The Hunger Games : A New Beginning escrita por Mila Guerra


Capítulo 64
Chapter Twenty-Nine


Notas iniciais do capítulo

SIM, EU VOLTEI, E ESPERO QUE VOCÊS NÃO DESCONTEM NA FIC A RAIVA QUE EU SEI QUE VOCÊS ESTÃO SENTINDO DE MIM.
Não tenho como me desculpar pela falta, nem como me explicar, mas eu estou aqui e pretendo continuar a escrever e terminar a fic, O QUE NÃO VAI DEMORAR MUITO.
Faltam uns dois capítulos, acho.
Sem mais delongas, boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/487590/chapter/64

Johanna. Ela era uma pessoa difícil de lidar, mas não deixava de ser uma pessoa querida, de certa forma, depois de tudo que ela passou e sua história – acho que posso colocar assim – com o Peeta, o que me fez ser solidaria a ela durante todo o seu treinamento, a seu esforço por ser útil, eu sei que se não tivesse tão gravida, também estaria com toda a minha força lutando para parecer forte e participar da guerra.

Mas não foi como ela queria, uma das torturas que ela sofria era ser molhada e levar choques, e durante o teste final – digamos assim – eles inundaram a rua e a levaram a loucura, internada no hospital sem nenhuma recordação do lugar de onde veio, nem amigos, nem familiares, e eu fui em busca de alguma coisa que a deixasse em casa, de alguma forma.

Na cama abalada, ela não se parece nem um pouco com a Johanna feroz e cheia de raiva que se apresenta normalmente para nós, quando eu me aproximei e entreguei o rolo que eu fiz para ela.

– O que é? – questiona com a voz rouca.

– Para você lembrar-se de casa. – digo – Cheire isso.

Eu tinha ido à superfície e raspado um pinheiro, tirado um pouco da sua fragrância e fiz um rolo do tamanho de uma maça. Afinal ela era do Distrito 7.

– Tem cheiro de casa. – ela diz com lágrimas nos olhos.

– Bom, foi a minha intenção. – digo e me atrevo a fazer um carinho de leve em seus cabelos.

– Katniss, você tem que destruí-lo. – eu sei a quem ela se refere.

– Fique tranquila. – sussurro

– Jure... – insiste

– Eu juro, pela minha família. – digo

Ela finalmente me solta, a quase um sorriso em seus lábios enquanto ela cheira o pacote, seus olhos fechados. Eu a deixo sozinha.

...

A esquadra de Boggs sai na frente abrindo caminho e indicando abrigos para nós. Nós somos levados de aerobarco até o D12, e temos que esperar o trem, o que dá tempo ao Peeta de visitar a casa da família, a padaria. Ele não chora, não sei se isso é bom ou ruim, só fica lá olhando, relembrando, talvez fazendo alguma promessa.

– Ele teve orgulho de você. – falo me aproximando.

– Eu sei, o que mais me dói é que eu que não ia voltar, estou vivo e ele não. – sussurra – Mas eu não vou me esquecer e nem vou deixar que esqueçam dele.

– Eu tenho certeza disso. – falo o olhando – Vamos...

Depois de dias no trem, que me fazem me remexer em agonia a noite sem conseguir dormir, e vagar pelo trem, nos somos deixados num dos tuneis que levam a Capitol, e são mais seis horas andando, o que foi horrível já que eu não tenho mais esse condicionamento físico e meus pés aguentam mais um terço do peso do meu corpo, até chegarmos ao acampamento.

– Está tudo bem? –pergunta o Peeta, quando nós finalmente chegamos ao acampamento e eu paro para observar e descansar.

– Sim, só estou cansada. – digo – Eu não sou mais a Katniss em forma de antes.

– Com certeza. – mais um sorriso, um sorriso do meu Peeta – Mas é por uma boa causa.

Tenho certeza de que nesse momento meus olhos brilham, eu concordo com um aceno, minha mão vai para a minha barriga instintivamente. O nosso milagre.

Viro-me para observar o acampamento que parece completamente cheio, fica a uns dez blocos da estação de trem aonde Peeta e eu chegamos para os jogos. As forças da Capitol recuaram para dentro da cidade, e entre nós estão as ruas cheias de armadilhas. Passam-se três dias até que tenha algo realmente para os soldados fazerem, mas nenhum de nós tem realmente chance de ir já que eles querem nos filmar, e mostrar a todos na Capitol e nos Distritos que estávamos prontos para a guerra.

