Little Hell escrita por Diana


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Eeeei!
Desculpem a demora, mas a coisa tá tensa, amores!

Mais um capítulo quentinho para vocês! (Finalmente, né?)

Espero que gostem!

Beijos da tia Diana!



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ANNANETH:

O telefone de Annabeth não parava de tocar. Clarisse. A morena devia estar louca de preocupação! Era para elas terem se encontrado há umas duas horas atrás para revisarem a matéria de física, mas Annabeth não pôde ir. O motivo? Sua mãe estava na sua cola. A Sra Chase sabia que a filha estava com alguém, e estava fazendo o seu melhor (e o seu pior) para tentar descobrir quem.

De alguma forma, a mulher conseguira descobrir que Annabeth iria sair com Clarisse e, obviamente, não engoliu a desculpa da filha de dizer que estava indo estudar.  Annabeth rebateu e tentou argumentar, mas a mãe estava irredutível: Ela não deixaria a filha sair até Annabeth lhe responder com quem ela estava saindo.

Annabeth perdeu a paciência, coisa que não era muito comum. A loira era um poço de estratégia, mas, quando Clarisse estava na equação, Annabeth, facilmente, perdia a linha de raciocínio.

— Não vai atender ao telefone? – A mãe lhe perguntou, ironicamente. Annabeth lutou contra o instinto de revirar os olhos.

— Não. São meus colegas de classe perguntando se eu ainda irei estudar com eles para a prova de física.

— Colegas ou colega? – A Sra. Chase descruzou os braços e atravessou o espaço entre a porta do quarto e cama, sentando-se ao lado da filha. O olhar que a mulher lhe reservou foi o mais frio e amedrontador que Annabeth recebera da mãe em anos. O tipo de olhar que dizia que a Sra Chase não descansaria enquanto não descobrisse de quem se tratava. – Escute-me, e escute-me atenciosamente, Annabeth Chase, você não vai a lugar algum hoje. E se, por acaso, eu descobrir que a pessoa com quem você está envolvida é a mesma garota rude que te trouxe aqui numa moto, você está encrencada.

— Mãe! – Annabeth ainda tentou persuadir a mãe com o típico olhar de piedade, mas a mulher apenas saiu do quarto. – Droga! – A loira bufou de raiva.

REYNA:

A morena tinha acabado de acordar quando seu telefone tocou. Ela se virou na cama e alcançou a escrivaninha. Ela sentiu Rachel se remexendo na cama, num protesto contido à movimentação brusca de Reyna. Ela abriu os olhos, sentindo a claridade do dia invadir o quarto timidamente pelas persianas, e, ao reconhecer o número no visor, uma corrente de adrenalina a fez sair da cama num pulo para atender a ligação.

— Piper? – A voz de Reyna saiu tremida. O que diabos aquela garota queria com ela às 6 da manhã?

— Reyna, eu preciso de ajuda! – Reyna suspirou pesado, sabendo que a garota estava ciente de que ela estava começando a se irritar.

— Diga, Piper. Não é outro teste surpresa, é? – Ela ouviu a risada abafada de Piper pelo telefone e algo dentro de si pareceu se alegrar.

— Não, mas eu queria muito uma aula com você hoje. – Reyna ruborizou. Que tom de voz era aquele? – Quer dizer, eu não vou poder ter aula com você na quarta, porque Annabeth quer ir ao campeonato inter-escolas e...

— Eu entendi! – Reyna viu Rachel se levantando com um olhar preocupado e fez sinal para a ruiva de que estava tudo bem. – Te encontro às 8.

— Ótimo! Obrigada, Rey! – Piper disse e desligou, deixando uma Reyna atônita encarar a tela do celular, mal acreditando que teria que cruzar a cidade para uma aula. Como Piper conseguia persuadi-la tão bem assim?

— Quem era? – Rachel perguntou, se aproximando e dando um selinho na morena.

— Uma aluna, marcando uma aula de última hora.

— Ah, a garota que você tem monitorado esse semestre? – Reyna assentiu enquanto acompanhava Rachel até a cozinha para tomarem café. – E como ela está? Deve estar com a corda no pescoço para te ligar a essa hora.

— As notas dela melhoraram. – Reyna disse e já estava prestes a pegar o coador quando Rachel a impediu.

— Eu faço o café! Pode ir se arrumando. – Os olhos verdes de Rachel sorriam para Reyna. A estudante de história não conseguiu negar a gentileza.

 Só então ela se dera conta de quão bela a outra estava: Cabelo desarrumado, um blusão branco, velho, manchado de tintas e calcinha. Reyna se sentia a garota mais sortuda do mundo aquela manhã! Se ela pudesse acordar com Rachel todos os dias assim... Seria um sonho!

