Segredos de um passado obscuro escrita por Bianca Romanoff


Capítulo 7
O Reencontro


Notas iniciais do capítulo

Aí vai mais um capítulo narrado pelo Steve. Espero que vocês gostem. Só uma coisinha antes de lerem, eu vou ficar sem postar essa semana, porque estou tendo provas e preciso estudar. Mas é só por essa semana, tenho certeza que vocês entendem.



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Saio de cima de Natasha sem jeito, e ela se senta recuperando a postura. Nós dois olhamos para a porta, e a figura que vejo não me é familiar. A expressão de Natasha demonstra o contrário.
– Jenna? - eu olho para ela e depois para " Jenna", tentando me localizar.
– Então se lembra de mim. - a voz de Jenna carrega um ódio profundo. - Se lembra da minha irmã também? Aquela que você matou?
– Você não deveria estar no porão? - eu pergunto a ela, já que Natasha não tem uma resposta. Não quero fazê-la sentir-se mal novamente.
– E você não? - ela arqueia uma sobrancelha para mim, e depois se volta para Natasha de novo. - Pensei que você não amasse ninguém, Natasha. Ele é só um brinquedo? Ou tem alguma utilidade e depois será dispensado? - eu sinto como se tivesse levado um soco no estômago, mas me recupero, porque sei que ela não é assim.
– Saia daqui, Jenna. Eu não vim para brigar, só quero uma coisa e vou embora assim que consegui-la.
– Ah, mas você não vai mesmo.
Ao dizer isso, Jenna puxa uma faca da cintura e a arremessa em Natasha. Eu não sou rápido suficiente para detê-la, mas Natasha se esquiva. Eu corro até a garota e paro seu braço pronto para mais um lançamento. E quando olho por cima de seus ombros, vejo Bucky.
Eu largo a garota e vou atrás dele, mas eu devia saber que ele estaria pronto. Ele atira e eu consigo me abaixar. Ouço Natasha me chamando, e ela joga meu escudo para mim, enquanto dá conta de Jenna. Me protejo da chuva de balas que cai sobre mim.
Ele está correndo, e eu vou atrás. Logo estamos na cobertura do prédio.
– Por que você continua vindo atrás de mim?! - Bucky pergunta, chutando minhas costelas.
– Porque você precisa se lembrar... Precisa se lembrar que é meu amigo.
Ele me chuta mais uma vez, e eu jogo meu escudo contra ele e me levanto. A luta entre nós é acirrada, e eu estou cada vez mais cansado e machucado. Ele também. Então, ele se prepara para fugir de novo, mas desta vez eu consigo segurá-lo antes que ele pule da sacada.
– Não dessa vez.
Ele se vira e me chuta, eu tropeço alguns passos e lanço meu escudo, que o acerta em cheio, e ele cai a centímetros da beirada. Me aproximo para pegá-lo, quando percebo que fui enganado e atraído para uma armadilha. Ele se levanta de uma vez e me empurra pela sacada.
Estou caindo, e sei que vou me estatelar no chão e morrer. Penso em Natasha. Ela perdeu a todos que gostava, e agora perderia a mim. Talvez Clint possa cuidar dela. Mas quando estou prestes a bater de cara no chão, algo me traz de volta aos ares, e sei que é Sam.
– Pensei que estivesse no hospital! - eu grito por cima do barulho do vento.
– Eu estava! Mas sabia que vocês não ficariam longe do perigo por muito mais tempo!
– Obrigado. - eu digo quando ele me coloca no chão. Bucky não está mais lá. - Droga, ele fugiu.
– Não deve ter ido longe, vamos!
Nós dois disparamos pelas escadas. Ouço o som dos passos que só podem ser de Bucky muito abaixo de nós. E corro mais rápido, deixando Sam para trás. Estou de volta aos corredores, e vejo a sombra de Bucky dobrar a esquerda. Assim que o faço, vejo Natasha abrir a porta do quarto e se virar para mim. Sua boca escorre um fio de sangue, mas fora isso, ela nem parece ter saído de uma luta. Jenna deve estar inconsciente em algum lugar do quarto. Ela corre para mim, mas eu não a abraço como quero, porque tenho que pegar Bucky. Apenas indico para ela que o encontramos. Ela me segue.
De repente, ouço seus sapatos derraparem com um freio repentino, e quando olho para trás, Bucky está atrás dela, segurando um facão em seu pescoço.
– Solte-a. - ordeno. Os olhos dela encontram os meus, e vejo que ela está assustada. - Agora.
Sam chega e também para, observando a cena. Não há nada que ele possa fazer. E se Bucky decidir deslizar aquela lamína agora, também não há nada que eu possa fazer. O pânico me invade. Eu não posso perdê-la.
– Solte-a agora, e deixarei você ir. Nunca mais vou persegui-lo, viva sua vida como quiser. - eu tento convencê-lo. Nada é mais importante para mim do que Natasha.
– Devia ter pensado nisso antes, Capitão América. - ele sorri e aperta ainda mais a faca, e o sangue de Natasha começa a escorrer. Eu imploro para que ele pare. - Lembre-se: foi você quem deixou isso pessoal. - e ao dizer isso, ele solta a faca do pescoço dela. Antes que eu possa sentir qualquer alívio, eu ouço um som terrível de pele sendo perfurada, e Natasha grita em agonia.
Um filete de sangue escorre por sua boca, e Bucky retira a faca de suas costas quando ela desaba no chão.
– Não! - eu grito, me ajoelhando ao seu lado. Ela está pálida e trêmula, e o corte foi fundo. - Natasha, fique comigo. Por favor. Vai ficar tudo bem, prometo.
– Vou chamar ajuda. - diz Sam, correndo.
– Isso dói. - ela reclama.
– Eu sei, eu sei. - eu a coloco no meu colo, e não consigo evitar as lágrimas. - Você vai ficar bem.
Eu pressiono o local que sangra, e ela grita novamente. Tento acalmá-la, mas é quase como se ela não me ouvisse. Seus gritos preenchem meus ouvidos e eu sinto um pânico terrível. Eu nunca devia tê-la chamado para essa viagem. Nunca devia tê-la deixado para trás.
– Steve?
– Estou aqui. - eu sussurro, tirando seus cabelos ruivos da testa.
– Se eu tiver que morrer agora, eu... Não podia escolher um lugar melhor. Estou com você, e é isso que importa. Me prometa que vai ficar comigo. - seus olhos verdes estão fixos nos meus. - Prometa.
– Até o fim, Natasha, eu prometo.
Os médicos chegam e a colocam em uma maca. É como se meu mundo ficasse turvo, apagado. As horas parecem voar enquanto ela ainda está numa sala de hospital. Estou esperando no saguão com Sam. Ele não diz uma palavra, porque sabe que estou prestes a desmoronar.
Quando a doutora finalmente abre a porta, eu corro em seu encontro e espio por cima de seu ombro. Natasha está deitada, com os olhos fechados, mas está viva.
– Ela perfurou um rim e perdeu muito sangue, mas nunca vi alguém tão forte... Ela precisará de repouso, mas ficará bem.
Eu não consigo conter a felicidade. Sorrio de orelha a orelha, e continuo observando enquanto Natasha descansa. Naquele momento, nada mais importa. Nem Bucky, nem nada, apenas ela.


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Notas finais do capítulo

COMENTEM o que acharam e façam uma autora feliz! Obrigada por lerem e espero que tenham gostado.