Eu, particularmente não me sinto pronta para nada, no começo dos meus sete meses de gravidez algumas dores aparecem, principalmente nas costas, então se eles não se adiantassem eu estaria impossibilitada de matar Snow em pouco tempo.

No quarto dia, uma Soldado é atingida por um pod – uma armadilha que deveria soltar um enxame de mosquitos, mas atira uma explosão de dardos de metal – e acaba morrendo. Boggs providencia alguém para substitui-la.

Um dia depois temos que filmar um novo Propos, estão insatisfeitos com nossas imagens, mas nós temos que fingir com nossas armas, todos temos que nos vestir com roupas especiais e pesadas, o que não me deixa com um humor muito agradável. Então eu ando pelas ruas quebrando tudo o que posso, até que alcançamos nosso alvo.

Há uma breve pausa para o ajuste das câmeras e da maquiagem – o que é ridículo, isso é uma missão ou não? – prosseguimos pela rua e cada um tem um alvo para explodir, mas Gale atinge o alvo real. Antes de terminarmos temos que fingir algumas cenas com caretas e quedas, era para ser sério, mas nenhum de nós aguenta a tentativa de um Soldado de parecer desesperado.

Boggs nos ordena a ir em conjunto, enquanto ele examina o próximo pod a ser detonado, acaba pisando numa pedra no pavimento laranja, engatilhando uma bomba que explode suas pernas. Eu sou a primeira a alcança-lo, seguida por Peeta, Boggs agarra meu pulso, enquanto homens tentam socorrê-lo, ele solta algumas palavras, uma ordem “O Holo”. Peeta também ouve e começa a procura-lo, quando o encontra entrega a Boggs que começa a digitar alguns comandos. Ele fala algo para o Holo, enquanto eu observo o resto da esquadra que faz um parede em nossa volta, Peeta continua ao meu lado, parecendo um pouco desesperado, começo a ter medo que ele tenha um ataque agora.

– Diga seu nome. – Boggs exclama e uma luz verde me cega.

– Katniss Everdeen. – falo em automático.

Só ouço a confusão que se instala a nossa volta depois, homens arrastam Boggs por um caminho que Gale e outra Soldado criam, Peeta me segura e me leva até um apartamento. Boggs está próximo a mim, empurrando o Holo na minha mão, seus lábios estão se movendo e eu me forço a compreender “Não confie neles, não volte. Faça o que você veio fazer.” E se foi.

Ainda não compreendo o que aconteceu, e olho para Peeta em busca de respostas. Ele também me olha, mais perdido do que eu. Aparentemente o Boggs me passou o comando e toda a missão foi mudada.

– Nós precisamos escapar daqui. Agora. – fala Finnick.

– Eu acho que consigo nos levar de volta para o campo. – Jackson, a segunda em comando se pronuncia – Me dê o Holo.

– Eu... Eu acho que ele deu isso para mim. – digo.

– Como? Não seja ridícula. – ela exclama.

– É verdade, eu o vi fazendo isso. – diz Peeta.

– Porque ele fez isso? – reclama ela.

Porque realmente?

Eu não sei realmente o que fazer, nem como seguir as suas ordens, mas eu sei qual é a minha real intenção aqui. Sei o que preciso fazer, mas como eu convenceria essas pessoas a me deixarem no comando, a me seguirem. Se Boggs confiou em mim, é porque eu devo saber o que fazer. Mas porque eu não consigo?

– Ela foi designada para uma missão especial, dada pela Presidente Coin, eu acho que Boggs entre vocês era o único que sabia disso. – eu olho para o Peeta angustiada, que ideia é essa?

– E para o quê seria? – ela não parece nenhum pouco convencida.

– Eu preciso matar o Presidente Snow, antes que essa guerra acabe com a população. – entro na onda do Peeta com uma facilidade que me espanta.

– Eu não acredito nisso. – diz Jackson – Me dê o Holo.

– Não, nós violaríamos as ordens da Presidente. – digo com convicção.

Armas se levantam algumas para mim, outras para Jackson.

