Loving you Sunday morning
You were on my mind love everyday
Loving you Sunday morning
Your love makes me fly so far away

Duas semanas, duas semanas perfeitas, esse era o tempo exato que estavam juntos. Tempo que às vezes parecia correr, tornando as noites curtas demais para namorar, e às vezes parecia parar quando infelizmente as aulas consumiam o dia quase todo.

 Thiago, no entanto, sempre dava um jeito de vê-la, e Rose passou até a fingir que não sabia que ele cabulava aulas para isso, era demais pedir pra ela fazer o mesmo, mas fingir que não sabia... Bem ela era capaz disso, e Thiago já matava aulas antes dela, não se sentia muito culpada.

E ele fazia isso porque mal conseguia passar as aulas sem ela, era uma necessidade terrível de tê-la perto, era angustiante também tê-la perto, porque como ele sempre dizia ela era tentadora demais.

 É claro que com Alvo sendo monitor, e o irmão sempre a rodeando agora, ela tinha que fugir dos olhos ciumentos dos dois. Nessas horas era bem cômodo que Thiago tivesse o Mapa do Maroto, assim eles podiam ver onde os dois irmãozinhos estavam , e, convenientemente, ir pra um lugar bem longe.

-Nós podíamos ficar na sala precisa. – Thiago sugeriu quando os dois ficaram um pouco para trás antes do treino, desenhando caminhos com os dedos pela sua mão.

-Eu... – Rose ficou envergonhada, ficar a sós com Thiago numa sala que não se abre pra mais ninguém?  Ela confiava nele. Muito.  Mas cada toque mínimo de Thiago a fazia estremecer e querer mais. Não, não era uma boa idéia. – acho que não.

Thiago arqueou a sobrancelha, olhando-a corar daquele jeito como se ele houvesse dito algo muito constrangedor.

-Oh – ele entendeu mais ou menos o que se passava na cabeça da namorada e riu – tudo bem flor, como você quiser. – ele se aproximou e selou os lábios dela, Rose tinha razão, ficar a sós numa sala trancada e impenetrável? Era demais pra ele. Ali no vestiário do time, sabendo que o irmão dela e mais um monte de gente estava bem no campo já era difícil de concentrar.

-Ei! – Hugo gritou –Vamos parando? Capitão o time todo está esperando lá fora!

-Já estamos indo – Thiago respondeu esperando que Hugo o deixasse ter alguns segundos a mais a sós com Rose, mas o garoto não arredou o pé. – Tá. Tá. Estou indo viu? Andando, um pé na frente do outro em direção a porta...

Era o último treino antes do jogo contra a corvinal, ele mais uma vez a admirava, ali sua beleza era quase selvagem, bonita demais pra ser real, os olhos estreitados, as faces rosadas pelo esforço, os cabelos esvoaçando e o cheiro dela, melhor que qualquer perfume, soprado pelo vento eram um convite a tentação.

-Tudo bem, vamos parar por aqui hoje. – ele gritou – Estamos prontos! Mais prontos que nunca. – com essas palavras ele dispensou o time, ele e Rose se fitaram um longo momento. E então voaram para o chão brincando no ar.

Thiago a abraçou pelas costas enterrando a cabeça em seu pescoço nu beijou sua nuca, Rose tremeu. Ele mal se lembrava agora da conversa de mais cedo, ou de qualquer receio dela, tudo que existia era seu cheiro, o calor e o gosto de sua pele.

-Eu preciso de um banho – ela murmurou quando ele lhe mordiscou a orelha. 

-Eu preciso de você. – Thiago disse virando-a par ele, puxou o elástico que lhe prendia os cabelos, estes caíram em cascatas meio revoltos, meio voando com o vento.

“Selvagem, uma beleza selvagem, surreal”

Os lábios dela eram um convite, deliberadamente entreabertos pelas palavras que ele disse, ele a apertou com força contra si e desenhou a linha do maxilar dela, sentindo o gosto da pele quente.

Rose sentiu tamanha necessidade dele que foi ela quem chocou os lábios contra os de Thiago, ele a “jogou“ na grama fofa.

“Tentadora demais”

Rose sentiu o corpo forte de Thiago contra o seu, ao contrário do que havia acontecido antes ele não segurava seu peso nos braços ele estava deitado tão junto dela quanto podia. Ela achou que ia explodir e quando Thiago deslizou a língua por seu pescoço ao mesmo tempo que sua mão apertava a cintura fina dela por debaixo das vestes de quadribol, ela arqueou um pouco o corpo, aquilo estava lhe enlouquecendo e seu corpo pulsava num estágio quase convulsivo. As mãos dela apertavam com toda força ele contra si, ela nunca se dera conta de quanto seus sentidos eram poderosos, de quantas sensações eram desconhecidas.

Rose mordeu o lábio inferior tentando não gemer, era isso que ela faria se não mordesse, Thiago beijou a curva do pescoço dela até a gola da camisa, abrindo o primeiro botão. Rose estava em estado de êxtase, mexeu os quadris. Aquilo foi demais para Thiago, ele grunhiu alguma coisa incompreensível e se levantou rápido meio arqueado, aquilo foi um esforço quase sobre-humano para ele, afastar-se dela quando a desejava tanto, uma expressão torturada pairava em sua face.

-Banho, rápido, amor... – ele falou meio incoerente antes de sair quase correndo. 

Rose riu para ele, mas continuou deitada algum tempo, isso não foi suficiente para seu corpo parar de queimar, precisou ir tomar banho também. Ela se pôs debaixo do chuveiro pensando em quantas garotas ele havia “tido”, bem, ele teria que ser paciente com ela, apesar de seu corpo estar não só pronto, como reclamar e pedir por ele, Rose estava apenas descobrindo todos os estágios do namoro 17 anos, e era tudo novo para ela, o amava insanamente, mas teriam todo o tempo do mundo, queria fazer as coisas do jeito certo.