Keep Calm and Try to not Kill Him escrita por ApplePie


Capítulo 4
Capítulo 3 - Virando o Papai Noel


Notas iniciais do capítulo

Hey muchachas(os), quero agradecer à “Beatlejuice” e “Duda Wolff” por terem favoritado minha história *--* aqui está o terceiro capítulo, as coisas ficarão mais engraçadas entre eles a partir do próximo capítulo porque a “zueira never ends” e porque Jake mexeu com o fogo ao fazer aquela pegadinha com a nossa Angeles,
I hope you enjoy,
Kissus



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Angeles NightWalker

Eu acordei sentindo alguma coisa estranha no meu rosto. Eu levanto num pulo e corro até o banheiro estilo século XIX. Quero dizer, a faculdade inteira era naquele estilo. O edifício parecia um castelo, pois era enorme e bem antigo. Tudo era sofisticado e bem limpo (os alunos eram obrigados em manter tudo em ordem).

Fui até a pia de mármore para me olhar no espelho. E eu me assusto. Eu tinha virado o Papai Noel.

Tinha chantilly espalhado pelo meu rosto inteiro, parecendo uma barba gigante. Não, não era como a de Dumbledore porque ele tem estilo, eu não. Então era como o Papai Noel mesmo. Respirei fundo, uma, duas vezes, três...

É, não dá.

— JAKE DARKSHADOW — gritei com toda a minha força.

Ele estava dormindo calmamente na cama, e eu percebi que, com meu grito, ele se levantou num pulo e quase caiu da cama.

— Sim? — ele perguntou.

— Quero saber como esse chantilly todo veio parar na minha cara e porquê.

— Bem — ele sorriu ironicamente — como é meio óbvio e porquê mais ainda.

Eu fuzilei ele com o olhar. Isso com certeza iria ter volta. Ele começou a rir estericamente.

— Cara, não pensei que fosse ficar tão engraçado assim, mas tá muito engraçado — ele disse em meio as gargalhadas — você com certeza...Parece...Uma miniatura do Papai Noel.

Ignorando ele completamente, lavo meu rosto e volto rapidamente ao meu guarda-roupa para escolher uma roupa e depois de pegar minha nécessaire, voltei ao banheiro e tranquei a porta. Depois de ter tomado um longo e relaxante banho e ter colocado meu jeans e uma camiseta dos Avengers, calcei meu vans preto e penteei minha cabeleira preta.

Eu precisava de um plano para me vingar de Jake. E de doce. Porque doce é vida.

Peguei meu caderno de desenhos, fazia um bom tempo que eu não desenhava. E segui para o refeitório, comer alguma coisa. Mandei uma mensagem para Allan avisando aonde eu estava e andei rapidamente pelos corredores.

O refeitório era muito grande, afinal ele tinha que suportar muitos alunos, mesmo que a maioria use a sua mini cozinha. Eu só tinha ido lá uma vez, quando Allan queria um frapuccino e eu queria sorvete.

Uma parte dele era ao ar livre, mas o resto era tudo fechado. Tinha vários estabelecimentos de comida. Eu peguei um cookie e uma água e comecei a desenhar uma imagem que eu havia salvado no meu celular.

Eu não conseguia desenhar algo em movimento ou algo que eu nunca tinha visto. Eu apenas copiava as imagens da forma como eu via, então acabava ficando um pouco diferente do original, mas não tão diferente para ser chamado de outra imagem.

Alguns minutos se passaram e Allan veio me encontrar na mesa. Ele pediu um café e sentou-se na minha frente.

— Você parecia brava, o que foi?

— O idiota do Jake fez uma pegadinha comigo, mas vai ter volta. Com certeza.

— Sabe, Angeles, você deveria se preocupar com outras coisas.

Eu tirei os olhos do desenho para fitar Allan. Ele estava de jeans e vans também, mas estava usando uma blusa preta com alguns desenhos cinza. Arqueei uma sobrancelha.

— Como o que?

— Como em parecer uma menina. Qual é, Angeles, você se veste igual a um menino. Se não fosse pela sua cara e jeito angelicais e delicados, você seria facilmente confundido com um.

— Isso não é ver...

— Quando foi a última vez que você tentou se arrumar para algum menino.

