The Cruel Beauty escrita por Tsu Keehl


Capítulo 35
Capítulo 35


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal! Demorei (novidade) mas aqui está novo capítulo da fanfic! Finalmente a tão aguardada DR (discutir a relação) de Cruello e Igraine! Agora é vai ou racha! Isso é algo que ambos precisavam fazer cedo ou tarde embora as consequências para isso se desenrolar tenham sido meio chocantes.
Devo dizer que esse capítulo foi bem complicado de escrever, eu realmente não tinha nenhuma ideia mas graças á ajuda de minha amiga Hime, consegui ir desenvolvendo o capítulo aos poucos. Enfim...não sei se era bem isso que eu tinha ideia para o capítulo mas espero que gostem.Novamente peço desculpas pela demora mas é que foram tantas coisas acontecendo e para resolver, que fui adiando e adiando a postagem da fanfic (espero, realmente, não tornar a repetir isso XD) Bom, dessa vez, embora estejamos na sexta-feira Santa, Santa não sou então tem parte caliente nesse capítulo. Procurei fazer o meu melhor e espero que gostem!
Chega de papo e boa leitura!



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~*~


— Será que... - ele começou. – Podemos...conversar um pouco?

  Igraine permaneceu imóvel durante segundos diante da porta, encarando o rapaz á sua frente e foi como se todo o muro de certeza que estivera erguendo durante a semana começasse a rachar.

  “Por que diabos aparece do nada bem-vestido  e cheiroso desse jeito?! “


— Conversar...?
— É...vai me deixar entrar ou teremos que conversar aqui com o risco de Patrick Star ver e criar uma nova manchete conosco?

  Ela cedeu espaço para que ele entrasse, fechando a porta assim que ele o fez. Cruello olhou a sala com seu típico desdém disfarçado o que começou a irritá-la.

— E a que devo a honra de tê-lo na minha “choupana”, senhor Devil?
—  ...por que está tão forçadamente formal comigo?
— Você ainda me pergunta? - Igraine o fuzilou com o olhar, porém pode ver o quanto o rapaz estava abatido. - O que te traz aqui, Cruello?
— ...como eu disse precisamos conversar. Acho que nossa situação ficou um pouco complicada. – ele começou, sentando-se no sofá após verificar se não havia pêlos de animal ali. – E precisamos resolver isso. 
— Pensei que você já tivesse resolvido terminando comigo aquele dia. Me pareceu bem decidido e até satisfeito!
— Ora não exagere. Você tem o hábito de julgar de coisas que não sabe apenas pelo que acha que é!
— Você veio aqui só para me criticar? Acho que já fui bastante criticada por você por uma vida inteira!

Ele passou a mão pelos cabelos.


— Eu deveria, eu teria motivos...mas não vou fazer isso. Por mim já passou. Não houve consequências além da que temos de resolver agora. E é isso que importa.
— Sabe que me deve desculpas, não é?
— Você também me deve desculpas.  Na verdade você que deveria ter ido me pedir desculpas! - ele resmungou, cruzando os braços.
— Sei que fui inconsequente em me enfiar no seu trabalho, mas você podia ter me contado!! Eu iria entender...
— Iria mesmo? - ele a encarou, incrédulo. - Você mesmo que sempre condenou qualquer coisa que fosse contra o politicamente correto!  Iria julgar, não entender. Omiti porque achei que assim estaria evitando a situação que acabou acontecendo!


— Você me julgou sem saber! Poderiamos ter conversado e...mas você também me largou lá sozinha naquela festa com aquela gente! Sabia o quanto eu estava nervosa e ao longo da semana disse mesmo que eu não iria me sair bem! Ai se eu cometesse alguma gafe, iria me falar um monte depois, nesse ponto eu conheço bem você!
— Eu era o anfitrião daquela festa e daquele desfile! Não poderia ficar o tempo todo com você! Fora que eu precisava realizar aquele leilão de peles que era ilegal então ninguém poderia saber. E eu não sou um cara comum que pode ficar o tempo todo te acompanhando.
— ...e você ainda queria que eu me tornasse uma cópia da Scarlet!
— Quando eu disse isso?!
— O tempo todo na semana que estava me treinando igual cachorro pra me exibir pro desfile, ficava repetindo para eu fazer como Scarlet! Queria que eu me tornasse uma cópia dela!
— Eu nunca disse isso, aloka! Falei para se basear nela na forma Omo se portar diante da alta sociedade e da mídia! Scarlet tem experiência nisso e como tínhamos pouco tempo para você aprender, o melhor era tentar imitá-la! E eu não quero que você se torne uma cópia de Scarlet, cruzes! Já basta uma na minha vida!
— Como se você não amasse ela! Brigam mas  toda hora tecem elogios um para o outro!
— Está com ciúmes de Scarlet? Não deveria.
— Isso não vem ao caso! Você conta tudo para ela, enquanto a boba aqui fica sendo feita de chacota por vocês dois! Eu não aceito isso!
— Não exagere! Eu e Scarlet temos uma relação profissional e de amizade há décadas, ela é meu braço direito na Devil's, lógico que conto tudo para ela e ela para mim. Não misture as coisas! Você não entende dos meus negócios na empresa e o pouco que viu foi o suficiente para você surtar!
— Se Scarlet é tão importante para você, porque não apresentou ela como sua namorada para a mídia? Já que se entendem e compactuam tão bem!
— Já falei pra não misturar as coisas! A Scarlet é minha parceira na Devil’s e nos trâmites sociais! Não adianta você surtar com ela e arrumar briga por conta disso porque não é esse o problema!
— Se ela é tudo isso pra você, eu sou o quê?!
— Não viemos aqui para falar de Scarlet, carralho! Viemos aqui para falar sobre nós!
— Você quer falar de nós, mas dá mais prioridade para ela... ela sabe mais de você do que eu... por quê não me conta as coisas? Por que omite tudo de mim?

