The Hunger Games : A New Beginning escrita por Mila Guerra


Capítulo 30
Chapter Twenty Eight


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas, como vocês estão? Eu estou amando todos os comentários e a quantidade deles, eu respondo todos mas se mesmo assim ficar alguma duvida podem perguntar, ok? Mandar mensagem privada, comentar novamente, eu amo responder as duvidas e saber que você estão se interessando pelo andamento da fic.



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Ele aprende facilmente um sinal de assobio e eu me permito me afastar para caçar, longe dele os sons da floresta chegam a mim e rapidamente eu consigo dois coelhos e um esquilo. Eu volto fazendo o sinal, sem respostas por Peeta, então eu começo a correr. Encontro a mochila e várias raízes ao lado.

Eu estou prestes a gritar por ele, quando o vejo fazendo um sinal para mim com as mãos. Bem claro:

Venha para cá, sem fazer barulho!

Eu me encaminho para lá como se ainda não o tivesse visto, quando eu chego me agacho ao seu lado e observo.

– Ela estava me seguindo, eu estou fazendo muito barulho, mas o meu ouvido ainda é minimamente bom. – ele fala e eu não entendo de quem ele fala.

– Quem? – pergunto.

– Ali, a menina de cabelo ruivo. – responde.

Eu olho e a vejo, seu cabelo vermelho chama atenção em meio às folhas das árvores, ele se dirigia a mochila do Peeta, chocada eu a vi pegar um pouco das raízes e das bagas que ele havia coletado. Preparei-me com uma flecha para acerta-la, mas ela sai tão rápido quanto chegou.

– Ela é muito esperta. – o Peeta fala saindo de trás da árvore.

– Sim, nós tínhamos uma chance da pegá-la Peeta. – eu falo ainda meio espantada. – Eu não fiz nada.

– Bem, eu fiquei meio que sem ação, ele crê muito nas próprias habilidades, sair assim. – ele anda mancando um pouco ainda em direção à mochila e se senta. – Eu não esperava nada desse tipo. Você quer? Eu as encontrei, são aquelas bagas de Rue.

Eu me sento ao seu lado e as pego, antes que eu as colocasse na boca um som de canhão me assusta e interrompe o que o Peeta havia começado a falar. Ele se esforça para levantar rapidamente.

– Vamos, se o Cato a pegou aqui perto ele pode nos achar muito rápido. – eu me deixo levantar, mas o interrompo.

– Não, ele não vai nos achar, foi você Peeta. Você a matou. – ele me olha confuso. – Essas bagas não são as da Rue. Elas são um tipo venenoso, Fechos da noite, meu pai me mostrou ela uns anos atrás.

– Meu deus, eu podia ter... – ele estava irritado consigo mesmo. – Eu podia ter morrido, me desculpe Kat.

– Tudo bem, você acabou acertando de qualquer forma, só resta a gente e o garoto do 2. – eu peguei o resto das bagas para jogar fora, mas o Peeta me impede.

– Não, eu acho que devemos guarda-la. Quem sabe nós não fazemos o garoto do 2 de idiota também. – eu duvidava disso, e sabia também que as intenções do Peeta eram bem mais obscuras que isso, mas deixei que ele as guardasse.

– Vamos fazer uma fogueira. Ele não vai se arriscar a vir atrás de nós depois de ver que matamos a Foxface, e com o fogo vai pensar que queremos atraí-lo. – ele assente seguindo o meu raciocínio.

Eu junto galhos e folhas secas e o Peeta rapidamente faz uma fogueira, asso tudo e guardo a maior parte, comemos uma parte do coelho e começamos a andar. Eu queria poder ficar numa árvore, mas eu sabia que a perna do Peeta não o deixaria subir.

Demoramos algumas horas para chegar à caverna e quando chegamos, estamos tão cansados e famintos, que o Peeta se enrosca no saco de dormir, e eu vou comer deixando a parte dele para quando ele quisesse.

Preparo-me para ficar com o primeiro turno de vigia e me aproximo do Peeta, que me surpreendendo – eu achei que ele estivesse dormindo – me puxa e me abraça.

– Eu fico tão feliz que você esteja aqui. – eu sussurro – Quando eu não te achei, eu pensei que o garoto do 2 tivesse te achado. Nunca mais faça isso, eu sei que foi por causa da menina, mas nunca mais faça isso.

– Me desculpe, eu não queria assustá-la, e bem parece que eu não fiz muitas coisas certas hoje. – ele suspira – Por mais que nós estejamos mais perto de casa agora, não foi honesto, não foi certo.

