Time escrita por Becky Cahill Hirts


Capítulo 18
XVIII - Roma


Notas iniciais do capítulo

{Oie gente,
É bem importante o que eu vou falar agora, então por favor leiam.
Devido ao fato que estou sem mais histórias mitológicas, a fanfic vai terminar logo. Na verdade, esse é o penúltimo capítulo. Depois desse tem mais um (olá Isabelle) e um epílogo/prologo.
COMO ASSIM?
Eu falei em alguns comentários sobre a ideia de terminar a fanfic aqui e fazer uma segunda temporada e o pessoal me mandou M.P. dizendo que acha que vai ser legal (MUITO OBRIGADA PARA TODO MUNDO QUE MANDOU, VOCÊS ME FIZERAM TÃO FELIZ), então é isso.
Uma explicação para quem AINDA não entendeu:
.
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A fanfic vai terminar com eles no passado. No mesmo dia que eu terminar a fanfic postarei a segunda parte de Time, com eles no presente. Ou seja, se Poseidon e Atena não ficaram juntos no passado daremos para eles uma chance no futuro. Eu ia fazer isso em Time, porém eu acho que ela combina tanto com somente temas passados que não quero misturar. Não se preocupem, vocês só terão que adicionar mais uma história aos acompanhamentos se quiserem continuar lendo. E não, eu não vou abandonar nem nada. Juro pelo Estinge.
Bom penúltimo capítulo (QUE DOR NO CORAÇÃO!)}
[corrigido: 31/03/15]



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[Just Give Me A Reason - Pink feat. Nate Ruess]

Que as Parcas tenham piedade do tempo. E como este correu.

Poseidon se casou com Anfitrite e Atena passou a ser vista novamente como a deusa mais fria do Olimpo. Mortais ergueram tributos para ela, mas a época grega estava terminando.

Dos descendentes de Tróia, surgiu Roma. Um povoado que cresceu tanto que virou império. E como Império eles dominavam, aquela velha dor por terem perdido em Tróia se reascendeu e eles marcharam para Grécia, pretendendo pegar de volta o que lhes fora tirado.

Os deuses, sábios como sempre, previram a chegada de Roma e trataram de se preparar. Zeus havia se aprontado para uma mudança da chama do Ocidente. Eles deixariam a Grécia e viveriam em Roma. Mudariam, se adaptariam. Afinal, eram o deuses. E senhores tão poderosos quanto eles não podem simplesmente deixar de existir.

Bom, naquele maldito pôr-do-sol, onde eles esperavam para serem levados para outro lugar, algo aconteceu.

Zeus havia ordenado à todos os deuses que ficassem no Jardim do Olimpo. Um por um, conforme os romanos os adotavam, iriam para sua nova casa, Roma. Onde levantariam outro monte Olimpo e fariam de tudo para se adaptar.

Os servos do Olimpo, sátiros, ninfas, etc, já haviam partido. Esperando por seus senhores e preparando terreno. Pela primeira vez em milhões de anos aquilo iria acontecer. E, os deuses sabiam, não seria a última.

Mas Atena estava apreensiva.

— O que lhe aflige, filha querida? — Perguntou Zeus, minutos antes do sol se pôr por completo e seus espíritos serem levados.

— Temo que não serei querida nesta nova casa. Prefiro ficar... — Contou a deusa, e uma conversa que seria reservada estava sendo ouvida por todos os deuses subitamente.

— Não podes irmã! — Ártemis interviu. — Ficaras sozinha e com o tempo parará de existir... Os gregos irão cultuar os deuses romanos, não os gregos, e você será esquecida.

— Não se preocupe comigo, Ártemis, querida — Atena falou, embora estivesse se sentindo embargada. Era óbvio que seria esquecida. Mas o que adiantava viver em um mundo que só lhe fazia sofrer? — Tenho os filhos de Ulisses e os filhos dos descendentes de Perseu. Eles irão me honrar. Eu estarei salva.

— Es um dos quatorze deuses olimpianos, Atena — Hera falou, segurando os ombros da filha emprestada com delicadeza. — Não podes ficar para trás.

— Os romanos já tem sua deusa da guerra! — Atena queixou-se, como uma criança que perde um brinquedo novo. — Eles farão o que comigo? Me deixarão como artesã? Eu sou uma deusa guerreira, não uma dona de casa.

Os deuses fixaram o chão. Este era enfim o problema. Seriam implantados em outra religião. Em algo que não condiz com eles.

— Mesmo assim — Hefesto proferiu. — Não vamos abandoná-la e tampouco podemos ficar.

