Holigans escrita por Zombie


Capítulo 5
Detenção


Notas iniciais do capítulo

E aí, gente? Eu queria pedir desculpas pela demora da postagem, mas tava muito ocupada estudando e fazendo temas, principalmente porque terças e quitas de tarde eu tenho curso de inglês. E queria agradecer de todo o meu coração pelo favorito da Wichita, então, muito obrigada mesma, fofa! Agora vamos ao cap, né?



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Acordei pela manhã e olhei o relógio. Eram 6:00, o que significava que havia acordado meia hora antes do necessário. Como não tinha nada para fazer, me levantei e tomei um banho. Calmo e longo, pois me ajudava a relaxar.

Acabei vestindo uma calça preta justa, uma camisa branca dos Beatles e um All Start cinza escuro com um cano na altura do meu tornozelo.

Fui até o quarto do Yankee e o acordei sutilmente.

– Ei! Acorda, Caio! Daqui a pouco o John vai chegar! - Eu gritei bem alto para ele. Não falei? Sutilmente.

Ele quase deu um salto com o susto que levou, me assustando também.

– O que houve? Onde...? - Ele gritou. - Hã? Como? - Ficou com uma expressão confusa.

– Eu só falei para acordar! Não para ter um ataque, seu idiota! - Eu reclamei.

Ele se levantou e foi para o banheiro. Então eu fui para a cozinha e preparei dois sanduíches e suco natural de laranja. Quando percebi que Caio já estava descendo as escadas, enquanto vestia uma calça jeans comum, uma camisa azul e um tênis preto.

– Que bom que vamos comprar roupas novas! - Eu brinquei com ele.

Caio soltou uma risada forçada.

– Senta logo pra comer - Eu mandei.

– Você que fez? - Ele perguntou, assim que se sentou e deu a primeira mordida.

– Sim. Algum problema? - Eu perguntei, desafiadora.

– Não. Ao contrario, está bom demais - Respondeu.

Acabamos de comer e fomos escovar os dentes, mas cada um em um banheiro diferente. E, logo ouvi uma buzina, que com certeza significava que meus amigos estavam nos esperando.

– Vem, Yankee! John chegou! - Eu gritei para ele, enquanto descia as escadas.

Eu e Caio saímos de casa e tranquei a porta.

Olhei para o carro.

– Onde está o resto do pessoal? - Eu perguntei para qualquer um que pudesse me responder. Só estavam no carro John, no motorista, e Peter, no carona.

– O pai da Mily vai levar elas - Respondeu Peter.

– Hã... ok, né? - Comentei. - Parece que sou a única mulher aqui, então.

– Ah! Então desce. Só homens aqui - Brincou John.

Me afastei do carro e trouxe comigo o Yankee.

– Por que eu? - Caio questionou.

– Não ouviu? John falou que não podem ir mulheres com eles. Vamos ter que ir a pé - Eu expliquei e todos riram, exceto Caio.

Entramos no carro e seguimos caminho. A viagem, por incrível que pareça, foi rápida e calma. Logo estávamos em frente ao colégio esperando pelas nossas amigas.

– Por que elas estão demorando tanto? - Perguntou Peter.

– Não sei. Mas por que tanta pressa? Está com saudades, é? - Falei com um sorriso brincalhão no rosto.

– Hã... não. Claro que não. Por que ficaria com saudades? - Ele corou ao mesmo tempo no qual ficou nervoso. Sem duvida alguma ele gostava de uma das nossas amigas.

– Corou e ficou nervoso. Parece o Steve. Lembra como ele ficava comigo ou quando vocês falavam assim de mim pra ele? Gosta de uma delas - Eu comentei. Apesar de ser brincadeira (talvez nem tanto) eu fiquei triste. Steve era meu antigo namorado.

– Eu não gosto de ninguém! - Ele retrucou bravo.

– Ok, vou fingir que acredito. E vocês dois? Deve ter alguém que gostam - Eu disse.

John olhou para Caio, mas ele não viu, pois havia abaixado a cabeça quando fiz a pergunta.

– Tá, sei que ou o John, ou o Caio, sabem de alguma coisa que eu não sei - Falei, chamando a atenção de Caio para que ele levantasse o rosto.

– Para que ficar brava? - John perguntou cauteloso. Sabia que quando ficava brava, devia tomar muito cuidado comigo. Mas ainda assim, não estava.

– Não estou! - Eu gritei.

– Mas está vermelha, exatamente como quando fica brava - Ele retrucou.

Olhei para ele com um olhar mortal, e assim que percebeu virou o rosto e ficou em silêncio.

– Só falta você falar, Caio. De quem gosta? - Ele me olhou nervoso.

– É... eu não... ela nunca... - Travou e soltou um suspiro. - Ela nunca ficaria comigo. Ela... - Então olhou para o lado e ficou em silêncio. Minhas amigas chegaram.

– Oi, Ali! Já estava com saudades! - Mily pulou em mim em um abraço quase que de urso. Como fui arranjar uma amiga tão melosa?

– Oi, Mily. Oi, Xanda. Oi, Tete - Cumprimentei elas, desanimada.

– O que houve? Você está tão... sei lá... triste? Deprimida? - Perguntou Charlotte.

– Não aconteceu nada. Só estou desanimada. Ou melhor, entediada - Respondi.

