‘’ Enquanto as pessoas procuram defeito em ti...Ah, você regride mais e mais. Enquanto elas , por fim, te perdem de vista.’’ – Fernanda Mills

POV Maria Fernanda

Eu sai sozinha de casa até o único lugar onde Cristina poderia estar: A fazenda. Claro, alguém poderia avisa-la que alguém da família estava chegando. Porém eu chegaria de madrugada, e disfarçada ainda mais. Cristina poderia estar na casa de Arthur que é irmão de Mariana. Mas o que ela poderia ter me mente para fugir com tanta facilidade do internato? Que fica na Suíça ainda mais! Ela deveria ter algum método, alguma forma e base muito solida para viajar da Suíça até aqui!

–Uma festa? –Pergunto para mim mesma vendo uma fogueira no centro da festa. Logo avisto Cristina junto á Arthur. –Comemorando algo? –Pergunto chegando perto de todos. Falo alto e todos param de falar. A musica é interrompida. Todos se entreolham. Eu olho para Cristina que tenta se esconder atrás de Arthur. –Eu perguntei o que comemoravam... –Falo novamente e Arthur atreve a falar.

–Nada. Apenas estávamos nos divertindo pelo final de semana. –Fala firme. Cristina me olhava ainda assustada.

–E você , querida irmã? Como tem passado? –Pergunto erguendo meu braço á ela. Ela arregala os olhos com medo e eu sorrio. –Acho que muito bem ate eu chegar. –Falo olhando com nojo para metade dos trabalhadores. Tinha que me mostrar firme á eles. –Enquanto isso...Bom, te contarei as novidades da nossa família. –Falo sentando em um tronco de arvore que havia sido derrubado para ser usado como assento. –O filho de Catharina e Otavio nasceu. Nosso pai se recuperou do infarto. Melissa se batizou hoje, e hoje também foi o aniversario de Maria Victória e João Paulo. –Falo.

–Teria visto tudo isso se eu não estivesse presa no internato. –Cristina fala rapidamente e eu sorrio novamente.

–Mas não esta mais... –Falo me levantando e arrumando meu vestido. –Porém irá.

–Eu não vou a lugar nenhum com você! –Exclama brava.

–Cristina, a policia esta nisso...Se você não for comigo eles vão te achar. –Falo. –Na verdade eles estão ao redores de toda a fazenda, irmã. Se eles te pegarem você não vai simplesmente para nossa casa...

–Não? –Mariana pergunta e eu percebo sua existência ali.

–Nossos pais perderão sua guarda e você irá para o sistema de adoção. –Falo e ela me olha incrédula. –Claro, se contratarmos um advogado. Mas você não vale a pena... –Falo e sorrio vendo sua tristeza.

–Você não pode levar a nossa irmã! –Mariana exclama e todos se entreolham. Nossa? –Pensei que soubesse da verdade.

–Que verdade? –Pergunto entre os dentes. Que palhaçada é essa?

–Eu sou sua irmã. Somos filhas do mesmo pai. –Mariana fala e por um momento fico seria. Escuto todos começando a fofocar e sorriu falsamente. –Pergunte para nosso pai, Maria Fernanda.

–Não me importo quantos filhos meu pai tenha tido fora do casamento, bastarda. –Falo rude e percebo seu desapontamento.

–Esta gravida. Não deveria falar tais coisas. –Cristina fala sem olhar para mim.

–Estava, Cristina. –Falo me lembrando da hemorragia. –Não vai comigo? –Pergunto e ela não responde. –Aquele que te ajudar também pode ir para a cadeia, sabia? –Pergunto e todos ficam com medo. –Você realmente é uma aberração.

–Não fale assim com ela! Você não é ninguém para humilha-la! –Arthur grita comigo e eu o olho incrédula.

–Abaixe seu tom de voz, inseto! –Exclamo brava e todos ficam com medo de mim. Eu não queria ser rude. Mas as atitudes de Cristina estava me obrigando a ser assim. –Eu sou a dona desta fazenda! A sua roupa foi comprada com o meu dinheiro, Arthur. Você é apenas mais um empregado aqui. Sua...Nossa irmã. –Paro e olho para Mariana. –Não são ninguém para me impedir de levar Cristina daqui. –Falo e olho para Cristina.

–Chega. –Cristina pede chorando. –Você esta humilhando todos...

–Por sua causa! –Exclamo brava. –Nossos pais estão loucos atrás de você! Eu passei por cima de varias pessoas para vir aqui! E você simplesmente diz que eu estou humilhando eles? –Pergunto apontando para os demais. –Espero que goste de orfanatos, Cristina. –Falo entre os dentes perto dela e começo a andar em direção ao meu carro. Me viro e a olho chorando. –Infelizmente você não é mais minha irmã, bastarda... –A chamo do mesmo que chamei Mariana e entro no meu carro.

(...)

–Você passou dos limites. Deveria ter a pego pelos braços. –Maria fala e eu ainda escuto o choro da minha mãe. –Você disse que iria para fazer algo por ela...

Escutar: Maite Perroni - Eclipse de Luna

–E fiz! –Exclamo impaciente. –Agora, com licença. Já fiz o que tinha que fazer, mãe. –Falo andando e ao entrar em um dos corredores da minha casa me encontro com Christiano. Eu falei para Maria e minha mãe que não amava Christiano. Eu havia mentido. O que eu sinto por Fernando Luiz talvez seja paixão. Mas por Christiano é outra coisa...Talvez, amor.

–Me desculpe, eu não queria... –Christiano começa a falar e no final se aproxima de mim. –O que você fez com Cristina foi algo muito serio. Um pouco irresponsável...

–Estou farta de ser responsável pelos meus atos, Christiano. –Falo olhando em seus olhos. –As pessoas querem me controlar, mas agora eu tenho o domínio do meu próprio controle. –Falo.

–Cristina não tinha nada haver com seu controle, Maria Fernanda. –Fala.

–Mas tem algo agora que eu quero fazer. E eu vou fazer... –Falo e eu puxo seu corpo para perto do meu e o beijo. Eu interrompo o beijo por uns segundos e nos olhamos, ele me ouxa para mais perto e me beija.

Estávamos bem, achávamos que estávamos bem. Porém tinha dois indivíduos nos olhando. E quem percebeu isso foi Christiano. Assim que paramos de nos beijar eu pude ver quem era. Fernando Luiz e minha mãe.

–O que significa isto? –Os dois perguntam aos mesmo tempo. Ficamos parados sem ter o que falar.

–Significa que tudo entre nós acabou. –Falo decidida olhando para Fernando Luiz. Christiano e minha mãe ainda se olhavam incrédulos.