Simplesmente Escolha escrita por Ju


Capítulo 31
Eu não sei!


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeey meus amores ! Desculpem! Mas aqui está!! não me matem pelo jeito que ele acaba! Mas o próximo?? Festinha! E SE DER AMANHÃ MESMO!!
Beijo :3



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Eu estava suando. Giovane não estava muito melhor, porém não respirava com tanta dificuldade quanto eu. De algum modo, ele aprimorou ( e muito) suas técnicas de combate. Não era páreo para ele, mas foi divertido.

Não treinamos no chão, que era muito gelado e... bem, meu vestido. Depois de esquivas, chaves de braço, ganchos.. O abrigo foi aberto.

—Ah! Senhorita America! Salva pelo gongo! - Giovane disse colocando seu paletó cinza.

Percebi os guardas reprimirem sorrisos. Resolvi responder a altura e do meu jeito.. Me virei de frente para Giovane, e dei o melhor de meus socos... Parei a poucos centímetros de seu nariz.

—Calma gente! Só uma pequena demonstração de amizade. - Fui em direção a saída.- E você queridinho.. - Apontei meu dedo indicador com a minha unha bem feita com a cor azul claro, para Giovane.- Da próxima vez, espere o gongo soar, de verdade..

Dessa vez, a meia dúzia de guardas explodiu em risadas e murmúrios. Sorri e virei para trás. Dando uma piscadela, vi um Giovane vermelho e boquiaberto. Fui pelo corredor cantarolando.

Sorria lembrando a cada golpe novo aprendido. Até que... cheguei as escadas...

A carnificina era incrivelmente inacreditável e lamentável. Por todos os lados me dava dor no peito. Rebeldes mortos com espadas no peito, guardas jogados pelos degraus.

Quando atravessei as escadas e cheguei ao meu quarto, quis gritar quando vi alguém pular da sacada. Não consegui. Quis correr para ver algo esparramado lá embaixo, não consegui.

Segui para a sacada, olhando para cima. Quando vi movimentação no jardim, tomei coragem. Olhei, mas vi apenas empregados limpando, pessoas sendo retiradas em macas.. mortas! Não aguentei, me virei e fui em direção ao quarto. Mas antes...

Passei a mão pela sacada, para me recuperar, então senti. Um material liso, perfeito. Segurei por alguns segundos, de olhos fechados. Quando tive certeza que não estava imaginando, olhei. Um envelope preto, sem identificação estava ali em minhas mãos. O abri, sem mais ou menos. Aquilo não estava ali por acaso.

"Princesa America.

Onde está a menina de Carolina?

Eu acreditava nela."

—Mas que diabos.. - Consegui dizer antes de uma folha amarelada cair do envelope.

#POV GIOVANE

Meu encontro com o idiota de Albert não me ajudou. Se eu pudesse contar a America quem era ele..

Os dias passaram rápidos, demais até. America se tornou distante. Viva em seu mundo. Nunca estava fora de seu quarto. Quando necessário (refeições, por exemplo), ficava cabisbaixa.

Tinha tanto medo que isso se atribuísse ao passado não contado...

***

Certa noite resolvi fazer uma visita a America. Achava que ela estaria dormindo. Mas não, ela sempre tem que me surpreender.

—Quem é? - Perguntou, America na defensiva.

—O monstro da noite.. - Falei rindo.

—E esse monstro tem nome? - Retrucou.

—Giovane lindo, divo e adorável, seria um nome apropriado.

—Cale a boca Giovane!

Me atirando uma almofada, acendeu a luminária perto de sua cama. Então vi o violão e o caderno em seu colo. Vestia um pijama nada chique, calças moletom e uma blusa de alça branca. Por Deus como ela era linda!

Largou o violão e se levantou.

—O que faz aqui? - Falou prendendo os cabelos desarrumados. Dei de ombros. - Venha então.

A segui para a sacada. America sentou no muro da sacada, olhou para baixo e suspirou. Fui bem treinado para interpretar as emoções dos outros. é preciso quando se tem um adversário a frente com alguma arma, é preciso saber se ele terá coragem para te matar.

Depois de alguns minutos de silencio.

—O que está acontecendo? - Indaguei.

America me olhou e vi seus olhos cintilarem de dor e desespero. Depois de mais algum tempo ela finalmente disse:

—EU NÃO SEI! ESSA É A DROGA DO MEU PROBLEMA! Ouço os murmúrios do castelo, sei o que dizem de Daphane e Maxon! Medo me atinge!

—Medo?