— Sei lá, Allan, coisas do passado deveriam ficar no passado e também, isso não importa. Não preciso gostar de algum garoto para querer me arrumar.

— Então por que não se arruma?

— Por que me arrumar?! Quero dizer, não tem sentido nenhum isso, eu não ligo e ponto. Não quero ficar me mostrando para as outras pessoas, eu já chamo atenção com meu jeito, imagine se eu quisesse chamar a atenção, eu ficaria pior que um pavão.

Allan suspirou revoltado.

— Tudo bem, eu só queria que você arrumasse alguém. O que eu quero dizer é que não tem problema nenhum em gostar de alguém. Você nunca foi a mesma, não depois do...

— Allan — falei firme, mostrando que ele estava no limite — já chega.

Ele se desculpou, ele sabia que eu odiava falar sobre ele. Mudamos de assunto sobre os nossos cursos. Eu quase estava sem aulas porque a primeira semana era mais para conhecer os professores, ter uma introdução na matéria etc... Allan me falou que Amanda (sua colega de quarto) estava juntando dinheiro para comprar um computador melhor, afinal ela cursava animação que utiliza muitos programas.

Ficamos batendo papo um pouco mais e depois eu me despedi. Queria passar na biblioteca da faculdade.

Andei pelo campus que era todo aberto. Era realmente lindo o inverno aqui. Não estava nevando, parou de nevar no meio de janeiro, e já estávamos quase em fevereiro. Havia pessoas sentadas nos banquinhos pretos perto ou debaixo das árvores. Os jardins eram muito bem cuidados e muitas das flores eram geneticamente modificadas para aguentarem o grande frio, então sempre tinha flores espalhadas pelo local.

Quando cheguei na biblioteca, separei meu cartão de estudante e fui em direção aos livros preferidos. Eu estava com um humor péssimo, então eu queria horror. Edgar Allan Poe veio em minha mente, com seus contos de terror e eu fui para a sessão de clássicos.

Eu estava escolhendo os livros, quando trombei com um aluno mais ou menos do tamanho de Allan. Eu, como sou pouco desastrada, cai de bunda no chão.

— Ouch, me desculpe.

O menino parou para me olhar. Eu quase não consegui ver seu rosto direito porque ele estava todo de preto e encapuzado, mas vi que tinha olhos azuis claros, como os meus, e uma mecha do seu cabelo que estava quase entre seus olhos mostrou que ele era loiro.

— Não, não, foi minha culpa, eu que deveria me desculpar — ele falou com uma voz baixa, como se pensasse que eu ia bater nele.

— Não se preocupe, eu também fui culpada — disse, me levantando. Ele desviou seus olhos de mim. Percebi que ele estava com dois livros na mão. “O retrato de Dorian Gray” e “O Perfume”. Clássicos bem legais também.

— Está na dúvida? — perguntei animada, pois eu adorava falar sobre livros que li.

Ele apenas balançou a cabeça, assentindo timidamente.

— Se você quer uma história mais profunda, que há ambos os lados dos pontos de vista e uma história que vai se desenvolvendo o caráter de muitas personagens eu aconselho a ler “O retrato de Dorian Gray”, mas se você se liga apenas para o ponto de vista de um assassino e quer saber como ele vai obter sucesso no que ele busca, uma história com uma visão filosófica mais complexa e não ligando muito para um final trágico ou não, eu indico “O Perfume”.

Ele sorriu timidamente em agradecimento.

— A propósito, sou Angeles.

— Vincent — ele disse com a voz um pouco mais alta, mas mesmo assim suave.

— Prazer — disse, ainda sorrindo, e pegando o livro “Poe” eu fui em direção a bibliotecária. Ela era uma gordinha simpática, se chamava Crystal e adorava falar sobre suas histórias da faculdade e sobre os livros que lia. Eu sempre vinha visitá-la, mesmo que para conversar.

Depois de conversar um pouco com ela, saí em direção ao dormitório. Eu precisava fazer uma pesquisa pequena de faculdade e não seria um Jake-mais-conhecido-como-Lúcifer que iria me impedir.

