A filha do diretor escrita por The Drama Queen


Capítulo 45
Capítulo 44


Notas iniciais do capítulo

Oi oi, de novo. Esqueci de falar do fim de Zilyan no último capítulo. Onde que eu estou com a cabeça? Enfim, fiquem felizes com o fim deles, porque, no início, eu planejava acabar com Sames haha
Mais um capítulo da maratona final de "A Filha do Diretor".
Boa leitura!



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Tudo bem. Para um pouco, volta a fita e repete.

– Como é? - gritei.

– A mãe da Alysson tem um caso com o Peter - Sarah repetiu, ainda com os olhos arregalados.

– Bingo! - Paris gritou, entusiasmada. - O mundo não está totalmente perdido, afinal. Ainda existem pessoas que sabem pensar.

– Não acredito nisso - eu disse.

– Pode acreditar, Scott, querido.

– Mas… Eu ainda não entendo. O que isso tem a ver com a Alysson e tudo o que Peter faz com ela?

– Ah, é - a ruiva disse. - Tem essa parte da história também. Ah… Mas é tão longa.

– Começou, agora termina, ruiva - Sarah ordenou. Paris apenas revirou os olhos e começou a contar.

– No início, os Cooper moravam do outro lado da cidade. Muito longe daqui. John Cooper trabalhava na empresa do pai e Marie Cooper era professora. Mas então, um dia, surgiu a oportunidade para John de abrir um colégio, no caso, o Wenderouth. Mas Marie não quis largar o próprio emprego. Nisso, Alysson tinha uns 8 ou 9 anos. Algo assim. Quase a mesma idade que Peter tinha na época. Como o diretor não iria deixar essa oportunidade passar e sua mulher se negou a largar o emprego, a solução foi eles morarem separados, mas continuaram casados. Estranho, não é? Enfim, é aí que Peter entra na história.

“Até onde se lembra, Peter morou inicialmente com os avós. Mas quando eles descobriam uma doença mental que ele tinha, o jogaram num orfanato para deficientes mentais. Ele, obviamente, fugiu de lá. Que tipo de criança iria gostar de viver num lugar desses? Ele me contou que as crianças lá eram muito maltratadas. Quando ele fugiu, não tinha para onde ir, então se envolveu com a malandragem da rua. Foi ali que ele aprendeu seus melhores truques, conheceu contatos e aprendeu muito do que ele sabe hoje. Mas, um dia, alguma coisa o fez querer sair das ruas. Peter foi procurar ajuda num colégio, que foi onde ele conheceu Marie. Mas isso foi alguns anos depois de o diretor ter se mudado.

“Marie cuidou dele muito bem , mas nunca o tratou como filho, e Peter também nunca a viu como uma mãe. Era apenas uma mulher que o estava ajudando. Uma mulher muito atraente, por sinal. Depois que Peter cresceu mais um pouco, depois de alguns anos, Marie também não podia deixar de olhá-lo. Vamos combinar que Peter não é de se jogar fora. E foi aí que o caso começou. Junte um garoto transbordando hormônios e uma mulher carente longe do marido que você vai ver o que acontece. E com Peter e Marie, aconteceu. Eles tinham um laço muito estreito. Peter se apegou muito a ela. Mas aí chegou o dia.

“O pai do diretor morreu e ele não podia simplesmente fechar a empresa, e não tinha mais ninguém que pudesse cuidar dela. Fechar o Wenderouth ou entregar a qualquer alguém estava fora de cogitação. Foi então que a Marie se demitiu do emprego e foi morar com o marido, assumindo a empresa. Consequentemente, ela “rompeu” com Peter. De vez em quando eles ainda se encontram, mas não é nada como antes. Peter tem um espírito muito vingativo. Não sei se tem a ver com o problema que ele tem. Quando o conheci, ele já era assim. Só sei que ele tem um plano de vingança enorme contra a Alysson.”

