Stronger escrita por Evy Chan


Capítulo 5
O estranho amigo...


Notas iniciais do capítulo

bom amores, irei fazer capítulos mais longos, porque pretendo fazer mais e mais capítulos!e no capítulo seguinte, os POV'S desapressem :D



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Abri meus olhos, mas a claridade me obrigou a fechá-los novamente. Achei realmente um tipo de milagre ter conseguido dormir. Já faz uma semana que passo em branco, tentando mentalizar quem seriam as tais vozes que perturbavam meus pensamentos toda vez em que pensava em meu pai.

Minha mãe estava como sempre ligando para clínicas psiquiátricas a todo momento, teclava várias e várias vezes número diferentes, alguns ela já sabia de cor! Meu padrasto não tem me ajudado em exatamente nada! Ele só piora minha vida! Depois de algum tempo, me senti melhor em relação a esquizofrenia... Me sentia mais calma, mas ainda sem esperança alguma de que tudo ficasse melhor. Talvez eu seja pessimista, ou não tenha restado um pingo de esperança de minha parte.

Me levantei com uma certa dificuldade, tomei um banho e fui para a sala. Eu não conseguia comer, por mais que meu estômago implorasse por comida, aquilo me enjoava de tal forma... Caminhei até a porta e abri, fui diretamente pra o jardim e me sentei na calçada. Não havia qualquer tipo de movimentação na rua, tudo praticamente “morto” isso não me espanta... A final estou nessa mesma casa a exatamente 5 anos! Me mudei por um motivo em especial... O abandono do meu pai, minha mãe chorou por uma semana, e por fim decidiu se livrar de qualquer tipo de lembrança relacionada a ele.

Passaram-se alguns minutos, eu continuava ali, sentada na calçada, olhando para o céu, implorando que tudo aquilo parasse, e minha vida fosse como eu sempre quis, que eu fosse como eu sempre quis! Um alguém perfeito, não uma esquizofrênica completamente louca!

–Olá! Posso me sentar ao seu lado? –disse um homem aproximando-se de mim.

–Tanto faz... Não sou dona da calçada! –respondi o olhando.

Ele aparentava ter seus trinta e poucos anos, era alto e tinha a pele clara; olhos negros e cabelos castanhos claros. Ele se sentou ao meu lado, ele me olhou por alguns segundos, me senti intimada a conversar com ele, mas antes de que eu abrisse a boca ele começou:
–Como é seu nome? –ele perguntou.

–Amber, Amber Belshoff! –respondi.- E o seu?

–Connor Evans! –ele respondeu sorridente.

Conversamos por minutos, talvez horas, ele percebeu que eu estava triste, oprimida e ás vezes o deixava falando sozinho, mas por educação o respondia quase sempre...

–Desculpe a pegunta, mas você tem esquizofrenia? –eu perguntei, me senti envergonhada em fazer uma pergunta tão íntima.

–Sim... –ele respondeu totalmente sem graça.

–Eu também... Depois de algum tempo me acostumei, e aceitei o que as vozes diziam...

–Eu tive que abandonar minha família para salvá-las, eu tinha uma filha linda! Tenho saudade de quando conversava com ela...

–Eu moro com minha mãe, Isabele e um monstro que chamo de padrasto, Jeff.

–Acho que ambos temos uma vida complicada! –ele sorriu.

–É... Ambos sofremos por algum motivo que relacione a esquizofrenia! E o pior de tudo é ser chamada de louca por todos!

–Vamos fazer um combinado? Nunca deixe ninguém a chamar de louca! –ele disse se levantando.

–O.k, você já vai? –perguntei.

–Sim!

–Quando nos veremos novamente?

–Um dia, um dia! –ele repetiu e saiu andando.

O observei sumir de vista, e então me levantei e entrei em casa, era estranho conversar com alguém que eu mal conhecia e me sentir protegida...

POV'S Isabele

Mas uma clínica que recusa a internação de Amber, acho que já falei com todas as clínicas psiquiátricas da cidade! Todas tinham o mesmo argumento, precisavam de um atestado ou mandado médico que comprovasse sua esquizofrenia. As coisas vão de mal a pior aqui em casa!

Eu estava tentando falar com uma clínica psiquiátrica quando o telefone toca, vou correndo para atendê-lo:

–Alô? –eu atendi o telefone.

–Isabele? Isabele Belshoff? –disse a voz do outro lado da linha.

–Sim, quem fala?

–Sou eu Isabele! Connor! Connor Evans!

Arrepiei por completo! Me disseram que ele estava morto! E agora ele surge? Percebi que fiquei pálida:

–Vo-você não deveria estar morto? –gaguejei.

–Mas não estou! –ele disse.

–Mas me disseram que você morreu! Que você morreu se auto mutilando!

–Não, não morri! Estou vivo!

–Porfavor! Me ajude! –eu disse em tom de choro.

–O que houve? –ele disse preocupado.

–A Amber!

–O que aconteceu com minha filha? –ele disse ainda mais preocupado.

–Ela foi diagnosticada um pouco depois de quando você foi em bora, como esquizofrênica paranoide, e eu preferi não acreditar! Mas por minha culpa agora sua esquizofrenia se agravou! –eu disse entre o choro.

–Calma Isabele! Não foi sua culpa! –ele disse tentando me confortar.

–Mas todos os exames dizem o contrário! Nada comprova que ela tem esquizofrenia, nada exatamente nada!

–Eu a vi ontem, ela parecia ter se acostumado com o fato de ser esquizofrênica

Nesse momento a ligação caiu, e Jeff apareceu descendo as escadas. Eu fiquei preocupada e desliguei o telefone. Ele me olhou com uma cara de reprovação, ele ficou frente a frente a mim e me deu um tapa. Me subiu um ódio imenso! Assim que ele me deu o tapa, Amber surge e começa a gritar:

–O que você fez com ela seu monstro! –ela gritou.

–Não é da sua conta! –ele retrucou.

–Claro que é! Você é tão covarde a ponto de esconder! –ela disse o encarando.

–Amber vá para seu quarto! –ele ordenou.

–Me obrigue! –ela gritou.

–Não será preciso, você é uma inútil! Nunca serviu para nada, você é exatamente ao seu pai... Uma perfeita psicopata! –ele disse.

–Você ainda tem a audácia de falar mal do meu pai? Ele que era esquizofrênico era bem melhor que um monstro feito você!

–Por favor parem! –eu disse tentando amenizar as coisas.

–Cale a boca inútil! –disse Jeff me dando outro tapa.

POV’S Amber

Assim que Jeff bateu em minha mãe, me subiu um ódio imenso! As vozes voltaram e diziam: “Mostre quem é o inútil aqui!” “MATE-O!” peguei o vaso de flores e então arremessei contra Jeff, ele caiu no chão, ele sangrava e gritava de dor. Peguei um dos cacos que estavam por perto, eu iria matá-lo, iria acabar com tudo isso de uma vez por todas, mas então alguém abre a porta...

–Connor! –disse minha mãe o abraçando forte.

–Me salve! –eu disse em um fio de voz.

Nesse momento olhei para Jeff, e para mim eu iria fazer aquilo... Peguei um caco de vidro que estava perto e cortei meu pulso, fiquei tonta e desmaiei.

–Amber! –gritou Connor.

–Por favor querida! Fale comigo! –disse minha mãe.

E então tudo ficou preto...


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado do capítulo!



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