Viúvas Negras escrita por Estressada Além da Conta


Capítulo 7
Arquivo 7: Tempo é complicado


Notas iniciais do capítulo

Demorei, mas saiu! Por que a demora? Porque eu fui inventar de entrar na faculdade. Não foi uma das mihas melhores idéais....



(#Mentira #AdoroEstudarPsicologia #OdeioÉtica)



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— Wally! Não digas isso!

— Mas, Polly, tu sabes que é verdade! Amo-te, amo-te, amar-te-ei até mesmo quando minha alma partir para a próxima vida!

— Tu não sabes! Na próxima vida terás outra pessoa para amar! Vida nova, amor novo!

— Eu te procurarei, Polly. Ficaremos juntos, verás!

— Rapaz tolo, não faças promessas que não poderás cumprir.

— Então cumpri-las-ei!

— Prometes?

— Prometo!

— Então prometestes!

 

 

 

— EnTÃo prOMetEstes!

 

0OooooooooooooooooooooooO0

 

— Isso é estranho... – Bou-san comentou, assoprando o vapor que subia de sua xícara de chá, cortesia de Mai – Estamos aqui há alguns dias e nada aconteceu ainda... Pelo que os garotos falaram, eu esperava algum tipo de ação logo no primeiro dia.

— Fantasmas costumam reagir de duas maneiras quando algo os ameaça, ou atacam ou se escondem. Os daqui escolheram se esconder, pelo visto.

— Impressionante, Mai, seus dois neurônios serviram para alguma coisa.

— Como é que é, narcisista?!

— Mas continua sendo estranho, não? – John interveio, não querendo confusão – Estamos aqui há uma semana e nada aconteceu...

— Espera! – Mai exclamou – Mas nós não chegamos aqui ontem à noite?

— Não, não, já faz uns três dias que estamos aqui... Ou quatro? – Yasuhara questionou, olhando para o celular – Estranho... De acordo com meu celular, ainda estamos no dia 11/04...

— Mas esse é...! – Ayako estava estupefata.

— O mesmo dia em que chegamos. – Naru concluiu – Temos em mãos uma anomalia no tempo. Hara-san, você se lembra de ter passado mais de uma noite aqui?

— Não, Naru. Eu sinto que chegamos aqui ontem.

— Lin.

— As câmeras não indicam nada diferente, exceto... Elas não mostram mais a data e hora.

— Algo está nos impedindo de perceber o tempo... Será que os meninos sabem disso?

— Sabemos do que, Mai-chan? – Kenji abriu a porta, carregando um vaso de camélias vermelhas – Achei que a sala precisava de um pouco de cor, espero que não se importem. – Disse, pousando o lindo vaso sobre a mesa de centro. Não, feio vaso. Lindas flores.

A sala onde estavam, não muito diferente dos outros cômodos da mansão, era cinza e deprimente. As janelas antigas já haviam contemplado inúmeras cenas de inúmeras peças. Ou inúmeras vidas. Janelas não entendem de sinônimos. A luz do Sol lutava contra as cortinas que estavam determinadas em deixar a lâmpada dentro da sala brilhar. O chão de madeira escura estava perturbadoramente limpo e polido, era como se estivessem vislumbrando um universo espelhado. As velas faziam o possível para manter o lugar iluminado. Sinceramente, ninguém esperava achar tomadas para conectar os equipamentos, mas, aparentemente, quando a Mansão passara por algumas reformas, uma rede elétrica fora instalada. A falta de lâmpadas era puramente uma escolha feita pela dona da Mansão. O computador de Lin, assim como todo o resto do equipamento, parecia fora de órbita, vindo de outro planeta. Quem parecia mais fora do lugar, o computador ou seu dono? Não sei.

— Algo está nos impedindo de perceber o tempo.

