Sobre Humanos e Deuses escrita por S Laufeyson


Capítulo 22
Capítulo 20 - Carregue-me Para Casa


Notas iniciais do capítulo

Boa madrugada, meus anjos!!
Enfim, acabei de concluir esse capítulo e vim correndo deixar aqui para vocês... aeeeeeeee!! Espero que gostem!!

TARGARYEN: Sua linda, que me fez chorar parecendo uma criança com uma recomendação maravilhosaaaaaaaaaaaaa. Obrigada meu anjo, não sabe o quão feliz e honrada eu fiquei em recebê-la. Agradeço mesmo por estar me dando todo o suporte na fic... Você é demais!!!! Dedico esse capítulo para você, amiga!!!

Bem vindos: Kelly Silva, Drih, Mizuki e Queen of Light... que deixaram comentários lindos.. obrigada!!

Aliás, a linda Queen of Light fez uma entrevista super divertida comigo, a respeito da fanfic, e eu vou deixar o link aqui para voces darem uma lida. Espero mesmo que gostem e que deixem um recadinho lá para ela, como a Targaryen e a Ane fizeram, okay?????

http://imperiodasfanfics.blogspot.com.br/2014/07/entrevista-com-flavia-rolim-nossa-s.html

Ainda quero conhecer vocês, então.. quem ainda não adicionou o grupo,no facebook, corre lá. Vamos fazer um chat legal para nos conhecermos melhor!!!

https://www.facebook.com/groups/1514731075439569/

Enfim, deixa eu calar meu dedos (?) e deixar logo o capítulo novo, né?



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Loki desabou pesadamente na cama. Sua mente dava voltas tentando assimilar o que acabara de descobrir. Roxie era sua irmã. Como poderia ser? Não se lembrava de ter uma irmã, não se lembrava de Roxie vivendo com eles. No entanto, a memória que ele viu atrás daquela porta, mostrava que ele teve uma infância ao lado dela.

Sigyn, foi o nome que Frigga disse. Não lhe era familiar.

A ruiva o encarava. Os olhos marejados e a expressão de dor. Ela desejou ter morrido naquele momento, desejou que não tivessem salvo a sua vida. Isso a teria poupado, impedindo que essa desgraça caísse em sua cabeça. O homem que ela amava, com toda a sua força, era o seu irmão. O homem a quem ela tinha se entregado, era o seu irmão. Roxie sentiu-se imunda ao lembrar daquilo.

– Como? – A palavra saiu sôfrega dos lábios de Loki. Ele estava destruído.

– Por favor, Loki, deixe-me falar com ela primeiro. – pediu Frigga.

– Eu tenho o direito de saber. – ele falou em um sussurro. A rainha abaixou-se em sua frente, segurando o rosto entre suas mãos.

– Eu sei que tem e eu vou te contar tudo, desde o principio. Não te esconderei nada, mas eu preciso falar com ela antes. – Continuou olhando para ele. – Preciso explicar algumas coisas que só compete a Sigyn. – Loki ouvia o que a mãe falava até que lembrou-se de Roxie. Virou-se para olhá-la e ela estava encolhida, abraçada aos joelhos e chorava baixo. Estava tão destroçada quanto ele. – Por favor. - Loki assentiu e levantou-se sem dar nenhuma palavra. Olhou para ruiva uma última vez e deixou o lugar. Frigga pode jurar que ouviu o barulho de alguns móveis chocando-se contra a parede do corredor. Sentou-se na cama, olhando a filha. – Você está tão linda.

Frigga esticou a mão para alisar os cabelos de Roxie, mas ela se esquivou, levantando-se da cama. Sentiu-se tonta e por isso apoiou-se na cômoda.

– Você é minha mãe? – perguntou ela sem olhar para a rainha.

– Sim, eu sou. – respondeu séria. Os olhos estavam marejados de lágrimas.

– O que aconteceu?