– É verdade, por isso estamos aqui. Plutarch quer tudo filmado, se nós pudermos filmar o Mockingjay assassinando Snow a guerra acaba, com certeza. – diz Cressida.

Pergunto-me porque ela mente por mim, mas essa não é a hora. O Peeta me ajuda a levantar, é a hora de seguirmos.

– Nós temos que ir. Se não querem seguir a Katniss, voltem para o campo. – O Peeta avisa.

Um a um todos concordam, mas eu ainda preciso de ajuda não tenho a mínima ideia de como usar o Holo e como sair daqui.

– Não sei como usar isso, vai ter que me ajudar. Boggs disse que eu poderia contar com você. – digo para Jackson.

Ela pega o Holo e digita algum comando.

– Nós podemos sair pela porta da cozinha, tem um pequeno quintal e então outro apartamento na esquina. Quatro ruas se encontram num cruzamento. – me diz.

Nós corremos um sério risco ao sair por um caminho que nós não conhecemos, o Holo mostra alguns pods mas só os que conhecemos, o pod que matou o Boggs não era conhecido, e ainda pode haver Pacificadores.

– Botem as máscaras, vamos voltar por onde entramos. – há algumas objeções, mas eu replico. – Nós não sabemos o que nos encontra, os pods podem ter uma reação em cadeia e ativar outros em nosso caminho.

Todos se equipam e eu sigo em frente sendo seguida por Peeta, a uma camada de algo pegajoso e escuro, eu piso e como não me afeta, eu sigo em frente. Quando todos me seguem, eu exclamo.

– Quem quiser ir agora, por qualquer razão, pode ir. – ninguém responde a isso, nem se retira. Então eu me movo em direção ao Capitol.

Todos se mantem atrás, mas o Peeta se mantem ao meu lado e eu agradeço. Durante o caminho o gel fica mais profundo, e eu tenho medo que apesar de andar de forma cuidadosa eu ative algum pod. Alcançamos o cruzamento e eu peço que esperem enquanto observo.

– Esse... Gel, parece que destruiu todos os pods que poderíamos encontrar. – diz o Peeta e eu concordo.

No quinto quarteirão o gel começa a diminuir e eu encontro um apartamento dois terços abaixo, alguns homens arrombam a porta e todos entram.

– Obrigado. – digo a Peeta, enquanto entramos.

– Pelo quê? – pergunta.

– Por estar aqui, se não fosse você eu não saberia o que fazer lá atrás. – respondo.

– Eu não fiz nada demais. Nós precisamos continuar e não há ninguém melhor que você para nos levar. – Eu sorrio, isso é um passo. Pelo menos em algo ele confia em mim.

Eu ia continuar, mas um tremor envolve a sala quando ocorre uma série de explosões ao longe.

– Onde nós deixamos Boggs. – sussurro.

A televisão liga, numa transmissão de emergência, onde nós aparecemos, eles falam que tentamos nos reagrupar e como perdemos o controle da situação. Passa mais algumas coisas, até que eles nós dão como mortos.

– Enfim, algo de realmente bom. – diz Gale. – E agora que estamos mortos, o que faremos?

– Será que tem alguma comida por aqui? – pergunto, o que faz o Peeta sorrir.

Eu encontro um local para sentar, enquanto procuram comida. O Peeta traz algo para mim. Ensopado de Cordeiro. Eu fecho meus olhos e lembro como era bom, apesar de feridos, desesperados e famintos, eu estava mais próxima do Peeta do que nunca estarei agora.

– Obrigado. – digo.

Novamente a Tv acende e mostra o rosto do Boggs, do Gale, do Finnick, do Peeta e por fim, o meu. E Snow aparece, parabenizando os pacificadores, honrado-os, até que de repente a Presidente Coin aparece.

– Morta ou viva, Katniss Everdeen permanecerá a face dessa rebelião. Se você já hesitou na sua determinação, pense nela e achará a sua força para se libertar de Panem. – diz ela.

– Nossa, não sabia que ela me prezava tanto. – o que provoca sorrisos irônicos em Peeta, Finnick e Gale.