— Concordo com meu marido, Atena — Afrodite falou, abraçando a cintura de Hefesto com um gesto carinhoso. — Não vamos abandoná-la, então você precisa vir conosco.

— Mas não entendem? — Atena perguntou, as lágrimas que nunca mais cairiam cegando sua visão por dentro. Nenhum deles nunca iria perceber isso, ninguém nunca mais a veria chorar pois suas lágrimas não caiam por sua face. — Eu não sou bem vinda! E eu me recuso a...

— Ora vamos — Poseidon falou, deixando todos surpresos. Nenhum deles ao menos tinha notado a presença de Poseidon. Ficara presumido que ele iria para Roma junto com seu reino, mas pelo jeito ele apareceu no Olimpo.— Não seja uma menina mimada, Atena.

A deusa ficou em choque. Fazia tanto tempo que ela não o via. E lá estava ele, com seus lindos cabelos negros e olhos verdes como o mar, embora parecesse cansado, a mandando parar de ser mimada.

— Com quem pensas que estas falando, Poseidon? — A voz da deusa relinchou no ar. — Posso estar prestes a me tornar um nada, mas eu ainda sou uma deusa poderosa, não me irrite ou...

— Ou o que? — Poseidon perguntou, frio. — Vais matar-me? Sabes que não pode. — O moreno fitou os olhos cinzas dela, cheio de frieza e distância. Atena se não fosse Atena teria se encolhido e chorado. Mas Atena era Atena. E nenhum deus, deusa ou mortal a colocaria para baixo. — Agora deixe de chorar e aceite o seu destino como nós aceitamos o nosso.

—Escute-me bem, Poseidon, pois não serei a única a perder com essa mudança — Atena falou, esquecendo-se do que seu pai lhe pedira para manter em segredo de seu tio. — Você terá tantos prob...

— Atena! — Zeus chamou, cortando-a. — Isso não está mais em ponto de discussão. Você irá conosco e pronto.

— Mas pai...

— Nada de mas. O Olimpo inteiro irá para lá, e você é do Olimpo. Aceite sua função e obedeça o seu papel na história. Roma não durará para sempre e quando ela cair você voltará com seus poderes plenos. Aguente!

E com suas últimas palavras, o sol desceu por completo e os deuses começaram a serem levados.

Time

Atena fechou os olhos e quando os abriu estava sozinha.

Ninguém andava pelas ruas do Olimpo, tudo deserto como se estivesse prestes a cair. A deusa se ajoelhou no chão e respirou fundo.

Lágrimas finalmente caíram por seu rosto, sem um sinal que iriam parar.

Ela. Odiava. Chorar.

— Pare de drama, você só foi a última — uma voz lhe informou.

— Poseidon? — Atena se sobressaltou, levantando e limpando suas lágrimas.

— Uma miníma parte — Poseidon informou. — Já me levaram, meu nome é Netuno agora. As coisas estão se resolvendo por lá.

— Queres que eu o chame de Netuno, romano? — perguntou Atena com nojo na voz. — Achas que isso significa algo para mim? Minha família já me foi tirada.

— Não Atena, não é assim que acontece... — Poseidon/Netuno informou. — Você acha que nós simplesmente esquecemos quem somos quando viramos romanos? Eu ainda sou Poseidon, deus dos mares e senhor dos terremotos. Eu ainda luto pelos gregos. E eu ainda luto do seu lado.

Atena arfou com a última frase, encarando os olhos verdes mar de Poseidon. Seu Poseidon. O mundo poderia chamá-lo do jeito que quisessem. Para ela, ele sempre seria Poseidon.

— O que queres dizer com isso?

— Nossa mente sempre esteve em vários lugares Atena, agora não é diferente. Uma parte de mim está lá, no Olimpo, ajudando Júpiter, este é o seu pai, a organizar as coisas. Embora possa dizer que a maior parte está aqui, como Poseidon, tentando te ajudar.

— Não quero sua ajuda. Não preciso dela.

— O orgulho sempre lhe foi um problema, Atena.

— Fala do sapo quem não quer enxergar a rã.

— E isso que dizer...? — Poseidon perguntou confuso.

Atena suspirou, soprando uma leve mecha para longe do rosto.

— Que o meu orgulho é grande mas o seu também.

— Não nego — Poseidon falou, com um pequeno sorriso. — Temos isso em comum, não é mesmo?

Atena arfou novamente, cansada.

— O que faz aqui, Poseidon, Netuno, alga do mar?

— É assim que tratas quem quer ajudá-la?

— Ora vamos meu querido lorde Poseidon — Atena falou com sarcasmo. — O que queres com essa pobre deusa? — Pelo sorriso de Poseidon, ele 1)não percebeu o sarcasmo e 2) gostava daquela história de “querido lorde Poseidon”. — Desembucha, alga marinha!

