A Garota do St. Agnes - SkyeWard Part II escrita por Jessyhmary


Capítulo 9
O Vilarejo


Notas iniciais do capítulo

Olá galera! Desculpem a demora, estou com alguns problemas com o note, reiniciou tudo e estou sem o Word ainda... =/
Mas consegui achar um jeito de terminar o capítulo em outro pc! o/

— Espero que curtam o capítulo, eu me utilizei de algumas coisas de Mitologia Nórdica, então tive que dar mais uma estudada básica para não ficar tão solto.
Quis fazer o mais "real" possível.. rsrs

— Enfim, #BoaLeitura a Todos! :)



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– Asgard? – Comecei a tirar sarro dele – Claro. Era a minha primeira opção... – Andava de um lado pro outro da sala, com uma das mãos bagunçando o cabelo involuntariamente – Faz todo o sentido, agora... Meu pokemom preferido sempre foi o Pikachu... – Ele fitou os olhos em mim, segurando o queixo com uma das mãos – Galera... Tenho que admitir: sou a filha bastarda de Odin, meia-irmã do Thor...

Fui interrompida por uma risada do outro lado da sala. James me olhava esquisito, como se estivesse se lembrando de alguma coisa engraçada.

– Se por um lado você herdou a petulância de mim, o bom-humor e a autoestima vieram da sua mãe, com certeza...

– Asgard? Sério? – Começava a acreditar, com medo.

– Asgard... Sério. Por que mais eu iria reaparecer na sua vida assim de repente? – Ele perguntava se aproximando sério de mim.

– Nossa... Você realmente não tem ideia... Quem não ia querer colocar suas mãos em um 0-8-4 como eu? Nem eu mesma sei o que isso quer dizer!

– Quer dizer que você é especial. – Ele tentou uma aproximação.

– Tão especial que você nunca quis saber de mim. – Cortei.

– Tá legal, Skye. Vamos só fazer um acordo, então. – Ele dizia, sentando-se numa das cadeiras – Eu não tenho tempo para isso, Okay? Eu vim aqui com o único propósito de salvar a sua mãe. Eu não apareci pra bancar o paizão arrependido porque isso não faz muito o meu estilo.

Pisquei os olhos transtornada, trazendo a cabeça para trás numa tentativa frustrada de me esquivar daquelas espadas que saíam da boca dele. Incrivelmente ele parecia estar sendo sincero dessa vez, o que não me deixava mais confortável naquela situação.

– Salvar? Salvar do quê? – May achou um caminho para entrar na conversa.

– E como você propõe que façamos isso? – Colson a seguiu.

– Skye, isso não vai ser fácil de ouvir... – James me alertava

– Não me poupe dos detalhes. – Interrompi – A S.H.I.E.L.D. já me ensinou muitas coisas. Ouvir histórias estranhas e complicadas é a minha especialidade.

– Tudo bem, vamos lá então. – Ele ficou meio desconfortável procurando um meio de começar a história. Você conhece... Iduna? Já leu algo sobre ela?

– Mitologia nórdica, certo? – Pensei um pouco – Bem... Ela é a deusa da poesia, eu acho...

– Sim. – Ele sorriu. – Ela mesma. Nunca havia conhecido uma mulher tão graciosa na minha vida...

– É... Ela? – Engoli em seco.

– Sim, Skye. Ela é sua mãe.

Nessa hora, poderia jurar que May se deslocou para trás de mim, provavelmente imaginando que eu teria um troço com a notícia e eles teriam de me rebocar desmaiada. Mas eu permaneci ali, fria e trêmula, tentando achar alguma coerência para tudo aquilo.

– Nós nos conhecemos em uma batalha, quando os Jotunheim decretaram guerra à Asgard e Midgard, que é como eles chamam o nosso mundo.

– É, já saquei isso...

– Eu era um ferreiro, e morava numa pequena vila em Hunan, China. Os Gigantes de gelo chegaram e começaram a destruir tudo. Eles diziam que estávamos escondendo algo deles. Era apenas Loki. Ele havia se escondido no nosso meio, disfarçado. Os Gigantes o estavam caçando por causa de um acordo que eles tinham feito e Loki não queria cumprir sua parte. Loki, por sua vez, se aproveitou da situação para provocar Asgard, forçando Odin a intervir, caso contrário a raça humana poderia ser destruída. O maldito queria lutar contra Thor na terra dos humanos apenas para ver a destruição. Nunca vi um ser tão desprezível quanto ele.