O Presidente volta, só que eu não me importo muito. Imagino a minha mãe, minha irmã e minha filha. Em Annie e em Delly, e mesmo nos outros que eu realmente não conheço, mas que contavam comigo. A minha única vontade é dormir, acordar de volta em casa, na campina, no nosso quarto, eu e Peeta. Nesse momento ele me olha, eu busco nesse olha algum reconhecimento, alguma luz, algo que me diga que ele lembra sim. Mas ainda não vem.

– O que foi? – me pergunta.

Mas o que eu posso falar, que eu quero ele de volta, o meu Peeta, o sorriso, o amor, tudo dele. Só que eu sei que falar não vai me trazer ele de volta, porque ele não pode, só quem pode fazer isso sou eu. Mostrando a ele que eu não sou a Katniss que ele pensa.

– Estou com medo, preocupada, com saudades da Pearl. Cansada. – sussurro – Só que eu já estou aqui, e isso é muito importante. Eu não posso fraquejar agora.

– E não vai. – ele segura a minha mão. – Eu estou aqui.

Eu sorrio.

Sim, ele está aqui.

...

Poderia ter aproveitado o tempo para dormir, mas quanto antes eu acabasse com essa guerra, melhor. Então eu pedi a Jackson que me explicasse os comandos básicos do Holo, o que vai me ajudar a realmente comandar. Mas ele não nos serve tão bem quanto antes, já que a quantidade de pods foi amplificada, e como poderemos continuar sem sermos vistos e por onde?

– Alguma ideia? – questiono, já que sei que tomar essa decisão sozinha não é o correto.

– Só temos uma opção. O Subsolo. – diz Gale.

Estremeço, já que eu o odeio mais que tudo. Procuro pelo Holo o subsolo, e apesar de parecer um labirinto os pods são menos numerosos.

– Ok, vamos apagar a nossa estada aqui. – todos começam a se mover, colocando tudo como estava exatamente antes.

Eu procuro me levantar com cuidado, já que o bebê se encaixa aos poucos e às vezes machuca. O Peeta surge do nada para me ajudar.

– Obrigada. – lhe ofereço um sorriso fraco.

– Você precisa dormir. – fala como uma reclamação.

– Bom... Depois de tudo isso aqui, eu vou poder passar muito tempo na cama. – respondendo a palavra cama, o bebê se mexe de leve, e eu coloco minha mão sobre o lugar.

– Ele está te machucando? – questiona.

– Não, só mexendo, parece que ele concorda com você. – digo.

Ele ri, de verdade, e involuntariamente eu sorrio. Porque o Peeta me transformou numa boba, completamente apaixonada por ele.

Nós temos que descer pelo tubo da manutenção, que graças a deus tem uma escada. Esse caminho foi criado para que os Avox pudessem ir e vir sem problemas. Pollux um dos da equipe de filmagem, que é um Avox, se agarra ao seu irmão como se fosse cair a qualquer momento. Castor, nos explica que ele trabalhou durante anos no subsolo, ate que eles conseguiram comprar a sua liberdade. Todos nós paramos sem saber o que falar, ou como continuar.

– Nossa, então você veio a ser o nosso melhor guia. – exclama o Peeta. Castor ri e Pollux esboça um sorriso.

Passada a tensão seguimos em frente, a afirmativa de Peeta se mostra verdadeira quando Pollux nos guia sem dificuldade durante seis horas, que é o máximo que eu posso aguentar. Pollux encontra um lugar aquecido e nos dá quatro horas para dormir, para mim parece o paraíso. Jackson cria um horário de guarda e sem que eu precise falar não me coloca em nenhuma escala, então eu me encolho e durmo. O Peeta me acorda meia hora antes das sete, e eu como um enlatado de bata e ensopado de feijão. Depois me junto a Pollux para lhe mostrar os pods que se encontram no nosso caminho, Peeta se junta a nos e depois de um tempo, já é hora de acordar a todos.

Um barulho parecido com um assobio começa, mas com as pessoas acordando não consigo interpretá-los, silencio todo mundo e uma palavra chega aos meus ouvidos.

– Katniss.

Eu dou um salto, aparentemente eles descobriram mais cedo do que eu pensava que eu não estou morta.

– Katniss, você... – Peeta arfa, seus olhos se arregalam e parece prestes a ter um ataque. – Você precisa fugir. Vamos.

– O que é isso? – minha voz sai estridente.

