Base militar chinesa momento da chegada dos exploradores.

– Bom aqui estamos nós e daqui em diante não posso seguir, pois isso implicaria em deixar a nave sozinha e sem camuflagem – Johan disse na porta do avião.

– Tudo bem Johan daqui em diante nós vamos sozinhos – eu disse colocando a mochila na costa e já saindo do avião

– Se cuida em cara – Jason falou saindo do avião

– Não se preocupe eu ficarei bem agora preciso fechar essa belezinha aqui – ele falou se despediu e fechou o avião.

...

– Seis horas e quatro minutos andando fala sério – o menino já reclamava

– Vá se acostumando isso aqui não é nada – disse pegando agua da minha mochila e dando para ele – Economize o máximo de água e comida possível, não saberemos quanto tempo nossos mantimentos duraram e se acharemos mais.

–Não se preocupe vou me controlar eu prometo – ele abaixou a cabeça e chutou uma pedra

– Jason olha – disse apontando para uma parte em preta e um pouco distante a nossa frente – É a base militar chinesa falta pouco

– Felizmente – o garoto olhou derrotado para a menina, podia ser treinado desde criança mais continuava sendo um riquinho metido a besta.

Depois de longos minutos a mais de caminhada enfim chegaram à base chinesa, as portas estavam quebradas e abertas, o cheiro de decomposição avançada ali era muito forte e ossos que antes deveriam ser corpos dominavam o cenário.

– Quem começou isso tudo mesmo? – Jason perguntou para a garota ironizando e a mesma respondeu sem animo

– A terceira maior potência mundial chamada África do Sul – a garota olhava os ossos e imaginava os corpos e como estava o mundo a fora com certa repugnância – Isso aqui faz Hitler parece uma criancinha que tirava os braços das bonecas

– Ou que a primeira e a segunda guerra foi apenas um ensaio bem amador da terceira. Após entrarem Jason e Alex ficaram maravilhados com o tamanho da base militar

– Deve ter sobrado armamento bélico – perguntei olhando e analisando qual pavimento seria melhor explorar primeiro

– Sim sobrou muito, com o ataque dos Franceses a China ficou perdida e todos fugiram agora a minha lógica, os militares devem ter pegado primeiro as armas dos pavilhões da frente – ele disse apontando para os primeiros pavilhões – E nós sabemos que os primeiros pavilhões sempre guardam as armas de menos danos e tão vamos logo aos últimos pavimentos – o rapaz puxava a moça pelo braço animadamente.

– Por mim tudo bem, desde que seja você que carregue a... Bazuca – eu disse maravilhada entrando no ultimo pavimento e vendo seis bazucas paradas expostas uma do lado da outra.

– É definitivamente tem muitas armas boas aqui – o garoto disse admirado com o quanto que tinha sobrado.

– Se tivesse comida, combustível, alguma coisa além de armas – falei procurando algo que não fosse armamento – Tomara que Johan ache combustível.

– Ele vai achar, e aqui e como um acampamento se procurarmos vamos achar algo mais, agora comida só em arvores e plantações o resto deve estar quase vencendo – o garoto disse colocando algumas armas pelo corpo dando-o fácil acesso – Ou não os alimentos tem agora até seis anos de durabilidade, quem sabe.

– Quem sabe – falei pegando algumas armas e facas e colocando em pontos de fácil acesso e colocando as demais dentro da mochila.

– Mais perto das bases não existiam alguns galpões alimentícios, que guardavam suprimentos aos guardas – Jason perguntou encarando sua mochila.

– Sim sempre ficam alguns metros ao oeste da base, com alguns metros eu quero dizer vários metros – Eu disse pegando algumas armas e olhando a raridade que haviam nas minhas mãos eram legitimas armas de guerra nuclear.

– Não temos nada a perder – Jason falou ainda encarando a mochila aquilo estava me deixando agoniada

– Saímos daqui, descansamos um pouco e seguimos caminho para a base – disse e vi Jason sair andando.

– Ok, acho que nossas mochilas estão um pouco cheias elas são um pouco pequenas – Jason disse na porta do galpão – Espera um pouco aqui e toma essa aqui – ele me jogou uma arma com silenciador – Não sabemos o que tem por ai então.

– Vai lá – disse vendo o garoto sair do ultimo galpão indo para outros ate sair do meu campo de visão, parei e olhei o galpão parecia ser bem bonito antes de tudo aquilo, o galpão em si não estava muito destruindo evidenciando que o que havia matado os militares foi uma bomba de gás agora qual gás eu não sabia, passei a mão pelos troféus que havia ali, eu passava os olhos e pensava como era a vida daqueles seres ali, a guerra começou de uma forma que todos desconhecemos, quem sabemos não achemos algo.

Em meio aos meus devaneios nem percebi que Jason estava voltando, me virei e vi-o com duas mochilas bem maiores que a nossas atuais

– Boas mochilas de guerra que têm ótimas divisórias e conservam a comida, vamos passar as coisas de uma pra outra, pegar o tanto de armas que conseguimos e irmos logo

Começamos a arrumar as coisas e em poucos minutos às mochilas estavam prontas e com bastante espaço para comida restando, pegamos outras armas maiores e guardamos e logo saímos dos galpões.

