Ao juntarem todas as mercadorias Jorge fez um feitiço que as transportou de forma instantânea até a loja. E Gina fez a aparatação acompanhada junto aos irmãos.

Os três aparataram em frente à loja, a rua estava movimentada. O comércio já havia seguido com seu ritmo normal. Até novas lojas haviam surgido. Jorge abriu a loja e os três entraram. Ela estava empoeirada por conta do longo tempo fechada e o abandono era notável.

— Aqui está pior que seu quarto Jorge! – disse Gina.

— Hoje vocês tiraram o dia pra me irritar não foi?

— Estamos tentando ajudar, não seja mal-agradecido. – disse Rony sorrindo e pela primeira vez no dia Jorge esboçou um leve sorriso.

— É disso que estou falando, é isso que quero ver! Poxa maninho, você é a alegria em pessoa, não gosto de te ver assim... – disse Gina.

— Obrigada por tudo o que estão fazendo por mim... – disse Jorge com lágrimas nos olhos.

— Estamos fazendo isso porque amamos você seu cabeça-dura! – disse Gina abraçando-o.

E depois disso os três começaram a acender as luzes, ver as encomendas que estavam nas caixas, e começar a arrumar toda a bagunça e poeira que se acumulava no local.

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Na casa de Hermione...

Faltavam apenas 10 minutos para às 14h e Hermione já estava pronta sentada na sala vendo a programação da TV com sua mãe. Quando a campainha tocou.

— Pode deixar que eu atendo. – disse Hermione.

— Boa tarde “moça super ocupada”! – disse Alberto sorrindo.

— Boa tarde engraçadinho, entre, fique à vontade. – respondeu Hermione sorrindo.

— Boa tarde Mônica - disse Alberto.

— Boa tarde Alberto – respondeu ela.

— Pronta? – Perguntou Alberto para Hermione.

— Sim - confirmou a morena.

— Vamos?

— Vamos!

— Vou sequestrar sua filha por algumas horas, tudo bem Mônica?

— Sem problemas - Mônica sorriu.

— Então vamos! – finalizou Hermione.

Alberto bastante cavalheiro segurou a porta e permitiu que Hermione saísse na frente. Ele em seguida abriu a porta do carro e logo depois de contorná-lo também entrou.

— Bom, pra onde vamos? – perguntou Hermione.

— Vamos passear no parque.

— Nesse frio?

— Ah, qual é? Nem vai ser tanto tempo assim... Vamos lá...

— Tudo bem, mas a culpa vai ser sua se eu congelar nesse frio!

Alberto perguntara a Hermione sobre o que ele havia feito nos últimos meses e ela como sempre tinha que omitir todos os fatos de ser uma bruxa e limitava-se apenas a dizer que estudava bastante e que adorava o colégio. Ele sempre queria saber qual disciplina ela gostava mais e qual assunto ela mais odiava e ela tinha que se virar e responder sobre as matérias e disciplinas trouxas. E logo em seguida ela logo tentava emendar em alguma pergunta para Alberto responder, pois tinha medo de esquecer e comentar algo que não devia.

— Como estão os negócios?

— Não vão nada bem Mione... É justamente sobre isso que queria conversar... Gostaria de pedir sua opinião.

— Minha opinião?

— É, você sabe, não tenho muitos amigos e você é uma pessoa extremamente sensata e poderia me dar a melhor orientação sobre estes meus planos.

— Ok, apesar de não concordar muito em ser a pessoa mais indicada – disse sorrindo – Pode me contar.

— Bom, não tem dado certo meu apoio na loja do papai. Não me dou muito bem com o sócio dele e como papai vive mais viajando eu que sempre estou em contato com ele.

— Deve ser complicado mesmo...

— Complicado é pouco... Por isto. Já que estou concluindo a faculdade vou voltar a morar em Londres e preciso arrumar um emprego ou montar meu negócio.

— Você vai largar tudo? E seu pai?

— Papai tem muitos funcionários que podem fazer o mesmo que eu faço lá. O complicado é que ele confia muito no sócio e não tenho certeza se ele é tão íntegro assim. E isso tem gerado muitos atritos por conta do papai não acreditar em mim e dizer que é pura implicância. E também já está na hora de começar a caminhar com minhas próprias pernas.