—Vi um HOMEM MORRER NA MINHA FRENTE! NÃO SEI, QUÃO SEGURA ESTÁ MINHA FAMÍLIA! - Ela percebeu que estava gritando e se interrompeu. -  O homem que eu amo está "ocupado" E aquele maldito enve..

Não ouvi mais nada além do : "O homem que eu amo". Explodi de raiva.

—SEMPRE MAXON! ESSE CARA! COMO VOCÊ PODE AMA-LO??

—EU NÃO SEI! Essa é a causa de tudo! Eu.. - As lágrimas cortavam suas palavras. - Eu não tenho uma explicação racional! É amor! Eu não posso mudar!

Mas eu ouvi minha raiva de novo.

—Pois devia! - Retruquei.

—Aaaaargh! - Ela bufou. Saiu e foi para a porta da sacada. Mas fui mais rápido, e a puxei pelo pulso. Ela me olhou surpresa.

—Desculpe! Eu me sinto culpado, por que também não sei! - Fitei o chão e larguei seus pulsos.

—Ei tá tudo bem! Só venha... - Falou pegando em minha mão e esfregando suas lágrimas com a outra.

Na sacada novamente, America me perguntou:

— O que vê? 

—Estrelas?

— Não, ali mais distante.

—Aaaah "A estrela" !— Falei brincando.. Ganhei um tapa por isso. Mas ri, estava grato pela tensão da "briga" ter ido embora.

—Não idiota! Aquela é a estrela da América!

—Primeiro: Ai! - Falei sacudindo o braço que recebera o tapa. - Segundo: Ok. Me perdoe estrela da América, eu a vejo. - Fiz uma reverencia, fazendo America revirar os olhos.

—Oooh é isso!

Então America correu e pegou seu violão. Sentou-se no muro da sacada e cantou.

"So open your eyes and see

The way our horizons meet

And all of the lights will lead

Into the night with me

And I know the skies will bleed

But both of our hearts believe

All of the stars will guide us home

I can see the stars from América"

—Bem isso foi maravilhoso! - Falei maravilhado.

— Obrigada. Faltava só o final. Sabe comecei a compor de novo..

—Você vai cantar na nossa festa certo? Sabe, faltam 3 dias..

—Nem me lembre! Mais uma coisa que eu..

—Não sei.. - Falamos juntos. E sorrimos.

***

Já no corredor de meu quarto, sentia que algo crescia dentro de mim. Mas como felicidade dura pouco... Maxon estava na frente do meu quarto.

—Rápido! - Falei sem paciência. Poxa, que cara chato.

—Bem Giovane. Sei onde você estava! Não quero mais você com ela! America será minha mulher! .. Custe o que custar!!

—Ora, ora... isso é uma ameaça?

Maxon, deu de ombros.

—Entenda como quiser... Uma ameaça, proposta, desafio... Mas saiba que é a verdade! - E saiu caminhando com as mãos nos bolsos.

***

Não consegui dormir de jeito nenhum! Levantei... Não incomodaria America, não a essa hora.

—Sam?

Foi difícil convencer os guardas! E como! Mas lá estava eu, no abrigo de Samanta.

—O que quer? - Foi sua resposta, fria. Não a culpo. Nossa última conversa não foi agradável, e eu não voltei.

—Bem, você está bem?

—Não! Pode sair agora?

—Não.

Ela bufou. Eu sorri.

—Bem, como vai a vida aqui embaixo? - Perguntei.

—Melhor que a de cima. Pelo menos aqui eu sou eu mesma.

—Nossa essa doeu.

—Dou o meu melhor. - Cínica.

—Parabéns está conseguindo. - Devolvi no mesmo tom.

—E a ruivinha?

—Quem? America? Bem..

—ÓTIMO! E os rumores de você ser visto sair do quarto dela hoje?

—Ciúmes doce Sam?

—Não me faça rir Giovane. Mas ela nem imagina quem é você! E America seria a escolha mais sensata para Maxon. Você sabe!

—Não gosto do óbvio.

—Também disse isso antes de deixar o desenho na janela da ruivinha?

Minha ficha caiu em segundos. Samanta sabia. Minha expressão me denunciou. Pois ela continuou.

—Sim eu sei! Não, não da história toda, acho que só você sabe dela! Você que a viveu. Mas sei muito mais do que você imagina!

—Você não deveria saber! Meu passado é meu! Eu o mudei!

—E é ai que você se engana! Seu passado tem haver com todos! Você sabe Giovane! Não seja criança! Assuma seus atos. Agora eu fico me perguntando: Giovane, você terá coragem de contar a doce America que você é um rebelde nortista? Não, não melhor: Que já foi um sulista?


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Notas finais do capítulo

Quem deve morrer??

Beijo :3