Cruello a encarou por um tempo e suspirou.


— Temos intimidade há pouco tempo...tem muita coisa na minha vida, não gosto de falar do passado. Não é necessário. É passado, já foi!
— Mas... - Igraine suspirou - Seu passado te moldou no que é hoje. Sei que temos pouco tempo juntos...mas preciso que se abra comigo! Se vamos conversar sério, temos que resolver isso!
— Viemos aqui pra resolver o mal-entendido do desfile e não para falar do meu passado! Foi o desfile que te fez surtar e estragar o que eu tinha planejado! - ela abriu a boca pra falar. - E antes que comece a fazer seus discursos de proteção aos bichos, saiba que tudo o que foi leiloado eram coisas de Cruella Devil!

Igraine soltou um muxoxo.


— Se você tivesse me contado antes e não fosse tão arrogante, nada disso teria acontecido!
— Se eu tivesse contado o que pretendia fazer, você iria me aporrinhar o tempo todo com seus discursos de defensora animal e politicamente corretos!
— E por que você não me disse que ia fazer um brechó??

   Cruello levou a mão ao coração, arregalando os olhos como se acabasse de sentir que sofreria um infarto.


— BRECHÓ?!!!! - ele virou-se indignado. - Como ousa chamar o meu desfile exclusivo de brechó?! Aquilo são peças únicas da Devil's! Desenhados e usados por ninguém menos que Cruella Devil!!!

 Ele se levantou do sofá indignado, gesticulando avidamente.


— Não tem cabimento algum em usar esse termo ao se referir á um desfile daquela estirpe! Um leilão milionário, com peças requintadas, tendo como clientes pessoas poderosas e da mais alta sociedade! Não só de Londres, mas de várias partes do mundo!  Você tem noção da blasfêmia que acabou de dizer?! Usar um termo tão pobre para peças da Devil's!!  Absurdo! Absurdo! Viu porque não adianta te contar? Já pensou se você se referir assim á peças da Devil's, á peças da minha tia?! Minha tia que gastou fortunas para conseguir aquelas peles, que desenhou as roupas e ficou supervisionando os melhores peleiros para fabricarem as peças a fim de que a costura saísse perfeita! E saiba que não é fácil fazer isso! As peças que Cruella Devil tanto amava, tanto ostentava..sendo reduzida a termos como brechó!

Cruello levou ambas mãos á cabeça.


— Perdoai ela, minha tia...ela não sabe o que diz! Vergonha, vergonha, vergonha...
— Brechó, Bazar,tanto faz! O fato é que você deveria ter me contado! Onde está a confiança no nosso relacionamento? Custa ser mais sincero comigo?
— Como quer que eu confie e conte minha vida pra alguém que considera o meu grandioso leilão de itens exclusivos de Cruella Devil de brechó?! Você não tem o mínimo de discernimento das coisas!
— Se veio aqui para jogar na minha cara que eu não sei a diferença de brechó de luxo para um brechó normal,a porta é serventia da casa! Você queria que resolvêssemos nosso problema, mas parece que seu egocentrismo não permite! Você precisa amadurecer, Cruello!
— Já disse que não é brechó! Se você não tem capacidade de ver uma diferença tão óbvia, como espera que consigamos resolver o problema?! Aliás é ESSE o problema! Você só julga! Por isso nem ouso falar do meu passado pra você!


— Cruello... - a jovem aproximou-se dele.  - Você sabe que eu te amei por longos dez anos, eu te amo o suficiente para fazer com que amadureça ao meu lado, mas preciso que me ajude...
— Eu não preciso amadurecer, criatura! Eu já amadureci há mais de dez anos atrás! - ele se desvencilhou. - Enquanto você vivia desenhando bichinhos fofos no caderno, tendo sonhos de princesa, sendo bancada pela familia e paparicada pelos avós, eu tive que herdar a Devil's! Mas claro, você não faz ideia do que é herdar o império de Cruella Devil! Não faz ideia do que tive de estudar, do que tive que mudar, do que tive de me tornar! Cheguei aonde cheguei não só por ter herdado, mas com muito esforço, vivendo muito as coisas boas e ruins! Você não aguentaria um mês do que eu aguentei! E eu não tinha opção, sempre soube disso e o que fiz? - ele abriu os braços. - Me tornei Cruello Devil, com muito orgulho. E não vou abrir mão disso por nada! Nada!