– Só pense em casa, nós estamos a um passo de casa. – eu suspiro. – Você quer comer agora?

– Não, você pode dormir Kat, depois sou eu. – falo.

– Eu também não quero, vamos ficar aqui os dois. – ele sorri.

– Eu te amo, muito. – ele me aperta contra ele. – Mais a cada dia.

– Eu também te amo, muito. – falo – Sempre.

Ele me beija, estar com ele, independente de qualquer coisa, me alegrava demais.

Eu acabo dormindo sem perceber, e quando acordo o dia está quase amanhecendo, eu fico alerta porque o Peeta não está ao meu lado, mas quando levanto ele está na boca da caverna, olhando para fora como quem não vê nada.

– Você me deixou dormir a noite toda? – falo, e ele se assusta.

– Eu não estou com sono, quer dizer posso até estar, mas não vou conseguir dormir. – eu sabia que mesmo por ter matado ela sem querer, ele sofria por isso.

– Eu sei, você já comeu? – ele assente e eu me junto a ele.

Eu tinha que distraí-lo, só não sabia como.

– Naquele dia em que eu meio que falei que você não se importava com a Pearl, a única coisa em que eu pensava quando você saiu era em quanto você é bom para mim. – ele me envolveu com seus braços e esperou que eu continuasse. – Você simplesmente me faz ver o quanto eu posso ser errada ou grossa com as pessoas sem saber, mas não me julga, me faz ver que o que eu disse era errado sem brigar ou se exaltar. Eu ainda não sei o que me fez falar aquelas coisas. Você tem o que qualquer pessoa precisa para ficar comigo, paciência, e isso me faz amá-lo cada vez mais.

Ele se virou para mim e sorriu, seus olhos estavam levemente molhados pelas lágrimas, e ele me beijou. Eu o interrompo, não havia terminado ainda.

– E mesmo que eu seja tão idiota às vezes, você é o melhor pai que a Pearl poderia querer, você faz tantas coisas por ela, você a ama muito e eu sei que é de verdade. – eu falo sussurrando por que o Peeta estava muito próximo a mim e não parava de me dar selinhos. – Então só pense no que te espera se nós voltarmos para casa, a Pearl vai estar lá, possivelmente com algum dente e engatinhando, o seu pai, a nossa família só que agora muito melhor.

Melhor porque teríamos um pouco mais de dinheiro, não que antes tivesse sido ruim, mas depois de Peeta tudo na minha vida era melhor.

– Sério você me deixou sem palavras e olhe que isso é muito difícil. – eu rio. – Eu te amo, sempre. Por mais que nesse momento eu me sinta um inútil, você consegue fazer com que tudo fique melhor.

– Então você devia dormir. – falo o empurrando para o saco.

– Sim, senhora.

Ele deita e eu faço um carinho constante em seu cabelo até que ele durma, eu fico feliz por ter conseguido me expressar, apesar de ser nesse momento, o Peeta precisava de um incentivo, ele estava se sentindo inútil, como ele mesmo disse, e eu não podia deixar isso assim.

Ele não era inútil, e nunca vai ser, só a sua presença era tudo para mim. Eu não iria – pelo menos não mais – aceitar voltar para casa sem ele, eu não tinha total certeza se os Gamemakers iriam cumprir a sua regra, e hoje quando eu vi aquelas amoras... Eu pensei muito nessa possibilidade – apesar de no fundo eu saber que nunca faria isso com a Pearl – a ideia me tentou e eu as guardei. Nem que fosse só para me dar alguma esperança de ficar para sempre com o Peeta, em qualquer lugar.


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Notas finais do capítulo

O meu Peeta é diferente, ele conhece a Katniss e sabe como as coisas são - eu estou falando de caçar, a questão do silêncio, e como ele sempre apoiava ela e não ao contrário - e ele está se sentindo mal por não poder ajudar ela como fazia antes, e bem eu acho importante a Katniss provar o seu amor por ele através de palavras também.
Enfim, eu já terminei os jogos e posso dizer que não está nada fácil, vai rolar umas surpresas e vocês tem que preparar o coração. Eu vou fazer vocês sofrerem um pouco antes do final tão esperado.
E como eu já havia dito antes a fic não vai terminar você vão ter que me aguentar por um tempo ainda e eu espero que a segunda temporada não decepcione vocês.
Qualquer comentário, como sempre é muito bem vindo.
Se tiver qualquer erro no texto me avisem, ok?