– Bom temos cinco dias pra ir e voltar, se foi um agora temos outros quatro e temos que dormi já que esta escurecendo, acho que andamos um pouco e nos escondemos, vai ser bom ficar perto dos galpões qualquer coisa.

E então andamos ate ficar relativamente perto e longe do galpão em um mato que havia ali, assim poderíamos nos esconder, peguei na mochila um pequeno cobertor e Jason um saco de dormi e assim nós deitamos, agora anoitecia um pouco antes das cinco e meia da noite e só amanhecia depois das oito, efeito dos gases atmosféricos, então quando adormecemos um pouco tempo depois, vim descobrir tempos depois que havia se passado umas quatro horas de tempo, ouvi um barulho e umas luzes no céu e então notei uma nave vi Jason se mexer fui para seu lado com cuidado e tampei sua boca, assim que fiz isso ele acordou e quis gritar mais foi interrompido pela minha mão e então encarava o céu assustado depois de alguns minutos estávamos fora de perigo novamente.

– O que diabos foi aquilo – Jason perguntou no mínimo apavorado olhando para todos os lados

– Sei tanto quanto você – ele apenas me encarou e assentiu concordando e breves minutos de silêncio se instalaram

– Perdi o sono – Jason disse arrumando os cabelos que estavam caindo em seus olhos e obviamente quebrando o silencio que havia se instalado

– Somos dois – disse guardando minha manta – Se ambos estamos sem sono, vamos andar quando cansarmos paramos e ainda estaremos mais perto da região de estoque alimentícia.

– Tudo bem – ele disse pegando o saco e dobrando – Estou com sede.

– Tome um pouco de água, só um pouco – falei já indo andando e olhando a bussola e vendo-o se arrumar e logo após me seguindo.

– Silêncio? – ele perguntou me vendo ficar um pouco quieta

– Silencio, vamos descansar um pouco a nossa mente – eu disse olhando o chão.

Andamos mais de duas horas de tempo então pude fazer meu calculo, fomos dormi perto das cinco e meia, afinal estava quase escuro, acordamos as dez e agora já era quase meia noite ainda tínhamos oito horas de escuridão pela frente e eu já via Jason desabando de sono, andamos mais um pouco e numa parte em que era bem escondida e a vegetação era um pouco mais densa paramos.

– Vá dormi um pouco eu ficarei de vigília – eu disse dando a manta para Jason – Durma com ela será mais fácil de fugir com ela sem deixar vestígios

– E você não irá descansar? – ele perguntou se colocando a minha frente

– Outra hora, sem discursões vá dormi – disse pegando uma arma em minha mochila e deixando a mesma no chão.

– Tudo bem, estou bem cansado então não vou nem discutir – ele falou já se deitando e dormindo.

.....

E lá se foram oito horas, Alex só acordou Jason no amanhecer, ela sabia que ele era do conselho, mas não tinha sido efetivamente preparado para o mundo lá fora, agora eles caminhavam há um pouco mais de uma hora de tempo, e já enxergavam plantações de arroz e outros alimentos e o famoso galpão alimentício.

– Chegamos eu nem acredito – disse Jason vindo um riacho que possuía ali e me olhando como se perguntasse se podia ou não, Alex riu e fez um gesto para que seguisse em frente.

– A água dos rios não chegou a ser contaminada por não ter ligação direta com toda essa poluição – Alex disse explicando ao garoto – Temos bastante comida e água agora, mas como a plantação aguentou esse tempo todo?

– Ela pode ter sofrido uma alteração genética, pode ter se adaptado – o garoto disse bebendo toda agua que via pela frente enquanto a garota se aproximava da plantação.

– Não, ela foi plantada recentemente – Alex disse pegando no solo – Ainda esta arejado e a plantação tem pouco mais de um ano – ela apontou para um local para que o garoto também olhasse – Olhe o final da produção e este começo, foram plantados juntos uma perfeita sincronização como as máquinas que faziam antigamente.

– O que você sugere? – Jason perguntou a garota

– Que devemos pegar comida e água e dar o fora o mais rápido o possível – Alex disse pegando sua mochila.

– Vamos rápido então – entramos logo no galpão e pegamos o máximo de comida possível, e no rio pegamos água e logo estávamos no nosso trajeto de volta.

– Dois talvez três dias, chegamos lá antes do previsto ou não – O garoto disse olhando com certo brilho nos olhos

– Sinto estragar sua felicidade, mais essas foram às etapas mais fáceis – a garota então viu o céu escurecer e olhou e viu Jason estremecer e então uma fumaça negra os atingiu então Alex correu ate Jason e o puxou para um mato denso e ali a fumaça começou a nos entorpecer e ali desmaiamos.

Quatro horas antes na cúpula.

– Senhores eles estão na etapa dois.

– Ótimo veremos eles em breve, antes disso vamos brincar um pouco.

– Então etapa 3 iniciada.