Messed up kids escrita por Khaleesi


Capítulo 11
Capítulo 11




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– Você bebeu demais. – Annabeth disse. – É a vodka falando.

– Estou falando sério. Eu não nem como nem quando, mas é verdade. Eu estou apaixonado por você.

– Percy, vai dormir.

Percy subitamente sentou-se na cama.

– Por que você faz isso?

– Faz o que?

– As vezes parece que você foge... de mim. Quer dizer, quando as coisas parecem estar dando certo, você simplesmente se afasta. Por que? Do que você tem medo?

Annabeth também se sentou na cama. Ela parecia irritada.

Percy pensou que ela ia soca-lo, mas ela fez uma coisa que o surpreendeu mais ainda.

Ela o beijou.

Ela o puxou em sua direção e o beijou. E foi incrível. As duas mãos de Percy estavam na cintura de Annabeth, mantendo-a o mais perto possível e Annabeth segurava o rosto de Percy com as duas mãos. Annabeth ficou surpresa como ele era gentil e carinhoso, e se perguntou mil vezes porque não fez isso antes. É como se todas as terminações nervosas de seus corpos estivem sendo usadas pela primeira vez.

– Você – Annabeth disse quando eles se separam. – É de você que eu tenho medo.

– Você tem medo de mim?

– Do você me faz sentir. É tão louco. Antes de você aparecer, eu tinha planos, eu sabia o que queria, como eu queria que as coisas acontecessem, e principalmente, eu tinha controle sobre mim mesma.Estar com você muda tudo. Eu perco o controle. Quando eu estou com você, eu não sou mais minha, eu... eu... sou sua. E isso é assustador.

– Eu.. faço isso com você? – Percy perguntou.

– Isso é só um terço das coisas que você faz comigo... Eu nunca senti isso antes.

– Só para constar, você também me faz sentir um milhão de coisas.

– Que honra. – Annabeth disse sorrindo. – O que fazemos agora?

– Por mais que eu queria ficar te beijando pelas próximas 10 horas, nós realmente precisamos descansar. Você estava certa, eu ainda estou um pouco bêbado.

– Não estou falado de agora, “agora”. Estou falando de futuro.

– Annie, vamos nós preocupar com o futuro amanhã, ok? – ele disse, então a beijou.

Era muito bom saber que ele tinha liberdade para beija-la quando quisesse. Ainda devia ser efeito do álcool, mas ele se sentia incrivelmente feliz. Voltaram a deitar na cama, dessa vez, Annabeth deitou sua cabeça no peito de Percy. Ela podia ouvir seu coração batendo.

– Seu coração está batendo muito rápido – ela sussurrou.

– Alguém pode morrer de felicidade? – ele perguntou.

– Realmente espero que não. Acabei de beijar meu primeiro amor, você não pode morrer agora.

– Sou seu primeiro amor? – ele perguntou sorrindo.

– Calado Jackson – ela disse fechando os olhos.

Como ela teve coragem de falar isso em voz alta? Ela se sentia tão idiota! Mas era verdade. Eles se conheceram um mês atrás, e assim, sem mais nem menos, se apaixonaram. Annabeth sempre pensou que esse era o tipo de coisa que aconteciam em livros e filmes, que nada vida real, as coisas não poderiam ser assim tão... simples. Simples. A vida é algo simples, somos nós quem complicamos as coisas, somos que que temos medo, ou preguiça, ou falta de esperança. E se tudo dá errado, é nossa culpa.

Annabeth não sabe exatamente quando caiu no sono, mas sabe que não dormiu por mais de 3 horas. Ela não teve nenhum sono. Foi só um cochilo, abraçada a Percy. Ela olhou para o relógio no criado mudo ao seu lado. Eram 4:30 da manhã. Poderia ser loucura, mas aquela era uma hora perfeita para ir embora, pois se ela saísse agora, quando chegasse em casa, sua mãe não teria percebido que ela saiu.

Ela olhou para Percy. Ele parecia tão calmo, dormindo, tão... bonito. Parecia simplesmente errado acorda-lo. Deixaria um bilhete ou uma mensagem.

Quando Annabeth fez o menor movimento para sair delicadamente dos braços de Percy sem acorda-lo, Percy a abraçou mais forte, prendendo-a.

– Nem pense em sair dessa cama. Eu te proíbo. – ele disse ainda de olhos fechados.

– Você não pode me manter em cárcere privado, eu preciso ir para casa.

– Qual é a pena para cárcere privado?

– De 1 a 3 anos de reclusão.

– Então pense nisso como um exilio. Férias da sua vida.

– Eu não posso tirar férias da minha vida agora Percy. Se eu não chegar em casa antes da minha mãe acordar, eu não vou ter uma “vida” por muito tempo.

– Ta bom. Eu te levo.

– Não precisa, eu sei que você deve estar sofrendo os efeitos da intoxicação aguda por álcool.

– O que diabos é isso?

– O que eu quero dizer é que você deve estar com uma baita ressaca.

– Ressaca? Que nada. Estou bem.

Era mentira. Para variar Annabeth estava certa. Percy se sentia fraco, com tontura, seu corpo doía, com muita sede, muita vontade de ir ao banheiro, e com uma incrível dor de cabeça. A verdade era que Percy se sentia um lixo. Mas ele jamais deixaria Annabeth perceber isso.

