Anjo Pecador : A Volta Do Anjo escrita por Maria Fernanda Beorlegui


Capítulo 18
Todos Temem A Sua Maldade




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1 semana depois...

POV Victória

Eu estava com uma paz enorme mesmo vendo o tumulo de Cristina. Eu não sei porque eu estava vendo aquele tumulo na minha frente. De repente eu escuto um choro agonizante e me viro, era Maria Fernanda. Ela estava em um estado deplorável, se sentia abandonada por todos e estava pior ainda ao ver o tumulo de Cristina. Eu tentava toca-la mais ne alguma forma eu não conseguia. Eu me sentia péssima ao ver aquela cena, eu queria sair dali. Não me sentia bem ao ver Maria Fernanda chorando descontroladamente no tumulo de Cristina.

–Mamãe? –Escuto Maria Fernanda me chamar. Logo em dou conta de que ela tinha recebido alta e de que Cristina recebia a dela hoje. Cristina desmaiou porque , misteriosamente , sua comida havia uma pequena quantidade de veneno. Aquilo para mim foi um choque. –Esta tudo bem?

–Esta. –Respondo ao ver Cristina terminando de se arrumar. –Vamos? –Pergunto sobre irmos para a fazenda.

–Já deveríamos estar lá! –Maria Fernanda responde e logo vejo que ela estava com Maria Victoria nos braços. –Maria não vem conosco?

–Não. –Respondo e logo pego Maria Victória nos braços. Menti para Maria Fernanda dizendo que havia convidado Maria para viajar conosco. Era o melhor... –Vai ensinar Melissa a cavalgar? –Pergunto mudando de assunto.

–Ensinar para uma criança de cinco anos a andar de cavalo não é arriscado? –Cristina pergunta preocupada.

–Não quando se anda comigo á cavalo. –Maria Fernanda fala e Cristina me olha mais preocupada ainda.

–Espero que isso não se resulte em hospital de novo. –Falo. Logo percebo que Maria Victoria sorria para mim.

–È o primeiro sorriso dela... –Maria Fernanda fala e eu fico contente por isso. –João Paulo deu seu primeiro sorriso para Cristina.

–Meu sobrinho gosta de mim. –Cristina fala convencida. Ela estava herdando o bom humor do pai. Logo a porta do quarto se abre e eu vejo Maria.

–Pensava em afastar a minha filha de mim? –Maria pergunta e eu sinto os olhos iluminados de Maria Fernanda sobre mim. Ela estava incrédulo ao ver a minha reação. –Sabia que ela nem se quer me convidou? E você nem se importou, Maria Fernanda? –Maria pergunta brava e a minha filha fica sem ter o que falar. Pensava que Maria Fernanda iria brigar comigo ou falar que ambas estavam erradas, mais ela fez uma coisa completamente diferente.

–A senhora que esta errada em me dar as costas, mãe. Pensa que não escutei a sua conversa com Fernando Luiz? –Maria Fernanda pergunta brava e Maria fica em choque. –A errada aqui... Sou eu! –Ela fala e eu fico sem entender. –Sinto muito , Senhora San Román! Mas a culpada aqui sou eu. Porque eu sempre pensei ser alguém com que você se importasse. Mas na verdade eu sou um peso pelo qual você quer se livrar. –Fala. –Vamos. –Maria Fernanda fala e pega Maria Victoria antes que Maria tente tira-la dos meus braços. –Minha mãe pode ter sido fraca, senhora. Mas eu nunca deixarei você levar a minha filha. –Fala e sai do quarto com pressa.

–A verdade é que eu sempre te avisei como as coisas seriam. –Falo olhando para Maria que agora chorava. –E agora você sofre as consequências. Nada mais justo que isso.

POV Maria Fernanda

Ela tinha me dado as costas, mas ela também foi a minha mãe por muitos anos. Ela simplesmente se deixou levar por Fernando Luiz, que no caso também devo esquecer mesmo sendo o pai dos meus filhos. Eu não sabia o que fazer, mais precisava me conter para que ninguém percebesse o meu desespero. Eu tinha que me decidir, eu preciso aprender a viver antes que a própria vida fique contra mim.