   Igraine o olhou terna, sabia que precisava agir de uma forma mais branda e inusitada caso quisesse aplacá-lo.  De súbito, se aproximou e o envolveu em um abraço, fazendo com que ele retesasse o próprio corpo.

— Deve ter sofrido muito tendo que aguentar tudo isso sozinho... me perdoe por não estar ao teu lado nesse momento. Mas eu estou aqui agora e estou disposta a te ajudar e te confortar...
— Hãn... - Cruello afastou-a de si como se ela o espetasse. - Pare com essa melação, eu não estou sofrendo! Acabei de dizer que estou muito satisfeito com o que me tornei e conquistei! Foi...até bom que você não estivesse comigo nesse tempo!

Igraine o encarou, aturdida, tanto pelo gesto quanto pelas palavras.  Ele, realmente era um imbecil egocêntrico.


— Vá embora Cruello! – despejou.

  Cruello olhou para Igraine, que se mantinha cabisbaixa. Ele revirou os olhos, ambas mãos na cintura.


— ...você está me interpretando errado de novo!
— Você só veio aqui para jogar na minha cara que eu não tenho capacidade para te entender! Quando quero te apoiar você me afasta. Acha mais importante manter essa sua pose arrogante do que admitir que é uma pessoa que tem seus momentos de fragilidade! Se o meu amor não vale nada para você, o que você quer de mim? Me usar, brincar como se eu fosse uma bonequinha pra você vestir e descartar?  Por que age assim?! Você quer tanto ser igual á sua tia?! MAS NÃO VAI SER! Ela foi ela, você é você! Mesmo que você fizesse uma cirurgia de mudança de sexo, nunca seria como Cruella Devil!
— ...você nem conheceu Cruella Devil e fala como se conhecesse!
— Você não entende... - ele começou. - Eu sou difícil de lidar, sei disso muito bem. Já fiz coisas que te chocariam, coisas que talvez você não iria concordar. Mas foram coisas que eu já fiz e estão no passado. Não precisam voltar á tona.
— Por quê? Que mal há?
— Porque eu não quero! Não preciso!
— Então o que você quer, afinal? Não sou telepata ou tenho bola de cristal! E a forma como você age e fala, parece deixar bem claro que pouco importa se está comigo ou não está! Eu posso ser sonhadora mas não sou imbecil! Juro que quando você age assim eu tenho vontade de meter um tapa na sua cara!
— Duvido que você teria coragem para fazer isso! Vamos! – ele deu alguns passos na direção dela. – Bata na minha cara!

   Igraine fechou os punhos reunindo coragem para fazer o que ele pedia. Mas não conseguia. Sabia que aquele tapa não apenas deixaria uma marca no lindo rosto de Cruello como o faria sair dali pra nunca mais voltar.

 - Quer saber o que eu realmente quero de você?

    Respirando com força mas confiante, ela o encarou diante da pergunta. Sabia que ele despejaria algo para machucar afinal, na cabeça dele, tinha todos os motivos para isso e pouco importava o que a outra pessoa sentisse. Talvez devesse ter dado o tapa.
     Mas Cruello não falou nada. Simplesmente puxou-a pelo braço, envolveu sua cintura com o braço direito e com a mão esquerda lhe segurou o rosto, lhe beijando com fervor.  No primeiro momento, Igraine não soube como agir mas aquilo era algo que ela desejava tanto, que logo se viu retribuindo o gesto.

   Como era possível que ficar uma semana longe de Cruello a fizessem perceber o quanto sentia sua falta, o quanto queria ficar com ele? Independente dos erros dele, das divergências de opiniões e modos de vida, havia algo nele que superava qualquer empecilho e conseguia dissipar até mesmo toda raiva que pudesse sentir por ele no momento.
    Mas não era a beleza, o charme, o jeito dele envolvê-la...claro, isso era algo a se levar em conta mas...era algo a mais.  Mais do que, até mesmo, o fato de que ele era o cara que conhecera no passado e pelo qual ficara nutrindo sentimentos por anos.

  Só que apesar de tudo, se tinha algo que não conseguiria mais aceitar, era que Cruello pudesse conseguir fazê-la ceder sempre. Não, isso não queria.
  Quebrou o beijo e tentou empurrá-lo, mas ele a abraçou, colando sua testa na dela, os olhos fechados.

— ...eu...eu sou louco por você. Não queria, relutei, mas no fim...só não me tente tirar da sua vida. Não quero que saia da minha, raposinha.

  Igraine quase não conseguia acreditar no que ele acabava de sussurrar. E enquanto ele a beijava novamente, percebeu  o principal motivo que a fazia gostar tanto dele, apesar dos defeitos que vinham naquela embalagem maravilhosa.

Imprevisível.

