. Shelby ficava maravilhada em como podia amar, sem esperar nada em troca. Com Beth ela retribuía todo o amor dado a sua filha, pelos Berrys, esperando o dia em que suas pessoas favoritas estivessem juntas e conectadas.

Beth era adorável, mesmo quando fazia bico para conseguir algo ou arqueava a sobrancelha em teimosia. Como fazia nesse exato momento, ao querer ir no teatro com a mãe, ver a estreia de Rachel.

A pequena simplesmente amava Rachel e ouvi-la cantar, era uma poderosa canção de ninar, em noites insones ou de teimosia. Shelby se lembrou da primeira vez, Beth tinha pouco mais de 3 meses, acordou chorando muito e ela marinheira de primeira viagem, entrou em pânico, sem saber como agir. Todas as tentativas de acalmar o bebê, foram em vão e já no auge do stress, resolveu que música podia fazer sua mágica. Ela estava com laringite, cantar mostrou-se doloroso e como no DVD rolava uma performance do New Directions, resolveu testar, e aconteceu a mágica.

Ao ouvir Rach cantando Don't Rain on My Parade, a garotinha parou de chorar, acalmou-se e imediatamente dormiu. Desde então, era um dos programas prediletos de mãe e filha, ver a filha mais velha cantar.

Shelby não via a hora de ter as duas convivendo, seria a realização de um sonho. E foi o que prometeu a sua pequena loira, enquanto a colocava para dormir, trazer sua irmã para casa, em breve.

A pequena deu um sorriso, aconchegou-se a pequena estrela de pelúcia e ao leão dourado, presentes queridos e antigos, e mergulhou num mundo de doces sonhos, guiados pela poderosa voz da judia.

Shelby

Ela estava linda, seu vestido rosa e os cabelos soltos, faziam-na parecer ter pouco mais de 30. Ninguém acreditaria que sua filha de 20 anos, estaria estreando na Broadway essa noite.

Depois de passar todas as recomendações possíveis para babá, ligou para Carmem, sabia que hoje era uma noite especial para ela. Estava feliz pela amiga, Gabriele ter aceito ir ao teatro, era o primeiro passo para tornarem-se oficialmente um casal. As duas mereciam a felicidade, tanto Carmem quanto Gabi tinham sofrido muito, agora é o momento de ser feliz e construir uma relação duradoura.

Quem sabe, o futuro também seria promissor, pensou ela. Se não pudesse ser feliz com Cassie, teria suas filhas para dar e receber amor e seus amigos. Era tudo que precisava para preencher sua vida.

Agora, no entanto, era hora de comemorar com sua família, o sucesso da filha. E Shelby não tinha a menor dúvida, que a estreia seria fabulosa. Rachel era uma artista completa, muito melhor que ela. Sua estrela só começava a brilhar e Shelby faria com orgulho o papel de mãe coruja.

O interfone toca, anunciando a chegada de Jean e Sebastian. Agora era hora de descer e rumar para o teatro. Seu estômago estremece e um frio percorre seu corpo, parece que é sua própria estreia. Faz uma prece para dar tudo certo e parte para presenciar o sucesso da filha.

Teatro

A pequena judia não tem ideia de quantas pessoas tocou durante sua curta vida e que todos estariam ali, para vê-la trilhar o caminho dos seus sonhos.

O teatro estava lotado, o revival de Funny Girl era o assunto do momento, havia uma enorme expectativa da classe teatral. Todos queriam saber sobre a futura estrela e as especulações eram enormes.

Tudo que sabiam sobre Rachel era o fato dela estar no segundo ano de NYADA ser pupila de Cassandra July, protegida de Carmem Tibideaux, ter certa semelhança com uma antiga estrela da Broadway, uma voz de abalar as estruturas e um enorme talento,segundo seus colegas de NYADA, referências impressionantes para uma candidata a estrela.

A tensão era enorme, grandes figurões do show business estavam sentados na terceira fileira, ao lado dos críticos teatrais, esperando o início do show. A primeira e segunda fileira estava ocupada pelos amigos feitos em NYADA, seus companheiros e amigos de aventuras Santana e a namorada Dani, Kurt e Blane, Tina e Artie, Mercedes e Sam, a nova geração do New Directions, com Mr Shuester, Holly Holliday, April Rodhes, Sue Sylvester, Becky, seus pais, a mãe Shelby, Carmem, Gabriele, Jean e seu parceiro Sebastian, Jesse, David Karofsky e Jacob Ben Israel.