– Você foi tirada de mim. Há quase cem anos. – Frigga falava e não conseguia desviar os olhos da garota. Até que ela se virou. Estava extremamente séria.

– Você se lembra? – perguntou a garota. – de mim? Porque nem o Loki e nem o Thor se lembram.

– Sim, mas... – Começou Frigga a falar, mas foi interrompida.

– E não me procurou? – ela não desviava os olhos da rainha. A encarava acusatoriamente.

– Eu procurei. – falou ela. – Demorei anos para achar, mas eu procurei. – Haviam lágrimas nos olhos de Frigga. – Não se lembra que estive com você?

– Você se passou por alguém da imigração. Você não teve a decência de se apresentar como a minha mãe.

– Eu não podia. – Frigga rebateu.

– Não podia? – ela gritou. – Porque diabos não podia? Se tivesse me dito a verdade, teria evitado tudo isso. Evitado que eu encontrasse com o Loki. Que eu me apaixonasse por ele. Pelo meu próprio irmão.

– Você não entende, Sigyn. Eu vi o futuro de vocês e, como mãe, eu me preocupei. Eu sabia que Loki ia precisar de alguém em Midgard, não podia ser outra pessoa além de você.

– Você percebe o que acabou de dizer? – Roxie gritou com ela. – Você sabia que eu ia encontrar com o Loki em Midgard. Você sabia que eu ia me apaixonar pelo meu próprio irmão. – Ela falava alto até que sua expressão tornou-se vazia. – Se via o futuro, sabia que eu seria abusada e deixou que acontecesse.

– O que? – Frigga levantou-se da cama em um salto. – Não...

– Porque permitiu que eu fosse estuprada? Você diz que é uma boa mãe e que se preocupa com os filhos, então porque permitiu?

– Eu não sabia. – Frigga aumentou a voz em uma tentativa de se fazer ser ouvida. Ao ver a expressão assustada da filha, deixou que seu corpo caísse sentado na cama outra vez. Levou suas mãos ao rosto. – Como eu não vi isso? – Ela falou mais para si do que para Roxie. Era fácil ver o desespero em seu rosto. Sentiu-se culpada por não ter conseguido achar a filha antes e impotente por não ter usado seus dons para proteger quem amava. – Meus poderes não são abrangentes. Eu só consigo ter flashes de algumas coisas. Eu... – ela começou a chorar. Parecia ser impossível ver Frigga chorar. Ela tinha um ar imponente e seguro de si. Bem parecida com o filho. -... Eu vi Loki em Midgard, eu vi o que fariam com ele e eu te vi lá, mas nada abrangente. – A rainha olhou para Roxie. Sua voz sempre segura soava engasgada e dolorida. - Eu vi você com seu filho, no parque, por isso apareci naquele lugar. Queria te encontrar, saber de você, mas quando te achei você tinha uma família e estava tão feliz. Como eu podia te contar tudo e tirar isso de você? Pedir que voltasse a Asgard e privar seu menino de uma vida humana normal? Eu vi tanta coisa para você... mas eu juro, eu não vi o que te aconteceu... Se eu tivesse visto... Eu não escolho o que eu vejo... Simplesmente vem... Eu não vi... Eu não vi... Eu teria feito algo. Juro que teria.

A mulher enterrou a cabeça nas mãos, com desespero. Sempre tinha ajudado seus filhos, sempre tinha feito seu melhor, mas tinha sido incapaz de proteger sua menina. Roxie conseguia ver a dor nos olhos dela, o choro culpado e descompassado. Frigga acreditou que ela estava bem. Era obvio que a amava e tinha feito o que havia julgado mais certo. A protegido de longe. Não tinha culpa afinal, o único culpado era Lorenzo. Ela teria impedido se soubesse.