— Poxa, fico triste por você... Ter esse tipo de conflito com seu pai...

— Mas vai ser melhor. Tenho minhas economias e já comprei um apartamento por aqui, montei com algumas coisas. Fiz do jeito que pude. Claro que ainda falta muita coisa, mas, no começo é assim mesmo. Depois te levo lá pra você dar uma olhada. Queria saber o que você acha de tudo isso. Se estou fazendo certo em abandonar tudo e começar do zero, estas coisas...

— Olha, esta é uma questão muito complicada... É um caso de família, não sei se tenho autoridade para opinar. Mas te digo uma coisa, se você vai ser mais feliz e terá mais tranquilidade assim... Então está no rumo certo. Se tem uma coisa que aprendi nesta vida, é que, é melhor tentar e ver no que dá do que apenas tentar ficar imaginando se poderia ou não dar certo. Pois, mesmo que dê errado, você tentou.

— Nossa! Obrigado Hermione, acho que era esse tipo de coisa que eu esperava ouvir para me sentir menos angustiado...

— Só falei o que sinto e penso, nada demais...

— Mas foi de forma muito sábia e sensata, por isso que gosto tanto de você.

E foram seguindo de carro. Até que em poucos minutos Alberto começava a encostar o carro próximo a um parque.

— Alberto, está frio... Como você é cruel!

— Só vamos dar uma volta, está próximo do pôr-do-sol, prometo que assim que o Sol se pôr partimos.

— Ok. Só porque gosto muito de passear no Hyde Park.

— Pelo menos acertei no local.

— Só errou na estação! Gosto de passear aqui no Outono e não no Inverno!

Alberto gargalhou.

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Gemialidades Weasley (Beco Diagonal)

— Caramba Jorge, vocês realmente investiram pesado aqui. Não podemos deixar isso fechado por tanto tempo. – Disse Rony.

— Tem razão Ron, ninguém tem uma loja como essa por aqui - concordou Gina.

— Vocês têm razão, não vou abandonar “nosso” sonho... – disse Jorge com os olhos marejados.

— Nós estamos aqui. – disse Gina.

— Pois é, e já deixamos isso aqui muito melhor do que quando chegamos. Estou realmente satisfeito com nosso trabalho! – Completou Rony.

— Nada como um pouco de mágica para agilizar as coisas – Brincou Jorge.

— Verdade! Não sei como os trouxas conseguem viver sem magia... – disse Gina.

— Bom, agora vamos comer alguma coisa? Porque estou morrendo de fome! – Disse Rony.

— Vou quebrar esse galho hein? Vamos eu pago um lanche pra gente! – Disse Jorge.

— Você ouviu isso Gina? Quebrar um galho? Tiramos ele da cama, deixamos ele apresentável pra sociedade novamente (esse comentário arrancou um largo sorriso de Jorge) e o ajudamos com a loja e ele ainda vem com uma história dessas... Estou realmente magoado Jorge. – Brincou Rony.

— Vamos logo e deixa de drama... – disse Jorge.

E os três sorriram e seguiram em busca de algo pra comer.

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Em Londres...

— Aqui é lindo sempre! – Disse Hermione que estava vestida toda de casaco e bota e mesmo assim tremia de frio.

— Pois é, gosto de vir aqui quando quero relaxar... Me faz bem ficar olhando o lago e ver o sol se pôr.

— Já vim aqui no Outono com umas primas. Dá até pra ver uns esquilos, é bem legal!

— Pois é... - Alberto divagou um pouco.

— O que foi?

— Nada... Só pensando...

— Em quê?

— Hum... É que... Bem... É realmente uma pena que esteja namorando...

— Nossa, estou surpresa com a mudança de assunto! Agora você me deixou realmente encabulada... Mas...

— Desculpa, não era essa a intenção... Só que...

— Não, tudo bem... Não precisa se desculpar, só não estava esperando que falasse isso. Mas, já conversamos e você já conheceu meu namorado. Rony e eu estamos muito bem juntos. E entre nós dois só existe amizade, você sabe disso.

— Eu sei, mas é que no fundo ainda tinha esperanças... Mas, deixa isso pra lá ok? POde ser? Por favor...

— Tudo bem... Tudo bem... Hã... Mudando um pouco de assunto... E sua mãe? – perguntou Hermione.