   Era isso que Cruello Devil era. Imprevisível. Mas sempre de uma maneira positiva, ainda que no primeiro momento pudesse não parecer. A imprevisibilidade o tornavam irresistível, porque era o tipo de pessoa que iria surpreender quando menos esperasse.  Havia sido assim desde o começo. Pensando agora, não havia uma única vez que Cruello fora clichê. Mesmo no passado, ele fugia totalmente dos clichês de homem perfeito de histórias românticas e isso continuava agora. E certamente continuaria assim a vida toda.
    Igraine sempre acreditou e teve a certeza de que gostaria que a pessoa com que se relacionasse fosse alguém normal, para ter um relacionamento normal, um cotidiano normal. Um...sentimento normal. Clichês era algo que ela gostava de ver na ficção e acreditava que iria gostar na vida real mas a vida a fizera se apaixonar pela pessoa menos clichê possível.
  Mas aquilo não era ruim.

      Ainda que ela e Cruello estivessem no começo, tinha a estranha certeza de que ele continuaria sempre surpreendendo, sempre fazendo seu coração palpitar, sempre  com atitudes e palavras imprevisíveis nos momentos certos.
     As diferenças de opiniões e modos de ver a vida que tinham eram coisas mínimas. Coisas que ambos poderiam saber lidar, quem sabe.
    Os beijos se tornaram mais intensos e apaixonados. Quando deu por si, Cruello estava sentado no sofá, com Igraine em seu colo. Quebraram o beijo e se encararam.  

— Vamos esquecer o que passou. Assunto encerrado.
— ...tentador mas...não dá. – Igraine murmurou, acariciando os cabelos dele. – Foi algo que envolve coisas das quais ainda precisamos conversar...
— ...teremos vida inteira para ficar falando disso vez ou outra. Agora não quero perder tempo com isso. Quero perder um bom tempo com você.
—  Você acha que eu sou perda de tempo?
— ...não comece...
— ...não vou começar. Pelo menos não isso agora.
— E o que vai começar, raposinha?

      Igraine retirou a camisa e a saia que usava, agradecendo por estar usando aquele conjunto de lingerie azul-marinho que ganhara de Nanny. Cruello observou com um sorriso satisfeito enquanto ela voltava sentar-se no colo dele. Rapidamente ele tirou a carteira e o celular do bolso, que Igraine colocou sob a mesinha de centro.

— Costuma vestir lingeries boas assim diariamente? Porque, na certa, não imaginava que eu iria aparecer.
— Eu...bem... está achando ruim é? - ela o beliscou de leve - Tem coisas que a gente aprende a caprichar mais.
— Gosto assim...

 Puxou-a para um beijo que não se limitou aos lábios, passando pelo rosto, pescoço e  começo dos seios enquanto as mãos apertavam as coxas dela com força.  Igraine gemeu,  friccionando-se no colo do rapaz, podendo sentir o volume que já havia nele. Repetiu o movimento, gostando da sensação que aquilo lhe provocava.  Cruello então parou as carícias, olhando em todas as direções da sala, desconfiado.


— O que foi? - ela perguntou, confusa. - Algum problema?
— Aquele sarnento tarado...onde ele está?! Não quero correr o risco de ser assediado de novo por aquele animal estuprador de pernas!
— ...ele não está aqui. Está no meu quarto dormindo na cama. Golias não gosta de descer as escadas, sempre que ele quer descer eu o levo no colo. Ele é muito frágil, pode cair e se machucar.
— Não acho que aquilo seja frágil...ele é 50% tremedeira e 50% ódio!

     Igraine abriu a boca para retrucar mas Cruello já abria o feicho do sutiã.


— Já pedi para não começarmos a brigar de novo. - disse para em seguida abocanhar um dos seios, sugando-o com vontade e arrancando um gemido da garota.

  Ele tinha razão. Embora uma parte de sua mente dissesse que era necessário que discutissem sobre certos pontos na relação, outra parte (apoiada pelo seu próprio corpo) induzia a deixar aquilo de lado em prol de algo melhor.


— Mas... você precisa entender...que... - ela já sentia a mente ir anuviando com a carícia. - Precisamos... oh, Cruello!  
— Desde aquela noite na mansão Devil eu queria tanto senti-la de novo... – ele aspirou o perfume dos cabelos recém lavados dela.
— Mas...nós fizemos lá no celeiro da fazenda...
— Não me lembre daquilo!
— Mas você gostou...
— Posso ter gostado mas não é digno para um Devil fazer naquele lugar!
— Mas foi algo muito bom... - ela mordiscou a orelha dele. – Seria interessante repetirmos a dose qualquer dia, quem sabe...

  Igraine abriu todos os botões da camisa dele, passando a mão pelo tórax desnudo, lhe beijando e mordiscando o pescoço. Mas logo Cruello virou o rosto para ela encará-lo. Com os dedos, ele traçou o caminho pela face delicada, entreabrindo os lábios dela.


— Adoro essa sua boca...
— Sabe...tem algo que eu estou a muito tempo com vontade de fazer.