– Não, você não está. Sério. Não se preocupe. Eu pego um taxi ou o um ônibus para ir para casa, e quem sabe, mais tarde, a gente se encontra.

– Annabeth Chase, você está me convidando para um encontro?

– Alguém tem que ser o homem desse relacionamento – ela disse séria.

– O que? Como assim? Quando eu deixei de ser o homem desse relacionamento? – Percy perguntou, puxando para mais perto e beijando-a.

Annabeth tentou se libertar, mas até sonolento e de ressaca, Percy era mais forte do que ela.

– Eu, realmente, realmente tenho que ir para casa. Eu te ligo mais tarde.- Ela disse pulando para fora da cama.

Ela pegou sua calça jeans, que ainda estava úmida, mas dava para usar.

– Se incomoda em fechar o olhos? – ela pediu.

– Na verdade, sim, eu me incomodo – Percy protestou.

– Percy! - Annabeth disse jogando um par de meias na direção de Percy.

– Meus Deus, para que tanta agressividade?

– Feche os olhos, não vou me trocar na sua frente.

A contragosto Percy fechou os olhos. Mas só estava brincando. Ele não se incomodava em não poder vê-la trocar de roupa.

Annabeth pode ver melhor o quarto de Percy dessa vez, enquanto trocava de roupa. Era... azul. Diferentes tons de azul. A colcha de sua cama era azul-cobalto, as paredes eram um azul bem claro. A cadeira estofada enfrente a mesa do computador era azul-escuro. Na parede acima da cama, uma serie de medalhas e troféus. Annabeth pensou que todas eram de natação, e a maioria era, mas tinha de outros esportes, como basquete e futebol. Percy possuía uma estante cheia de dvds, vídeo-games e cds. Uma grande coleção. A mesma estante era decorada por carrinhos e briquedos, Annabeth reconheceu Han Solo, ao lado do Capitão América, que estava sentado com o Homem-Aranha. Havia uma serie de coisas na estante que mostrava que Percy era um verdadeiro nerd. Mas a coisa que mais chamou sua atenção foi um boneco de pélucia. Sulley do Monstros S.A. Azul com bolinhas roxas. Aquilo provavelmente a coisa mais fofa que ela encontrou na estante.

– Hum... você pode ficar com essa camisa... se você quiser, é claro... – Percy disse ainda de olhos fechados.

– Já estamos naquela parte do relacionamento onde eu uso suas roupas? Não estamos indo rápido demais? – Annabeth perguntou.

– Se você não quiser fic...

– Estou brincando. – ela disse, sussurrando em seu ouvido. – Eu adoraria ficar com a camisa. Obrigada. – e deu um beijo no rosto de Percy, ela usava a camisa dele por cima da dela.

– Tem certeza que não pode ficar mais um pouco? – Percy perguntou abrindo os olhos.

– Eu preciso resolver algumas coisas.

– Tenho certeza que o máximo que sua mãe fazer é te colocar de castigo.

– Eu não me referia a minha mãe.

– Annabeth... tudo que eu te disse ontem... é verdade. Não foi por causa da bebida. Eu realmente estou apaixonado por você. Você disse que quando você esta comigo, você perde o controle, você é minha. Acontece comigo também. Quando estou com você, eu... sinto que sou seu...

– Percy, lembra quando eu disse que tinha medo dos meus sentimentos?

– Sim.

– Você acabou de me fazer ter mais medo. – ela disse beijando-o. – Se sente capacitado o bastante para me levar até a porta?

– Claro. – disse Percy saindo da cama, tentando manter o equilíbrio da melhor maneira possível.

Os pais de Percy tinha chegado tarde e ainda estavam dormindo, então eles atravessaram a casa devagar e evitando fazer barulho até chegarem a porta.

– Tchau? – Percy disse um pouco incerto.

– Até mais tarde – Annabeth disse, dando-lhe um beijo no rosto e se virou para ir embora.

Insatisfeito, Percy puxou-a de volta e deu-lhe um beijo na boca.

– Você está me enrolando para não ir embora.

– O sol nem apareceu ainda.

– Percy...

– Ok. Eu tinha que tentar, né Você está livre para ir. – Percy disse soltando-a.

Mas agora que podia ir, Annabeth não queria. Ela podia ficar ali parada olhando para Percy parado na porta, de braços cruzados, enquanto amanhecia lentamente. Era uma visão linda. Annabeth sorriu para Percy e seguiu seu caminho para casa.

Como ainda era muito cedo, ela não teve que se preocupar com o transito no caminho para casa. Annabeth sentia uma certa... melancolia? Era esse o sentimento? Ou seria angustia? Ela só queria ficar com Percy mais um pouco. Ela viu o sol nascer assim que chegou na frente de casa. Com todo o cuidado do mundo ela abriu a porta de casa e foi direto para seu quarto. Trocou de roupa e caiu na cama. Conseguiu dormir mais algumas horas antes de sua mãe chama-la para tomar café da manhã.

– Thalia ligou. Ela ligou no seu celular, mas não conseguiu falar com você – sua mãe disse quando Annabeth entrou na cozinha.

– Que estranho. Meu celular estava funcionando normalmente ontem.

– Certeza?

– Sim, com certeza.

– Então por que você não atendeu nenhuma das minhas ligações? Onde você passou a noite? Com quem? Não foi com Thalia, nem Luke.

– ... droga... – Annabeth disse.


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