Eu ri, ela estaria pensando em me escolher mesmo?

–O que ele disse? -perguntei

–Nada. Eu não deixei, eu continuei falando.

Eu ri e minha risada a contagiou

–Viu, sabia q te arrancaria um sorriso -falei, enquanto tirava uma mecha de cabelo do rosto dela. Ela está me mudando? Como?

–Obrigada, por me animar. Você parou de ser mal comigo... -ela riu e sua bochecha ficou corada e olhando diretamente em meus olhos.

–Não foi nada. E sei como é ruim quando o encantamento acaba. Os dois lados sofrem. Quando Celaena se apaixonou por Atrus, mesmo estando encantada por mim, eu fiquei com tanta raiva que menti pra ela.

– O que você disse ?

–Que eu não gostava dela, que ela podia ir com Atrus. Que eu não me importava, que eu arrumaria outra. Não era verdade, eu a amava. Eu vi quando a rainha enfiou a faca em sua barriga, quando cheguei perto para ve-la, ela estava morrendo. Eu disse que era tudo da boca pra fora, e que a amava. Ela disse que me amava também. Então ela morreu. Nos meus braços...

–Puxa. Sinto muito.

–Eu meio que superei isso. Mas ainda sinto falta dela as vezes. Ela se desapontou comigo. Não se desaponte comigo também...

–Você não está me desapontando. Atrus está. - ela ficou sorrindo por uns minutos, fitando meus olhos. Quando me aproximei para beija-la, Atrus entrou pigarreando.

–Não podia demorar mais um minuto ? -falei desapontado enquanto Trice enfiava a cara nos joelhos novamente.

–Esta casa ainda é minha. Se quiserem conversar mais saiam vocês. - ele disse sentando na poltrona à nossa frente.

–Pelo amor de Deus, Atrus...-tentei falar

–Não Dantes. -ela interrompeu - Quer saber? Ele tem razão. A casa é dele, é melhor irmos para fora.. - ela me puxou e fomos para fora.

Atrus tentou levantar e nos impedir, mas a Trice bateu a porta na cara dele.

–Você tá bem ? -perguntei

–Estou. Vamos andar ? -ela me disse estendendo a mão pra mim.

–Vamos. -aceitei a mão e andamos de mão dadas.