      Cruello a encarou com interesse e Igraine desafivelou o cinto e colocou uma de suas mãos começando a acariciá-lo. Ele soltou um suspiro baixinho e satisfeito. Não demorou para que Igraine o induzisse a descer um pouco as calças e, após beijá-lo demoradamente nos lábios enquanto o masturbava, Igraine foi descendo os beijos para o pescoço, tórax, barriga e ao chegar no membro, rodeou com os lábios, depositando alguns beijos  na virilha até abocanhá-lo com delicadeza.  Cruello fechou os olhos, se recostando no sofá, aproveitando a carícia. Por um momento olhou para a garota, deliciando-se com a visão.
    Igraine estava sabendo fazer aquilo muito bem. Mas ela ás vezes começava a acelerar, induzindo-o a pedir que fosse com mais calma.  E quando ela ia devagar, aquilo ficava melhor.


— Hum...está safada hoje? Sentiu minha falta, então...

     Ás palavras dele, Igraine afastou seus lábios do membro e tornou a sentar-se em seu colo, passando os braços em volta de seu pescoço enquanto movimentava-se de maneira libidinosa, fazendo-a segurar a cintura fina e induzi-la a continuar. Ela gemeu e continuou a se movimentar, friccionando-se sobre ele e fazendo Cruello desejar que ela se livrasse logo daquela única parte de tecido que usava.
      Ele moveu uma das mãos pelos seios da garota, descendo-a pela cintura e chegando até  a intimidade dela, enfiando a mão por dentro da calcinha e começando a tocá-la devagar. Ela arqueou o corpo de prazer, enquanto ele massageava aquela área sensível e descia os dedos aos poucos para dentro dela, movendo-os com cuidado. Ela afundou os dedos no cabelo dele, beijando-o com desejo e sussurrando para que parasse.

— ..quer mesmo que eu pare?
— ...n-não...

  Ele aumentou a velocidade dos movimentos, percebendo que aquilo a agradava ao mesmo tempo que ele também apreciava. Parou quando sentiu que Igraine já cravava as unhas em seus ombros e, lhe dando um tapa na bunda, sugeriu que ela se livrasse da última peça de roupa enquanto ele  retirava a própria camisa. Ela assim o fez e tornou a sentar-se nele, entrando devagar e permitindo que ambos soltassem um gemido com o contato.
    Os movimentos começaram devagar, de modo que sentissem um ao outro. Cruello gostava quando Igraine começava a se deixar levar pelo prazer: ela perdia toda a vergonha e deixava que a ousadia tomasse o controle e aquilo o excitava tanto quanto o ato em si. Como ela conseguia ser tão...gostosa, ele não entendia, mas muito apreciava.

  Ela, por sua vez, descobrira o quanto gostava daquilo, de estar nos braços de Cruello, sentindo aquele prazer e tendo a certeza que o agradava. Vê-lo com aquela expressão de prazer e os cabelos despenteados a excitava e aumentando a velocidade dos movimentos, sentia seu íntimo latejar á cada estocada. As mãos de ambos exploravam um ao outro, sentindo o suor em seus corpos, ansiando para se unirem mais e mais.
  Não precisavam e nem queriam se conter, apenas continuarem naquele ritmo que tanto os enlouquecia. Sentiam-se queimar, atracados de forma lasciva até que Igraine sentiu a onda de prazer chegar e percorrer todo seu corpo. Cruello pôde senti-la em si e sorriu, mordiscando os seios dela e aumentando a velocidade dos próprios movimentos, segurando com força as nádegas da garota. Igraine gemeu alto, surpresa com a força que ele fazia dentro dela e pôde perceber quando ele atingira o clímax.

     Ficaram ambos abraçados, as respirações arfantes, satisfeitos. Trocaram um beijo, entrando no silencioso (ou nem tão silencioso) acordo de que não tinham mais qualquer motivo para continuarem brigados.

— ...essa foi...- ela sussurrou. – Uma ótima forma de...fazermos as pazes...
— ...a melhor, com certeza.

~*~

 Igraine manteve a cabeça sob o ombro de Cruello, esperando que sua respiração voltasse ao normal enquanto sentia ele brincar preguiçosamente com as pontas de seus cabelos entre os dedos.

— ...Cruello... – Igraine começou, com voz baixa.
—   ...uma água cairia bem agora.
— Sim. Vou buscar.

    Igraine deu um beijo no pescoço dele, acatando ao pedido. Se levantou, mas sentiu suas pernas bambearem e sentou-se no sofá ao lado de Cruello, que soltou um risinho.

— Nossa...minhas pernas estão moles...
— Foi tão bom assim, raposinha?
— ...você sabe a resposta... – ela murmurou, corando.
— Tudo bem, fique aí. – falou, dando uma batida suave em sua coxa e se levantando. – Até porque eu estou mais vestido do que você.
— ...traz água pra mim também...

     Ele confirmou, ajeitando a calça e fechando zíper da mesma. Caminhou em direção á cozinha, satisfeito. Era difícil de acreditar que uma garota como ela, ainda meio inexperiente, conseguisse satisfazê-lo tão bem.  E isso não era somente por gostar dela, ainda que, provavelmente, isso fizesse uma diferença importante. Com ela em seus braços, queria agradar para satisfazê-la e não apenas para mostrar que era capaz de satisfazer, como ocorrera com as outras pessoas com quem se envolvera ao longo dos anos. Nem mesmo Charlene fora capaz de  satisfazê-lo no sexo como Igraine estava fazendo e isso que ainda haviam transado pouco.
  As coisas só tenderiam a melhorar com o tempo.

