Querida Jadelyn escrita por ScissorsandCoffee


Capítulo 11
Ela vai só escolher? Mesmo?


Notas iniciais do capítulo

Olá garotas, eu sei mesmo que eu sou uma chata insuportável e nem pra responder mais o review de voces eu posso... É, nestes últimos dois capítulos eles estão sem respostas. Eu sinto muito, o colégio tá consumindo demais de mim e eu só acho que voltarei com minhas atividades normais aqui no nyah quando a semana de provas acabar. Então me deem mais uma semana aí e eu prometo voltar com tudo! Kay? Vamos terminar esta fanfic e partir para uma nova versão de Amor, Las Vegas e a Adorável Máfia TO-TAL-MEN-TE reescrita, em novas palavras e incrivelmente mais viciante, original e de fato única - e com atualizações constantes.
Mas chega de papo e vamos ler porque ler fanfic é o motivo de vocês estarem aqui, não é? Haha!
Boa leitura, minhas queridas.



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POV Beck

– Agora a atenção de todos por favor. – Sinjin anunciou no microfone, fazendo todos calarem. – Os testes para os papeis principais. O seguinte agora é o papel da melhor amiga da Ann, a Angel. Concorrendo Cat Valentine e Meredith Calvins. Cat, suba ao palco por favor.

A ruiva subiu toda sorridente e estava óbvio quem conseguiria o papel. Não que Meredith fosse totalmente ruim (sabemos que ela não é a melhor nisto) mas, Cat já havia ganhando por ser a melhor amiga de Jade e por Jade odiar a Meredith e os cupcakes da padaria do seu pai. Os cupcakes caseiros da Cat eram bem melhores também.

Cat interpretou bem uma sequencia de cinco falas, agindo numa cena com um jogador de futebol grandão. Mais tarde eu a vi flertando com ele na saída. Enfim, ela foi muito bem e era nada mais do que o esperado para a ruiva. Ela correu toda saltitante para Jade quando terminou e deu outro picolé de cereja para ela.

Jade assentiu e sorriu de volta. – Obrigada.

A seguinte era a Meredith e ela agiu normalmente. Boa ou não, já sabíamos quem havia ganhando desta vez.

– Próximo! – A voz cruel de Jade gritou bem no meio de uma das falas de Meredith, eu olhei para a menina chocada no palco e depois para Jade que sorria “amigavelmente”. Só que não sei o que aconteceu, Jade limpou a garganta e gritou de novo. – Obrigada, Meredith, mas, por favor... Próximo papel.

Odiava estes novos ‘por favor’ ou qualquer coisa do gênero. Movi-me desconfortavelmente de novo, eu só queria ter a minha Jade normal. Esta Jade que falava ‘por favor’, que agradecia, usava roupas coloridas e curtas e preferia o Daniel me fazia desejar minha morte.

Jade... Eu quero seu sorriso sarcástico e sua voz cruel. Quero te ver com café preto de novo e usando aquelas suas botas de combate. Quero você só para mim outra vez. Por que está fazendo isto?

Nem prestei atenção no que o Sinjin dizia, mas vi o Daniel subindo no palco com seu roteiro e Jade também foi até lá. Então ela agiria com a gente em nossas cenas. Eu suspirei e desejei ter o meu amor de volta mais uma vez.

Pensei no que ela tinha dito sobre sofrer... Quando nós terminávamos, era claro, ela sempre sofreu. Sempre esteve lá chorando por mim... E eu pensei que deveria continuar minha vida porque haviam duas opções : 1) ou ela voltava para mim em questão de alguns dias. 2) ou eu só implorava para tê-la de volta que a conseguiria. De fato pensei que era cruel, que eu estava a usando como se fosse uma bonequinha. Mas se nós amávamos nunca iríamos nos separar de verdade, mesmo ela sendo totalmente imatura às vezes e mesmo eu sabendo que teria que dar uma quebra para ela ter um tempo e pensar em como agia... Eu sabia que o tempo e que a imaturidade dela não seria para sempre. E que ela voltaria para os meus braços, onde pertencia.

Mas não desta vez.

Porque ela percebeu que sofria demais. E que talvez, fosse melhor estar com outra pessoa e nunca mais voltar para mim... Só para não ser acusada de imaturidade ou sofrer de novo, esperando a minha volta.

