True Love escrita por Bianca Saantos


Capítulo 39
Medo ?


Notas iniciais do capítulo

Genteee do meu coração !!!!

Desculpem a demora, mas como o final do ano já está aí, preciso me resolver em questões de provas para colégios do ensino médio, por isso não estou com tanto tempo livre, preciso encontrar um colégio bom o suficiente, e para isso tenho que ver se consigo passar nas provas que estão tendo agora.
Ou seja, estou estudando muito, desculpem se não consigo atualizar as coisas por aqui.

Obrigada as pessoas que comentaram o capítulo anterior, fiquei muito grata.
Boa Leitura.



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***Francesca***

Era o Diego, seus olhos transbordavam de fúria, algo que eu nunca vi, de verdade. A não ser quando discutíamos pelos homens que davam em cima de mim, aí sim ele ficava furioso, mas ao contrario, nunca o vi daquele jeito.

_Porque você está beijando a mãe da minha filha?! – Diego disse vindo em direção ao Marco que se levantou rapidamente, devido ao susto que ele levou. Diego sabia ser assustador quando estava com raiva.

_Ela pode ser a mãe da sua filha, mas nem por isso quer dizer que ela seja sua mulher. – Marco o enfrentou, com o rosto tomado por uma coragem invejável.

Os dois se aproximaram mais ainda. E eu dei um grito agudo, quando marco levantou a mão para bater no Diego. Eles me olharam surpresos e meus olhos encheram de lágrimas quando minha filha acordou no susto e começou com aquele chorinho que doía em minha alma.

Peguei-a no colo, e tentei cessar o choro, mas eu estava nervosa de mais com aqueles dois, então não estava conseguindo passar tranqüilidade para a Emmanuelle.

_Diego, não é nada do que você está pensando. – falei ninando ela em meus braços. – E Marco, por favor, não vamos confundir as coisas, não será muito bom passar por tudo isso agora, estamos no começo de todos os meus problemas, então não vamos nos apressar, por favor.

Diego saiu do quarto, batendo a porta com força. Eu não sabia como fazer. Eu não queria perder o Marco, mas não poderia correr o risco de perder o Diego, seria horrível, seria terrível!

***Violetta***

_León... – disse por fim alguma coisa. – Como assim medo de me perder? – perguntei confusa com aquela confissão desesperada dele.

_Eu não posso perder algo que se tornou essencial para mim. – ele disse com a cabeça baixa. – Simplesmente não posso.

Ele se levantou, tirando as suas coisas da mesa e levando a pia. Logo foi em direção a sala. E eu novamente fiquei sem entender. Ele não queria me perder. Eu também não estava disposta a perdê-lo. Eu vi algo que jamais vi em León, eu via medo em seus olhos, medo que eu não sabia identificar do que era.

Levantei-me após alguns segundos. Tirei minhas coisas da mesa e também coloquei dentro da pia.

Fui até a sala e o encontrei fitando o quadro de seus irmãos. Ele tinha uma expressão melancólica no seu rosto. Fui até ele, me sentando ao seu lado, e fiquei alguns segundos fitando o quadro, juntamente a ele.

_Era tudo tão mais fácil quando não sabíamos as intenções de minha mãe. – ele disse dando uma risada fraca, sem vida. – Eu poderia dizer que eu era feliz.

_Você não é mais? – perguntei não entendendo.

_Sou. – ele disse ainda olhando para porta-retrato. – Mas poderia ser muito mais.

_Você acha que, eu te farei mais feliz do que... Ela? – perguntei engolindo um nó que se formava em minha garganta.

_Tenho toda certeza. – falou virando seus olhos em minha direção, dando um sorriso. O sorriso que me trouxe paz, e algo como um encorajamento.

***

***

Era seis e vinte da manhã e eu estava com León no aeroporto. Nós vamos para Barcelona. Decidimos dar uma relaxada na nossa relação. Estávamos muito sobrecarregados, e agora que estamos de férias, fica tudo mais fácil.