A ruiva abaixou a cabeça ao ouvir a rainha soluçar. Sentiu-se mal por ter feito aquilo, mas ela precisava saber. Respirou fundo e caminhou até ela. Ajoelhou-se diante de Frigga e ergueu o rosto dela, para que a olhasse nos olhos. A rainha tinha os olhos vermelhos e a mirou com tristeza. Roxie tentou um sorriso para acalmar a mulher, mas seu esgar não pareceu convencer. Mais lágrimas deixaram o seu rosto. A ruiva jogou os braços ao redor de Frigga e a apertou com força. A mãe esperou demais por aquele momento.

– Me perdoe. – a voz saiu abafada pelo aperto que Roxie lhe deu.

– Não há o que perdoar. – respondeu ternamente. – Você não tem culpa de nada. – Roxie alisou o rosto da mãe que sorriu para ela. Até que ouviram uma explosão. As duas automaticamente olharam na direção da janela.

Frigga levantou-se da cama e correu, na esperança de ver alguma coisa, mas apenas via bastante fumaça antes da Bifrost.

Thor e Loki entraram correndo no quarto atrás de ver se as duas estavam bem. Sif e os três guerreiros chegaram poucos minutos depois.

– É uma invasão. – falou a morena.

– Invasão? De quem?

– Víbora. – falou Loki olhando pela janela e vendo os soldados, vestidos de vermelho, se aproximarem. Os soldados de Asgard se aglomeravam, criando uma barreira em torno do palácio e espalhando-se pelas ruas da cidade.

– Como ela chegou aqui? – Perguntou Roxie.

– Jane. – respondeu o deus da trapaça enquanto ainda olhava para fora. Automaticamente levou as vistas ao irmão.

– O que? – perguntou Thor.

– Eles estão com a Jane. – reafirmou Loki. Thor não pensou duas vezes antes de passar correndo por ele e saltar pela janela. Ouviu-se outra explosão, ainda mais forte que a primeira. Só que dessa vez, o barulho foi provocado por um raio, no momento em que o deus do trovão tocou o chão.

– Sigyn, venha comigo. – pediu Frigga e estendeu a mão para a filha. A garota assentiu e seguiu a mulher. Sif e os três guerreiros correram ao encontro de Thor que, certamente, precisaria de ajuda. Ainda mais depois da forma, transtornada, que ele desceu. Loki decidiu segui-los, mas parou quando viu o quarto que nunca se abria. Era o quarto de Sigyn, que Frigga selou com magia e o guardou por todos aqueles anos.

Era o típico quarto de uma mulher. Penteadeiras, armários enormes e repletos de vestidos, uma cama de casal com lençóis de cores claras e cortinas que combinavam com o local. Percebeu que nada sabia sobre sua própria casa.

Frigga trouxe algumas peças de metal para a garota e começou a vesti-la. Era uma armadura, dividida em três partes no tronco. A primeira protegia o pescoço e o colo. A segunda protegia os seios e as costas e a terceira, protegia o abdômen. Jogou uma malha de ferro que se estendeu de seu ombro até metade de seu braço. A outra metade era protegida por um avambraço de couro. A rainha deu-lhe uma calça para que usasse por baixo do vestido amarelo e rasgou-lhe metade da saia para que ficasse mais curta e a ruiva tivesse um movimento mais amplo.

Por baixo do vestido e por cima da calça, foi colocada outra malha de ferro, só que dessa vez em formato de saia. Para proteger as coxas, Frigga colocou duas outras peças, que se prendiam a parte abdominal de sua armadura.

– Pode se mover? – perguntou ela por fim. Roxie andou um pouco pelo quarto. Sem problemas nenhum aparente.

– Parece pesado, mas não é. – respondeu a ruiva analisando cada peça.

– Foi feito pelos anões de Nidavellir. É um metal extremamente resistente, mas leve como uma pluma. Era a sua armadura. – Roxie olhou para a rainha e ficou triste de repente.

– Eu desapareci já assim? Com essa aparência?

