Broken Crown. escrita por Paula Greene


Capítulo 9
Capitulo 9 - Red, Black And White.


Notas iniciais do capítulo

- Tem como escrever uma fic sem que o Henry seja um chato? Acho que não.
— Red e Belle
— Regina não consegue tomar decisões.
— Vamos saber um pouco mais sobre o passado de uma certa fera.
— Amor, amor e amor e fortes emoções no final do cap. rsrs'



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Assim que saiu do quarto do Henry Regina foi procurar pela garota, ela se encontrava em uma das partes mais altas do castelo onde ficava a biblioteca. O lugar era ótimo para ela, pois ficava o mais perto da lua que qualquer lugar no reino, pois as torres do castelo eram imensas. Ela trabalhava durante o dia organizando os livros, pergaminhos e alguns documentos do reino e durante a noite ela tinha autorização para sair, não era nenhuma prisioneira, mas aquele era o acordo que tinham feito.

O sol já estava se pondo quando Regina chegou até o local, entrou e pediu que os guardas esperassem por ela no lado de fora, eles nunca ficavam contentes quando eram tratados assim, mas a rainha não se importava.

O sorriso da morena foi instantâneo quando viu Regina chegando, ela largou o que quer que estivesse fazendo e se aproximou para abraçá-la.

– Regina, a quanto tempo não vem me visitar, estive pensando que talvez tivesse se esquecido de mim. – A garota falou em tom inocente, tudo nela lembrava uma criança pura e gentil. Ninguém poderia imaginar o monstro que ela tinha dentro dela.

– Me desculpe Ruby. Você sabe o quanto é difícil sair sem ser vigiada a todo o momento. – Regina segurou suas mãos. – Como você esta?

– Estou ótima na verdade. Tenho uma nova assistente. – Disse com um sorriso genuíno. – Ela faz muitas pausas durante o serviço quando encontra algum livro interessante, mas é uma ótima companhia. Venha. – Ruby puxou a mão de Regina a levando até o outro lado da sala.

Regina tinha pouco tempo e assuntos importantes a tratar, mas se sentia culpada por não visitar a amiga mais vezes então apenas a acompanhou.

– Belle? – Ruby chamou.

A garota apareceu com um livro aberto em uma mão e uma xícara de chá em outra. Ela arregalou os olhos quando viu a rainha e então largou tudo o que segurava e fez uma reverencia muito elegante.

– Belle essa é a rainha Regina. Regina essa é minha nova assistente Belle. – Ruby disse com bastante orgulho na voz.

– Olá Belle.

– Majestade. – Ela não sabia se devia fazer outra reverencia então ficou a meio caminho de uma, o que fez Regina sorrir.

– Por favor me chame de Regina. – A menina sorriu, tinha um sorriso bonito. – Ruby será que podemos conversar?

– Sim, claro. – Respondeu meio desajeitadamente. Ela pegou a mão de Regina novamente, tinha o costume de fazer isso, e a levou para uma ala mais afastada.

Logo a menina notou que Regina tinha um olhar diferente, ela estava tão entusiasmada de vê-la que não havia notado o quanto ela parecia abalada.

– Regina, o que ele fez dessa vez? – Perguntou quase num sussurro.

– Eu adoraria que fosse isso Ruby, mas Robert não fez nada dessa vez ao menos ainda.

Regina caminhou pelas prateleiras de livros, aquela era uma seção privada que somente Ruby e as pessoas importantes do reino tinham acesso então sabia que podia falar livremente. Os livros nas estantes eram grossos e velhos, alguns era de milhares de anos atrás. Regina decidiu que seria melhor se fosse direto ao ponto.

– Emma está na cidade.

– Swan? Emma Swan? – Ruby perguntou não escondendo sua surpresa. – Ela voltou? Você falou com ela?

– Não, eu não falei com ela. – Regina estava mesmo nervosa. Precisou apertar os dedos, pois sentiu que eles tremiam e estava apenas falando dela. – Eu nem ao menos a vi ainda.

– Regina, você não vê? Essa pode ser a segunda chance que a vida esta lhe dando. – Ruby chegou perto dela olhando profundamente em seus olhos. Os olhos de Ruby ainda tinham as marcas do lobo.

– Segunda chance? Segunda chance de que? – Ela riu sarcasticamente. – De me aventurar com uma mulher? De brincar de adolescente apaixonada? Eu sou a rainha, sou uma mulher casada e tenho um filho. Ruby essa não é a vida me dando uma segunda chance é a vida caçoando da minha cara.

Ruby suspirou pesadamente, sua inocência não permitia que ela enxergasse obstáculos quando se tratava de amor. Regina era casada, mas e daí? Era um casamento infeliz. Tinha um filho, mas Henry não era como o pai, Henry era puro e acreditava em finais felizes assim como Ruby. Ela era uma rainha e isso não era empecilho, ser rainha significava que ninguém, nem mesmo Robin podia tocá-la.

– Você pode deixá-lo Regina, eu já lhe disse isso milhares de vezes, ele não é seu dono. – Ruby disse e a abraçou, sabia que a amiga estava confusa e sabia como ela estava carente de alguém que desse carinho, pois naquele ponto de sua vida só o que Regina tinha era Henry e ela merecia muito mais.

– Eu não sei o que fazer Ruby, mas preciso que faça algo por mim, algo que eu não sei se consigo.

– Qualquer coisa.

– Eu preciso que a encontre, sei que isso só vai me deixar mais angustiada, mas preciso saber como ela esta. – Disse com um olhar melancólico.

– Não se preocupe eu encontro ela e lhe trago noticias. – Ruby sorriu tentando animar a rainha.

– Certo.