Odiei-me intensamente naquele momento, eu não sabia que poderia machucá-la tanto assim. Então era por isto que ela estava sendo tão gentil com as pessoas ao seu redor, fazendo coisas que normalmente não faria, falando como nunca falava antes e usando roupas daquele jeito? Para chamar atenção de outros caras e conseguir algum outro bom partido melhor do que eu? Esquecer-me? Era por isto que ela estava com o Daniel e estava andando com as líderes de torcida?

Para esquecer-se da nossa vida juntos. De mim. Ela tinha razão. Ela estava certa, e eu me odiava por isto. Na verdade, eu me odiava por eu ser eu.

Eles atuaram bem. Quer dizer... Jade sempre foi excelente atriz e ela era ótima, nada mais do que esperar ver uma incrível atuação em sua própria peça. Mas o Daniel também era bom, razoavelmente bom... E eu não poderia fazer nada por isto porque ela escolheria ele. Ela escolheria o razoável que ele agiria só para não sofrer em meus braços novamente.

Quando a cena deles acabou e Jade sorriu para ele, enquanto ele descia as escadas e Sinjin pedia para eu subir no palco. Eu só conseguia prestar atenção na Jade.

Em como ela sorria, em como se movia, em como ficava linda usando tanto roupas coloridas quanto pretas. Em como seria mais feliz com o Daniel do que comigo. Em como ela era perfeita para mim e em como eu nunca a teria de volta, bem diferente de como eu imaginava um tempo atrás.

Logo eu estava a sua frente. Ouvi um ‘ação’ do Sinjin, e eu só conseguia observá-la. Jade começou a falar e eu só percebia sua boca mexendo e tentava me lembrar de cada detalhe do seu rosto, que eu nunca mais poderia tocar.

Vi ela parar de falar, seria minha deixa. Falei automaticamente as frases que lembrava em sequencia, como um robô. Mas eu era bom, talvez ninguém notasse nada. Eu só não conseguia tirar os meus olhos dela. Quanto mais ficasse a sua frente, a fitando seria melhor... Poderia durar toda a eternidade e eu nunca enjoaria de ver uma beleza assim.

Pedi para voltar ao tempo e concertar os meus erros, mas isto era impossível. E talvez se eu voltasse e de fato nunca errasse com ela, talvez eu não poderia sentir a mesma coisa, talvez ela nunca sentiria a mesma coisa, talvez eu nunca tivesse esse momento só com ela para olhar seu rosto e desejar fazer isto por toda a eternidade. Só nos dois, duas almas perdidas no tempo, um de frente para o outro... E meu coração feliz. Mas ei, eu estava sendo egoísta. De novo. Eu estava desejando gastar toda a vida dela comigo, ao meu lado... Sendo que ela poderia passar esta eternidade ao lado de quem amava e de quem a faria feliz, alguém como o Daniel.

Eu definitivamente não prestava.

Não servia para Jade West.

Nem mesmo mais como um amante, comecei a pensar.

E minha boca só se mexia para falar o que eu deveria falar: minhas falas corretamente. Toquei em seus braços enquanto meu personagem a tranquilizava com alguma jura de amor, em seus ombros, seu pescoço, seus cabelos... Seu rosto. Bochechas, boca, cílios e sobrancelha... Eu a amaria para todo o sempre.

Seu rosto estava marcado em minha alma. Eu morreria com Jade West.

Não teria este papel, não seria seu namorado, noivo, marido ou amante. Não seria mais nada para ela. Já havia tido minha chance, ela mudou e eu deixei-a ir... Pois havia sido muito orgulhoso na época e era outro momento em que eu a estava julgando imatura e que nós precisaríamos de um tempo novamente. Viu? A perdi sem nem perceber. Foi tão simples e rápido, mas deve ter doído nela enquanto eu nem percebia.

E quando a nossa quebra durou mais de uma semana e eu percebi que talvez teria mais trabalho. E quando ela não quis falar comigo, ou quando falávamos era para brigar novamente... Eu não conseguia entender mais nada. O que havia acontecido? Por que disto?

E antes que eu pudesse raciocinar isto tudo, outras meninas chegaram no meu caminho e eu não continuei indo atrás de Jade. Foi preciso isto tudo acontecer, tive que enfrentar mais de três meses longe dela, ela teve que se mudar totalmente e ir atrás de outro homem para me fazer finalmente perceber o quanto eu fui idiota, o quanto eu precisava dela e o quanto eu sentia a sua falta... E o quanto eu demorei a perceber isto.