– Exatamente assim, sem nada a acrescentar ou tirar. – Frigga alisou o rosto dela. - A minha menininha. – Roxie tentou um sorriso. Loki, que ainda observava a cena da porta, respirou fundo e seguiu pelo corredor.

– Eu preciso de uma arma. – falou Roxie.

– Não! Você vai se proteger. – a rainha encarou a ruiva. - Eu quase perdi você esses dias, não vou correr o risco disso acontecer outra vez.

– Não posso simplesmente cruzar os braços e fingir que nada está acontecendo. – Roxie respirou fundo. – Jamais deixarei que Thor lute sozinho e muito menos... – ela parou de falar e prendeu um choro -... Loki.

– Você é realmente filha de seu pai. – Frigga deixou um sorriso tímido lhe escapar. – Prefere lutar a se esconder.

– Sempre.

– Você não mudou nada, Sigyn.

– Por favor, me chame de Roxie. - A rainha a encarou.

– Você não gosta do nome que eu lhe dei? – perguntou arqueando a sobrancelha.

– Não é que eu não goste, é que não parece ser eu. Por muito tempo estou sendo chamada de Roxie e estou acostumada a isso. Sigyn me parece uma desconhecida.

– Sigyn é um nome tão bonito.

– Eu acho bonito quando você o fala. Na voz de qualquer outro me soaria estranho, mas na sua... – Roxie sorriu. -... Então por isso pode me chamar de Sigyn, mas só você. – falou a ruiva. Frigga sorriu.

– Obrigada. – Roxie devolveu o sorriso e, novamente, as duas ouviram outro barulho forte de raios. Lembraram-se do porquê de estarem ali.

– As armas? – pediu a jovem se afastando.

– Siga em frente no corredor. Ao final, vai encontrar a sala de armas a esquerda. Lá, peça ajuda a Sif, ela vai saber a melhor arma para você.

– Obrigada. – A ruiva seguiu na direção da porta.

– Sigyn... – chamou Frigga e Roxie se virou. –... Estou feliz que esteja de volta. – A ruiva sorriu. - Cuidado. – a jovem assentiu e continuou seu caminho pelo corredor, seguindo as instruções de sua mãe. Virou a esquerda e encontrou alguns poucos soldados saindo armados do lugar. Caminhou até onde havia algumas espadas penduradas em suportes, por toda a parede, e pegou uma de cabo dourado.

– Eu não usaria uma espada, se fosse você. – falou uma voz atrás dela e a ruiva gelou. – Ainda mais sendo essa espada. É bastante pesada e vai limitar seus movimentos. – Ela colocou a arma na bancada e encontrou o belo par de olhos verdes.

– Eu não sei o que escolher. – as palavras estavam embargadas na garganta dela. Os olhos ardendo pela vontade de chorar. Loki a observou por um minuto, sustentando o seu olhar, e virou-se. Respirou profundamente.

– Você tem mãos pequenas e ágeis. – ele a olhou por cima do ombro, para ter certeza que ela ainda o ouvia. – Espadas e lanças te tornaria mais lenta. Precisa de uma arma que seja leve. – Ele pegou algo de cima da mesa e mostrou a ela. – Eu lhe aconselharia um arco, mas não teria uma boa mira.

– Eu tenho uma excelente mira. – retrucou ela e ele sorriu, colocando o arco na mesa outra vez.

– Atirar com um arco é completamente diferente de atirar com uma arma de fogo. – Loki olhou para a ruiva seriamente. – Você tem que saber lidar com o vento, como se fosse o mestre dele. Poucos são os que conseguem dominar essa arte e aqueles que conseguem, são dignos de respeito. – Roxie olhou para a arma em cima da mesa e revirou os olhos. Ela podia usar qualquer arma. – Então acho que as adagas lhe cairiam bem. Armas de combate corpo a corpo. Você é rápida, Sigyn.

– Roxanne. – corrigiu ela. Loki assentiu e deixou a sala.

...