Elas se abraçaram novamente e Regina foi em direção a saída, sorriu ao passar por Belle que ainda estava absorta em sua leitura e deu um ultimo olhar a Ruby antes de sair e sussurrou uma obrigada. Os guardas esperavam por ela ao lado da porta e ela seguiu em direção a seu quarto com o coração ansioso e pesado.

***

Ruby esperou até a noite ficar escura e silenciosa para sair do castelo, Belle já estava dormindo e os guardas pelos quais ela passava nunca a incomodavam. Eles não sabiam do passado dela, ninguém sabia nem mesmo Belle e por isso achavam que ela era somente uma garota que trabalhava para o reino.

Quando Emma atravessou a espada no lobo dela ela achou que ele tinha morrido para sempre e quando Regina a libertou ela foi embora. Quando não tinha controle sobre ele não podia fazer as coisas que tanto queria fazer como tentar descobrir sobre o seu passado e sobre seus pais e quando Regina a libertou essa foi à primeira coisa que ela resolveu fazer.

Ela encontrou muito mais que uma família, encontrou um bando e descobriu tudo o que precisava sobre si mesma. Descobriu que podia controlar o lobo e que ele viveria enquanto ela vivesse. Depois que aprendeu a se controlar tudo mudou, ela era mais forte mais rápida e mais habilidosa, mas nada disso foi o suficiente quando sua família foi atacada. Ela foi a única a sobreviver. Regina a acolheu de braços abertos prometendo nunca contar a ninguém quem ela era e por isso ela tinha uma divida eterna com a rainha.

Quanto a Emma Ruby não sabia muito, só o que sabia eram as coisas que Regina lhe falava, mas estava ansiosa para saber mais. Tinha medo de Emma lhe reconhecer quando a visse e por isso achou que devia somente aparecer para ela quando estivesse sozinha.

Ela entrou na taberna que estava amarrotada de gente procurando por ela, avistou o pirata sentado em cima de uma mesa contando histórias e rodeado de prostituas. Viu a fada que em tamanho natural não parecia muito impressionante apesar de ser muito bonita, mas não viu Emma em lugar algum.

Eles tinham chegado à cidade aquele dia então talvez ela estivesse cansada. Ruby foi ao navio, farejou e até ariscou entrar nele, mas não havia ninguém lá além de alguns piratas bêbados jogados em alguns cantos. Emma não estava no navio. Emma não estava em lugar algum.

***

Regina não conseguiria dormir sabendo que Emma Swan podia estar bem ali perto dela. Não tão perto, mas não tão longe. Seus pensamentos vagaram para noite em que elas encontraram Ruby. Emma estava tão confiante de que podia matar a fera, mas não sabia que ela era tão grande e poderosa. Emma tinha aquele jeito pretensioso achava que podia fazer qualquer coisa, enfrentar qualquer um, derrubar qualquer obstáculo. Naquela época Regina achava que de fato ela podia, pois ela salvou sua vida de diversas formas.

Robin dormia profundamente ao seu lado, ela se levantou sem fazer barulho, vestiu uma roupa simples e saiu do quarto. Teve sorte de não haver nenhum guarda do lado de fora de seu quarto, pois depois que ela saísse daquele corredor e colocasse o capuz eles a tomariam por uma empregada e não a incomodariam, sabia, pois já tinha feito isso muitas vezes e era por isso que mantinha aquelas roupas simples no armário. As vezes não dava sorte e encontrava com um ou dois deles estacionado em sua porta e ai voltava pra cama.

Ela pensou em ir até Henry, mas o garoto provavelmente estava dormindo então achou melhor não incomodá-lo. Pensou em ir ver se Ruby tinha encontrado Emma, mas isso pareceria desespero e Regina não queria pensar nela. Então percebeu que não tinha aonde ir, que não tinha ninguém.

Tinha um único lugar onde Regina podia ir se quisesse pensar. Era o único lugar em todo reino onde as pessoas não a encontravam, onde Robin não tinha acesso. Por dentro do castelo era mais difícil chegar lá e provavelmente mais demorado, mas Regina não queria se aventurar a sair naquela hora. Já era madrugada e ela não era do tipo que sabia muito bem se defender. Depois que Emma partiu ela nunca mais tentou segurar em uma espada, pois as lembranças das aulas que tiveram faziam seu peito doer.

Ela abriu a pequena portinha que dava entrada para o seu jardim solitário. O lugar estava completamente diferente agora, havia outras plantas, flores e mais árvores. Regina achou que a macieira se sentia muito sozinha lá embaixo e que provavelmente isso fazia mal a ela então resolveu encher o lugar com as mais belas plantas. Toda vez que sentia aquele perfume se esquecia de todos a sua volta, poderia se esquecer até de si mesma se fechasse bem os olhos e respirasse fundo.

Abriu os olhos lentamente ainda aproveitando aquele momento e certamente tinha um sorrio ingênuo no rosto. Todo seu corpo estremeceu quando sua visão entrou em foco e ela a viu ali na sua frente. Emma. Os cachos loiros caindo pelos ombros, os olhos verdes que brilhavam a encarando, a postura de quem já viveu mil vidas e a expressão. Regina nunca se esqueceria daquela expressão, aquele sorriso de lado de quem possui o mundo, de quem acha que pode fazer qualquer coisa, enfrentar qualquer um. No fundo ela era só uma criança aventureira, mas isso só Regina podia enxergar.


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Notas finais do capítulo

Não me matem por favor que eu prometo um próximo cap com muito swanqueen hehe' *---*

— Muito obrigada pelos reviews gente, sempre que eu posso eu respondo, mas essa semana ta mt corrida então me desculpem se eu não respondi alguns de vocês, mas prometo fazer o que eu puder pra responder, ok? Ok.

Beijoooos ;)

Ps: Postando de madrugada pq não tive temo durante o dia veja só.