O sinal tocou e todos fomos para nossa sala. O primeiro período era inglês. Minha matéria mais odiada, com a minha professora mais odiada.

– Psiu - Sussurrei para Alexandra, que estava sentada na minha frente. - Psiu! - Eu falei um pouco mais alto e a cutuquei.

– O quê? - Ela se virou para mim, discretamente.

– Só observe.

Arranquei uma página do caderno e amassei, formando uma bola de papel. Mirei e arremessei. O alvo? Minha professora, a senhora Mitchell.

Ela se virou e encarou os alunos, brava.

– Quem fez isso? Quem foi? Sei que foi um de vocês, suas pestinhas! - Ela gritou, olhando rosto por rosto, até parar em mim. - Foi você! Foi você que fez isso! Foi você que jogou a bola de papel! Foi, não foi! Foi você! - Todos riram dela. - Parem de rir! Parem ou é detenção! Só você - Ela apontou para mim - que vai ir para a diretoria e ficar lá até o intervalo e quando acabar a aula é detenção!

– Ok, senhora Mitchell - Saí da sala, mas parei na porta quando percebi que Caio estava me olhando. Sabia que ele estava achando que eu havia feito aquilo. Estava certo, e por isso pisquei para ele.

Fui direto para a diretoria e fiquei esperando lá. Agora só faltava saber o que eu estava esperando. Quem sabe meus amigos? É. Provavelmente estava esperando eles. Fiquei pensando em um milhão de coisas. Na paixão que sentia por Caio, em meus amigos, no meus antigo namorado, nas brigas, em tudo. Estava esperando a diretora me chamar para a conversa que teríamos.

– Alicia Young? - Uma voz doce e suave invadiu meus ouvidos, me tirando de meus devaneios e me fazendo voltar para a vida real.

– Eu - Levantei a mão em indicação. Não que precisasse, já que era a única ali.

– A diretora Stevens está à sua espera. Só me seguir, por favor - A mulher pediu gentilmente.

Levantei e comecei a caminhar logo atrás da moça.

– Aqui. Pode entrar - Ela falou quando chegamos.

– Hã... obrigada? - Nossa! Fazia muito tempo mesmo que não era educada.

Entrei na sala e observei a diretora. Aparentava ter uns quarenta anos de idade. Estava usando um vestido na altura do joelho cinza, com batom vermelho, rímel, base, lápis e sombra clara. Calçava um salto alto também cinza e mantinha o cabelo preso em um coque.

Tivemos uma longa conversa sobre meu comportamento, que sou uma ótima aluna, que devia repensar meus objetivos e mais um monte de blah, blah blah muito chatos. O tempo custou a passar, mas enfim o sinal tocou, indicando o final do último período. Hora de ir para a detenção! Prefiro ficar depois da aula a ter que ouvir a diretora.

– Pode sair, Alicia - falou a senhora Stevens.

Saí da sala fazendo corpo mole e fui para a detenção. Era virando á direita, seguindo o corredor, descendo as escadas e virando à direita de novo. Não era difícil chegar.

– Olá, professor - Cumprimentei o professor Shaw.

Olhei em volta e percebi que Caio estava sentado em uma mesa com a cabeça baixa. Provavelmente dormindo. Me sentei ao seu lado e chamei a atenção dele.

– Demorou, hein?! - Comentou o Yankee.

– Caso não lembre, estava na diretoria - Respondi

– Por que fez aquilo?

– Aquilo o quê?

– Jogar a bola de papel na professora... senhora Michell.

– Mitchell - Corrigi.

– Você entendeu.

– Porque eu odeio ela. E sempre faço isso.

– Tudo bem.

– Você ainda não me falou de quem gosta. Só gaguejou, aí nossas amigas chegaram. Fala logo.

– Pra que falar?

– Porque... curiosa. Estou curiosa. Muito mesmo! - Respondi.

– Não conhecia esse lado seu - Comentou.

– Você não conhece nem metade de mim - Retruquei.

Ele abriu então um sorriso malicioso, mas logo o esqueceu quando viu que eu o estava observando.

– Gosto de... ela não vai nunca gostar! Não tem porque falar. Ela não... nunca... - Parou de falar, ou melhor, gaguejar, então suspirou e me olhou. No começo não entendi, mas passou o tempo e ele começou a corar, abaixou a cabeça, e foi aí que percebi o que ele queria dizer. Ele gostava... gostava... de... mim.

– Você está brincando, né? Não pode... não pode ser verdade! Sério? De mim? Logo eu? Vivo brigando com você, xingando, gritando, às vezes bato, e... eu? - Fiz cara de surpresa e de confusa ao mesmo tempo. Eu? Ele gostava de mim? Espera... ele gostava de mim! De mim! Eu também gosto! Parece que ele nem sempre está certo.

Abri um sorriso tão grande que acho que estava encostando na minha orelha.

– O que houve? - Caio ficou me olhando. Não falei nada. Nem ia falar, ainda. Queria brincar com ele.


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Notas finais do capítulo

E aí, gente? O que acharam? Bom, preciso fazer meus temas. Bjus, gente. Até o próximo cap. Depende de vocês! E valeu pelo favorito e pelos comentários! Com comentários: cap novinho em folha. Sem comentários: a fic acaba aqui. Espero que comentem, hein, leitores!? Principalmente vocês, leitores fantasmas!



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