Keep Calm and Try to not Kill Him escrita por ApplePie


Capítulo 20
Capítulo 17 - Paneladas depois de um desabafo


Notas iniciais do capítulo

Heeyy muchachas! Como prometido, cá estou.
Quero me desculpar quanto à atualização da história, pois o próximo capítulo só poderei postar na quarta-feira. Isso porque minha internet está uma bosta e eu não consigo nem usar o google direito (tamanho desespero) e minha mãe decidiu então trocar de internet, mas isso só acontecerá na terça. Então só postarei na quarta, sorry.
E quero dizer Bem-vindas às novas pessoas que, segundo o gerenciador de histórias, estão acompanhando minha fic =)
I hope you enjoy,
Kissus



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Jake DarkShadow

Eu estava congelado. Eu não sabia o que dizer. Como começar a contar minha história?

Olhei de novo para Angeles. Seus olhos estavam um pouco inchados por causa do choro e eu senti vontade de me chutar. Mas por mais que ela estivesse nesse estado de tristeza, ela não se deixava abalar. Seus olhos só demonstravam raiva.

— Olha — comecei dizendo, enquanto levantava as mãos num sinal de que não queria nada ofensivo — é uma longa história...

— Eu tenho tempo — ela disse friamente.

—... Mas primeiramente eu preciso me desculpar.

Ela não falou nada, o que me pareceu ser um incentivo para eu continuar.

— Me desculpe, Angeles. Eu perdi a cabeça sendo que você não tinha nada a ver com minha vida...

— Então, o que você está querendo dizer é que eu não tenho nada a ver com a sua vida, tipo... Não faço parte dela...

Oh, Deus. Porque eu escolhi justo ESSAS palavras?

— NÃO, NÃO, ANGELES. Você não está entendendo — eu disse suspirando.

Sentei no sofá e mexi no meu cabelo.

— O que eu quero dizer, é que os problemas que estou enfrentando fizeram com que eu acabasse sendo um completo babaca, e eu peço desculpas por isso. Até fiz você chorar...

Ela soltou uma risada de desdém.

— Quem disse que eu estava chorando?

— Seu rosto está vermelho e inchado, Angel — sussurrou Ash.

Angeles corou e fuzilou Ash com o olhar.

— E eu vou embora — ele disse mantendo uma certa distância da baixinha raivosa.

— Tudo bem, Jake. Sim, você me machucou bastante, mas sei que tem seus motivos. Aceitarei suas desculpas quando ouví-los — ela disse sentando-se também no sofá.

— Okay, bem... Meu sobrenome, como você sabe é DarkShadow.

— Não, sério? — ela disse sarcasticamente.

— Deixa eu terminar, criatura — eu disse sobre os dentes.

— Eu sou filho de Milena Cornel e Dylan DarkShadow. Minha mãe é modelo e meu pai é dono de uma das maiores empresas de equipamentos biomédicos do planeta.

— Por isso você faz medicina?

Assenti com a cabeça, olhando para minhas mãos. Não conseguia olhar para ela.

— Meus pais são muito ocupados. Sempre fui cuidado por meus avós. Os quais me ensinaram a tocar violino e violoncelo. Me incentivaram a ler e a compor músicas. Até que um acidente de carro aconteceu, meus avós acabaram morrendo e eu fui morar com meus pais. Sempre viajando, quase nunca tendo nenhum amigo... Com a exceção de Ash.

Tomei mais um fôlego.

— Eu consegui passar nessa faculdade, com bolsa e vim para cá. Meus pais ainda estão viajando, mas meu pai está muito doente. Então ele decidiu que já é hora de eu tomar seu lugar como proprietário da empresa.

— E... O que tem a ver com sua mudança de comportamento?

— Eu recebi uma ligação deles a pouco tempo da minha mãe — eu disse mais baixo — eles querem que eu pegue um navio e vá para os EUA imediatamente, para eu terminar a faculdade lá enquanto aprendo a gerenciar a empresa. Eu só tenho mais sete dias.

Soltei uma risada amarga.

— Sabe, nunca me dei bem com a minha mãe. Meu pai, por mais que praticamente me obrigou a fazer medicina, sempre foi bom comigo, sempre foi um pai, mas minha mãe nunca ligou, foi como se ela apenas me pariu para eu me tornar algo que a família quer.

Olhei para Angeles.

— Eu fui mal com você porque queria que você me odiasse. Seria muito mais fácil se você me odiasse. Eu não sentiria dor ao dar adeus porque afinal, sempre acho um jeito de falar com Ash e bem... Ash vem de uma família tão rica quanto a minha. Não é exatamente um problema para ele ir até EUA e voltar. Eu não ligaria de deixar tudo isso para trás, mas eu tenho você. Uma garota extremamente baixinha e irritante que vive comigo e dividi muita coisa comigo. Você é uma pessoa muito especial, Angeles, não posso esquecer você e muito menos odiar você, então eu decidi que faria você me odiar.

Olhei de novo para onde ela estava sentada.

Estava?

— Chi? Onde diabos você...

Algo me atingiu.

Olhei para trás e vi que Angeles carregava uma panela.

