Time escrita por Becky Cahill Hirts


Capítulo 1
I- A apresentação de Atena


Notas iniciais do capítulo

Oiie pessoas, tudo bem?
Espero que gostem da fanfic. Ela vai contar a história de Poseidon e Atena, então sim, é uma fanfic Poseitena, e sim, eu sei que esse casal só existe na minha cabeça, mas eu os amo muito!
O nome Time, é porque ela irá falar sobre vários acontecimentos da história desses dois, em diferentes anos e tudo mais, temos que lembrar que a época grega durou séculos!
Espero que deixem reviews.
Beijos!

Corrigido em: 11/01/15



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[Born To Die - Lana Del Rey]

— Então galera, eu quero que vocês façam um trabalho em grupos, de até 15 alunos, sobre mitologias. Como temos 45 alunos na sala, quero três grupos, e esses grupos iram abordar a mitologia romana/grega, egípcia e nórdica — todos na sala começaram a conversar, embora eu apenas estivesse tentando me conter para não pular no meu lugar — E antes que fiquem todos animadinhos, eu já escolhi os grupos — a sala inteira soltou um suspiro de lamentação, e eu percebi as pessoas se olhando tristes, embora aquilo pouco me interessasse, só queria fazer um bom trabalho. Ainda mais porque aquela aula era a minha favorita! Literatura é a minha vida! Ainda mais se falar de mitologia.

O professor começou a listar nomes, e um por um o pessoal gritava “Ehhhh” ou “Ahhhh”, e aquilo nunca me deixou tão irritada. Quer dizer, não que eu não goste da minha turma, mas aquele assunto era maravilhoso e eles estavam preocupados com que estaria no grupo deles? Sinceramente, aquilo não era para mim.

Ah, perdão, onde estão meus modos? Nem me apresentei. Eu sou Isabelle Furthur, aluna do primeiro ano do ensino médio da escola Lop’s High School.

E estou mal-humorada. Pelo que pode perceber.

O motivo disso é o motivo de todos os dias.

Minha turma nunca sabe apreciar nenhum tipo de estudo e isso me irrita muito, mas deu de falar de mim, vocês não estão aqui para ouvir a minha história e sim a história que irei contar.

Time

Tínhamos dois períodos para conversar sobre que história iríamos fazer, o professor de literatura disse que queria uma história abordando mitologias, e o meu tão querido grupo pegou a minha favorita. Mitologia greco-romana.

Espero que você saiba do que estou falando, caro leitor, porque se não souber ficará bem perdido na história que começarei agora.

— ... eu acho que a gente pode pegar esses deuses gregos e recontar uma história da atualidade, tipo... — Rêh, a menina que estava falando, olhou para o papel dela antes de continuar — Podemos dizer que essa tal de Hera foi numa festa e encontrou Hefesto, é isso? E eles... sei lá, se curtiram e...

— Ah não, agora deu — eu disse arrancando o papel da mão de Rêh, e o olhando para ele sem acreditar. Lá estava rabiscado o nome de vários dos deuses, mas só isso. Sem suas funções, “poderes”, esferas... Tudo muito superficial. O tipo de trabalho que eu jamais iria fazer. — Rêh você tem ideia de como isso é vago? — eu perguntei para a ela, enquanto fitava todos no circulo, sem compreender sua tão grande burrice.

— Belle, a gente só tá fazendo o que acha certo, e também, que trabalho chato... Escrever uma história sobre mitologia, não existe maior tédio! — disse a menina. O meu grupo nem era tão ruim assim, fiquei apenas com amigos, ou “pessoas que eu conversava”, como os chamava mentalmente.

— É, Belle. A Rêh tem razão, não sabemos muitas coisas sobre esses deuses... — disse Mike, um menino que me dava vontade de espancar toda a vez que abria a boca.

— Mitologia, Mike, mitologia! — eu disse irritada. — E não pretendo tirar zero porque vocês não querem se responsabilizar! Era só dar uma lida nas histórias, mas não... Vocês tem que querer tudo mastigado, de preferência que alguém conte as histórias para vocês!

Todos ficaram em silêncio e aquilo deu espaço para minha mente se abrir...

“Que alguém conte a história para vocês...”.

Todos começaram a bater boca, dizendo que não poderiam fazer aquilo, que era logicamente incompatível com os saberes deles e aquilo me deu uma ideia muito boa.

— Silêncio! — eu disse por fim — Vocês não querem ler? Pois bem, sentem-se — disse com uma voz autoritária e, por incrível que pareça, todos se sentaram. — Vou lhes contar uma história — levantei o dedo antes que alguém pudesse falar. — Não quer ser interrompida e também não quero conversas. Vocês vão me ouvir. Até porque esse trabalho vale metade da nota de vocês no ano.

Ninguém ousou falar nada e eu dei um leve sorriso.

— Como vocês não sabem nada sobre mitologia, irei lhes contar uma história que eu gosto muito... A história tem como personagens principais Atena, deusa da sabedoria e estratégia em guerra, e Poseidon, deus dos mares. E ela teve origem há muito tempo atrás... No dia do nascimento de Atena...

Time

Era mais um belo dia no Olimpo, quer dizer, talvez não tão belo... Poseidon andava calmo pelos campos sob a horrível manhã.

Zeus deve estar com dor de cabeça, o deus pensou, ao fitar ao longe as grandes e belas nuvens de raios.

Poseidon andava em direção à sala do trono, mas a cada passo, se permitia ficar encantado com a beleza do Olimpo, aquela beleza que todos conheciam e que mesmo depois de milhares de anos ainda iria encantar.