     Ao chegar na cozinha, Cruello pegou a garrafa de água e dois copos. Encheu um e bebeu com longos goles. Nada como algo gelado depois daquele calor. Estava enchendo novamente um copo para si e outra para Igraine quando ouviu um barulho. Ignorou mas logo ouviu novamente. Na terceira vez, o ruído foi acompanhado por uma espécie de gemido. Vinha de trás de uma porta que dava para o pequeno quintal dos fundos.  Intrigado, abriu a porta, espiando o quintal.
   Era um quintal minúsculo, com um varal onde havia algumas roupas penduradas e no fundo um jornal e uma caixa de areia para os animais fazerem as necessidades. Ele então notou na parte coberta onde havia o tanque e a máquina de lavar, algo que o fez estremecer. Ficou alguns segundos observando, tão atento como o cachorro Furacão também olhava. Quando teve certeza que a situação era chocante e com alta probabilidade de ser algo sério, ele fechou a porta, pegou os copos e seguiu para a sala.

~*~

  Igraine estava terminando de prender o sutiã quando Cruello surgiu.

— Ah, obrigada! Estava com sede! – ela falou, pegando o copo das mãos dele e bebendo um gole. – O que foi? Que cara de assustado é essa?
— ...é que...está acontecendo uma coisa muito estranha.
— Estranha?
— Eu estava na cozinha, aí ouvi um barulho, abri a porta dos fundos e então...tem alguma coisa acontecendo com sua cadela.
— ...ah, DoisTons adora ficar brincando pra lá e pra cá com o pano de chão já tentei de tudo e ela não pára com essa mania. Mas até que é bonitinho.
— Definitivamente não era ela brincando com pano...era algo assustador.
— ..como assim?!
— Ela está...agoniando parece, tem água e sangue saindo dela...e parece que tá saindo uma coisa assustadora também, tipo um alien! É bizarro e nojento.
 
      Igraine deixou o copo sobre a mesa e correu para a cozinha, seguida por Cruello. Ao abrir a porta do quintal, arregalou os olhos em choque com o que via. Demorou alguns segundos para perceber que precisava se mover. Afastou Furacão e se agachou ao lado da cachorra, que gania e parecia estar sentindo muita dor.

— O que está acontecendo com ela?! – indagou Cruello. – Está morrendo?
— ...Dois Tons! E- ela....meu Deus...não pode ser!
— O quê?! É um tumor, um berne gigante, um alien?
— ...Dois Tons está em trabalho de parto!!!
— ...isso quer dizer que...
— Ela vai ter filhotes!
— Eu sei o que é parir, aloka! E agora, o que vai fazer?
— Eu não sei!!!
— ...não sabe...?
— EU NEM SABIA QUE ELA ESTAVA GRÁVIDA! Ai minha deusa, Dois Tons!

      Cruello encarou a garota, indignado.

— Como assim você não sabia que sua cadela estava grávida?!
—...simplesmente não sabia!
— COMO NÃO?! Você vive defendendo e resgatando esses bichos, trabalha em uma ONG repleta de bicho abandonado, fica tratando de bicho doente, mima demais os seus pulguentos e vem me dizer que não sabia que sua própria cadela estava grávida?!
— Eu...eu...
— Que raios de cuidadora de animais é você? Você não se formou em veterinária?!
— ...não.
— QUÊ?!
— Eu me formei em história mas nunca exerci e como sempre amei animais, conheci a Yumie na faculdade e ela sim se formou mas depois da universidade e ai como eu estava sem emprego e não queria voltar para a fazenda, surgiu a oportunidade de trabalhar junto com a Yumie na ONG e clínica que ela montou com a ajuda dos pais e...

      DoisTons começou a ganir mais alto fazendo Furacão se desesperar.

— Ah, não me faça perder tempo contando minha vida! Preciso ajudar a DoisTons! O que eu faço?!
— Não olhe pra mim! Eu não entendo nada de animais e nem quero entender!

      Igraine ficou olhando para lá e para cá, murmurando consigo mesma sobre o que deveria fazer. Sabia que precisava de panos, água, mais panos, uma tesoura, luvas, panos e...

— Em todos esses anos trabalhando em uma ONG você nunca aprendeu a fazer um parto? Acho que vira e mexe aparece bicho parindo nesses lugares!
— Eu já vi muitos partos sim, uma vez vi até de um cavalo na fazenda! Mas...nunca fiz um sozinha, sempre tinha a Yumie ou alguém da fazenda pra fazer e eu auxiliava!
— Bom, então tente se lembrar!
— Eu não consigo! Estou nervosa! Sai daí Furacão!

      Igraine tentou segurar o cachorro que parecia nervoso e curioso. DoisTons começou a ganir mais alto, chegando a levantar, mas logo a dor afez deitar de novo.