Eu estava morrendo de frio. Buenos Aires estava entrando no inverno, e estava horrivelmente frio. Eu estava com um casaco super quente e um cachecol, fora a toca e luvas que eu usava. León também estava praticamente igual a mim.

_Amor... – León disse aparecendo atrás de mim, me dando um mínimo susto. – Está com fome? – neguei.

_Estou com frio, isso sim. – falei e ele riu.

_Vou terminar de fazer uns acertos e eu já volto. – disse beijando minha testa e voltando a ser atendido a uma mulher que estava atrás de um balcão.

Bom, o León não parou de resolver esses “acertos”, desde que chegamos ao aeroporto, e isso já está ficando chato. Já que eu estou sozinha, cuidando desse monte de malas, no maior frio.

¨¨

_Amor, nosso vôo chega à meia-hora. – León disse revendo a documentação, sentado ao meu lado, e eu não estava entendendo nada do que aqueles papéis simbolizavam.

_Ainda?! – perguntei cansada de esperar e ele riu. – León, nós estamos aqui a mais de três horas, não sei se agüento passar mais meia-hora aqui dentro.

_Não é tão ruim assim. – falou passando os braços pelos meus ombros.

_Não, é péssimo. – cruzei os meus braços.

_Quando chegarmos lá em Barcelona... Prometo que vamos fazer várias atividades juntos. – prometeu.

_Vou cobrar. – falei pegando meu celular, para ver quantos minutos nos restava para esperar. – Quero ir as praias também, não se esqueça disso.

_Você está me falando de praias desde que fomos comprar as passagens, se eu não te levar para conhecer, é capaz de você ficar doente. – disse beijando minha bochecha.

_Claro, é um sonho conhecer aquele lugar. – falei maravilhada imaginando como devia ser. – Se só por foto é magnífico, imagina na visão real do ser humano. Deve ser espetacular.

_E é. – León confirmou com um sorriso encantador.

_Quando tivermos filhos, vou querer viver viajando com eles, para conhecerem todo tipo de cultura que existe nesse mundo.

_Você falou o que eu ouvi? – León perguntou me olhando esperançoso e eu fiquei confusa.

_O que? – perguntei não entendendo.

_Você falou em filhos Violetta. – ele disse com um brilho distinto no olhar.

_Ah... É... Foi... Foi coisa do momento. Empolguei-me demais. – falei um pouco constrangida. E já senti a queimação se concentrar em minhas bochechas. Abaixei o olhar.

_Claro... – percebi certo desapontamento.

_Mas isso não significa que não quero ter filhos com você. – falei tomando coragem e encarando aqueles olhos verdes.

Ele abriu um sorriso radiante me puxando para perto dele, em um abraço apertado, onde eu gargalhei pela sua empolgação.

***

***Francesca***

Eu e Diego estávamos dando banho na Emmanuelle. Ela era lindinha e completamente agitadinha, pelo menos na hora do banho ela era assim, pois na maioria do tempo, ela ficava tranquilinha.

_Manu. – Diego reclamou, rindo, quando ela bateu o pezinho e espirrou água em tudo canto e inclusive no rosto dele.

Ela estava com quatro dias. Uma graçinha. Diego baba cada vez mais por ela. Eu e Diego estamos mais juntos esses dias, porque ele quer acompanhar tudo que acontece com a nossa filha, e eu não sei se fico feliz ou desconfortável com essa situação, pois eu e o Marco estamos em um estagio avançado, não somos mais amigos, somos muito mais agora, e eu não sei como falar isso ao Diego, pois não quero que ele se afaste de mim, muito menos de minha filha.

_Acho que já está na hora de sair desta água, ela está ficando fria. – falei pegando a tolha enquanto Diego a tirava da banheira.

