Bones - A reviravolta de Zack escrita por Queen of the lab


Capítulo 2
O peso da culpa




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O mundo de Hodgins desmoronou naquele momento. A culpa que sentia era
infinita. Como poderia ter esquecido Zack? Anos e anos de lembranças
voltaram subitamente. Sua memória talvez tivesse deletado tudo porque
era doloroso lembrar. Todos os momentos felizes arruinados por um
assassino. O hospital psiquiátrico não tinha sido uma barreira no
começo, mas depois... completamente esquecido.

Quando se deu conta, Hodgins ainda estava em sua sala. O que iria fazer agora? Será que ele iria sair por aí desenterrando essas lembranças no restante da equipe? Não podia simplesmente continuar trabalhando e agindo como se tudo estivesse bem. Precisava de ar puro, assim conseguiria decidir o que fazer. Foi até a sala da Angela:

– Querida, não estou muito bem. Preciso sair um pouco. Não estou levando o carro. Em casa a gente conversa e me espere para jantar.


– O que aconteceu? Você não pode sair assim sem mais nem menos e...

Hodgins não ouviu o final, já tinha saído da sala. Angela e seu filho
eram sua vida e não gostava de esconder segredos deles, mas era
necessário um pouco de tempo sozinho para processar a informação. Foi para um dos melhores lugares que conhecia, um parque bem pequeno a três quadras do laboratório. Lá ele se sentia em casa, pois conhecia bem os sons dos insetos e a vegetação abundante. Os pensamentos e ideias começaram a fluir em sua mente: Já sabia o que fazer. Contaria tudo para Angela e de manhã iria visitar Zack. Sozinho. Ele tinha que fazer aquilo por ele e pelo amigo. Depois veria o que fazer para tira-lo do hospital psiquiátrico. Tentaria o impossível.


Ao chegar em casa algum tempo depois teve que ouvir Angela:

–O que foi aquilo mais cedo? Você endoidou?

– Acalme-se querida! Eu explico.

– Acho bom mesmo. Eu fiquei preocupada

Angela sabia que o marido só agia daquele jeito quando alguma coisa estranha estava acontecendo. E Hodgins contou tudo. Ela não acreditou naquelas palavras. Uma angustia começou a preenchê-la:

– Nós o esquecemos! Como? Temos que contar para a equipe...


– Contar o quê? "Oi, gente, tudo bem? Só para avisar que todo mundo
esqueceu-se do Zack e ele ainda esta vivo". Não! Não podemos fazer isso. Eu vou visita-lo amanhã.

– Sozinho? Nem pense nisso. Eu vou com você. Ele podia ser tudo, mais
ainda matou um homem

– Você sabe que o Zack nunca faria isso.

– Ele confessou!


–Eu sei, mas as peças não se encaixam. Eu vou descobrir a verdade e
tira-lo de lá.

–Você vai de qualquer jeito, né?

–Vou.

–então boa sorte amanhã. Agora vai dar oi para o nosso filho que ele
está com saudade- disse Angela enquanto abraçava Hodgins.

Logo cedo Hodgins levantou e saiu. Ele não trabalhava naquele dia e o
Hospital ficava a 2 horas. Seu coração estava a mil. Como seria o encontro? Chegando lá ele teve que preencher vários papéis.


Atendente- Zack Addy... Aqui. Ele não recebeu muitas visitas nos
últimos anos e não representa risco. Você tem o direito a uma visita
privada. Não se preocupe que enfermeiros estarão na porta caso o
paciente se mostrar agressivo ou houver qualquer tipo de violência
física. Mas se você desejar pode pedir uma visita no pátio com todos
os outros detidos e enfermeiros do lado.

Zack definitivamente não era agressivo. Hodgins não sabia qual seria
sua reação, mas com certeza não teria necessidade de sedativos ou enfermeiros. Assim ele esperava porque depois de tantos anos sozinho em um manicômio... Não. Conhecia Zack e ele não lhe faria mal.


–Uma visita privada, por favor.

–Certo, Aguarde alguns minutos Dr. Hodgins. Chamaremos quando o seu
cartão de visitas estiver pronto.

Enquanto Hodgins esperava, Angela já havia acordado e estava aflita
pelo marido. Tantos anos se passaram. Será que Zack ainda era o mesmo?
Tudo tinha mudado. Sua maior vontade era ligar para Brennan e contar tudo, mas como disse o marido, tudo o quê? Só restava espera-lo voltar.


–Dr. Hodgins, já pode vir- disse a atendente.

Seu coração pulsava enquanto seguia a mulher pelos corredores brancos.
Teve que passar por diversas revistas de guardas e detectores de
metal. A segurança daquele lugar impressionava e ele nem estava na ala
de segurança máxima. Sua pressão sanguínea subia junto com os andares
do elevador.

–é aqui, Dr. Hodgins. Como eu já disse, enfermeiros estarão sempre a
postos caso haja necessidade.

As palmas de suas mãos estavam suadas, ele já não sentia mais seus
órgãos internos. Todos os momentos com Zack passaram diante de seus
olhos. Ele passou o cartão pela pequena máquina do lado da porta,
Escutou o bip e entrou no quarto. O quarto em que estava seu melhor
amigo."


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Notas finais do capítulo

Não liguem muito para a formatação do texto. Está um pouco ruim mas é devido ao meu editor de texto. espero que gostem.