Addiction escrita por Catherine


Capítulo 9
Capítulo Nove


Notas iniciais do capítulo

Olá amores, desculpem o pequeno atraso, mas cá está o novo capítulo e espero que vocês gostem da surpresinha que tenho para vocês ;)
Espero comentários, e não sempre das mesmas pessoas ok? Supreendam-me :) eu preciso realmente de saber a vossa opinião, boa ou má :)



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Natasha acordou a meio da noite para descobrir que tinha escapado por pouco a uma visita de Clint. Aparentemente, Jarvis tinha-o avisado que ela estava a dormir e que não era aconselhável acordá-la. Ainda não sabia como o Gavião tinha seguido os conselhos de uma máquina, mas agradecia que ele o tivesse feito. Gritos no andar inferior chamaram a sua atenção. Alertada, levantou-se e correu para o elevador, sabia exatamente quem ficava naquele andar.

Quando Nat finalmente o encontra, ele está na cozinha e ela é assombrada por um dejá-vu, a cena é tão familiar que a faz corar um pouco.

Desta vez, não se esconde, e o seu coração parece que quer pular pela boca a cada segundo.

Bruce acordou os gritos, assombrado pelo passado e por todas as pessoas que tinha magoado. Os pesadelos eram cada vez mais frequentes, para seu pesar. Levantou-se e foi para a cozinha, chegando pouco antes de Natasha aparecer com uma expressão preocupada no rosto. Ah, ela ouviu. Os cabelos vermelhos estavam completamente bagunçados, os pés descalços e usava apenas uma t-shirt preta masculina, que suspeitou que fosse de Clint. Sentiu-se subitamente possessivo, e trincou o maxilar com força. O “outro” dentro de si, estava cada vez mais agitado, rugindo na parte de trás da sua mente.

Ela atraía-o de uma maneira que Betty nunca tinha conseguido atrair.

Natasha congelou ao notar a cor dos olhos de Bruce. Verdes. Como os do Hulk.

Respirou fundo, tentando não transparecer o medo que se abateu sobre ela de repente. O sorriso de escárnio que decorou os lábios dele em seguida, disse-lhe que Bruce tinha sentido o seu medo, tanto quanto ela sabia, todo o espaço poderia feder ao seu medo e ele sempre ia sentir, não tinha duvidas que sim. Soltou o ar dos pulmões, lembrando-se de novo como respirar, e fica parada, apenas encarando os olhos de Bruce enquanto eles oscilam entre o castanho chocolate e o verde, e finalmente, ela quebra todas as barreiras que colocou em torno de si, para de se esconder e deixa-o ver. Todo o medo, toda a raiva, toda a curiosidade, todo o desejo que sente por ele. E ela quase que pode vê-lo de verdade e a toda a raiva que ele reprime. O seu estômago revira-se, subitamente, e o aumento de adrenalina que lhe corre no sangue, fá-la andar na direção dele.

Bruce.

De súbito, está prensada contra a parede. O seu peito sobe e desce contra o dele e compartilham a respiração acelerada. Nat toca-lhe, apreciando o simples contato da pele dele, quente, contra os seus dedos. As unhas pintadas de vermelho vão deixando marcas enquanto lhe percorre o torso, conhecendo cada um dos seus traços. Não é gentil, não tem paciência para tanto, não naquele momento. Bruce permanece imóvel, com os braços a rodear-lhe a cintura.

– Natasha... – A voz dele é um aviso. O olhar suplica-lhe para que fuja do seu aperto, mas ele não quer, na verdade, deseja aquilo mais que ele.

– Cala a boca – Diz-lhe, interrompendo-o antes de os seus lábios tocarem os dele, apenas um pouco, o suficiente para fazê-lo perder o fôlego e ela sabe, pois ele solta um suspiro antes de beijá-la com fome e espremê-la ainda mais contra a parede.

Natasha entrelaça os dedos em torno da mão esquerda dele e leva-a ao seu peito. Não está a usar soutien, e ele nota, pois para de beijá-la e olha-a, num misto de surpresa e receio.

