Little Hell escrita por Diana


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas!
Então, desculpem pela demora! O último capítulo tava cheio de tensão e confusão, né...
No mais, obrigada pela paciência!
Betado pela Srta. With
Boa leitura!



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Capítulo 5

Pelo visto, Jason seguiu com o combinado, pois, assim que chegou em casa, o celular de Piper tocou, mostrando no visor o número de Reyna. A garota ficou na dúvida se deveria atendê-la de imediato. Piper deixou a música rolar até parar. Ela queria saber se Reyna insistiria ou não. Fora que ela ainda estava muito irritada com o fato da outra a ter ‘repassado’ para Jason sem avisar.

‘Idiota’, Piper pensou. Será que ela pensa que só porque Piper a havia dado um selinho, ela ia se atirar para cima do amigo dela? A garota decidiu esquecer Reyna Arellano por um instante desde que aquele dia havia começado.

Depois um bom e longo banho, Piper foi arrumar algo para comer. Ela queria comer um sanduíche bem grande e gorduroso, mas achou melhor deixar para lá. Se Annabeth soubesse, ia ralhar com ela o resto do mês.

A estudante estava se concentrando em cozinhar seu jantar quando seu telefone novamente tocou. Mais uma vez, Reyna. E, mais uma vez, ela deixou tocar até a outra desistir. Entretanto, quando achou que a outra não retornaria tão cedo, seu telefone recomeçou a tocar.

– Argh! – Piper suspirou e atendeu o telefone com certa rudeza. – O que quer?

– Primeiramente, boa noite, Srta. McLean. – A voz irritante de Reyna era inconfundível. Piper apenas revira os olhos antes de responder.

– Boa noite, Arellano. – Ela ouve o suspiro do outro lado da linha.

– Jason me disse que você estava querendo marcar outras aulas. – Piper já ia responder, quando Reyna continua em um tom claro de reprovação. – E me disse que vocês não estudaram quase nada hoje.

– Pois é. – A adolescente diz displicentemente. – Eu tinha um teste hoje, tive que estudar. A matéria estava fresca.

– E foi bem no teste? – Pela primeira vez durante aquela conversa, Reyna pareceu deixar seu tom de voz autoritário de lado.

– Acho que sim. – Piper decide baixar a guarda um pouco também. Ela não entendia porque estava se sentindo tão irritada e incomodada. Não é possível que Reyna fosse capaz de alterá-la tanto assim.

– Que bom. – Reyna diz. – Você se importa de ter outra aula com Jason amanhã?

– O quê? – A adolescente novamente sente a irritação crescer dentro dela. – Claro que me importo! Eu não sou um brinquedo para você ficar me passando para seus amigos!

– Tudo bem, Srta McLean. – Reyna parece cansada do outro lado da linha.

– E pare de me chamar de ‘Srta McLean’! – Piper praticamente grita. Ela sabia que estava exagerando, só não sabia por quê.

– Tudo bem, Piper. Te espero amanhã, às oito, na biblioteca.

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Clarisse socava o saco de pancadas com tanta força que os elos que o prendiam ao teto da garagem rangiam e pareciam querer se quebrar. Ela imaginava que o saco tinha as feições de Lil, da professora de química, do diretor!

“De todos, menos de Annabeth”. Algo dentro dela lhe alertou. Curiosamente, ela não conseguia atribuir muita força ao seu golpe quando pensava na loira. Aquela estúpida! Quem ela achava que era para querer lembrar a Clarisse de suas obrigações?

– Eu sei muito bem que não posso brigar dentro da escola. – Clarisse murmurou, meio que abraçando o saco de pancadas. – Idiota!

– Ei, garota! – A voz de seu pai a chamou. Clarisse sentiu seus músculos se enrijecerem ao ouvir a voz do homem. – Venha jantar!

– Sim, senhor. – A morena disse e se dirigiu à mesa onde um homem grande e musculoso a esperava. Hora de botar a conversa de pai e filha em dia. Clarisse não poderia estar mais alegre.

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Annabeth estava preocupada. Muito preocupada por sinal. De certa forma, ela se sentia culpada por Clarisse ter quase agredido Lil. Quer dizer, mesmo que a morena tentasse disfarçar e tivesse agido como uma porta com ela mais cedo, no ponto de ônibus, ela ainda se sentia culpada. E ela sabia que aquele jeito durão e por vezes grosso da outra era só uma fachada. Quer dizer, ela imagina que era só fachada.

