The Hunger Games : A New Beginning escrita por Mila Guerra


Capítulo 7
Chapter Six


Notas iniciais do capítulo

Eu estou me sentindo uma pessoa boa hoje, e resolvi postar para vocês.
Olha tem dez pessoas acompanhando a história mais a única que esta aparecendo é a Mah Mellark, muito obrigada Mah!



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POV Peeta

Eu já imaginava que a minha mãe iria arranjar algum motivo para infernizar a minha vida, eu estava a achando muito tranquila, sem falar nada da minha relação com a Katniss.

– Meu filho, você tem que arcar com as consequências dos seus atos. – meu pai falou isso pela decima vez só essa noite, mas como eu diria que não houve ato nenhum.

– Pai, isso quem resolve somos eu e a Katniss. – eu tentava convence-lo. – Vocês não tem nada haver com isso, nunca se importaram com nada que eu fazia e agora querem que eu me case.

Ele sabia que eu me referia a minha mãe, e me repreendeu com o olhar.

– Temos sim, nós não temos dinheiro para sustentar aquela menina, muito menos uma criança, mas você fez você tem que assumir. – esse comentário infeliz tinha que sair da minha mãe.

– A Katniss, nunca precisou da sua ajuda e nem vai precisar. A senhora não vai se meter nisso.

– Isso é o que veremos. – e saiu.

Eu não acreditei quando a vi indo em direção à casa da Katniss.

– Faça alguma coisa. – falei com o meu pai, ele deu de ombros, como quem diz que não tem o que fazer. Fomos todos atrás dela, se minha mãe falasse alguma besteira eu não sei o que eu faria.

POV Katniss

Sabe a sensação de calmaria que antecede a tempestade? Foi isso que eu senti no ultimo mês, eu estou com sete meses, e ela esta bem grande – segundo a minha mãe, eu só sei que a barriga pesa muito – então de repente uma multidão entra na minha casa de surpresa, bem nem era tanta gente, mas eu estou grávida, então sou exagerada.

Na realidade, era a família do Peeta, liderada pela mãe dele. E ele parecia extremamente envergonhado.

– Me desculpe Katniss, eu tentei controla-la, mas realmente não deu. – ele falou baixinho com uma careta muito fofa.

– Eu não estou entendendo, o que eles querem aqui? – eu não sabia a bomba que me esperava.

– Eles querem que... – ele parecia que queria se enforcar. – Argh, eu não acredito que vou falar isso. Eles querem que a gente se case.

Eu fiquei meio chocada, eu esperava tudo dessa mulher, menos se envolver na minha vida.

– Eu não pude fazer nada... Eu não vou contar o que aconteceu pra você ficar grávida Kat, e não tem como você arranjar um pai assim do nada. – ele parecia pior do que eu, isso me deixou meio magoada. – Eu realmente não queria chegar aqui e te dizer isso dessa forma, mas eu fui pego de surpresa. Eu cheguei à minha casa e parecia uma reunião, até o meu pai que sempre ficou do meu lado, concorda com ela.

– Para, Peeta! – eu o fiz parar de andar de um lado pro outro, e me olhar. – Eu pensei que você queria isso?

Ele pareceu meio triste com a minha pergunta.

– Eu queria que fosse de verdade, que viesse daqui, - ele colocou a mão no meu coração. – que você me amasse do jeito que eu te amo. Por que só assim vai valer a pena.

Eu pensei que nesses últimos meses, eu tinha deixado claro o quanto eu gostava dele, eu não falava, mas eu demonstrava. Tinha momentos em que eu me segurava para não falar que ele era o pai do bebê – eu só fazia isso quando conversava com ela, e não tinha ninguém olhando – eu devia imaginar que era difícil pra ele, me ver assim, tão próxima e tão distante ao mesmo tempo, tinha horas em que eu me esquecia completamente que ele era tão apaixonado por mim, ai eu olhava em seus olhos e via toda aquela admiração que eu nem sabia do por quê.

Eu havia perguntado a ele uma vez, por que ele nunca desistiu de mim em todos esses anos, e ele me disse que fora a minha voz, a minha força e determinação que o fazia me amar cada vez mais, ele me deixou sem palavras como sempre, eu me sentia tão impotente, sem poder dizer a ele tudo o que eu sentia.

Eu dei uma olhada na sala e a minha mãe falava com a mãe do Peeta, aproveitando a distração deles, eu o puxei para meu quarto, e fechei a porta quando passei. Ajeitamo-nos na cama, um de frente pro outro, e peguei as suas mãos. Dei um suspiro, procurando coragem para falar, e palavras.