– Natasha – A expressão dele é subitamente cuidadosa. Ele observa-a, estudando-a como se ela fosse um monstro imprevisível, o qual Natasha sabe que é. Os olhos dele brilham num tom verde esmeralda. O castanho desaparece quase que por completo e ela sabe que ele está no limite. O Hulk pode aparecer a qualquer momento, jogando-a contra uma parede como das outras vezes, quebrando-a.

Ela ignora o aviso na sua mente e puxa-o para um beijo urgente, deixando as mãos escorregarem-lhe pelo peito bronzeado até aos calções que usa para dormir. Bruce arfa contra os seus lábios, reprimindo um gemido quando ela finalmente lhe toca.

– Estás sempre com raiva? – Ela pergunta, quando os calções lhe deslizam pelas pernas e ele fica completamente nu.

Bruce solta uma risada rouca e por um momento, um longo momento que lhe tira o sopro, ela vê. Vê o animal que ele prende dentro de si, vê-o sorrir na direção dela, observando-a como um predador que vai capturar a sua presa. Naqueles segundos, Natasha vê-se de volta ao quarto dele, sendo jogada contra a parede. A perna doí-lhe quase que de imediato, mas ela sabe que é psicológico e força a dor para as traseiras da sua mente. O coração bate, descompassado, e ela sente-se viva, viva como não se sente à muito tempo, tão viva quanto Clint a fazia sentir, tão viva quanto a luta a faz sentir. A adrenalina percorre-lhe as veias e queima, ah foda-se, queima-a como lava.

– Sempre – Sussurra-lhe Bruce contra os lábios. O cientista constantemente preocupado dá lugar ao homem que vive diariamente com o perigo, e ela sabe que quebrou todas as barreiras dele.

Natasha sorri, prendendo as coxas contra o seu quadril, e antes dos seus lábios se encontrarem de novo, ronrona – Mostra-me.

Bruce desperta no quarto de Natasha, cansado, mas estranhamente revigorado. As memórias da noite anterior preenchem a sua mente e apesar de ter sido a melhor coisa que fez nos últimos tempos, arrepende-se. Tinha-se deixado levar. Tinha chegado ao limite da sua sanidade.

Um sabor amargo desce-lhe pela garganta, enquanto observa o corpo desnudo da ruiva adormecida ao seu lado e nota as marcas vermelhas que maculam a sua pele clara. Marcas de mãos, das suas mãos. Marcas que certamente ficariam roxas passadas umas horas. Levanta-se, lançando-lhe um ultimo olhar e sai, tentando, inutilmente, apagar quaisquer vestígios do que tinha acontecido, por muito que fosse impossível.

Quando Natasha acorda, está sozinha e o lugar ao seu lado está gelado. Senta-se, esfregando os olhos antes de por fim se levantar, ainda meio adormecida.

O reflexo no espelho do banheiro acorda-a, como se a tivessem abanado. O corpo está coberto de pequenas manchas vermelhas, que rapidamente identifica como sendo mãos. Sente a face aquecer rapidamente e cora, antes de ligar o chuveiro e se colocar debaixo de água.

Um único pensamento cruza a sua mente e ela sente vontade de rir. Talvez o sexo selvagem que partilhara com Bruce na noite anterior, tivesse sido o melhor da sua vida.

Clint está sentado na sua pequena sala de estar quando sai do quarto, já adornada com um vestido simples de verão. Pondera em seguir imediatamente para o elevador, mas o facto de que o sofá fica no caminho, impede-a de ignorá-lo.

Ele levanta o rosto na sua direção e analisa cada pedaço do seu corpo. Os olhos azuis dele estão vazios e vermelhos, o que a faz pensar que provavelmente ele esteve a chorar. O pensamento corta-a por dentro.

– Cruzei-me com o Banner quando cheguei aqui – Ele começa, após logos segundos de silencio, que para Nat pareceram eternidades. Ela não responde, mas também não desvia o olhar – Achei que o melhor fosse esperar aqui, não queria encontrar-te... – Clint cala-se e Nat sabe imediatamente o que ele ia dizer. Nua.