Afinal de contas, o que Clarisse tinha na cabeça pra sair atacando as pessoas assim? Uma dúvida chata, incômoda e calorosa, começou a surgir dentro da loira e Annabeth, por um instante, quase se permitiu sorrir. Talvez, só talvez, Clarisse não fosse uma bruta que só pensasse em lutas e garotas.

Ora, mas no que ela estava pensando? Ela não tinha interesse em romance. Ela deixava essa parte para Piper... Piper! De repente, a loira pega seu celular e disca o número da amiga. Certamente, ela saberia ajudar.

– Piper! – Annabeth exclama assim que a garota a atende.

– O que quer? – Piper resmunga.

– O que te aconteceu? – Annabeth pergunta. Piper oferecendo respostas curtas nunca era um bom sinal.

– Nada, só estou tentando cozinhar meu jantar sem explodir a cozinha! – A garota meio que grita. – Aparentemente, fricassé fica melhor se colocar mais requeijão do que creme de leite.

– Do que você está falando, Piper? – Annabeth ficou confusa.

– Foi Reyna quem disse.

– Espera, Reyna está aí? – A loira estava cada vez mais confusa e intrigada.

– Não, sua idiota! – Piper se desespera do outro lado da linha. – Por que aquela grossa estaria aqui em casa?

– Eu sei lá, às vezes ela poderia estar te dando aula.

– Argh! Já não basta ter que aguentá-la na biblioteca, vou ter que aturá-la aqui em casa também?

– Para quem fez o maior escândalo ontem por ela ter cancelado a aula... Agora já trocam dicas de culinária por telefone? Que fofo. – Annabeth ironiza.

– Vai te catar, Annie. Pra que você me ligou, afinal de contas?

– Espera, o que você está cozinhando? – Annabeth pergunta. Afinal, era bem capaz de Piper estar preparando algo nada muito saudável.

– Sério que você me ligou para perguntar do meu jantar?

– Não. – Annabeth resmunga, sabendo que seria inútil tentar adiar o motivo da ligação.

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Annabeth explicou tudo. Falou da bolsa de Clarisse, da teimosia da wrestler, das aulas de química... Tudo que passara naquele dia e teve relação com a outra, Annabeth transmitiu a Piper. Ela sabia que, se a amiga não pudesse aconselhá-la, então possivelmente, ninguém mais poderia.

– Piper? – Annabeth a chama, após o silêncio se estabelecer do outro lado da linha. Silêncio que preocupou a loira.

– Estou pensando! – Piper ralhou com a amiga. – Espera um pouco! Meu jantar vai queimar!

– Dá pra me ajudar? – Annabeth retruca, sabendo que, de certa forma, não tinha ligado numa boa hora.

– Hm... Parece que tem umas competições chegando, não tem? – A loira consegue ouvir a confusão que Piper provavelmente estaria fazendo na cozinha e apenas ri.

– Sim. O campeonato entre os colégios da cidade. Por quê? – Annabeth não entende onde Piper estava querendo chegar.

– Parece que Clarisse tem uma competição esse fim de semana, não tem? – Piper volta a perguntar e, mais uma vez, Annabeth não consegue acompanhá-la.

– Não sei... Espera! Como você sabe disso?

– Enquanto você fica com a cara enfiada nos livros, eu tento descobrir coisas interessantes. – A loira apenas solta um suspiro e espera. – Então. Que tal você ir lá dar uma força?

– O quê? O que eu faria num ginásio cheio de atletas? – Annabeth tinha certeza que Piper tinha enlouquecido de vez.

– Ora, Clarisse te perguntou por que você se importa com ela. Mostre que você se importa. Que maneira melhor de dizer que se importa do que ir lá e vê-la lutar?

– Eu não me importo com ela! – Annabeth praticamente gritou.

– Certo. E eu acredito em unicórnios.

– Piper! – A loira se exaspera.

– Olha, não sei. Era o que eu acho que você deveria fazer.

– Mas eu... – Annabeth decide ceder um pouco. Ela sabia que Piper só estava querendo ajudar. – Eu peço um ingresso a ela ou..

– Não! – Piper corta a amiga. – Elemento surpresa.


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Notas finais do capítulo

Espero vocês nos reviews!
Beijos!