Thor havia aberto caminho, dentre todos aqueles que estavam ali, e buscava Jane desesperadamente, mas não a havia encontrado ainda. De uma hora para outra, parecia que ela havia sido camuflada por uma das magias de seu irmão. Se Loki não estivesse lutando ao seu lado, acharia que ele poderia estar envolvido com o desaparecimento dela.

– Está vendo ela ai? – gritou o deus da trapaça, jogando uma adaga enfeitiçada em um dos homens que lhe apontava uma arma. Materializou a sua lança em seguida.

– Não. – gritou Thor invocando um raio e batendo com o martelo no chão. Vários homens que o rodeava, foram arremessados a muitos metros dali. Loki voltou a atacar alguns deles que se aproximaram, sorrateiros, e o pegou pelas costas. A lança parecia uma extensão daquele deus. Ele era um mestre naquilo e dominava aquela luta, mas algo o distraiu.

Ouviu o grito de Jane e virou-se para avisar a Thor. Acabou recebendo o impacto de duas shurikens, que foram lançada por um dos soldados da Víbora. Com a dor em seu braço, largou a lança e acabou tropeçando em um homem, que estava morto atrás dele.

Caiu no chão segurando as estrelas de metal, que se cravaram em seu ombro. O mesmo homem que o atacou, retirou a arma da cintura e apontou para sua cabeça. Loki o encarou e depois olhou para sua lança. A mente do deus trabalhava de forma rápida, tentando achar um jeito de correr até a sua arma e matar aquele soldado, sem que tivesse uma bala cravada em si.

Antes que pudesse pôr em prática o que imaginou, viu o homem cair morto no chão. Atrás dele estava a ruiva. Segurava duas adagas, de nome Sai, apontadas ainda na altura do pescoço do soldado, onde foram cravadas.

– Cuidado. – falou Loki quando dois deles vieram pelas costas da garota. Roxie deu uma volta entorno de si, mas foi segurada pelo braço quando tentou atacar. Foi desarmada em seguida. Deu um salto atrás, rapidamente, e caiu ao lado da lança do deus da trapaça.

Jogou-a para cima, usando os pés, e seguiu para atacar os dois homens. Ela não era tão rápida quanto Loki, mas sabia bem onde pegar e como movimentar a arma. Parecia dançar com ela.

Segundo depois, cravou a ponta da lança no ultimo que ficou em pé.

Aproximou-se do moreno e estendeu a mão para ele, que aceitou de bom grado. Em pé, puxou as estrelas do ombro do deus e percebeu que o sangue não estancaria com facilidade. Abaixou-se e rasgou um pedaço do pano de seu vestido, tinha que fazer uma contenção.

Enquanto amarrava o ferimento, seus olhos corriam do ombro de Loki até seu rosto, encontrando seus olhos verdes no caminho. Desviava o olhar rapidamente, embora o homem não tivesse intenção nenhuma de não encará-la. Apertou o nó e Loki deixou um gemido involuntário lhe escapar por entre os dentes. Roxie entregou-lhe a lança por fim.

– Onde está o Thor? – ela afastou-se e olhou em volta.

– Deve ter achado a Jane. – respondeu Loki e puxou a jovem pelo braço. Segurou em seu queixo e olhou um corte pequeno na raiz de seu cabelo. O sangue se mesclou aos cabelos vermelhos e somente um olho como o de Loki para perceber aquilo.

– Eu estou bem. – respondeu a ruiva e o encarou. Estavam próximos e os dois estavam cientes que se continuassem ali, aquilo não acabaria bem. Roxie afastou-se de súbito. Respirou fundo e abaixou-se ao lado dos homens para pegar suas armas. - Nós temos que ajudar. – ela limpou o sangue de suas adagas e buscou o loiro em todo o campo. Encontrou quando viu o rastro de um raio, cair não muito longe deles. Virou-se para Loki e ele permanecia no mesmo lugar. – Você não vem?