– Não te devo explicações – Isso parece o suficiente para enfurecê-lo, pois ele levanta-se e anda na sua direção. O seu olhar parece despi-la com revolta.

– Eu supliquei-te que voltasses para mim! – Grita, antes de segurar o seu braço, apontando diretamente para uma das muitas manchas que se espalhavam pelo corpo – É por isto que me trocas? Ele magoou-te Nat! Não passa de um monstro!

Ela sorri, sem vontade e puxa o braço, soltando-se dele – Sabes, o Capitão disse-me algo parecido, e eu continuo da mesma opinião. O Bruce não é um monstro. Clint, nunca mais ouses chamar-lhe isso na minha frente.

– É a verdade, tu sabes isso. Preferia mil vezes ver-te com Steve Rogers do que com ele. Só de imaginar... – Cala-se, mordendo o lábio e afastando-se dela – Gostas dele? Do Banner?

– Eu... Eu não sei Clint, é complicado – Admite, na verdade a sua cabeça está uma confusão e Natasha não sabe como definir aquilo que sente pelo Doutor – Talvez goste, talvez seja só atração. Não sei, de verdade, mas sei que quero experimentar descobrir, se ele me deixar.

– Não vou deixar que fiques com ele, sabes disso não sabes Tasha? Não vou desistir de ti.

Eu sei – A voz dela não passa de um murmúrio, quando ele entra no elevador e desaparece.

Tony sente vontade de bater em Bruce quando ele o acorda, mas o olhar de desesperado no rosto do amigo, fá-lo pensar duas vezes e ele suspira, antes de lhe pedir que espere por ele no laboratório, prometendo que não demora a descer.

Bruce está sentado num dos bancos, mexendo uma chávena de chá e Tony perguntasse como ainda existe colher, pois ele parece agarrá-la a pontos de quebrá-la. Senta-se o lado dele e observa-o, até que algo chama a sua atenção. Bruce tem os primeiros botões da camisa abertos, certamente devido ao calor, mas Tony vê. Três longos arranhões que desaparecem debaixo do fino tecido azul.

Um sorriso ameaça aparecer-lhe no rosto, mas controla-se.

– Então, o que aconteceu grandalhão?

– As coisas saíram um pouco fora do controle.

– Que coisas?

O Doutor para, na certa ponderando se deve ou não falar com ele, por fim, desiste e Tony quase se levanta para uma pequena dança da vitória no fim dele falar – Entre mim e a Natasha.

– E o que aconteceu?

– Comprámos duas Barbie e brincámos ás casinhas, que achas que aconteceu Stark? – Tony ri, perante o sorriso irónico de Bruce.

– Certo, talvez não tenha feito a melhor pergunta... Supondo que tenham finalmente parado de serem uns cegos e tenham feito sexo selvagem do qual não quero quaisquer pormenores, a questão aqui é, qual é o problema?

– O problema é que eu a magoei – Ele sussurra, enterrando o rosto nas mãos.

– A Pepper gosta de me amarrar na cama e dar-me com um chicote, é irrelevante.

– Não viste o estado em que eu a deixei.

– Isso é uma proposta para eu ver a Natashalie nua? Vou ter de ponderar, é uma boa proposta.

– Tony!

– Certo... Perguntaste-lhe se ela gostou?

– Eu saí antes dela acordar – Talvez não tenha ouvido bem.

– Espera, podes repetir?

– Saí antes de a Natasha acordar – Diz um pouco mais alto e começando a irritar-se.

Tony olha para ele como se acabassem de lhe nascer cinco braços.

– Quer dizer que perdeste o sexo pela manhã?! – O olhar sério de Bruce fá-lo calar-se por uns segundos – Que pretendes fazer agora? Espera, se envolver a Natasha e posições das quais nada quero saber, podes contar na mesma.

– Vou afastar-me, não é obvio? Sou perigoso para ela.

– De novo essa história? Precisas de um script novo. A Tasha é uma assassina, Bruce, acho que pode dar conta de ti.


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram ? :)