– Mas, porque contra a Alysson e não contra a própria Marie? - Sarah perguntou a mesma pergunta que se passava na minha cabeça.

– Não é óbvio? Ele não pode fazer nada contra ela. Tem o diretor e a lei contra ele. Qualquer coisinha é um escândalo para essa família. Sem falar que a mãe da Alysson pode até ser presa por pedofilia ou algo assim. E ele poderia voltar para um daqueles lugares que os avós dele colocaram. Ou seja, Peter e Marie sairiam perdendo.

– Eu juro que imaginei mil e uma coisas, mas nada nem parecido com isso passou pela minha cabeça - confessei. - Cheguei até a pensar em vingança, mas pela Alysson ter terminado com ele, não a mãe dela. - Paris negou com a cabeça.

– O namoro do Peter com a Alysson era parte do plano. Toda essa história do Peter com a Marie aconteceu bem antes do Peter namorar com ela. Peter já aprontou muito com a Alysson, fez coisas que me fazem sentir pena, dela, acredite. Mas ele deixou o “melhor” para o final. O responsável por essa parte seria o Kyle, porque Peter não podia e não pode nem se aproximar da Alysson. Já o Kyle… E ele sempre teve uma quedinha por ela. Juntamos o útil ao agradável. Mas então você, Scott Miller, chegou e mudou o rumo da coisa toda. Peter achou que você faria um estrago maior do que o Kyle. Estava tudo indo conforme o plano, até você vir com essa de “estou apaixonado”. Francamente…

– Mas por que a Marie não interfere nessa história? - Sarah perguntou, desviando o assunto de mim. - Quer dizer, a filha dela está sofrendo por culpa dela, da traição dela. Ela devia fazer alguma coisa!

– Scott tentou fazer alguma coisa - Paris disse. - Sabe onde a tia dele está agora?

Um silêncio quase mortal tomou conta da sala.

Peter é invencível? É isso? Eu trabalhei tanto, esperei tanto e me arrisquei tanto, para no final descobrir que eu não posso vencê-lo? As pessoas não o enfrentam por medo. Eu não tive medo e o confrontei. Acabei me ferrando no final. Não… Estamos deixando passar alguma coisa.

– Paris - comecei. -, onde estão os pais dele?

– Você ouviu a história gigante que eu contei há pouco? - ela perguntou. - Ninguém sabe! Até onde lembra, ele foi criado pelos avós e, depois que foi jogado no orfanato, nuca mais soube de ninguém.

– Peter tem muitas pessoas a mando dele? - perguntei.

– Mais do que imagina. E o número está crescendo cada vez mais - a ruiva respondeu.

– Não é possível! - exclamei. - Ele tem que ter um ponto fraco!

– E ele tem - Sarah disse.

– Ah, tem - Paris concordou.

Percebi que as duas estão conversando apenas pelo olhar.

– Você vão me contar, ou…?

– Me desculpa, cara. É sério. Eu não sei onde eu estava com a cabeça.

Estou em casa sozinho com James. Ele me mandou uma mensagem hoje quando eu estava no hospital. Disse que precisava falar comigo urgentemente. Eu fiquei preocupado, lógico. Faz não sei quanto tempo que não nos falamos, e ele me diz assim, do nada, que precisa falar comigo. Mas, aparentemente, era só pra me pedir desculpas.

– Tudo bem, James. Não tem problema.

– Tem. Tem sim. Eu não podia ter te abandonado. Antes eu até achei que você não iria querer me ouvir, então nem tentaria pedir desculpas. Mas aí eu percebi que, se eu não tentasse pelo menos, estaria fazendo pior.

– Não tem problema, James. É sério. Eu entendo. As coisas ficaram meio confusas mesmo de uns tempos pra cá. - Ela assentiu.

– Então, tudo bem entre a gente?

– Como se nada tivesse acontecido - concordei.

– Ótimo! - Ele sorriu. - Então… Sarah me contou sobre o que descobriram da história de Peter.