— Cruello, segura a DoisTons!
— Eu não! Não vou relar nesse bicho, vai que me morde e me suja!
— Insensível!
— Incompetente!
— O quê?!
— É...é isso mesmo! Você não percebeu que sua cadela estava grávida e agora ela está parindo no seu quintal! Já pensou se não fosse por mim chegando na sua casa? Você ia sair e o bicho ia ficar aí agonizando sozinho!
— Pare de me criticar! Eu já estou nervosa o suficiente!

   Furacão se aproximou de DoisTons, que avançou contra ele.

— Furacão, já falei pra você se afastar daí! – Igraine pegou o cachorro pela coleira e prendeu a guia na mesma. – Aqui, me ajude.
— Eu?! – indagou Cruello. – Por quê eu tenho de ajudar?
— Só prenda a guia do Furacão no gancho do outro lado do quintal para ele não vir aqui e ficar atrapalhando. Vai logo!

    Irritado, Cruello saiu da porta, pegando a guia com asco e arrastando o cachorro asté o local que Igraine pedira. Furacão, agitado, tencionou pular nele, mas Cruello soltou um gritinho e desviou rapidamente se aproximando de Igraine que estava estática.

— O que vai fazer agora?
— ....hãn? Ah...bom..eu to aqui lembrando o que tenho de fazer...
— Se ficar aí o mini pulguento vai nascer sem sua ajuda.
— Eu preciso ajudar DoisTons! Ela nunca pariu antes! DoisTons, como você engravidou?
— ...há! – Cruello riu, ambas mãos na cintura. – Vai me dizer que você nunca viu dois cachorros na rua cruzando e grudando depois? É assim que eles fazem.
— Não to perguntando isso, idiota! DoisTons só saí de casa acompanhada e o Furacão é castrado!
— ...ela é a bendita Virgem Maria dos cachorros, então?
— Eu tenho de ligar para a Yumie! – falou Igraine ignorando a ironia de Cruello. – Ela poderá vir aqui ou pelo menos me ajudar falando pelo telefone!

    Foi então que ao olhar para a porta, Igraine arregalou os olhos, assustada. Se aproximou, girando a maçaneta e percebendo o problema que se instaurara. Ela forçou algumas vezes mas a porta não cedeu.

— Você fechou a porta?
— Não.
— ELA NÃO ABRE!
— Eu não tranquei essa porta. E não grite comigo!
— Ela não abre! Você não poderia ter soltado a porta!
— Ora pare, é só girar a maça.... – ele forçou a porta, bateu nela. – Por que não abre?!
— Essa porta está com problema! Ela tranca pelo lado de fora! Por isso você não poderia soltar!
— Você não me disse que essa porta tinha esse problema! E eu tive de soltar para prender aquele seu vira-latas!
— Eu preciso ligar para a Yumie ou qualquer outro veterinário vir resgatar a Dois Tons!
— Pois então ligue!
— Eu não estou com o meu celular aqui! Se você não percebeu, estou só de calcinha e sutiã!
— Ah, liga do meu!

     Cruello mexeu no bolso da calça e então lembrou-se que colocara o celular e a carteira em cima da mesinha da sala.

— Você também....? Ah não!! O que vou fazer?! Vou gritar! Algum vizinho deve aparecer e me ajudar!
— De jeito nenhum! – Cruello a segurou pela cintura. – Não ouse começar a dar esse vexame!
— Não é vexame! É um pedido de ajuda para minha cadela que está em trabalho de parto!
— Já parou para pensar no que as pessoas iriam imaginar ao ver á mim, Cruello Devil, preso em um quintal de uma casa mequetrefe por culpa de uma porta problemática enquanto um cachorro está dando cria e você está gritando desesperada e com sangue no corpo usando calcinha e sutiã?! Não quero nem pensar o que Patrick Star faria se soubesse disso! Uma foto seria o suficiente para foder com toda minha imagem! E Scarlet iria castrar nós dois por tamanha humilhação á imagem da Devil’s!
— Não é hora para pensar...
— É sempre hora para pensar! Agora, muito bem! – ele colocou ambas mãos na cintura, sem lembrar que estava sem camisa e com a braguilha aberta. – A cadela é sua, precisa de sua ajuda e só você pode ser a parteira! Você consegue!

  Igraine piscou algumas vezes até entender que Cruello a estava incentivando. Mas sim, ele tinha razão. Ela precisava ter coragem, já ajudara em tantos partos na ONG poderia muito bem ajudar sua cadela nesse momento. Respirou fundo e correu até a lavanderia, pegando pano, álcool e enchendo uma bacia com água morna (agradeceu pela torneira elétrica ter essa opção).
     Cruello observou a cadela ganindo de dor. Como ele, Cruello Devil, chegara á essa situação?  Maldita hora que ouvira o barulho no quintal. Deveria ter ficado quieto. Precisava de um cigarro para se acalmar mas deixara no carro. Olhou para o muro da casa, cogitando a possibilidade de pulá-lo como fazia na sua época de punk mas concluiu que era uma idéia arriscada. Poderia rasgar sua calça, arranhar sua pele ou pior...ser flagrado por Patrick Star. Afinal, o jornalista parecia estar sempre á espreita.