– Eu vou. – respondeu e começou a segui-la. – Onde aprendeu a lutar com a lança?

– Steve me ensinou. – respondeu ela e continuou seu caminho.

...

A batalha começou a tomar proporções inimagináveis. Vários soldados de Asgard, e civis também, foram feridos gravemente durante as lutas que se seguiram. Já não havia espaço para os doentes na sala de cura e tudo ficou ainda pior quando os homens da víbora destruíram o lugar.

Os feridos foram levados para o salão do trono, onde as curandeiras faziam o que podiam para que eles ficassem confortáveis. A pedido de Odin, incontáveis soldados de Asgard montaram guarda em todas as entradas daquele salão. Em primeiro, para proteger as únicas que podiam fazer alguma coisa pelos feridos e em segundo, porque Frigga insistiu em ajudá-las.

Ela abaixou-se ao lado de um soldado que tremia, por causa da perda de sangue, e cuidava dele. Limpando-lhe o suor da testa e pressionando o ferimento no abdômen. Estava focada no cuidar até que ela teve uma visão. Havia uma pessoa, vestida inteiramente de preto, que invadia o salão de armas de Odin. Preocupou-se imediatamente, especialmente porque a pessoa andou direto até a manopla do infinito.

Aquela era uma das armas mais importantes e perigosas que Asgard guardava. Não poderia, em hipótese nenhuma, cair em mãos erradas. Todos os nove reinos pagariam se isso acontecesse. Frigga não podia permitir.

Levantou-se de onde estava e pediu para que uma jovem assumisse seu posto. Seguiu até a porta do salão.

– Avise ao rei que estou na sala do cofre e preciso dele. Diga-lhe que é uma emergência. – falou ela a um dos soldados, que saiu rapidamente dali. Seis deles seguiram a rainha. Ela sabia que a segurança no cofre era reforçada, em caso de ataque, mas ela tinha certeza do que viu. E suas visões nunca erravam.

...

Roxie abaixou no mesmo instante em que a lança de Loki passou rente por sua cabeça. Os dois lutavam lado a lado, de uma forma quase sincronizada. Parecia que haviam ensaiado cada movimento. Na verdade, pelo tempo que passaram juntos em missão, eles acabaram conhecendo a maneira de lutar, um do outro.

Ao final, os cinco homens estavam mortos diante deles.

Chegaram ao encontro de Thor, segundos depois, ajudando a livrar alguns soldados da Víbora do encalço do deus do trovão. Deram a volta em um dos jardins de Asgard e encontraram Jane. Havia um homem com ela. Ele usava um quimono preto e uma máscara que cobria o seu rosto, deixando de fora apenas seus olhos. Mantinha uma adaga no pescoço de Jane.

– Ora, ora. – falou a voz robótica. Era o mesmo homem que Roxie e Loki encontraram quando estavam na Rússia. – É bom vê-los outra vez.

– Deixe-a ir. – mandou Thor. A voz tão grossa que parecia com o som que podia se ouvir durante uma intensa noite de tempestade.

– Quem vai me obrigar? Você? – falou ele e deu um puxão em Jane que deixou um grito agudo lhe escapar. O deus deu um passo a frente, na intenção de alcançar o homem, mas acabou sendo pego pelo braço. Por Odin.

– O que deseja? – perguntou o rei, com a Gungnir em mãos. Era imponente e demonstrava claro alto-controle, coisa que o loiro já havia perdido há tempo.

– Estou com uma missão bastante especial. – o ninja olhou para todos, mas parou os olhos em Odin. Roxie franziu o cenho. Aqueles olhos azuis esverdeados, em formato amendoado e extremamente rudes, ela já havia visto anteriormente. Já achou algo semelhante nele quando se encontraram na Rússia. Agora então, teve a sua confirmação. Aqueles olhos lhe eram familiar.

– Eu não vou mandar uma segunda vez. – as palavras saíram como um rosnado pelos lábios de Thor.

