Missão Impossível escrita por Believe


Capítulo 6
O fim?


Notas iniciais do capítulo

Hey Semideuses.
Aqui estamos nós no último capítulo de Missão Impossível :(
Obrigada Semideusa Voraz, mrs chase jackson, Tordo Potter, Pearl, Gusharry, daughter of the sun, A Valdez Carstairs di Angelo, enfim, a todos que comentaram, acompanharam ou favoritaram a fanfic.
Cara, quando vocês comentam que gostaram da fanfic, eu fico muito feliz, sério.
Boa leitura e espero que gostem.



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Depois de entregarem os trigêmeos, Hazel e Frank voltaram para casa em passos lentos.

A comemoração começaria as 18 horas. O relógio marcava pontualmente as 17:15, mas eles não queriam se apressar. A festa em si só começaria as 18:30, já que os acampamentos faziam questão de repetir o mesmo discurso cansativo todos os anos. Só aí os “heróis do olimpo” entrariam no palco, para iniciar a comemoração, segurando os símbolos de cada acampamento.

Ao chegar em casa, Hazel fez uma coisa que mães sempre fazem: arrumar seu filho primeiro. Ao terminar o serviço, colocou a agora limpa e cheirosa Crystal no berço, pronta para se arrumar. Pôs um vestido branco e sapatilhas, com a toga por cima.

— Ainda não entendo.- Hazel resmungou, se embolando na própria toga.- Qual o motivo para criarem roupas tão complicadas?

Frank riu. Vestia um terno cinza e tinha os mesmo problemas com sua toga.

— Pelo menos são bonitinhas. - Ela completou ,rindo.

Quando finalmente conseguiu ajeitar , Frank se tacou no sofá, encarando a parede.

— Acredita que se passaram 8 anos?

— Não... - Hazel suspirou, se jogando no sofá e desistindo da toga. - Você está com vontade de sair?

— Não...

— Você me ama? - Ele perguntou, dando um risada baixa.

— Nã... Espera... - Hazel parou um instante, retribuindo a risada e dando um tapa no braço de Frank. - Sim!

As risadas continuaram por alguns muitos, fazendo com que eles parecessem dois loucos.

— Vamos? - Perguntou Frank, quando finalmente parou de rir.

— Temos? - Hazel fez biquinho, se espreguiçando ainda mais no sofá, puxando a palavra na letra “e”.

— Sim. - Respondeu, puxando a letra “i”.

Quando a filha de Plutão continuou resmungando, Frank fez algo que a surpreendeu. A agarrou pela cintura e a lançou sobre seu ombro, como um saco de batatas. Ela gritou, dando tapas nas costas de Frank, pedindo parasse.

— Frank, para! Eu estou de vestido!

— Então, segura aí!- Ele respondeu, rindo e começando a rodar em círculos.

Depois abriu a porta, indo até o portão e dando a volta pelo mesmo. A vizinha até parou para olhar, mas entrou rapidamente em casa.

“Deve estar ligando para o hospício.” Pensou Hazel, ainda tentado se soltar.

— Vamos?- Frank perguntou novamente, indo em direção à rua.

— Pode ser, - começou Hazel, de braços cruzados. - mas você esqueceu que tem um bebê lá dentro?

Frank parou, a colocando no chão. Logo após se virou correndo em direção a casa.

“O que será que acontece quando deixo os dois sozinhos?” Perguntou a si mesma, agora preocupada.

Alguns minutos depois, Frank voltou, agora com uma criança sonolenta em seus braços.

— Papai malvado te acordou, bebê? - Perguntou, passando a filha para seus braços.

— Ei!- Resmungou o filho de Marte. - Eu ouvi!

— E era pra ouvir! - Ela retrucou risonha.

X-X-X

Eles estavam atrasados para a comemoração. E como estavam.

Quando chegaram ao local, Reyna olhava de forma nervosa para os lados, prolongando o discurso de como a paz entre os povos era importante e coisas totalmente sem sentido. Ao subirem no palanque montado, ela os fuzilou com o olhar, mas voltando sua atenção para a multidão e gritando:

— Senatus Populusque Romanus! - A maior parte da plateia formou coro.