— Mamãe está bem, também está na Austrália. Ela trabalha lá também na loja do papai. Mas, ela me entende e me apoia nessa decisão.

— Que bom. Mas e como está conseguindo se virar sem ela? Sei que não é fácil morar só, ainda mais sendo homem. Você cozinha?

— Ah, sei me virar viu “Dona Hermione”, cozinho muito bem!

— Essa eu preciso ver, Alberto na cozinha!

— Ah... Pois está intimada a jantar comigo qualquer dia desses...

— Ok, combinado!

— Não vai demorar, já que tenho que aproveitar estes poucos dias que você está de folga da escola.

— Tudo bem.

— Vamos sentar?

— Vamos.

E os dois se encaminharam para um banco que ficava em frente ao lago.

— Mas me diz... Como você conheceu seu namorado? – perguntou Alberto.

— O conheço desde os meus 11 anos de idade. E desde então estudamos juntos. Ele e o Harry, são os meus melhores amigos. Nunca fui de fazer amizades... Mas, eles são os melhores amigos que poderia ter.

— Mas você não tem amigas?

— Hoje sim. Mas, são poucas... Tenho duas que considero bastante. A Gina, que é irmã do Rony e a Luna, outra garota da sala.

— Que legal!

— Pois é... E você, tem muitos amigos? - questionou Hemrione.

— Tenho alguns deste período da faculdade. Uma pena a gente não conseguir se encontrar com frequência... Por conta da correria do trabalho e as obrigações com a família. Porque alguns já estão casados...

— Entendi.

— Pois é, não dá nem pra se juntar pra tocar um pouco...

— Você toca? – Surpreendeu-se Hermione.

— Sim! Guitarra e violão.

— Que legal! Eu amo violão, mas, nunca aprendi a tocar...

— Não é muito fácil, exige um pouco de coordenação. Mas é super prazeroso quando se aprende a tocar.

— Posso imaginar!

— Então é mais uma coisa pra fazermos juntos enquanto está de folga...

— Vão faltar dias pra cumprir todas as atividades - disse Hermione sorrindo.

— Pois é, tenho que aproveitar não é verdade?

Hermione sorriu e concordou balançando afirmativamente a cabeça.

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No Beco Diagonal...

Os Weasleys chegaram até o três vassouras e já haviam feito o pedido agora apenas aguardavam e observavam o movimento do local.

— Aqui costumava ser mais tranquilo. – Comentou Gina.

— Acho que o pessoal tá aproveitando que passou muito tempo enclausurado dentro de casa pra curtir e sair um pouco. – Disse Rony.

— Verdade. Mas gosto assim. – Disse Gina.

— Bom Jorge, como ainda estou estudando não vai ser possível estar todos os dias na loja pra te ajudar, mas, sempre que puder vou dar um pulinho pra cumprir o horário. E se quiser, você pode me explicar como posso pesquisar e encomendar as mercadorias, porque isso posso tentar conseguir fazer lá de Hogwarts.

— Tudo bem, hoje à noite eu te explico direitinho. – Disse Jorge.

— Também posso ajudar. – Prontificou-se Gina.

— Valeu a ajuda pessoal. – Disse Jorge.

Nesse momento os pedidos chegaram e eles lancharam e conversaram como há muito tempo não faziam.

— E então Jorge, mas... E que história é essa com a Angelina? Eu sabia que ela era namorada do Fred e soube a pouco tempo que ela estava contigo... - Rony tentou falar de modo que isso não incomodasse Jorge.

— É complicado... Bom, com a morte do Fred nós nos aproximamos sabe... Ela tem tentado me ajudar bastante a ter forças pra seguir em frente...

— Poxa que legal da parte dela...

— Mas, aconteceu algo que não esperávamos... Acho que estou apaixonado por ela... Mas isso não é correto...

— Porque? – Perguntou Rony.

— Como porquê? Ela era namorada do Fred, como vocês sabem! Não posso fazer isso com a memória dele...

— Não sei se esse é um bom conselho para te dar nesse momento... Mas, você tem que seguir em frente, todos nós estamos sentindo o mesmo, mas, estamos tentando seguir... E outra coisa, não acho que Fred ficaria chateado. Ele gostaria de saber que pelo menos Angelina ficou com um cara legal como você. Que não vai fazê-la sofrer.