– Não sei exatamente, mas eles querem te matar. – ao mesmo tempo em que fala me empurra para a saída. – Vamos, temos que limpar os rastros.

Nós limpamos tudo, passamos algumas armas para a equipe de filmagem e saímos. Fora da sala consigo perceber que as mutações estão atrás de nós. Andamos por quase três quadras, até que ouvimos gritos horríveis.

– Avoxes. – diz Peeta. – As mutações os acharam.

– Então eles não estão somente atrás de Katniss. – diz Leeg.

– Provavelmente só pararão quando a acharem. – explica o Gale.

Os gritos param, e meu nome ressoa mais perto, agora também abaixo de nós. Eu me arrisco começando a correr, o Peeta me ajuda não me soltando, quando chegamos a uma escada que leva para baixo, eu começo a respirar com dificuldade. Não pelo esforço, mas pelo cheiro. Rosas, eu começo a estremecer. Me solto do Peeta e acabo saindo pela rua. Explodo um pod antes que ele possa nos afetar, e todos correm para me seguir. Lembrando-me do Holo, estou prestes a acabar com outro pod, quando um que não aguardava prende Messalla, e ela acaba morrendo.

Peeta nos empurra para continuarmos. Ando o mais rápido que posso, mas somos parados por Pacificadores que atiram sem parar, felizmente ainda temos pessoas na esquadra que estão funcionando por completo. Do túnel que saímos, começam a surgir às mutações, são brancos, com quatro membros, do tamanho de humanos, estão nus e tem caudas. Eles decapitam todos os pacificadores e se lançam sobre nós.

Reagindo institivamente, faço uma curva à direita para evitar o pod, e quando todos se juntam explodo o cruzamento. Adianto-me por que não sei se isso vai prender as mutações. Sou obrigada a entrar novamente no túnel, e o cheiro me deixa tão enjoada que o Peeta tem que me manter em pé.

– Pollux tem como nos levar direto para o nível do chão? – o Peeta questiona.

Nós andamos muito e depois de passar pelo esgoto da Capitol, Pollux puxa uma escada.

Percebo então que faltam duas pessoas na equipe, mas sei que não há tempo de salva-as, as mutações aparecem do outro lado do esgoto, e Gale abre fogo contra elas, o que não adianta já que eles continuam mesmo depois de uma dúzia de balas terem a atingido. Todos começaram a subir e por mais que eu queira segui-los o cheiro delas e a sua proximidade me deixa tonta, até que braços fortes me levantam. Pollux e Peeta estão acima de mim, Cressida vem logo atrás, Gale sobe e ele tenta me empurrar, mas eu sei que falta algo. Vejo Finnick no meio da escada lutando contra uma mutação.

– Finnick. – grito e o Peeta vêm em meu socorro.

Com sua arma atinge a mutação enquanto o Finnick sobe, só assim eu consigo ativar o Holo e explodir o cano. Pollux acha sua tampa e fecha todo o terror que acontece abaixo.

Finnick, Gale, Pollux, Cressida, eu e Peeta. Os únicos que restaram.

Polux e Cressida ajudam Gale e Finnick com suas feridas. Peeta se encolhe num canto e eu me aproximo.

– Peeta? – eu coloco minha mão sobre ele, que estremece.

Quando abre seus olhos, estão vermelhos e dilatados, a íris azul desapareceu completamente.

– Eu estou perdendo, eu vou enlouquecer. Como eles. – sussurra.

Como as mutações, não, eu não deixaria ele virar uma máquina alienada da Capitol. Não enquanto eu ainda estivesse aqui.

– Peeta? Por favor, olhe para mim. – quando ele me olha, coloco sua mão sobre a minha barriga. – Nós estamos aqui, não permita que eles nos tirem você. Por favor, eu não vou aguentar sem você.

Eu junto meus lábios aos seus, sinto o gosto das nossas lágrimas. Abro os meus olhos a tempo o suficiente de ver suas pupilas voltarem ao normal, separo os nossos lábios e o abraço, ele hesita, mas se aperta contra mim.

– Fique comigo. – sussurro.

– Sempre.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O capítulo não foi gigante do jeito que eu queria mais resolvi postá-lo logo, para não deixar mais pessoas ansiosas, não sei quantos de vocês continuam aqui, mas espero que me perdoem.
Qualquer dúvida só perguntar.