Fotografias Escarlates escrita por Clove Flor


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal! Aqui é a Clove Flor, porque a Loph acabou de viajar e pá e deixou nosso caderno de escrita comigo para eu passá-lo ao word. ENFIM, por favor, se leram e gostaram, COMENTEM.

PS::::::::::::::::::::::::::::: Sei que a história está confusa, mas tudo vai se encaixar, vocês vão ver.
Beijos



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“Click”

Apertei o botão, meus dedos já dormentes e marcados, demonstrando a frequência do ato.

“Flash”

A luz cegante iluminou os olhos do ruivo estranho. Ele me olhou inconformado; eu apenas soltei um sorriso sapeca, tirando mais uma foto.

O parque estava lindo. Era o melhor cenário que poderia haver: a neve caindo suavemente sobre as pessoas, árvores nuas e bancos de madeira. Casais de idosos em um abraço para manter-se quentes, todos com camadas e camadas de roupa. Crianças correndo, caindo e se enterrando no gelo.

O ruivo, albino como a maioria, corou furiosamente, obviamente nervoso. Colocou seus óculos de grau para me enxergar direito.

Comecei a correr, e percebi que ele me seguia, e de fato, era o que eu queria. Estava frio, e o vento cortante rasgava minha garganta, fechei a boca momentaneamente, mas o sorriso de prazer insistia em aparecer. Eu sempre fui insana.

Meus pés pisaram em folhas cobertas de neve, criando um pequeno estralo. Dou uma volta na esquina do parque, estou sentindo a adrenalina de correr de um ruivo. Senti meu peito orgulhar-se. As árvores desavantajadas de folhas e cobertas de estalactites pontudas me cercavam, mas não impediam o fato do homem me perseguir. Eu estava adorando aquilo. Parei diante um rio completamente congelado, onde o gelo caia sobre ele e fazia montinhos. Do lado dele, vejo uma garota construindo um boneco de neve digno de uma criança.

Olho para os céus branco como o chão onde eu pisava. Graças a Deus, o vento parara. Avistei uma cabeleira vermelha pequena, aumentando a cada passo dado. Corri até um lugar meio movimentado, onde luzes e conversas abafadas eram escutadas.

Virei-me ligeiramente, correndo de costas, capturando a expressão do homem de cabelos inflamados. Ri, observando a fotografia bizarra. Adicionar aos favoritos.

Apertei o cachecol, confortável em meu pescoço, quentinho. Era vermelho como os cabelos do garoto. Enquanto eu ria das caretas feitas por ele, tentando captar cada uma delas, minha risada saiu estrangulada. Eu havia chocado minhas costas contra algum departamento (acho que uma padaria). No tempo em que eu levei para olhar a parede em que eu havia escorado, um par de braços se posicionou em lados opostos de meu rosto.

Com um riso, o flash se soltou ao gravar mais uma vez a imagem do garoto – que percebi, além de ser mais alto, tinha olhos como piscinas -.

— Qual o seu problema? – indagou furioso; as narinas dilatando.

— Você é ruivo – gargalhei incrédula por como era possível ter cabelos cor de fogo – é ruivo lá embaixo também?

Soltando um silvo grave, percebi suas bochechas corando.

—Olhe, não vou te falar isso aqui, ou nem te mostrar nada, mas, por favor...

—Aqui não se sente confortável? – interrompi, chamando sua atenção - Prefere na minha cama, ao lado do aquecedor?

Sim, sou atrevida.

Não achei que fosse possível, mas seu rosto tomou o tom escarlate mais incrível que eu já tinha visto. Seus óculos estavam embaçados com o frio, impedindo-me de admirar o contraste de seus olhos com seu cabelo.

— Garota, eu nem te conheço. – disse em um só fôlego. Seus lábios estavam roxos, ele também estava com frio, observei. Mostrei-lhe meus dedos, em seguida, os mesmos começaram a bater.

Passei minhas mãos em sua calça, pousando as sobre sua bunda e puxando-o para mais perto de mim. Meu rosto pendeu-se em seu ombro, procurando algum conforto. Sua blusa de lã pinicava minhas bochechas, mas era quentinho e procurei não reclamar.

Seus músculos se retesaram ao estar tão perto de mim.

— Isso importa? – perguntei, em um tom debochado – vamos apenas nos esquentar com o calor de nossos corpos – sussurrei em seu ouvido, ficando na ponta dos pés para alcançá-lo e encostar meus lábios em sua orelha; acrescentei – e quem sabe, nus, em uma cama.

Seus olhos claros se arregalaram, eram lindos. Seu rosto ainda quente, não perdia a cor. O quão gostoso ele podia ficar?

— Isso é assédio sexual – sua voz estava vacilante, era óbvio que ele se esquentara com o nosso contato físico. O clima agora esta internamente “hot”, e eu podia ter uma convulsão com a mudança repentina de sensações. — Quer comer pão? – perguntou, provavelmente querendo escapar do frio e de minhas cantadas e poder continuar seu questionário sobre “quem sou eu” ao entrar na padaria – que, ah, como todos os estabelecimentos daqui, há aquecedor-.

— Prefiro comer você – respondi, rindo de mim mesma. ─Me chamo Melissa. E você?

— Querida – murmurou sarcástico, aparentemente irritado – a última coisa que quero agora é transar com uma desconhecida louca no meio da rua durante a nevasca.

O encarei, um pouco triste com a informação.

— Você é gay?

— O quê?! – gritou espantado, mas tentou abaixar o tom de voz para não chamar tanta atenção entre as pessoas. Um floco de neve escorreu entre os fios de seu cabelo - Não! Claro que não! Sou 100% hétero! Nem sou virgem! - esbravejou. — E, a propósito, meu nome é George.

— Hm, O.K, senhor-George-vida-sexual-ativa.

Ele me soltou, irritado. Era óbvio, pela expressão demonstrada em seu rosto vermelho, que estava cansado de minhas provocações, assustado com minha cara de pau, e claro, sem palavras para enfrentar minha mente pervertida e abusada.

Mordi meus lábios, não que eu estivesse desistido, só não queria causar má impressão para o cara mais gato que eu já tinha visto. Acho que já fui longe demais com minha perseguição.

Dei meia volta, afastando-me do garoto ruivo. Ele ficou boquiaberto com minha atitude. “Desistiu”, deve ter pensado. Enquanto andava de volta em direção ao metrô para voltar ao meu trabalho de meio período, virei-me, ainda o avistando, incrédulo. Gritei:

— Outra hora eu te cato!

E, pela primeira vez, o vi rindo uma melodia gostosa, convidativa. Seus dentes brancos como a neve que nos cercava brilhavam e os olhos azuis se apertavam devido a risada. Sem pensar antes, meus dedos agarraram a câmera presa por um fio em meu pescoço e a ergui.

“Flash”

Foi a foto mais linda que eu havia tirado.


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Notas finais do capítulo

Comentem seus putos
'O'



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