– Peeta, você sabe que eu não falo tão bem quanto você... – eu estava quase chorando. – Malditos hormônios... Eu não te conhecia, eu nem imaginava como você era como pessoa, tirando o caso do pão, mas em um dia eu me vi encantada com esse seu jeito. Esses seus olhos, Peeta, você tem noção do quanto eu me perdia neles tentando entender o que eles escondiam, e quando eu os descobri só se tornaram mais maravilhosos. A mesma coisa aconteceu com você, eu já me encantava com você mesmo sem saber e quando eu te conheci só fez tudo crescer.

Ele parecia prestes a chorar, não de tristeza, havia um brilho em seu olhar que provava que tudo era alegria.

– Eu comecei sentindo uma profunda gratidão por você, que virou um encanto quando nos aproximamos, e eu fui descobrindo que esse seu jeito de menino responsável, me fazia me sentir frágil, e quando eu comecei a gostar disso, e você sabe o quanto eu odeio me sentir frágil. – ele deu uma risada muito gostosa de ouvir – Eu percebi o quanto você me mudou, e me fazia feliz e o que eu realmente sentia.

Ele me olhou esperando pelas três palavras, como ele viu que não sairia tão fácil, ele tomou à dianteira.

– Pode falar Katniss. – ele repetiu o que eu tinha dito a ele.

– Eu aprendi a te amar Peeta. – ele não se conteu e me beijou.

Eu estava no colo dele, e minha mãe bateu na porta, o que me fez dar um pulo, o Peeta riu.

– Nós já vamos Sra. Everdeen. – eu ouvi seus passos indo para as escadas. – Kat, apesar disso tudo, nós não precisamos nos casar só porque eles querem.

– Mas eu quero, se for para enfrentar isso que seja juntos, eu e você. Eu estou cansada das pessoas se metendo na minha vida.

– Se você quer casar comigo, pelo que as pessoas pensam, não vai ser de coração.

– Não, não é por mim, é por você. Eu sei que você não vai me dizer, mas muita gente já te perguntou quando seria o casamento e outras coisas. – eu me expliquei, a Prim andou me falando de algumas coisas que acontecem no distrito, já que ela ama ficar andando por aí.

– Você sabe que eu não me importo, mas se for para acontecer tem que ser do nosso jeito. – concordei afinal eu também queria assim. - Vai ser simples só a nossa família e o prefeito, para ser oficial. Ninguém precisa saber.

Eu entendia porque ele não queria que ninguém soubesse, as coisas mais simples aqui se tornam gigantescas.

– Falta a cerimônia do pão. – acrescentei.

– Sim, só que a cerimônia do pão, vamos ser só nós dois, - ele olhou para minha barriga. – bem, três. É algo especial nosso, foi com um pão que você viu que eu existia. Ele é mais especial para nós do que para qualquer casal do D12.

É verdade, o pão simbolizava a vida, a vida que ele me deu no momento em que jogou os pães para mim, e a vida que teríamos um ao lado do outro depois de nos casarmos.

– Então, nos temos de encarar a fera. – ele parecia realmente preocupado com o que mãe dele diria.

Na sala todos estavam sentados, e por incrível que pareça, calados.

– Bem, - o Peeta começou – nos vamos nos casar. Mas que fique claro que foi por que queremos, não pelas circunstâncias.

– Claro. – a mãe dele falou com deboche, e revirou os olhos.

– Então se já está tudo resolvido, podem ir embora. – era impressão minha ou ele estava expulsando a própria família.

– Não... – o pai dele iria falar algo, mas ele não deixou.

– Podem ir, eu vou logo depois.

Todos começaram a sair, menos o pai do Peeta veio na nossa direção, e colocou a mão na minha barriga.

– Nós estamos muito felizes em ter mais um na nossa família. – eu duvidava que a mulher dele pensasse assim, mas a sinceridade e o amor que eu via todos os dias nos olhos do Peeta eu vi nos olhos do pai, e acreditei. – Eu tenho orgulho de você filho.

Ele deu meia-volta e foi embora, suas palavras me abateram de uma forma, que eu comecei a chorar.


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Notas finais do capítulo

Olha, as coisas na fic acontecem rápido por toda a situação deles, e o casamento é importante para a história lá na frente. O tempo também passa rápido pois a bebê tem que nascer logo, porque só depois disso os jogos começam.