— Tome segure isso e venha me ajudar.
— QUÊ?! – ele gritou quando a bacia foi colocada em suas mãos.
— Não posso fazer isso sozinha, preciso que me ajude!
— Eu não vou ajudar! Não entendo nada disso!
— Eu não consigo fazer sozinha1 Pelo menos me ajude quando eu pedir pra pegar as coisas! – ele abriu a boca para retrucar. – Se você não ajudar, eu vou berrar para os vizinhos e eles não vão só me ajudar como imaginar que você está tentando me matar  por estar me segurando para eu não gritar!

     Cruello arregalou os olhos de raiva, mas Igraine ignorou e se aproximou de Dois Tons, rodeando-a com panos.
— Traga a água! Preciso umedecer os panos!

  Praguejando, Cruello obedeceu e sentiu o estômago revolver quando a cabeça ensanguentada do filhote começou a surgir. Ele então notou a concentração de Igraine que ajudava o filhote a sair enquanto conversava com a cachorra para tranquilizá-la. Tentando evitar olhar, Cruello entregou tudo que Igraine pedia, até mesmo a tesoura que estava dentro de uma gaveta no armário do tanque.

— Porque precisa dis...aaah!!! – ele desviou o olhar ao ver ela puxar e cortar o cordão umbilical. Livrou o filhote da placenta e colocou-o sobre uma toalha.

    O cachorrinho permanecia imóvel e, enquanto Igraine terminava de verificar DoisTons, Cruello aproximou um pouco o rosto. O bicho parecia um rato branco morto mas de repente o filhote mexeu as patas e a cabeça, fazendo o rapaz estremecer.

— Isso está vivo?
— Ainda bem que está! – Igraine mexeu com delicadeza no filhote, massageando-o para que ele respirasse. – Foi apenas um, verifiquei e não há nenhum outro filhote. –Oh, DoisTons! Seu bebê é lindo!
— ...lindo...? Parece um rato...
— Cale-se!

     Igraine levou o filhote para perto de DoisTons, que se apressou em cheirar e lamber o filhote.
     Não demorou muito para que Dois Tons se tornasse uma mãe protetora com seu filhote. Igraine procurava garantir que ambos estivessem bem e confortáveis e só ao ter certeza disso, ela se aproximou de Cruello, que se mantinha encostado na parede.

— Ele é lindo, não é?
— ...não acho.
— ...obrigada por ter me ajudado a fazer o parto.
— Mas eu não ajudei!
— Você me deu bronca e me incentivou a ter coragem de fazer o parto. E também ajudou com os panos e a bacia de água. Se eu tivesse sozinha, teria me desesperado. Obrigada, de verdade.
— Han....tá...
— Veja só, Cruello. Trouxemos esse bebê ao mundo. Pode-se dizer que você é o padrinho dele.
— Eu?! Eu, Cruello Devil, padrinho de bicho? Aloka, criatura!  Cada absurdo que você fala!

   Ficaram um tempo em silêncio, observando o filhote mamar em DoisTons, que o verificava a quasetodo segundo com o focinho, a cauda balançando.

— Então...agora precisamos saber como sair daqui.
— Então...- a garota começou. – Só no final da tarde.
— Como assim?! Eu tenho responsabilidades na Devil’s!
—  A porta está trancada, nossos celulares ficaram na sala e Nanny, a única pessoa que poderia nos socorrer, só volta no final da tarde.
— Tem que ter outro jeito!
— Bom, só se você tentar quebrar a porta...
— Não! Posso me machucar!
— ...chamarmos os vizinhos ...
— De jeito nenhum! Não podem me ver nesse estado!
— ... ou pularmos o muro.
— Isso é sem cabimento, onde já se viu pularmos o muro e corrermos o risco de nos verem seminus no meio da rua?! Se Patrick Star nos ver será o fim da minha imagem!
— Então temos de esperar.

     Cruello gemeu e, sem forças diante da derrota, deslizou na parede e sentou-se no chão. Por que essas situações absurdas só aconteciam com ele depois que estava com Igraine? Olhou de soslaio para ele, que estava compenetrada em observar o filhote recém-nascido. E soube o motivo.

“ Quem mandou eu me apaixonar por ela? Agora só aguento e aceito...”

 

~*~


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Notas finais do capítulo

Oi pessoal!
E finalmente finalizei esse capítulo! Nossa, só Cruello na causa, como foi difícil! Agradeço á todos pela imensa paciência e por não desistirem de mim diante de tanta demora em atualizar a fanfic. Queria ser uma escritora decente e atualizar mais rápido mas não consigo! Perdoem-me por isso! Mas agora com a fanfic Disney escrita em parceria com minha amiga Hime, tomarei vergonha na cara para agilizar mais a postagem das mesmas! Opa, você ainda não conheceu a fanfic? Não perca tempo e dê uma olhada, tenho certeza que vai adorar!
Além de reunir todos os personagens humanos da Disney em dramas escolares repletos de comédia e situações bizarras e com abordagem também de temas sérios, tem ainda o Cruello em uma versão um pouco diferente daqui!
Confiram!
Link: https://fanfiction.com.br/historia/749335/High_School_Disney/



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