— O que você está olhando? – A ruiva perguntou e segurou seu rosto.

— Você, oras. – Reyna sorriu e matou a distância entre elas, beijando a estudante de artes calmamente, sendo bem correspondida pela ruiva. Logo, suas mãos se encontravam aconchegadas às curvas do corpo de Rachel e Reyna se perguntou, internamente, se não poderia remarcar com Piper.

Piper. Um gosto amargo lhe veio ao se lembrar da garota e ela afastou Rachel por impulso.  A garota a olhou, preocupada, e Reyna apenas lhe deu um beijo na testa, dizendo que tinha que correr se quisesse chegar à escola de Piper a tempo. Rachel voltou sua atenção para o café e Reyna voltou para o quarto, incapaz de calar a voz em sua mente que teimava em lhe chamar de cafajeste.

CLARISSE:

Clarisse estava morrendo de preocupação! Após o bolo de ontem à tarde, quando ela e Annabeth estudariam para uma prova, que Clarisse nem sabia de qual disciplina era, a namorada não aparecera na escola àquela manhã e sequer retornara suas ligações. Alguma coisa devia ter acontecido! Annabeth não era de fazer isso. A wrestler já ia ligar de novo, completando quase dez ligações perdidas, quando viu McLean cruzar o portão de entrada da escola. Clarisse voou nela antes que algum outro amigo da garota aparecesse e lhe atrapalhasse.

— McLean! – A morena a segurou pelos ombros e Piper soltou um grito esganiçado pelo susto.

— Clarisse! – A menina respondeu, irritada. – O que te deu?

— Onde está Annabeth? – Clarisse nem esperou pela resposta. Pela cara de Piper, a garota não saberia lhe dizer. – E você ainda é a melhor amiga dela!

— Ei, ei! – Piper se fez de ofendida. – Eu tenho meus problemas também para resolver, mas, realmente, agora que você falou...

— Piper! – Leo gritou a amiga e Clarisse teve ímpetos de enforcar os dois.

— Desculpa, La Rue, tenho que ir! Mas, da última vez que conversei com Annie, ela disse algo sobre a mãe dela estar em cima. Talvez, seja isso. Vou procurar saber, ok?

Clarisse resmungou um tudo bem e foi para a sala. Ela sabia que não conseguiria se concentrar em nenhuma aula enquanto Annabeth não aparecesse. Não que ela o fizesse anteriormente, mas a sala de aula era um lugar que a lembrava da loira, e ela queria ficar lá até o sinal tocar.

PIPER

A cherokee balançava as pernas, agitadamente, sob a mesa da biblioteca. Reyna estava atrasada! E muito. Quase meia hora de atraso para a senhorita toda-certinho Arellano era algo impensável para a garota. Piper começava a pensar se tinha sido uma boa ideia pedir por essa alteração no esquema de aulas, se a morena estava presa no trânsito ou se, simplesmente, se esquecera do compromisso.

Não, Piper varreu a última opção. Esquecer compromissos era mais coisa dela fazer e não da outra.  A garota já ia ligar e perguntar o que tinha acontecido quando vê a figura de Reyna surgir entre as estantes, procurando por ela. Piper reprimiu um palavrão quando se deu conta das batidas aceleradas do seu coração quando Reyna se aproximou. O cheiro amadeirado da morena tomando conta do ambiente.

— Desculpe o atraso, tive um contratempo. – Piper notou o leve desconforto na voz de Reyna ao dizer “contratempo”, mas preferiu ignorar.

— Tudo bem. – A garota acenou. – Eu devia ter te avisado antes sobre a mudança de horário.

— Devia mesmo. – Reyna a reprimiu e Piper fechou a cara. – Onde estávamos?

— Hmm, um minuto. – Piper alcançou o livro na extremidade da mesa e já ia procurar a página quando algo lhe chamou atenção em Reyna. – O que é isso? – A garota estendeu a mão para mostrar o parecia ser uma marca no pescoço de Reyna quando a mais velha, instintivamente, levou a mão ao local, já sabendo do que se tratava.

— Nada. – Reyna murmurou, embaraçada, e retirou seus olhos do conflito com os caleidoscópicos. – O livro, Piper, em que página seu professor está? – A mais velha tentou retomar a atenção de sua aluna, mas a outra estava agitada demais para ouvi-la.

— Dane-se a página! – A garota se levantou como uma tempestade, derrubando quase todo material sobre a mesa e saiu pisando duro até a saída da biblioteca, deixando uma Reyna perplexa sob os olhares curiosos da bibliotecária e de alguns alunos que lá estavam.

 


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Notas finais do capítulo

Deem uma conferida na minha nova one: Armaduras
https://fanfiction.com.br/historia/714432/Armaduras/

Aguardo vocês nos reviews!

Beijão!