– Como queira. – falou ele e tirou a arma do pescoço de Jane. Thor invocou um dos seus mais fortes raios quando a garota se jogou no chão. Ao lança-lo, atingiu o nada. O homem havia ido.

O deus do trovão saiu correndo na direção da cientista e a amparou, colocando-a de pé. Imediatamente após o desaparecimento do ninja, um soldado aproximou-se de Odin. O mesmo que Frigga havia mandado.

– Meu rei! – curvou-se em reverência. – A rainha mandou-me avisar que necessita de sua ajuda na sala do cofre. É uma emergência.

Odin nem bem ouviu o recado e começou a dirigir-se até o lugar. Loki e Roxie foram atrás. Se Frigga precisava de ajuda, eles queriam estar lá para ajudar, mas acabaram ficando pelo caminho. Viram os soldados com dificuldade de conter alguns homens da Víbora, que queria invadir a sala do trono. Eles não podiam permitir.

O rei seguiu só e paralisou ao ver os vários soldados, responsáveis pela guarda do cofre, mortos pelo chão. A porta estava semiaberta e no interior, Frigga lutava incessantemente com o ninja. Os dois usavam espadas e eram rápidos. A espada da rainha parecia acender a cada golpe dado e o barulho de metal, chocando-se um com o outro, era quase ensurdecedor.

– Frigga. – gritou Odin e apontou a Gugnir para o ninja, mas em um golpe rápido, ele segurou a rainha pelo pescoço e a desarmou. – Solte-a.

– Só quando eu pegar o que eu vim buscar. – respondeu o ninja. A voz robótica não estava mais presente e era possível ver que era uma mulher ali.

– Eu sabia que era você. – falou Frigga. – Eu consigo ver seu véu.

– Claro que consegue. - ela sussurrou no ouvido de Frigga. – Eu quero a manopla, agora.

– Não vai ter. – respondeu o rei.

– Você a ama, Odin? – O ninja colocou a espada no pescoço da rainha. – Ama?

– Amo. – respondeu ele.

– Estaria disposto a proteger a manopla e perde-la?

– Esse não foi o trato. – respondeu ele. Frigga franziu o cenho. O ninja sorriu.

– Os termos mudaram. O trabalho é mais difícil do que eu pensei.

– Solte a minha mulher. – falou ele.

– Me dê a manopla e me permita sair daqui. – ela puxou Frigga. – Ninguém se fere e o plano continua o mesmo.

– Não sabe o poder que isso detêm. – falou o rei.

– Eu pretendo descobrir. – os olhos da mulher correram de Odin para Roxie e Loki, que vinham logo atrás. – Como vai ser, meu rei? Frigga ou a manopla?

– Não ouse escolher a mim. – falou Frigga. Loki chegou primeiro e assim que se preparou para atacar aquele ninja, ela cravou a espada no abdômen de Frigga. Loki lançou-lhe as adagas enfeitiçadas, mas o ninja já havia desaparecido e com ele, todos os soldados da Víbora que estavam em Asgard. A rainha caiu no chão um pouco antes de Roxie alcança-la.

– Peça ajuda... a Urd. – falou a rainha. Loki abaixou-se ao lado dela segundo depois. Odin estava paralisado. – Vocês dois. Ela é a Norna do passado. Vai mostrar o que aconteceu, antes de... – ela gemeu e olhou para a ruiva. -... de você desaparecer.

– Não fala nada. – pediu Roxie. Loki colocou as mãos embaixo de sua mãe e a ergueu nos braços. Correu com ela até o seu quarto. Roxie chamou algumas curandeiras e todos seguiram para lá.

Algumas horas se passaram desde que as curandeiras começaram a cuidar de Frigga. Os filhos e o rei, permaneciam no corredor esperando notícias. Até que uma delas saiu.

– Como ela está? – perguntou Odin seriamente.