– Eu não vou mentir que há vinte minutos eu teria colocado o seu nome ao lado dele na minha lista de “Desprezíveis”. – Confessei.

– Ele já entrou na minha faz tempo – Disse Melinda levando uma das mãos à coxa ferida.

– Pois trate de me tirar dela, pois eu sou um aliado. – James se defendeu.

– Não tenho tanta certeza disso. – May discordou firme, dando um passo na direção dele.

– Senhor Chang – Colson intervia uma batalha iminente entre os dois – Continue a história. Onde está a parte que Iduna precisa ser salva?

– Certo... Essa batalha durou quase dois anos e Asgard precisou mandar reforços, pois uma vez que começaram a batalhar os Jotunheim não aceitaram se desculpar pelos estragos. Ao invés disso quiseram culpar Asgard por ter deixado Loki escapar. Assim sendo, várias figuras que estão hoje nos livros de mitologia nórdica realmente passaram por aquele pequeno vilarejo. Iduna foi uma delas. Ela ficou abrigada na minha casa durante um tempo. Ela estava sempre encantadora. Eu simplesmente me apaixonei por ela.

– Mas ela já tinha um marido, não? Você não está me dizendo que a minha mãe traiu...

– Não. Iduna nunca seria capaz de tal coisa. Bragi era um bom homem, um bom marido como a própria Iduna me contou. Porém num belo dia, Loki resolveu "desmascarar" os deuses asgardianos durante um banquete na casa de Odin. Na verdade ele estava apenas levantando falso sobre todos.

– Sempre esse cara? Queria por as mãos nele agora...

– Não, Skye. Pode ter certeza que você não iria querer isso... Mas continuando... Nesse banquete, Loki acusou Bragi de ser efeminado e, portanto, Iduna seria uma adúltera. Esse episódio causou a separação de Iduna e Bragi. Após três anos, nós nos conhecemos e você nasceu no último mês da batalha contra os Jotunheim.

– Na batalha? – Estava simplesmente paralisada. – Eu nasci durante a batalha?

– Sim. Levei Iduna para um alto monte, onde os Gigantes não nos encontrariam. Cuidei dela durante as semanas que antecederam o seu nascimento, mas quando enfim você nasceu ela estava muito fraca para voltar. O acampamento que tínhamos montado estava muito próximo ao campo de batalha, então ficamos lá no monte por alguns dias. Precisei chamar duas mulheres para ajudar Iduna enquanto eu caçava para nos manter. No fim da guerra os Jotunheim descobriram sobre o seu nascimento e nos perseguiram. Sua mãe lhe enrolou em um lençol verde-bebê e entregou para uma das criadas. Nós lutamos com tudo que tínhamos para salvar você, ninguém queria ver um bebê tão indefeso acabando nas mãos daqueles brutamontes.

– Uau... – Já estava chorando há horas – Foi aí que a S.H.I.E.L.D...

– Sim, precisamos chamar reforços. Apareceram muitos agentes, e a agente Avery ficou encarregada de tirar você dali a qualquer preço...

– Ela morreu para me tirar de lá...

– Sim... – Ele deu uma pausa, me olhando cabisbaixo – E o agente Lumley completou a missão. Você estava salva.

– Quantos... A vila... – Não conseguia perguntar diretamente.

– Todos. Exceto Lumley e eu. Eu estava quase morto – Ele levantou a blusa, mostrando as cicatrizes – Quando uma equipe da S.H.I.E.L.D. apareceu dois dias depois de todos os visitantes deixarem Migdard com um rastro de sangue. Eles fizeram a limpeza e me encontraram ainda vivo. Passei um ano e meio em coma, com uma pulseira de “desconhecido” no braço e quando acordei, procurei por Iduna até descobrir que ela havia voltado para Asgard, pois era ela quem garantia a juventude dos deuses. E eu estava bem, sabendo que ela estava bem. Heimdall me mantinha informado sobre seu estado de saúde, eu já havia me acostumado a viver longe dela. Mas recentemente eu soube que alguém voltou a aprontar das suas com Asgard, e dessa vez, Iduna foi quem pagou o preço.

– Loki. – Respondi.


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Notas finais do capítulo

- Comentários e Sugestões São Sempre Bem-Vindos! :)



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