— Ah, é mesmo! Esqueci de falar! – Kenji sorriu, embaraçado – É normal isso. Nenhum de nós sabe o porquê, mas é praticamente impossível ter uma noção de tempo aqui na Ilha.

— E Carmesin-sama? Ela nunca lhes informou o porquê? – Naru questionou, franzindo o cenho.

— Acho que nem ela sabe ao certo. Cresceu aqui, sabe? Acho que Ojou-sama nunca teve a percepção de tempo que o resto do mundo tem.

— E a Barqueira? – Dessa vez foi Bou-san o inquiridor.

— Eu sei lá. – Deu de ombros – Aquela mulher me dá medo.

— “Não há tempo, não há hora.” – John comentou – Foi isso que a Barqueira disse quando chegamos. Talvez ela estivesse se referindo a isso.

— Faz sentido, aquela mulher adora histórias inacabadas. De qualquer maneira, se realmente desejam, podem anotar os dias em algum papel. O celular provavelmente não funcionará.

— E como você sabe disso? – Oliver estreitou os olhos, desconfiado.

— Não sou tão burro, sabia? Fantasmas gostam de mexer com coisas tecnológicas, não?

Duas batidas na porta deram um fim na discussão. Kyo colocou a cabeça para dentro da sala.

— Vim informar que o almoço está pronto... – Fitou Naru por alguns segundos – E as bonecas retornaram.

— Bonecas? – Questionou Masako, confusa – Nós não vimos nenhuma boneca.

— Masako? Não me diga que você esqueceu. Nós queimamos as bonecas ontem, lembra? Depois do café da manhã? – Mai perguntou – John e Bou-san as exorcizaram e Naru as queimou.

— Mai-chan, eu nunca fiz um exorcismo em boneca nenhuma. Mas eu me lembro de vê-las na cozinha.

— Não, não, John. Eu e você fizemos o exorcismo, no entanto fui eu quem as queimou.

— Naru. – Lin estava tenso – A última coisa de que me lembro é de montar a base. Ainda estou no dia em que chegamos.

— Lin-san, nós chegamos aqui de noite... – Taniyama retrucou, atordoada – Naru, tem alguma coisa muito estranha acontecendo! Eu me lembro de montar a base e tomar café da manhã, das bonecas e do exorcismo, mas não faço ideia de quando isso aconteceu!

— Se acalme, Mai. Parece que não foi só a noção do tempo que perdemos. Sakaki-san... – Noll pausou ao ver que nenhum dos gêmeos estava presente.

— Naru, não tem ninguém aí. – Hara comentou.

— Heeeeeeeeeh?! Mas...! Kyo-kun e Kenji-kun estavam bem ali! – Mai exclamou, apontando para a porta.

— Mai, acho que você está ficando louca. Kaoru-san veio, colocou aquele vaso ali, disse que o almoço estava pronto e foi embora. – Houjou riu.

— Muito bem. – Davis chamou a atenção do grupo para si – Parece que a nossa noção do tempo foi mais afetada do que pensávamos, e não apenas isso, mas parece que cada um de nós, exceto por eu e Mai, temos memórias diferentes.

— O que isso quer dizer?

— Imaginei que isso seria difícil demais para os seus dois neurônios entenderem, Mai, então me permita explicar de um modo que não os sobrecarregue.

— COMO É?!

— Basicamente, cada um de nós, novamente, a salvo eu e você, vemos, ou melhor, vivemos versões alternativas de certos acontecimentos.

— E qual dessas versões é a verdadeira?

—... Eu não sei. Logicamente, seria a realidade que eu vejo, uma vez que tanto eu quanto Mai vemos a mesma coisa. Duas pessoas vendo a mesma coisa.

— Mas o sobrenatural não gosta muito de lógica, né, Naru-chan? – Yasuhara sorriu desconfortavelmente.

Parece que o universo estava com muita vontade de complicar a vida da SPR.


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Notas finais do capítulo

Sinceramente, isso vai ficar complicado.


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