– Felizmente não atingiu nenhum órgão vital. – Roxie respirou aliviada, juntamente com Thor e Loki. – mas ela sangrou bastante. Já contemos a hemorragia e agora é com ela. Não vou mentir que o caso é grave e tentamos de tudo.

– A sala de cura? – perguntou Thor.

– Estamos trabalhando rapidamente para consertá-la. Em algumas horas, talvez, tenhamos resultados. Até lá, a nossa rainha deve sobreviver por ela mesma. – A mulher fez uma reverência e voltou para o quarto.

Roxie passou a mão em seus cabelos e abaixou a cabeça.

– Frigga é forte. – falou Odin. – Ela vai conseguir.

– É, eu sei. – concordou Thor.

– Tudo é culpa minha. – falou Loki andando de um lado a outro. Quando passou por um arranjo de flores, deu um murro no vaso que se partiu ao cair no chão. - Eu fui impulsivo e ataquei.

– Não foi sua culpa. – brigou Roxie. O deus da trapaça a olhou. A mulher o encarava de sobrancelhas franzidas. – Se alguém tem culpa, é aquele sujeito. Ele usou a espada, não você.

A ruiva voltou sua atenção para o loiro e Jane, encolhida em seus braços. Ela nunca havia visto aquela mulher, mas estava na cara que ela era bastante importante para Thor.

O deus do trovão olhou para a mulher, sentada de frente para ele, e a pegou sorrindo para eles. Abraçou Jane com mais força.

– Você está bem? – perguntou Roxie para a morena.

– Agora estou. – respondeu sorrindo. Olhou para Thor. – Eu não sabia que tinha um irmã.

– Até dois dias atrás eu também desconhecia esse fato. – ele sorriu e encarou a ruiva outra vez. - Quer dizer que você é minha irmã mesmo?

– Acho que sim. – respondeu Roxie sem entusiasmo.

– Frigga me contou sobre você, mas ainda não entendo como ninguém se lembra de uma princesa chamada Sigyn. – falou Odin em uma voz arrastada. Indiferente.

– Ela disse para buscarmos Urd, que ela contaria. – falou a ruiva. O silêncio se espalhou pelo corredor até que Roxie o rompeu. - Eu sei que eu deveria ficar, mas eu preciso ir.

– Ir para onde? – Loki perguntou aproximando-se dela.

– Midgard. – respondeu pondo-se de pé. – Não podemos deixar que o que aconteceu aqui, aconteça lá também. – Loki segurou no punho dela e a virou para ele.

– Eu vou com você.

– Não! Fica e espera a sua mãe... – Ela franziu o cenho. A tristeza se tornou aparente. -... espera a nossa mãe acordar. Você e o Thor. Não podemos simplesmente achar que tudo acabou. – Loki largou-lhe a mão. – Eu vou a Midgard e conto tudo o que aconteceu e quando tiverem certeza que Asgard está segura, vocês descem. - Thor concordou. – Jane, vem comigo?

– Nem pensar. – falou o loiro. – Ela ficará sob meus cuidados até pegarmos essa mulher. – Roxie assentiu e sorriu. Olhou para Odin e de volta para Loki. Ele estava bastante sério.

– Vejo vocês depois. – A ruiva olhou novamente para o pai e fez uma reverência. Ele respondeu com um aceno. Ela caminhou até a sacada e de lá até a Bifrost. Segundos depois, estava no telhado da S.H.I.E.L.D.

Tinha que reunir os vingadores. Tinha que encontrar a Víbora de uma vez por todas.


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Notas finais do capítulo

Comentem e recomendem, pessoas. Façam como a tia Targaryen que me deixou jogada no chão de tanto chorar...

RECOMENDEM... XD

Aaaaaaaaaaaah, nos próximos capítulos teremos a presença de uma pessoa bastante especial... espero que gosteeeeem!!!

Beijinhos e nos vemos logo, logo!!

S. Laufeyson!!!