Enrolei-a na toalha rosinha que Violetta havia nos dado, e a mesma levou a mãozinha até a boca. Eu me encantava cada vez mais com essa menininha. Coloquei-a nos braços de Diego e o mesmo se direcionou com ela ao meu quarto.

Arrumei o meu banheiro, que estava um pouco bagunçado, já que eu e Diego somos pais de primeira viagem, e não sabemos muito bem nos organizar direito, mas estamos melhorando cada dia mais.

Cheguei ao quarto encontrando a cena mais linda de minha vida inteira. Diego tentando colocar o macacãozinho rosa nela. O mesmo sorria sem parar. A felicidade entre nós dois não parecia ter fim.

Desde a discussão no hospital, Diego pareceu esquecer o que aconteceu lá, ou ignorou completamente, não sei. Mas eu quero muito resolver as coisas. Eu tenho medo de escolher o homem errado, e acabar sendo infeliz comigo mesma.

***

***Violetta***

Assim que nosso vôo chegou, e eu e o León nos dirigimos para o portão de embarque. E digamos que eu me assustei com o avião, porque né? Eu nunca viajei em um avião, e acho que tenho um pouco de... Receio em relação a isso.

Assim que entramos, pude ver o conforto do lugar. Eu não tinha visto o preço que o León estava pagando por aquilo, mas eu desconfiava que, foi muito. Nós nos dirigimos aos nossos acentos, e sentamos.

_León, acho que não quero mais viajar. – falei assim que ouvi a voz da aeromoça, falando para nós apertarmos o cinto que o a avião já iria decolar.

_Como não Violetta? – León perguntou tranqüilo, pelo visto não estava vendo minha tremedeira por causa do motor do avião que tinha acabado de ligar.

_León – apertei fortemente sua mão, quando senti aquela maquina voadora começar a andar na pista.

_Violetta, calma. – ele disse apertando minha mão de volta, como resposta.

_E se o avião cair? – perguntei fechando os olhos, assim que ele começou a voar, e me veio à sensação esquisita, de todos os meus órgãos terem sumido de meu corpo, e eu senti uma grande ânsia. – E se um dos motores falharem? Mas aí sobrariam três. – falei apertando os olhos com força. – Mas se falharem dois... Sobrariam dois, e pousaríamos bem. – falei tentando me acalmar.

_Vi... – eu o interrompi com o meu nervosismo.

_Mas se falharem três, sobraria apenas um, e pousaríamos com dificuldade, ou então, aconteceria uma tragédia e... Eu não quero morrer! – falei alterando minha voz e deixando uma lágrima medrosa escorrer de meus olhos.

_Violetta, por favor, nada de pânico, não aqui. – León falou baixo, por conta dos olhares que nós, ou melhor, eu... Estávamos atraindo.

Tentei controlar as batidas do meu coração, mas foi em vão, eu estava nervosa, e pra piorar, não conseguia pensar coisas boas a respeito daquele vôo.

_Se você não se acalmar, vou ser obrigada a te dar calmante, e fazer você dormir a viagem inteira. – León disse risonho e eu apertei novamente a sua mão. – Aproveita a sensação meu amor.

_Não consigo tirar sensações boas disso. – falei com a voz trêmula.

León abriu a janelinha do avião, e agora sim eu me espantei. Estávamos a centenas de metros acima do chão. Se eu estava mal, fiquei pior. E aquela ânsia aumentou ainda mais.

_León... – tentei protestar.

_Olhe Buenos Aires – ele falou me fazendo olhar novamente. – É maravilhoso Violetta.

Ele tinha razão, minha cidade é muito bonita, mas isso não me impediu de sentir medo por estar vendo ela de cima. E como o território parecia tão pequeno, chegava até ser engraçado.


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Notas finais do capítulo

O que acharam ???
Torçam para que eu tenha um tempinho livre, e consiga postar mais capítulos, porque ta difícil rsrs'
Até mais !!
Beijos!