Graças ao bom senhor, ele não estava no quarto quando eu cheguei, mas a TV estava ligada, então eu fui até lá desligá-la. Por mais que o equipamento fosse sofisticado e novo, a mobília também parecia antiga. Tinha um candelabro bem pequeno, mas que tinha uma ótima iluminação, o sofá era branco assim como as paredes, e a cor da mobília alternava entre tons de marrom e dourado. Tudo combinava e se encaixava perfeitamente. Mas como eu já havia dito, nada era tão grande, afinal, era um dormitório imenso, mas ainda sim era um dormitório.

Eu me sentia como uma Lady, era bem engraçado. Allan me ligou, falando que queria jantar fora e que tinha notícias boas para me dar. Ele falou para eu me arrumar decentemente.

Eu não me arrumo mal.

Tão mal assim.

Eu acho...

Depois de me arrumar decido tirar do fundo de uma das minhas caixas, maquiagem. Eu não sabia me maquiar direito, então apenas passo lápis, rímel, base ( que Allan brincava que era tom “Branco -2” ) e gloss sabor framboesa. Nunca fui de passar batom porque Allan sempre dissera que meus lábios, devido à palidez do meu corpo, sempre foram rosados naturalmente, e ele dizia que era fofo.

Ser fofo é parecer um fantasma com lábios rosados. Tô sabendo...

Coloquei uma calça preta, um casaco daqueles grandes de botões branco, e uma bota preta que eu havia ganhado num Natal de um tio. Coloco um brinco que é uma pérola e saí para o campus onde Allan tinha me pedido para encontrá-lo.

Ele tinha um New Bilton prata que eu sempre achei muito fofo.

— Não acredito que você ainda não tirou sua carta, Angel.

— Eu sei, eu sei. É só que... Eu não gosto da ideia de dirigir, acho que vou atropelar alguém...

Ficamos conversando, eu contei sobre o garoto que eu encontrei na biblioteca. E ele me contou que falou com professores de muitas áreas.

— Um deles era de música, e eu perguntei se alunos que não eram de música poderiam usar algum instrumento. Ele disse que era só você falar com ele que ele iria deixar você tocar piano.

Essa ideia me empolga. Fazia um tempo que eu não tocava piano e eu não queria perder a prática porque eu amava tocar. Continuamos conversando e chegamos ao restaurante.

Ele era bem bonito, ele tinha uma parte ao ar livre, mas como estava frio, decidimos ficar dentro. Eu estava louca para comer batatas recheadas. Allan sempre dizia que eu iria me dar bem na Inglaterra, pois eu amava muitos pratos típicos de lá (principalmente torta de maçã), mas muitas pessoas achavam que não, pois eu não gostava muito de chá, sempre preferi café.

Dentro do restaurante bem iluminado, Allan estava conversando com o garçom quando eu vi pelo canto do olho um grupo de pessoas no qual reconheci Ash e... Jake?!

Sorri maldosamente pensando se eu já deveria pensar em alguma coisa para se fazer. Eu cutuquei Al.

— Hey, Al, olha quem está ali.

— Wow, são Ash, Jake, Amanda e Helen — olhei em choque para ele.

— Você conhece bastante gente, né?

— Helen sempre vem visitar a Amanda e bem, eu não sou anti-social como você, Angel.

Fiz bico, mas não falei nada para me defender. Apenas mudei de assunto.

— Vamos falar com eles? — perguntei, na esperança de fazer Jake sofrer.

— Claro!

Chegamos perto deles, eles apenas tinham bebidas na mesa, então poderíamos sentar juntos sem sermos mal-educados. Allan já chegou conversando com todo mundo, eu me apresentei a Amanda e Helen. E cumprimentei Ash. Meus olhos se encontraram o de Jake, mas não falei nada e vice-versa.

Na hora, eles (tirando Jake, é claro) falaram que queriam que nós ficássemos com eles. Ash estava sentado ao lado de Amanda e havia uma cadeira vazia da qual Allan fez uso. No outro lado, Helen estava na ponta com Jake ao seu lado. Havia uma cadeira vazia ao lado dele da qual eu me sentei.

Começamos a conversar, eu não pude deixar de sorrir maquiavelicamente ao pensar quão agitada e longa aquela noite seria.


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Notas finais do capítulo

Desculpem-me por ter postado só agora, eu estava meio ocupada hoje. O próximo capítulo virá na segunda ou na terça, ainda não sei, vou começar a escrevê-lo no domingo. Um bom fim de semana para vocês,
Byebye