Sério?

— Hey — disse, tentando fugir da mania assassina dela — por que isso?

— SEU IDIOTA! FILHO DE UMA MÃE! ONDE — panelada — VOCÊ — panelada — ESTAVA COM A CABEÇA?

— Você havia bebido? “Vou fazer Angeles me odiar” — ela disse imitando uma voz extremamente estranha e grossa — Mas que porra, Jake? E minha opinião sobre esse assunto? Você definitivamente não tem o direito de fazer isso!

Ela levantou a mão de novo e achei que ela ia me acertar.

Só depois percebi que ela estava me abraçando.

— Eu NUNCA deixaria você se livrar de mim logo depois de me fazer passar por esse inferno todo!

Seu abraço era aconchegante, seu corpo era delicado, mas não frágil como uma porcelana. Percebi que era exatamente como Angeles era: frágil, mas ao mesmo tempo forte.

Não pude deixar de dar um meio sorriso.

Angeles NightWalker

Eu não sabia o que dizer.

Era como se eu fosse uma daquelas pessoas quando eu contava minha história.

As pessoas nunca foram capazes de me consolar. E eu percebi que não era consolo que Jake precisava. Assim como eu.

Era de um incentivo.

Uma prova de que, não importa o quão chato ele fosse, ele nunca iria se livrar de mim.

Eu não podia abandoná-lo assim. Eu sabia bem o que era precisar ser a filha perfeita e sempre quis atender aos desejos de meus pais até um ano atrás. Essa mesma época que foi para mim, será para Jake.

Sete dias.

Me livrando dos braços de Jake, levantei meu rosto.

— Temos sete dias, certo?

— Certo.

— E seus pais estarão nesse navio, certo?

— Tecnicamente não serão só eles. Haverá muitas outras pessoas. Na maioria colegas de negócios. Meus pais querem que eu já me apresente no navio para os seus amigos.

Assenti, sem dizer nada. Eu precisava de um plano.

Pensa, Angeles, pensa...

— Vamos descobrir alguma coisa até lá, Jake. Não tema!

Ele sorriu tristemente, e assentiu com a cabeça.

— Mas, hey, seus avós parecem que foram pessoas bem legais.

Ele sorriu de verdade.

— Sim, eles eram... Meu avó vivia brigando com a minha avó, no entanto. Era sempre: “Leila, porque você não faz o que eu peço?” ou então “Jeffrey, quantas vezes eu já lhe disse para não deixar sua toalha na cama?”, e assim ia. Mas era bem legal. Meu avó tocava violino e compunha músicas comigo. Minha avó tocava um pouco de violoncelo e era professora de ciências sociais.

Sorri para ele. Dava para perceber o quanto ele os amava.

— Seu pai toca alguma coisa?

— Ele chegou a tocar violino... Mas nunca foi sua paixão. Ele sempre gostou de negócios, tudo para ele é isso.

— Seu pai me parece ser bem frio...

— É e não é. É meio complicado.

— Sua mãe?

Sua expressão endureceu.

— Nunca fui chegado nela. Ela só se importa em quanto bonita ela está ou em etiqueta. Veio de família francesa, mas nunca conheci ninguém daquela parte. Portanto não sei se tenho avós vivos ou tios. Só sei que ela não liga para mim e eu faço a questão de retribuir o favor.

Fui até ele e puxei seu braço.

— Hey, Chi, aonde você está me levando?

— Estou te levando para uma confeitaria?

— E posso saber o porquê disso?

— Porque você, Jake, como ninguém sabe o quanto eu amo doce.

— É, mais porque EU preciso ir junto?

— Porque não a nada melhor que curar dores do que chocolate.

— Na verdade há sim, bebida e mulher.

— Não bebo e não sou lésbica. Não, chocolate é o meu remédio e logo será o seu.

Ele fez uma careta, mas não disse nada.

Seguimos para a confeitaria depois de falar com todo o pessoal, afinal Jake tinha que se explicar para Yuki antes que ela arrancasse o couro dele fora.

Levei na confeitaria de Londres que eu mais gostava.

— Hm... Não sei o que pedir — disse enquanto olhava para o menu.

— Credo, Angeles. São só doces...

— Não são doces. São doces.

Ele revirou os olhos.

— Posso pegar seu pedido? — uma mulher perguntou.

— Sim — disse fechando o menun — dois cupcakes de chocolate por favor.

— Hey, por que pediu para mim?

— Porque você gosta de chocolate.

— E como você sabe disso?

Olhei para ele com um olhar “´sério-mesmo?”.

— Talvez porque eu esteja morando com você faz meses.

Ele não disse nada. E tive que me segurar para não rir disso.

Os cupcakes chegaram.

E nós brindamos com eles.

— Bem-vinda de volta, Angeles — Jake disse com um sorriso brincalhão.

— É bom estar de volta depois de algumas horas — respondi sorrindo de volta.

Sem dizer mais nada, comemos nossos cupcakes.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Triste a história do nosso demoninho, não?
Enttãaao como eu já havia dito, o próximo capítulo deve sair só na quarta.
Até lá,
Byebye



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