Simplesmente Escolha escrita por Ju


Capítulo 23
Escolhas.


Notas iniciais do capítulo

Tortas de morangos há todos voltei! :3

Saudades de minha pessoa? Bom eu estava. :)

#Nyah!Bugado, já estava em abstinência, e vocês? Bom espero que não aconteça de novo.

Iai já leram A Escolha?
Pra quem leu: Iai?? Ficaram desesperadas como eu?
Pra quem não leu: Se prepare!

Até qualquer hora :) :3 :)



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—Meninas! Lembrem-se: Vocês são A Elite! Comportamento é fundamental.

Era vigésima vez que Silva falava isso, em menos de 30 minutos. E toda vez, eu tentava ao máximo endireitar minha postura, cabelo...

As famílias reais da França e Itália estavam chegando. Todos, por ordem do rei, deviríamos estar há frente do castelo para sua recepção.

Maxon estava na melhor discrição nervoso, na pior frustrado. Me dirigiu o olhar apenas quando deu "Bom dia", as meninas da Elite.

Giovane estava como de costume. Como "Bom dia", me deu uma piscadela.

Já o rei me dirigia um olhar de.. Advertência. Como se dissesse "Comportasse ou então..."

Elsie me deu uma leve cutucada nas costelas, e direcionou (muito levemente) a cabeça em direção as portões do palácio.

Chegaram.

[...]

Depois de muitas boas vindas entre a realeza, Nicolleta veio nos cumprimentar. Celeste, Kriss e Elsie ganharam comprimentos formais. Enquanto eu, bem.. Recebi um longo, apertado e demorado abraço.

—America! Querida!

—Nicolleta.

—Estava com tanta saudades sua!

—Eu também! E Orabela e Noemi? - Perguntei, olhando em volta para ver se encontrava-as.

—Minhas primas mandam beijos e abraços, mas infelizmente não puderam vir.

—Que pena. Mas você está aqui e isso é o que..

Parei de falar, assim que vi as meninas ao meu lado fazendo reverencias. Imitei o gesto, por mais que eu não soubesse para que isso..

—Daphane! Venha aqui. - Nicolleta chamou-a. Até aquele momento eu já havia juntado os pontos. Aquela sem dúvida alguma, era a princesa da França. Ela fez o mesmo que Nicolleta. E por mais incrível que pareça, ganhei outro abraço.

—Podemos ser melhores amigas ou piores inimigas. - Seu sussurro foi quase inaudível, mas eu ouvi e a princesa Daphane sabia disso. Sem resposta alguma, ela tirou os braços de meu redor e postou-se ao lado de Nicolleta.

#POV GIOVANE

—Você sabe que eu vou tira-la daqui! Não discuta.

—Não preciso da sua ajuda!

Samanta sempre foi esperta, e sabia que não tinha chance de sair do castelo sem a minha ajuda.

—Tá legal! - Disse dando um sorriso amargo e levantando as mãos em forma de rendição.

—Ótimo! - Samanta respondeu, cruzando os braços ao peito.

—Sam..

Havia liberado os guardas para o corredor, com a desculpa de interrogar melhor com privacidade.

—Você nem imagina..

—Samanta. Você pode me contar.

—Foi horrível!

—Assim você não ajuda.

—Giovane! Por favor..

—Por favor digo eu! Sam, temos pouco tempo, e tira-la daqui não vai ser fácil..

—Giovane! Quando você... Quando você.. Saiu veio pra cá, os guardas voltaram. - Ela gaguejava, parecia escolher as palavras em meio ao seu sofrimento. - O fogo! AS CRIANÇAS!! - Vi os guardas espiando a porta. - E você ? Estava aqui! Nesse luxo!

Lágrimas de raiva e de pura dor escaparam de meu olhos. Ela tinha razão.

— Você acha que eu prefiro isso - Abri os braços e indiquei toda a sala - Tudo aqui? Ora Samanta você não me conhece! Achei que era o único jeito!

—Com você é sempre assim não? SEMPRE há um único jeito! Pois bem, onde estava você quando os nortistas mais precisaram? Onde estava esse seu "único jeito"?

Seus sussurros eram piores que mil gritos. Agora quem derrama lágrimas teimosas era Samanta, que esfregava todas na bochecha. Não aguentei, acabei abraçando-a. Era arriscado demais? Sim. Mas ver a pessoa que você sempre foi apaixonado sofrer não é uma opção.

—Shhh.. - Esfreguei o queixo em seus cabelos. - Sam eu vou dar um jeito. Eu prometo ok?

—Você.. Você também prometeu voltar. - Ela retrucou se afastando. Me recompus o melhor que pude. Senti cada palavra sua rasgar minha garganta.

—Que seja. Mas.. - Sacudi a cabeça. Me aproximei com cuidado e certo receio. Beijei sua testa e me encaminhei para porta.. - Eu prometo.

 Sai.

***

Nicolleta , princesa da Itália, parecia me conhecer há anos. Durante nosso abraço, imaginei o acampamento em chamas, pessoas gritando, crianças correndo sem rumo há procura de seus pais (que poderiam estar mortos), tentando de alguma forma inútil de se proteger.

#POV AMERICA.

— QUE ÓTIMO!! - Nicolleta gritou. Atraindo há atenção de todos há mesa do almoço. - Teremos aniversário!

—Com toda certeza princesa Nicolleta. - O rei afirmou. - Giovane fará 19 anos e merec..

—Não! Rei Clarckson, me desculpe, mas me refiro ao aniversário da senhorita America.

O ar da sala pareceu sumir. A expressão do rei foi um olhar gélido, mas manteve certo tom de voz indiferente e calmo.

