POV Maria

Eu ainda continuava na casa de Victória e ela sempre me ‘’obrigava’’ a comer algo.Falou que estava de bom humor e que queria cozinhar tudo o que aprendeu coma a sua mãe adotiva.Ela as vezes com receio, mas ela parecia contente em fazer tudo o que tinha deixado de fazer.Ela me mostrou as fotos de quando era criança, e pude ver o quanto nos parecíamos quando criança.Conversamos com tanto entusiasmo que acabamos perdendo a noção da hora.Quando vi já era de noite e ainda só tínhamos nós duas em casa.

—Estranho Cristina não ter chegado.—Victoria fala um pouco preocupada.—Vou procura-la.

—Ela deve estar com Fernando José.—Sugiro tentando acalma-la.—Ou com Maria Fernanda.

—Não importa, vou atrás dela do mesmo jeito.—Fala.—Se quiser te deixo em casa.—Fala sugestiva e logo vimos Cristina entrar dentro de casa.—Onde estava?

—Com Maria Fernanda.—Cristina responde rouca.—Eu vou tomar um banho,estive na chuva.

—O que ela falou?—Victória pergunta tensa para Cristina.

—Ela apenas me disse que eu ficaria tão má quanto ela.—Cristina fala me assustando.—Quanto você.

—Pensei que ela tivesse mudado.—Falo e Cristina me olha com vontade de chorar.—Pensei que ela tivesse ficado boa.

—Maria Fernanda redimida?—Maria Sófia pergunta do topo da escada.—Isso seria um grande milagre.

—Você sabe tudo sobre ela.—Victória fala.—Me diga que ela é boa.

—O mal se constrói.—Maria Sófia fala me dando medo.—O bem também.

—Ela pode mudar.—Falo com esperança.

—Ela é um caso perdido.—Maria Sófia fala.—De todos nós a única que não terá a felicidade será ela e seus filhos.—Ela fala nos assustando.—Nem ela,nem vocês duas, nem Maria Victória e João Paulo serão felizes.—Fala e eu fico sem entender.—Ninguém pode perder uma mãe.

—Ela não me perdeu.—Victória fala subindo um degrau da escada.

—Você a perdeu, Victória, você é o fracasso de todas as mães.—Maria Sófia fala com raiva.

—O que você sabe sobre ser mãe se nunca foi uma.—Victória rebate.—Eu posso saber pouco.Mas esse pouco é melhor que nada.

—Mas isso não vai muda-la.—Maria Sófia fala descendo as escadas.—È tarde apara mudar a força do pensamento de todos, Victória, ela veio para unir e desunir todos.—Fala frente a frente de Victória.—Você não sabe quem e o que esperam vocês.—Fala.—O destino de todos é tão maldoso.—Fala e sai as casa.

—Ela enlouqueceu.—Victória fala incrédula.

—Maria Fernanda esta pior do que nunca, mãe, Maria Sófia apenas foi uamá pessoa lúcida perto da minha irmã.

—Quer que eu fale com ela?—Pergunto sugestiva a Victória.

—Não.Deixe ela dar o primeiro passo para a solidão.—Fala pensativa.—Depois ela virá ate a mãe.

—Me diga que esta pronta para tudo isso.—Falo olhando para o chão.—Apenas me afirme isso.Afirme que não vai ser má com ela.

—Aquela não é a minha filha, Maria, aquela é a sua filha.—Fala e eu fico sem entender.—A minha filha esta se afogando na sua filha.—Fala entre os dentes.—Dê um jeito nisso.

POV Otávio

E der repente me peguei de surpresa com meu maior pesadelo:Maria Fernanda.Parece que foi um dia desses que descobri que Maria Fernanda estava á caminho.Que Fernanda José deixaria de ser filho único e que logo teríamos um anjinho andando pela casa, rindo e chorando com os dias.Mas foi tudo tão diferente, Maria Fernanda era para ter sido o sonho, a luz que traria Victória de volta a vida.Mas ela só fez com que a mãe se enchesse de mais dor e de tristeza.As vezes ela me assustava, suas atitudes, seus gestos, suas palavras faziam com que a sua aparência de boa pessoa mudasse em frações de segundos.Ela me faz ter tanto desgosto, ela me faz ser o pior dos pais.

—Esta muito pensativo.—Estevão fala irônico.—Maria Fernanda de novo?

—Sempre ela.—Falo e ele me olha preocupado.—Ela sempre esta na mente de todos.

—As vezes faço com que ela suma da minha mente.—Fala me assustando.—É só lembrar das suas maldades que eu prefiro não ver as suas qualidades.

—Ela não tem nenhuma.—Falo e ele fica incrédulo.—Maria Fernanda não tem alma.—Assim que falo a porta da sala é aberta.

—Sem alma, mãe, filha, afilhada,enteada,sobrinha e dona dessas empresas.—Fala enquanto eu me levanto e me aproximo dela.—Boa parte da sua também.

—Você esta morta para a lei.—Estevão a enfrenta e sorri.

—Acabei de ficar viva para ela.—Fala e o sorriso de Estevão morre.—Sou dona de tudo o que vocês se apossaram enquanto achavam que eu estava debaixo da terra.

—Você fingiu, filha.—Falo e ela me olha com nojo.

—Filha?—Pergunta incrédula.—Por favor, deixe de fazer esse seu papel de pai.Lhe cai ridículo.—Fala e eu fico incrédulo.—Saia das minhas empresas com suas coisas, Estevão.

—Estevão?—Estevão pergunta incrédulo.

—Quer que eu te chame de que?—Maria Fernanda pergunta dando um sorriso maligno com a sua boca extremamente vermelha.—De pai?

—Não.Mas pelo menos um pouco de respeito.—Estevão fala e ela ri com deboche.

—Você foi apenas mais um fantoche ridículo dos sentimentos hipócritas de Maria, Estevão, saia da minha sala agora mesmo.—Pede e Estevão se levanta da cadeira.Logo nós dois saímos da sala deixando Maria Fernanda com um sorriso estridente no rosto.

POV Maria Fernanda

Depois de enfrentar Estevão e Otávio eu me senti a pessoa mais vazia do mundo.Me senti uamá pessoa tão arrependida.Eu me sentia vazia por não ter mais ninguém comigo nem mesmo para ser feliz.Eu me sentia sozinha por não ter com quem acabar, fazer infeliz nem mesmo se ajoelhar e pedir misericórdia.Eu sabia o que Victória queria, e ainda quer.Ela quer que eu passe por ridículo e que todas me façam ser um ser repugnante.Mas ela teria isso da pior forma.Eu iria até ela em meio á todos para destruí-la.Ela não merece ser feliz nem ter a vida que tem.Eles achavam que eu seria a alegria na vida dela, quando na verdade serei o ódio.

—Eu vou acabar com a sua felicidade.—Falo.—Nem que custe a minha vida.—Falo me olhando no espelho.—Irá ser mãe contra filha, irá ser o mal contra ele mesmo.—Falo sorrindo.

Não vou descansar enquanto os fizer sofrer, um por um.Vou tirar o sorriso de cada um sem ao menos eles notarem.Eu serei o inferno e o céu ao mesmo tempo na vida deles.Eu não sou a mulher perfeita que eles tanto queriam.

—Falta pouco.—Falo olhando para mim mesma no reflexo do espelho.—Eu voltei.