–Eu preciso pensar em você e no seu irmão. –Falo para Maria Victoria. –Vocês logo vão fazer um ano. Começo a chorar e fico esperando pela minha mãe e Cristina dentro do carro. –Será que isso nunca vai acabar? –Pergunto colocando minha filha na cadeirinha dela.

–Tudo bem contigo, anjo? Minha mãe pergunta preocupada ligando o carro. Ela e Cristina estavam apressadas.

–Ficarei melhor.

(...)

–Muito bom! –Meu pai fala assim que desço do cavalo com Melissa.

–Aprendeu , filha? –Tia Cecilia pergunta a Melissa.

–Sim.

–Agora eu vou sozinha, com licença. –Falo e monto em cima do cavalo com entusiasmo. Logo avisto Estevão e Maria de longe.

–Não terá problemas, se divirta. –Minha mãe fala e eu fico olhando para Maria. Ela usava um vestido longo que a deixava estupidamente linda. Logo começo a correr com meu cavalo.

–Mais rápido! –Exclamo correndo quase ‘’voando’’. Olho para trás e percebo que meus pais estão me olhando com preocupação. Continuo correndo da mesma forma e logo percebo que Fernando José corria também, estava competindo comigo. –Competindo, irmão?

–Mesmo sabendo que você vai ganhar de mim! –Exclama alto o bastante para que eu escute. Continuamos a correr ate que o meu cavalo começa a ficar descontrolado. Tento acalma-lo mais ele continua a correr desgovernado. –Maria Fernanda! –Ele me chama e logo sinto sua mão firme segurar o meu braço com força. Assim ele me puxa para ele mesmo os nossos cavalos correndo com muita velocidade. Logo o nosso cavalo para e nós dois caímos no chão sem muita violência. O meu cavalo ainda corria com muita velocidade, agora sozinho. –Esta tudo bem?

–Sim. E você? –Pergunto e ele sorri irônico.

–Podemos pelo menos correr sem os cavalos? –Ele pergunta e começa a correr mais rápido que eu.

–Assim não vale! –Exclamo com todo o ar dos meus pulmões e sorrio. Logo percebo que nossos pais nos olhavam incrédulos com aquela cena. Maria e Estevão pareciam que iriam enfartar vendo aquela cena. –Maluco!

–Desde quando você é sana , mesmo? –ele pergunta e logo chegamos de onde tínhamos saído.

–Não vai acontecer aquilo comigo, vai? –Melissa pergunta com medo e eu sorrio.

–Não. –Respondo e logo sinto o seu abraço na minha cintura. Logo olho para Maria e sorrio.

–Vamos entrar, quero descansar. –Falo sem olhar mais para Maria. –A viajem e a corrida me deixaram cansada.

–Filh... –Maria me chama com alegria mais eu a interrompo.

–Com licença. –Falo me distanciando deles. Sinto o quanto o clima ficou desagradável quando me retirei.

–Não vai nem ao menos falar comigo? –Maria pergunta e eu paro de andar. Penso em me virar e falar algo e ate mesmo falar com ela sem me virar. Mas simplesmente voltei a andar.

–Palhaçada... –Falo e logo sinto alguém esbarrar em mim com força. Logo vejo uma garotinha de cabelos negros caída no chão com medo de mim. –Você não olha por onde anda? –Pergunto incrédulo. Todos podiam escutar aquela conversa. Eu estava sendo o centro das atenções. Logo vi que se tratava de uma empregada.

–Me desculpe, patroa. –Ela pede se recompondo e com medo de mim.

–Como se chama? –Pergunto mais calma e percebo que a mãe daquela garota fica assustada. Elas certamente foram contratadas depois que descobriram a minha ‘’falsa morte’’.

–Mariana. –Responde de cabeça baixa.

–Bem, quantos anos você tem? –Pergunto.

–Dezessete. –Responde. Dava para notar que ela estava com medo de mim. Quem não teria medo de uma pessoa que empurrou sua mãe adotiva de uma escada? Que fez pactos? Que forjou a sua própria morte e que sempre se esforçou para destruir os outros?

Saio dali deixando todos aliviados. Todos temiam que eu fizesse algo. Porém eles não sabiam que eu tinha dado a fazenda para Cristina.


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Notas finais do capítulo

Todo mundo contente com os ultimos capitulos, não é? Que susto o Nyah deu na gente!!
#Bjs



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