— Salve o Olimpo! - Gritou Quíron, que estava do lado de Reyna. Novamente a multidão repetiu a frase. - Salve os Heróis do Olimpo!

O som de aplausos tomaram conta do local. Os Heróis do Olimpo deram as mãos e depois as levantaram, como agradecimento ao publico.

— Sorria Jason! - Disse Leo, se esforçando para não rir. - Você está tão...- Ele tossiu, deixando escapar uma ou duas risadinhas. - ...Fechado hoje.

Jason fuzilou Leo com o olhar, que quase caiu tentando segurar a risada.

Quando os semideuses desceram do palco, Hazel ouviu Piper cochichar algo para Leo:

— Você nunca larga esse cinto? - Ela apontou para o cinto, incrédula. - Não é muito bom em uma primeira impressão.

— Espere e veja, gafanhoto. - Leo respondeu, indo em direção a Reyna.

Piper ficou apenas observando, de braços cruzados. Hazel seguiu seu caminho em direção a Susan, sua vizinha, que segurava o carrinho de Crystal.

— Obrigada.- Agradeceu, pegando o carrinho.- Espero que ela não dado muito trabalho.

— Trabalho? O George adora brincar com ela!- Ela apontou para uma criança de mais ou menos dois anos que segurava sua mão. Ele sorriu.

— Mesmo assim, obrigada - sorriu Hazel. Despediu-se com um abraço.

Hazel começou a caminhar pelo local. De um lado, filhos de Apolo de ambos os acampamentos faziam competições de arco e flecha. Do outro, semideuses se reuniam em frente a uma fogueira cantando canções de acampamento, enquanto um grupo se reunia para observar filhas de Hécate realizarem números de magia com voluntários. Pode-se dizer que até um certo momento, Gregory Jhones, um filho de Vulcano, quis seu nariz de volta.

Enquanto parava para observar os truques, Hazel ouviu alguém a chamar. Virou-se rapidamente e se deparou com alguém conhecido. Nico di Angelo se encontra em um canto mal iluminado, gesticulando para que ela se aproximasse.

Ela se aproximou, com um sorriso nos lábios. Fazia anos que não o via . Após sua viagem a Itália, Nico simplesmente desapareceu do mapa, mandando algumas raras mensagens de Ísis para sua irmã em comemorações.

Quando se encontravam frente a frente, ele a abraçou, fazendo Hazel soltar o carrinho por instantes, para poder retribuir. Depois do abraço, Hazel o encarou. Ocorrera uma grande mudança em Nico. Quem olhasse Di Angelo naquele momento, não acharia que era a mesma pessoa. Sua pele antes extremamente pálida, estava com uma expressão saudável e corada; um sorriso radiante, quase nunca visto, estampava seu rosto.

— Quanto tempo... - Riu Hazel, emocionada. Tirando Frank e Crystal, Nico era sua única família.

— Então, por onde tem andado?

Ele sorriu, com se estivesse empolgado para lhe contar algo.

— Bem, era sobre isso que queria falar. Como sabe, fui para Itália, mas não vai acreditar o que encontrei lá.

— O que? - Perguntou Hazel, ficando ansiosa.

— Encontrei minha família. Encontrei outros Di Angelo! - Seu sorriso parecia se se estender de orelha a orelha.

Hazel ficou maravilhada. Ela sabia que um dos motivos para Nico ser tão solitário era a falta de sua família, que naquele momento era sua mãe e sua irmã, Bianca. Uma família seria algo ótimo para ele. E pelo jeito, havia dado certo.

— Sério? - Perguntou, entusiasmada.

— Sim! Uma vila inteira, 37 Di Angelos. - Respondeu animado. - No início foi difícil inventar alguma história, já que estávamos “desaparecidos” e era impossível estar vivo depois de tanto tempo. Então disse que era um descendente do “Nico verdadeiro” e estava lá a procura de emprego. E Também... - Ele parou, um pouco nervoso.