Brittany não tinha conseguido liberação da MIT por conta de uma feira robótica, Noah estava num treinamento confidencial da Força Aérea e Quinn fugia da força gravitacional de Rachel, alegando ter uma prova no dia da estreia da pequena judia, e tinha Finn, cuja morte ainda era sentida por todos.

Quatros cadeiras vazias, num mar de rostos conhecidos e desconhecidos, que deixavam tristeza e decepção no coração de algumas almas, mesmo numa noite tão especial, quanto aquela.

Escondida na coxia lateral, atrás de um biombo, Cassandra observava cada pessoa ocupar seu lugar. Já tinha feito à parte profissional e recebido junto com o diretor, alguns produtores da Broadway e possíveis parceiros comerciais.

Ela tinha assumido aos poucos, o papel de agente, cuidar do interesse da diva, era sua prioridade imediata, não a deixaria cair em mãos gananciosas, por isso fazia questão de falar com todos e deixar claro que a pequena judia tinha uma “rede de proteção” ao seu talento e projetos.

Engraçado o quanto ficavam surpresos com Cassandra July. Antes, era algo inimaginável, pensar na grande “cadela” da Broadway protegendo um jovem talento. Sabiam do seu talento em formar grandes profissionais para Indústria de entretenimento, mas essa fase protetora, altruísta e centrada, é uma novidade bem vinda, e ela ia conseguindo outro nível de respeito profissional.

Cassie estava apreensiva. Tinha falado com Rach mais cedo e ajudado no aquecimento corporal, repetindo as marcações e coreografias de várias cenas, sabia que a jovem judia estava pronta.

O clima estranho entre as duas persistia. Cassandra sabia que a culpa era dela, mas precisava conversar com Shelby e seria hoje, Por isso, encontrava-se escondida, olhando cada pessoa que chegava e ocupava seu lugar na plateia.

Ela tinha visto quando a diva solicitou ao diretor, a separação de alguns lugares para seus amigos e família, era só uma questão de esperar.

E não foi preciso muito tempo, só não imaginava a surpresa ao ver Shelby, sua ex-namorada, chegar com um grupo de quatro pessoas, que pela interação, eram amigos de longa data, e nesse grupo estar sua ex-professora, amiga e confidente Carmem.

Sua cabeça dava voltas, mas algumas situações e conselhos de Carmem finalmente começaram a fazer sentido, Cassie sempre achou estranho, como a amiga era capaz de “lê-la” sem precisar de explicação ou da história. Sentiu-se enganada, uma otária. Sua vontade era puxar Shelby nesse instante para uma conversa, mas não estragaria a noite de Rach, aprendeu com a judia a controlar seus impulsos egoístas, devia isso a ela.

O corpo tremia em fúria e também de excitação, Shelby estava linda, em seu vestido rosa, os anos deixaram-na ainda mais bonita e desejável e por mais raiva e ódio, Cassandra desejou tocar aquela pele de novo, beijar aquela boca. Precisou de toda força de vontade para acalmar as emoções e quando sentiu o coração desacelerar, voltando quase ao normal, percebeu a interação de Shelby com a loira sentada ao seu lado. O toque nas mãos, os olhos nos olhos, o sorriso fácil e a intimidade criada somente por quem divide a cama com o outro.

A raiva voltou em dobro, e um sentimento de posse apareceu. Definitivamente Cassie estava puta, via tudo vermelho. Sua boa intenção de não atrapalhar a noite de Rachel foi pelo ralo, iria buscar suas respostas agora.

E quando ela já se preparava para descer e abordar Shelby, os Deuses do Teatro resolveram intervir. As luzes apagam no exato momento, o espetáculo vai começar.


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Notas finais do capítulo

Primeiro,obrigada mais uma vez por quem acompanha essa história,comentando ou não.
Dei uma sumida por conta de uma justa causa,estudar para prova de vestibular,domingo tenho uma e ai férias de uma semana :-)
Tive que dividir esse capítulo em 2 e ainda assim ficou grande,não me matem.A parte 2,tenha a esperada conversa de Cassie e Shelby e uma surpresinha bônus.
Tenho uma pergunta,estou com uma outra fanfic faberry com três capítulos prontos,baseada num filme que gosto demais.A pergunta é,começo a posta-la ou espero terminar essa fanfic primeiro?
Comentem aqui por favor ou no meu ASK ask.fm/Lilithfx
Bom jogo e vamos juntos Brasil :-)