– Beck, Beck... – Ela chamou minha atenção. Dispersou-me, eu olhei assustado para o seu rosto confuso e prestei atenção em sua voz impaciente. – Você não sabe mais as falas? ... Esqueceu?

– Ahh, não... – Sai do meu estado de choque. Eu queria sair dali e chorar, e talvez morrer. – Eu não... Hm...

– Ok. – Ela me parou. – Vamos da segunda cena de novo, pode ser? Do começo.

Eu assenti. Olhei para o Daniel ao lado do Sinjin, na plateia. Olhando para mim como se ele mesmo tivesse acabado de ganhar este papel. No momento percebi de novo o quanto estava sendo burro, ou seja, quase que tarde demais outra vez!

Por que estava jogando fora outra chance de tê-la? Se eu pegasse este papel poderia estar com ela mais tempo, talvez namorá-la de novo nem que se seja numa peça. Eu poderia até reconquistá-la na melhor das hipóteses – para mim, só para ser minha... Mais uma vez... Talvez de leve, em pouquinho a pouquinho... Talvez algum dia ela fosse minha outra vez, mas para isto eu tinha que passar neste teste e ficar bem perto dela!

E ela parou de recitar sua fala, me fazendo de fato prestar atenção em tudo ao meu redor. Lembrar-me de colocar vida nas minhas falas e deixar de ser um robô. Segurei suas mãos e puxei seu corpo macio para mim.

– De fato sim, minha querida. Eu não vou fazer isto, confie. Eu posso te amar para todo o sempre, mesmo que eu em troca eu só receba dor em troca. Mesmo que a dor seja causada por você... Eu não posso te abandonar. – Me ajoelhei e agarrei sua cintura para mim, puxando-a novamente, a abraçando com toda a paixão que eu poderia exercer em cima deste gesto.

De fato, eu poderia muito bem interpretar aquele papel e entrar naquela peça. Era o que estava se passando na minha cabeça agora. Talvez a peça fosse intenção de Jade para me fazer perceber, ou talvez só de ler tantas vezes o roteiro ou pensar muito sobre o nosso relacionamento me fez juntar algumas coisas que não existiam, ou algo assim.

Ela se soltou de mim e eu deixei porque o roteiro pedia isto. – Mas eu não vou te fazer sofrer. Você não merece isto, e eu não mereço alguém tão bom como você. Entende? Não me faca me apaixonar por você, eu não acho que vou atrás disto. – Ela suspirou e me estendeu a mão. – Levante. – Ela gritou assustada ... E fazendo o que melhor sabia fazer, terror e horror. – Eu sinto... Escute isto... Vamos, oh meu amor... Vamos correr daqui! Rápido! Vamos!

E eu peguei em sua mão e me levantei, correndo para a outra direção do palco e de mãos dadas com ela.

– Nossa! – Sinjin gritou do palco. O público aplaudiu mais forte do que normalmente aplaudiria. Então, havíamos ido bem. Ela se virou para mim e me fitou, com um sorriso.

– Prestei bem atenção, Beck. – Ela estava sorrindo para mim e me olhando daquele jeito que havia olhado para o Daniel. – Foi muito bem, eu acho que já sei quem eu devo escolher.

Ela piscou para mim e saiu do meu campo de visão, descendo do palco e pegando o microfone do Sinjin. Encerrando os testes da sua peça.

Eu não sabia o que significava aquilo, mas eu tinha a impressão de que estava certo seja lá como fosse.

Sabendo que desta vez eu tinha chances. E era isto que eu precisava. Outra chance, para tê-la.

E desde que eu tivesse alguma chance para lutar por ela... Daria-me bem.


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Notas finais do capítulo

O que acharam disto?
Dá pra compensar a espera do mês de férias? Escritoras também tem direito de relaxar, minha gente, é o que eu digo.
E os seus reviews lindos? Mesmo que eu não consiga-os responder nos capítulos anteriores e nestes próximos, saibam que eu sempre os leio antes de postar um novo capítulo então eu sei o que cada uma pensa e o que acham, então por favor - isto faz uma diferença enorme, só quem escreve percebe de fato. Mandem para eu saber exatamente o que estão querendo!



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