— E...

— E... - Nico olhou nervoso para os lados e focou no carrinho. - Quem é essa pequenina?

Hazel sorriu, se aproximando do carrinho e pegando Crystal. Mas era claro que Nico estava tentando fugir de um assunto.

— É a Crystal. - Respondeu, se aproximando de Nico com a criança no colo.- Filha, esse é o tio Nico. Oi, titio Nico! — Imitou, balançando o bracinho da filha e fazendo um aceno.

O filho de Hades se aproximou delicadamente, segurando a mãozinha de Crystal. Ela estendeu a mão, segurando o braço do tio.

— Você quer segurar? - Ofereceu Hazel.

Nico ergueu as sobrancelhas, desconfiado.

— Acho que não tenho jeito...

Hazel deu uma risadinha, ajeitando a filha nos braços do irmão. Ele foi bem, logo Crystal se acomodou em seus braços.

— Até que não é tão difícil... - Ele riu, relaxando um pouco.

“Agora é um bom momento” Pensou Hazel “Vamos ver por que ele estava tão nervoso.

— E o que, Nico? - Perguntou, aproveitando a oportunidade.- Você ia falar algo.

Ele hesitou, devolvendo Crystal para o carrinho. Depois, estalou os dedos, encarando o chão, aparentemente nervoso.

— Não sei do que está falando...

Hazel cruzou os braços, dando batidinhas com o pé no chão. O que será ele está escondendo?

— Não adianta tentar fugir, senhor Di Angelo. Tenho minhas táticas para persuadir pessoas. - Garantiu, tentando parecer confiante. Talvez um pouco controladora.

— Bem... - Ele começou, encarando Hazel. - Eu passei por momentos difíceis no passado. Mas quando eu estava na Itália... Quando eu estava lá, tive chances de melhorar, de repensar tudo que já fiz. Mas também tive a coincidência de conhecer melhor uma pessoa que, bem, me ajudou nesse período...

Hazel colocou as mãos na boca, surpresa. Nico estava namorando alguém seriamente, pelo o que contava. Agora sua curiosidade feminina queria, mais do que tudo, saber o nome da pessoa.

— Posso saber o nome? - Perguntou curiosa. Mas então completou.- Isso é, se você quiser.

“Responde, responde, responde” Pensou, quase cruzando os dedos. Naquele momento parecia uma adolescente louca.

— Bem... - Ele disse em voz baixa, mas por fim levantou o rosto e respondeu - Thalia.

Hazel piscou. Se estivesse bebendo algo, cuspiria tudo a uma grande distancia, como nos filmes.

— Grace? - Perguntou, ainda incrédula.- A irmã de Jason?

Nico assentiu, nervoso.

— Nossa. - Limitou-se a responder, tamanha a surpresa. - Mas ela não era...

Sua frase foi interrompida por um grito feminino. Hazel virou a cabeça e viu Piper dando pulinhos logo ao lado de Reyna.

Ela correu até Hazel, ainda dando seus incríveis gritinhos. Então puxou o braço da amiga, dando pulinhos.

“Acho que não sou eu a 'adolescente louca'...” Pensou, admirada.

— Olhe, olhe! - Piper se animou, apontando para onde Reyna se encontrava. - Leo pediu ela em casamento!

— Já vou, só deixe eu me despedir de... - Hazel virou a cabeça para o nada. Nico desaparecera. A filha de Plutão então virou a cabeça, procurando. Por fim, o achou do outro lado da praça, cumprimentando Percy, que carregava a pequena Dina nos braços.

Como Nico não estava alí, Hazel seguiu Piper. Reyna estava de olhos arregalados, cobria a boca e admirava um brilhante anel dourado. Realmente, o anel era muito brilhante, chegava a quase hipnotizar.

“Cuidado, vai que explode?”

As pessoas cercavam o casal que agora se abraçava. Parabenizavam, brincavam e perguntavam coisas como:

— Quando vai ser o casório?

