Somnium Urbe - Cidade Sonhadora escrita por Alguém


Capítulo 16
Capitulo 16


Notas iniciais do capítulo

*Trice*



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Ele sorriu e me deu a mão. Andamos quilômetros quietos, de mão dadas, até a entrada de uma enorme casa bege. Linda. Tinha o telhado de madeira, aparentemente sintética preta com detalhes marrom, cobrindo boa parte de cima da casa e tinha uma chaminé de tijolos bege saindo da lateral da casa. A porta de entrada tinha um telhado igual e era enfeitada. As janelas estilizadas de madeira estavam fechadas. Tinha um jardim de frente bem elaborado com mini-arvores e uma grama verde. Linda e bem feita.

–Puxa. Que bela casa! - exclamei, ele apenas riu e sacou a chave do bolso da calça.

Assim que ele abriu eu pude ver que a casa era mais bonita ainda por dentro. O sofá acinzentado em frente ás poltronas da mesma cor estavam bem colocados. No meio deles estava uma mesa de centro de vidro redonda e pequena. Na parede uma lareira branca. E tinha lustre no teto.

–Nossa, Dantes! Que linda sua casa! - joguei a mochila na poltrona e sentei no sofá, e era mil vezes mais confortável que o sofá do Atrus. - E aconchegante.

–Vem. Vou te mostrar o quarto. Só tem um, mas você dorme na cama e eu no sofá-cama que tem lá... - ele pegou minha mãe e me levou por uma escada levemente arrendondada com os degraus de madeira e o corrimão de ferro preto.

–Até a escada é linda, gente!

Quando cheguei no quarto tive vontade de me jogar na cama King Size que havia. Bem ao lado estava um criado mudo de madeira antigo mas reformado com um abajur em cima. Havia uma escrivaninha no pé da cama, encostado na parede, bem ao lado do sofá cama branco. As paredes branco-acinzentado davam um ar de conforto e tranquilidade.

– E aí... O que achou? - ele perguntou, sorrindo.

–É linda! Eu quero tremendamente me jogar naquela cama...

–Pode ir! É um colchão d'água!

Não pensei duas vezes e me joguei na cama, comecei a flutuar naquele aconchegante colchão d'água. Ele veio e deitou ao meu lado. Quando virei para falar com ele dei de cara com aqueles olhos lindos me fitando. Estávamos a menos de um palmo de distância.

De repente a distância diminuiu e nossos lábios se tocaram. Seus lábios carnudos tinham gosto de mel. E beijar ele era mágico. Ele me puxou para mais perto e ficou com a mãe em minhas costas, bem acima da unda. O beijo foi ficando cada vez mais gostoso. Cada vez mais mágico. Cada vez mais quente. E foi me dando cada vez mais vontade de beija-lo. Seu beijo parecia real. Ele me beijava como se fosse a ultima vez que isso aconteceria.

O beijo ficou cada vez mais quente. Então ele tentou tirar a minha blusa e eu acordei para vida e o parei.

–Dantes... não... - falei parando o beijo

–Mas isso é um sonho, Trice. Não vai acontecer nada com você de verdade.

–É exatamente isso. Eu quero que um dia, a minha primeira vez seja de verdade com um cara que eu conheça a mais tempo que metade de um dia. Quero que seja especial, Dantes.

–Tá! Tudo bem. Não vou te pressionar... - ele disse levantando da cama e tirando a camisa e a calça ficando apenas de samba canção levemente aprtada.

–Qual é, Dantes. Você disse que não ia me pressionar!

–Desculpa... - ele disse rindo - Mas eu durmo assim... - Seu abdômen era cinco vezes mais definido que o do Atrus, era perfeitamente definido e quase sem pelos. Lembrava muito o abdômen do Zack Efron... Ele deitou perto de mim de novo. - Você não quer mesmo?

–Bom... Agora eu já não sei... Eu tô meio em dúvida... - Eu disse com um sorriso safado. Ele deitou em cima de mim e começou a me beijar.

De novo o beijo fiou quente demais e ele tentou irar minha camisa, só que dessa vez eu deixei. Ele tirou minha camisa rápido, ainda em cima de mim, e voltou a me beijar apaixonadamente. Mas então eu lembrei que isso era um sonho, que não era real, que não era especial, e que eu mal o conhecia. Então o parei...

–Dantes...Acho melhor irmos dormir. - falei ofegante

–É... -ele também estava ofegante. - Eu vou... dormir ali... no sofá cama... tão duro... -ele estava fazendo cara de coitado

–Tá! Você pode dormir aqui na cama comigo. Mas... Nada de tentar de novo. Chega por hoje!

–Claro, Tricinha! - ele sorriu. Gostei de como me chamou, por isso sorri também. Ele levantou e saiu do quarto.

Voltou alguns segundos depois com um pijama nas mãos.

–Toma. Eram de... de Celaena. Vão caber em você. E você não vai dormir pelada nem de camisola...

–Obrigada! - eu disse levantando e pegando o short e a blusa de seda rosa. E fui ao banheiro. Desfiz a trança e tirei o vestido de corpete branco. Coloquei o pijama que Dantes me deu. Cabia perfeitamente. Celaena era do meu tamanho. Ela era igual a mim. Será que ela sentiu por Dantes o que eu sinto por Atrus, a decepção, o ciumes, gostar da presença dele, tudo?! Me olhei no espelho e tentei imaginar como ela seria... Não consegui, por isso desviei o rosto e voltei para o quarto.

Eu e Dantes deitamos na cama, debaixo de um cobertor de linho preto, de conchinha, abraçados. E dormimos.


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