— Mesmo assim é estranho. Também não tenho certeza se ela me ama de verdade ou se apenas me ver como um “substituto” do Fred, por causa de nossa aparência física.

— Bom, quanto a isso só você poderá saber. Não tenho como avaliar isso...

— Pois é... Mas, eu realmente estou gostando dela... Mas agora, ela está meia chateada porque ultimamente fui uma péssima companhia.

— Mas podemos mudar isso, não é Gina? Porque não combinamos uma encontro com “todos os casais”?

— Verdade, pode ser Harry e eu, Rony e Mione e você e Angelina, vai ser legal! – empolgou-se Gina.

— Pode ser, só não sei se ela vai aceitar... – Disse Jorge.

— Quanto a isso, pode deixar comigo. – Finalizou Gina.

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Em Londres...

— Bom, não quero torturar mais você então vamos para um lugar menos frio? Estou vendo que está tremendo da cabeça aos pés.

— Que bom que percebeu – Ironizou Hermione – Vamos!

E os dois seguiram para o carro. Alberto destravou o carro com o controle e abriu a porta para que Hermione entrasse primeiro. Contornou o carro e entrou.

— Bom, e para onde vamos?

— Vamos jantar. Vou te levar pra conhecer um lugar super bacana. Confia em mim?

— Só vou se for um lugar mais “quentinho”.

— Pode deixar, confia?

— Hum... Depois dessa... Preciso pensar... - ironizou Hermione.

Alberto gargalhou e partiu em direção ao novo destino.

— Vai fazer suspense?

— Vou.

— É longe?

— Não, é pertinho. Em 6 minutos estaremos lá.

— Hum... Alberto?

— Sim?

— Onde está morando agora?

— Em Bayswater.

— Mas Bayswater fica há poucos minutos daqui...

— Exatamente!

— Vamos para sua casa!?

— Não, vamos para um restaurante muito bom que tem perto de casa. Mas se quiser depois te levo pra lá.

— Ok. Pode ser...

— O que foi?

— Nada...

— Como assim nada?

— Não sei... Não, não foi nada.

— Tudo bem então...

— Chegamos!

E Alberto estacionou o carro e os dois entraram no: All Star Lanes.

— Hermione, seja bem-vinda a um dos lugares mais animados de Londres, pelo menos na minha opinião – completou sorrindo.

— Que lugar legal!

— Pois é... Aqui tem de tudo... Comida, música, jogo...

— Jogo?

— Sim, vamos jogar boliche!

— Wow! Agora fiquei realmente animada!

E os dois entraram no estabelecimento. E realmente se divertiram pra valer, comeram, conversaram, deram risada e Alberto conseguiu fazer Hermione jogar boliche.

— Bom, acho melhor irmos, já está ficando tarde acho que não vai dar tempo de te mostrar o apartamento...

— Dá tempo sim...

— Mas, não quero deixar você tarde em casa... Já pensou deixar seus pais zangados e eles não me deixarem sair mais com você?

— Também não é pra tanto...

— Claro que sim... Vamos fazer o seguinte... Prometo que amanhã te levo lá ok? A menos, que já tenha algum compromisso?

— Por enquanto não... Mas, aceito o convite.

— Ok. Então vamos.

E os dois seguiram o caminho de volta até a casa de Hermione. Quando Hermione se deu conta o caminho de volta já estava próximo do fim e era hora de Hermione se despedir de Alberto.

— Bom Alberto – disse Hermione – adorei o passeio, você acertou em cheio! Precisava ter uma tarde relaxante como essa para descansar a mente.

— Fico feliz que tenha gostado... Bom, se quiser, amanhã tem mais!

— Claro que sim. Tudo pelo prazer da sua companhia...

— Ótimo! Eu te ligo!

— Ok, boa noite Alberto – disse Hermione com um sorriso nos lábios.

— Boa noite Mione!

Alberto deu um beijo na bochecha de Hermione e ela também retribuiu. Hermione desceu do carro e se encaminhou para dentro de casa. Quando girou a maçaneta da porta deu de cara com a pessoa mais improvável de ver naquele momento a aguardando chegar em casa.

— Ron!? – Perguntou Hermione ao girar a maçaneta da própria casa.