—Princesa Nicolleta, entendendo que se de bem com a senhorita.. America - O modo como ele praticamente cuspiu meu nome, me deu repulsa. - Mas ela é uma mera selecionada. Giovane é um príncipe!

—Senhor entendo seu ponto de vista. Mas America acima de tudo és minha amiga! E merece tanto quanto o príncipe Giovane uma festa!

O silencio que seguiu.

—Acho uma maravilhosa ideia! - Daphane se pronunciou pela primeira vez, me surpreendendo.

Cadê aquela frase de "piores inimigas?" - Pensei.

—Pois bem. Senhorita America, terá sua festa. 

—Já que faremos aniversário no mesmo dia acho que.. - Giovane foi interrompido.

—Se o rei permitir. - Nicolleta irradiava felicidade.

—Como acharem melhor. - O rei não gostou, o que me deixava temerosa e satisfeita. - Amberly? Creio que as princesas descansaram, depois da exaustiva viagem. Com licença.

Estávamos nos retirando. Com a tarde livre iria a biblioteca, Silvia não daria aulas enquanto as famílias da França e Itália estivessem aqui.

—Senhorita America.

Olhei para trás e fiz uma breve reverencia.

—Princesa Daphane.

—Gostaria de conversar com você, no jardim.

Busquei o olhar de alguém. Para algum tipo de incentivo, confiança. Não conhecia a princesa Daphane, tão pouco suas intenções. Maxon fitava o chão, pensativo. Nicolleta e Giovane estava conversando em um sofá e não repararam em mim. Respirei fundo e acendi.

***

Caminhamos em silencio ao jardim. A princesa, continuava com as mãos nas costas desde nossa saída pelas portas do castelo. Poderia jurar que escondia algo..

—Sabe esse lugar me traz boas recordações.

Fiquei em silencio.

—Momentos com Maxon.. - Gelei.

"Momentos com Maxon"? Certas coisas estavam fazendo sentido agora, como por que Maxon estava nervoso. Mas não eram conclusões precipitadas?

—Senhorita America.

—America, por favor.

—Daphane então, sim. Bem minha intenções em Illea são as melhores possíveis. Vejo que Maxon está um pouco confuso. Conheço-o muito bem. - O jeito como ela deixou a frase no ar me deu certa angústia. - Me perdoe se não estou sendo clara. Sugiro que se afaste de Maxon. Para o bem de todos.

Fiquei em silencio absorvendo. Bem de todos? O que Daphane faria para acabar com o bem de todos? O que ela seria capaz de fazer para ter aquilo que queria? Acho que fiquei em silencio tempo demais.

—Então? - Daphane me perguntou, com certa impaciência na voz.

—Não! - Tentei parecer convicta.

—Pois bem. Acho que já fez sua escolha. - Então seu sussurro volto em minha mente.

"Podemos ser melhores amigas ou piores inimigas."

E sem mais uma palavra Daphane começou a pegar o caminho de volta para o castelo.

Mas.. Parou e deu meia volta. Atirando aos meus pés - O que ela manteve escondido nas mãos, uma prova concreta de que não éramos amigas - Uma revista repleta de fotos do dia anterior. Mas com a capa desejada a aquela foto minha no colo de Giovane, mais especificamente no momento que nossos olhos se encontraram.

—Divirta-se. - Daphane vendo que conseguirá me abalar (satisfeita com isso) ainda assim disse:

—O olhar, é um dos espelhos mais perigosos que existe. 

E assim saiu. Deixando a revista ali.

Não tinha coragem de voltar ao quarto e encontrar Anne, Mary e Lucy entusiasmadas com meu aniversário. Nem andar por ai e esbarrar no rei, em Maxon, Nicolleta, Daphane ou .. Aspen. Não agora.

Respirei fundo e abri a revista. Em uma página com opiniões dos leitores, sobre certas fotos.

"Tenho muitos palpites, mas nenhum deles é tão certo de que: A senhorita America Singer tem um futuro na realeza"

Virginia Lanques. Casta: 2. Quinze anos.

Referente a uma foto minha com Maxon e Giovane no banco-balanço.

"Nossa essas meninas estão cada vez mais lindas! Sem dúvida as próximas princesas serão as melhores! "

Lila Owsten. Casta: 3. Vinte e um anos.

Referente a uma foto de todas da Elite.

Mas o que mais me impressionou e emocionou, era que com simples fotos, eu havia ganhado certa popularidade e com isso torcida.

As pessoas acreditavam em mim. E pela primeira vez, de verdade, eu sabia que era capaz de qualquer coisa.

Continuei folheando a revista e parei em certa página inusitada. Continha uma ficha completa de todas as meninas que permaneciam no castelo. Li uma a uma, até chegar a minha vez..

"America Singer.

Antiga casta: 5. Trabalhava com música.

Meiga, confusa, determinada se supera a cada nova etapa da competição.

Tem atraído olhares de todo o país. E suspiros de inúmeros homens. Por que não nessa lista, nossos queridos príncipes? Isso não posso afirmar. Mas, fontes diretamente do castelo afirmam que a senhorita America tem certa "amizade especial'' com ambos.

Seu jeito de ser há fazem única! Pode vir a ser tornar princesa - afinal está na Elite - mas essa, "essência America", não desaparecera tão fácil.

Senhorita America, ainda se mostra muito menina, mas seria simplesmente uma honra ser sua súdita.

Se não vir a se tornar princesa, creio com toda convicção que lembrarei dela como: A menina que acreditou, que acredita e que continuara acreditando, que é possível construir um mundo melhor com pequenos atos.

Natalie Lancato.


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Notas finais do capítulo

Até mais



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