— Em breve.- Respondeu Valdez, sorridente.

— Posso ser madrinha?

— Eu te conheço?

— E os filhos?

Leo e Reyna paralisaram. Todos que estavam presentes soltaram risadas ou começaram com piadinhas.

— Acho ainda não é o caso. - Garantiu Valdez, rindo da cara de Reyna.

— Que magia você fez para ela aceitar, Leo? - Brincou Percy.

— Tem muito brilho nesse anel. - Ironizou Hazel.

Leo colocou a mão no peito de forma dramática, fingindo estar magoado.

— Eu sei que vocês amam. - Respondeu, com se nem ligasse para as brincadeiras. - Mas, ninguém resiste à um Valdez. - E lançou um sorriso fracassadamente galanteador.

— Ninguém? - Perguntou Reyna, cruzando os braços. - Por acaso já tiveram outras?

O sorriso de Leo imediatamente desapareceu. Ele abraçou a noiva, dando um risinho nervoso.

— Sabia que eu te amo?

X-X-X

Quando o marcou meia-noite, o festival de fogos começou, iluminando o céu.

Diferente de muitas crianças, Crystal não se assustou ou chorou. Apenas observou com olhinhos curiosos o colorido céu. Em enorme alegria, começou a bater palmas e rir.

— Minha menina corajosa. - Disse Hazel, dando um beijinho da testa da filha.

Nossa menina, você quis dizer. - Corrigiu Frank. A criança agora brincava alegremente na toalha de piquenique, sequer dando bola aos pais.

A filha de Plutão riu, encarando o marido.

— É mesmo.

De repente, Frank se virou, segurando a mão de Hazel de forma gentil.

— E acredito que hoje tenha algo a mais nosso. - Ele tirou um pequena caixinha do bolso e colocou na mão de Hazel com um sorriso em rosto. - Feliz aniversário.

Hazel congelou. Como poderia ter esquecido?

Era seu aniversário de casamento.

Havia um motivo para a data ter sido tão em cima do Dia da Vitória. Como o Dia da Vitória era um dia muito comemorado e comentado por muitas semanas seguidas, os dois acharam melhor realizar a cerimônia no dia seguinte, para que a Festa da Vitória pudesse “esconder” o casamento de multidões. Sinceramente, o que chamava mais atenção era sua enorme barriga, que quase não coube no vestido de noiva.

Emocionada, ela abriu a caixa. Dentro dela, se encontrava o mais belo cordão que já vira em sua vida. Era dourado, com detalhes delicados brancos e tinha formato de coração.

— Frank,- Respondeu, tirando o colar da caixinha.- é lindo... Eu... Eu não comprei nada, me desculpe. Vou...

Frank colocou a mão na bochecha de Hazel, fazendo ela se calar.

— Não precisa. - Começou a dizer, de forma delicada. - Você merece esse presente. Batalhadora, consegue fazer várias coisas ao mesmo tempo, sendo que eu não consigo nem fazer uma única. É uma pessoa fiel, inteligente e sempre disposta a ajudar os outros. Nunca deseja o mal ao outros, por mais horríveis que sejam. Você é uma ótima mãe, guerreira, esposa, amiga e mulher. Ainda me pergunto o motivo para uma mulher tão maravilhosa me escolher.

Hazel sentiu seus olhos encherem de lágrimas. Amava Frank e não tinha dúvidas que ele sentia o mesmo. Ela tinha certeza de que viveriam seu “Felizes para Sempre”. Mas nem tão calmo, afinal eram semideuses.

Ela se jogou em cima dele, o fazendo cair na grama. Então o abraçou e beijou, o ouvindo pronunciar as palavras:

— Eu te amo.

Em resposta, sorriu, dizendo:

— E eu mais ainda.


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Notas finais do capítulo

Eu estava pensando em criar uma "Segunda Temporada", o que acham? Seria uma história inspirada nessa pequena fic, falando sobre a nova geração dos Heróis do Olimpo *^*
Beijos da Believe.