– Pois é… Ainda não sei o que eu faço com toda essa informação.

– Você acredita no que a Paris disse? Quer dizer, é a Paris, não é?! Essa pode ser mais uma armação de Peter.

– Todas as informações batem com o que a Sarah já sabia e com o que descobrimos. É difícil duvidar.

– Mas por que ela te contaria isso tudo? - perguntou. - Por que, depois de tudo o que ela fez, ela te ajudaria agora?

– Digamos que ela tem uma certa… fixação por mim - expliquei. - Ela só se juntou ao Peter para tentar me ter de volta.

– É… Até que faz sentido. Mas toda cuidado. Sabe como Peter é.

– É, eu sei.

– Mas e a Alysson? Nenhuma chance de vocês voltarem?

– Talvez até tenha, mas eu ainda não achei a tal chance. Ela não está falando nem com a Sarah. Sinto que ela não vai me perdoar tão cedo.

– Mas já faz o que? 3 meses?

– Quase isso.

– Acho que ela podia ser um pouquinho mais compreensiva. Quero dizer, você desistiu da aposta, não foi? Isso tudo acabou há muito tempo. Você não tem culpa de Peter te ameaçado depois disso. Sem falar que ela voltou a andar com Kyle.

– Eu sei, cara. Sei disso tudo. Mas eu não posso fazer nada para mudar, ok? Ela não quer me ver nem pintado de ouro. Talvez a gente nem volte mais. Talvez nós nem devêssemos ficar juntos. Acho que nada disso era pra ser mesmo.

– Tudo bem, sem melodrama pra cima de mim - ele disse. - Você lutou por essa garota por não sei quanto tempo, e agora está me dizendo que não era pra ser? Você está querendo levar um surra? Por que é isso que está parecendo, e eu faço questão de ser aquele que vai te deixar inconsciente!

– Só estou falando o que parece, James. Pensa bem: nada com a Alysson deu certo até agora. Como vai ser se a gente voltar? Eu vou ter que ficar lutando por ela a minha vida toda?

– Peter não vai ficar atrapalhando vocês pra sempre.

– Como tem tanta certeza?

– Não tenho. Eu só acho - respondeu. - Ainda mais agora que vocês tem armas para destruí-lo. Agora é só descobrir como você vai fazer isso. Não pode desperdiçar a chance com qualquer coisa. Tem que saber usar, planeje bem antes. Mas também não demore muito, caso contrário, ele pode te destruir antes que você respire.

– Cara, acho que você está jugando vídeo game demais. É melhor dar uma parada por um tempo.

– Nossa, Scott. Como você é engraçado - ironizou. - E eu já estou sem jogar há dois dias.

– Já é um começo.

– Tudo bem, tive uma ideia. - Não vou engar que fiquei com medo. A última vez que ele teve uma ideia, eu fui para no meio de uma aposta. Não que tenha sido contra minha vontade… - Eu vou falar com a Alysson.

– Como assim você vai falar com a Alysson? O que você vai falar com a Alysson?

– Como “o que”? Vou falar a verdade. De repente ela precisa de uma segunda opinião, uma testemunha, sei lá. Não custa nada tentar.

– É, mas eu não sei se vale a pena. Já se passou tanto tempo. Não importa tanto.

– Tudo bem. Então, olhe nos meus olhos e diz que não a ama mais, que tudo de bom que você passou com ela não valeu o sacrifício.

Eu tentei, mas as palavras não saíam. Já menti tanto na minha vida, mas essa mentira é grande demais para ser dita.

– Eu sabia! - James exclamou. - Te manterei informado, não se preocupe.

Eu acho que isso não vai prestar.


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Notas finais do capítulo

Que história! O que acharam disso? E o James reaparecendo, dando o ar de sua graça. Eu já estava com saudades desse carinha.
E, gente, me perdoem. Estou sem a mínima criatividade para escrever notas kkkk Sério, me desculpem.
Beijos de amora :*



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