— Ai, ok, calma — Poseidon se sentou, indicando que Atena senta-se do seu lado. E por algum motivo que a deusa desconhece ela o fez. — Eu vim conversar algumas coisas. Primeira, você pode ir para lá tranquila Atena. Eles lhe darão um novo nome e te trataram diferente, mas não todos. Os gregos ainda sabem quem somos e rezam por nós, embora falem os nomes novos rezam pelos antigos.

— Grande coisa, por que não posso ficar aqui então?

— Deixe eu falar, coruja de biblioteca! — Atena revirou os olhos mas fez um gesto para ele continuar. — Segunda coisa, eu quero saber o que é que você ia dizer quando Zeus lhe mandou calar a boca.

— Ah... — Atena corou. — Se eu bem me lembre você estava me chamando de mimada na ocasião.

— Não protele comigo, Atena.

— Eu não estou protelando.

— Você é esperta o suficiente para saber que dizer que não está protelando é protelar.

— E você é mais esperto do que eu pensava para saber o significado de protelar! — Ela só percebeu que seu comentário poderia ser entendido como um elogio quando reparou no sorriso enorme de Poseidon. — Ahn, ei, isso foi uma critica!

— Aham... — Poseidon falou sarcástico, balançando a cabeça do jeito que a deusa achava maravilhoso.

— Eu juro que... — mas ela se impediu. Nada que falasse faria Poseidon mudar de ideia, e pensando bem, ela só teria aqueles poucos segundos com ele, antes de perdê-lo para uma nova civilização, mulher, etc. — Seus territórios — Atena respondeu finalmente, fazendo Poseidon encará-la com dúvida. — Os seus territórios também foram reduzidos — Atena explicou. — Você tinha quase o domínio de toda a Grécia pelo mar, agora Roma não fica nem na costa.

— Há dois rios — Poseidon falou, mas Atena notou o quão triste aquilo lhe deixava.

— E há um trabalho de tecelã — Atena deitou-se na grama do Olimpo, onde eles estavam sentados. — Será que algum dia vai ser a mesma coisa?

Poseidon ficou quieto por imensos segundos.

— Creio que sim — falou por fim, deitando-se ao lado de Atena. Ela pensou em se afastar, levantar, ir embora, correr. Mas a única coisa que fez foi rolar para o lado, ficando mais perto de Poseidon de um jeito que poderia ser “sem querer”. — Zeus mesmo disse, Roma irá cair. Pode demorar mas vai.

— E quando isso acontecer, voltará a ser tudo como antes? — Atena se sentia idiota perguntando coisas patetas para Poseidon, mas ele lhe acalmava. De repente ela até acreditava que não seria tão ruim assim. — Você acha que tudo pode voltar ao normal?

— Quanta insegurança, Atena — Poseidon brincou, pousando o dedo no nariz dela antes de afastá-lo rapidamente, como um pai faz com uma criança. Atena riu e enquanto ria Poseidon passou os braços por ela, puxando-a para que ela ficasse apoiada em seu peito. Por um momento novamente, ela considerou fugir de novo, se afastar dele, mas aquilo passou tão rápido que ela até esqueceu que a ideia surgiu. Tê-lo ali, com os braços envolta dela e com sua cabeça apoiada no peito dele lhe dava uma sensação de segurança que alguém tão insegura precisava. — Eu te prometo que as coisas vão melhorar.

— Quando, Poseidon? — Ela se sentiu sonolenta, como se quisesse dormir e nunca mais voltar ao mundo dos afazeres. — Quando?

— Não vou te prometer nada, minha coruja — Atena sorriu com o minha, embora estivesse achando o comportamento de Poseidon estranho. — Mas um dia, um dia será você e eu, numa praia distante e com uma cesta de piquenique, exatamente como sempre foi para ser.

E com essa promessa esquisita, Atena fechou os olhos sendo finalmente levada para Roma.


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Notas finais do capítulo

{Lindinho né? Provavelmente o último (ou penúltimo) momento deles dois ;'(
Espero que não me matem por M.P., mas está decidido. Time vai ter uma segunda parte e essa será postada no dia que eu terminar Time.
.
Para quem gosta de shortfic e songfic, eu estou fazendo um projeto chamado ABC songfic, eu posto uma história com uma música de cada letra do alfabeto. Cada história saí em um fim de semana e a próxima é Poseitena. E quem gosta de Apotermis, Amnesia, a primeira, já foi postada.
Beijos e espero vocês nos review, sem mortes.
B.C. Hirts}
[revisado]



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