Os majestosos templos, com pilares de mármore e detalhes em ouro puro. O Olimpo só usava ouro. As longas estradas, cujo só era possível o caminho a pé, passando por diversas casas e praças, estas com árvores altas e grossas, com folhas verdes e frutos vermelhos. Lagos e fontes com águas cristalinas e peixes dourados pulando por eles. Néctar e Ambrosia aos montes, brotando do chão igual a grama, que era tão bem cuidada que parecia ter vida própria.

A sala dos Tronos era enorme. Magnífica. Com treze tronos grandes e esplendorosos. Cada um para os treze principais deuses do Olimpo, os Olimpianos. Que são: Zeus, Poseidon, Hades, Apolo, Ares, Hefesto, Hermes, Dionísio, Hera, Afrodite, Ártemis, Deméter e Héstia. Alguns ainda acreditam que o conselho Olimpiano não está completo, já que como podem notar, existem oito homens e cinco mulheres. E podemos dizer que mesmo os Olimpianos sabendo que sempre haveria homens a mais, não se conformavam com o fato de serem tantos homens a mais assim. A lógica dos Olimpianos pode parecer estranha, mas podemos supor, que Zeus não conta, já que este é o rei dos deuses, senhor dos humanos, soberano dos raios.

Poseidon andava animado até a grande sala, mesmo com Zeus e toda a sua dor de cabeça, ele e Hera, rainha dos deuses, finalmente haviam se casado, e isso encerava um assunto muito chato para debates no conselho. Métis, a antiga esposa de Zeus, a que fora engolida pelo mesmo temendo suas crianças, havia há muito tempo deixado de ser importante e não passava de uma mera poeira na história Olimpiana.

Ao entrar na grande sala, Poseidon viu Hefesto ajudar o pai a levantar-se do chão, e também viu dois vultos encapuzados sumirem por trás do grande trono (trono de Zeus).

— O que aconteceu aqui? — perguntou o soberano do mar, encarando, sem crer na cena que viu.

— Poseidon... — disse Hefesto, olhando nervoso em volta.

— Tudo ao seu tempo, filho — cortou-o Zeus, enquanto lançava um olhar de “Não se meta” para o irmão mais velho. —Você irá saber quando chegar a hora, Poseidon.

Mesmo não satisfeito com a resposta, Poseidon se sentou no seu trono, e ficou a esperar os demais olimpianos chegarem. Porém, Poseidon não conseguia parar de pensar nas duas figuras com mantos pretos saindo do Salão.

Aos poucos, deuses por deuses foram chegando. Apolo e sua irmã gêmea, Ártemis chegaram discutindo. Aquilo era novidade para todo o Olimpo, já que os gêmeos sempre foram tão próximos, mas Poseidon poderia apostar comer frutos do mar que aquilo tinha alguma relação com o fato da ruiva estar saindo com seu filho, Órion. Afrodite entrou com Ares, o que causou olhares irritados para o lado de Hefesto, o atual marido de Afrodite. E pouco a pouco, a maioria chegou, junto dos telespectadores, que eram deuses menores, ninfas e sátiros que serviam ao Olimpo. A única deusa que faltava quando Zeus se sentou no trono era Hera, deusa das vacas e pastos que serviam de comida e fonte de renda a toda a Grécia, deusa dos casamentos e protetora das mulheres grávidas. E agora, rainha do Olimpo. Ah, e claro, irmã menor de Poseidon.

— Como podem ver, estão todos presentes aqui, exceto Hera — disse Zeus, com sua voz grave que ecoava pelas paredes de mármore polido — Hera, minha mulher, Rainha dos Deuses, estava hoje indisposta, já que nos últimos dias tivemos tantos... Imprevistos com o nascimento de Ares e Hefesto, o casamento de Hefesto e Afrodite e também é claro, a chegada de Ártemis e Apolo — disse o deus, nomeando os novos membros do conselho, por mais que parecesse que estivemos assim a nossa vida inteira, aquilo era uma tremenda mentira, já que apenas há poucos dias o nosso conselho virou treze. — E no meio de tantas... Novidades — continuou Zeus — A Rainha acabou ficando indisposta. Porém, não há motivos para se preocupar — ele disse, levantando as mãos num gesto para fazer Deméter e Héstia sentarem, já que as duas, como irmãs, ficaram preocupadas — E também preciso de vocês aqui para apresentar-lhes uma... Pessoa muito especial... — disse Zeus, que pela primeira vez em tanto tempo parecia estar sem palavras.

— Uma pessoa especial? — perguntou Afrodite, que havia a um tempo adotado Zeus como pai, embora ela fosse até certo ponto, mais velha que ele.

— Sim, querida Afrodite, uma pessoa muito, muito especial... — disse Hefesto, sorrindo de maneira carinhosa, o que fez Afrodite olhá-lo um tanto desconfiada.

— Já conheces tal pessoa, Hefesto? — perguntou Dionísio, comendo uvas e olhando para tudo com um certo ar de tédio.

— Desde que nasceu — respondeu o ferreiro. — Ela é minha irmã mais nova — disse este, com um leve sorriso orgulhoso no rosto.

Um choque passou pela face de cada um dos Olimpianos. Mais uma filha? Zeus tinha tantos... Metade do conselho e muitos outros eram filhos dele. Ou o adotavam como pai, como foi o caso de Afrodite.

— Obrigada Hefesto — disse Zeus, irônico. — Bom... Já que todos já sabem, que mandem-na entrar — ele disse para um dos criados que estava parado do lado da grande porta. Este saiu e depois de alguns minutos voltou, fazendo uma reverencia em direção a porta, que foi seguida por todos os telespectadores, exceto é claro, pelos Olimpianos.

Uma figura envolta de capa cinza e capuz entrou pela porta. Seus passos eram largos e ritmados, sua silhueta mal era notável por causa da grande capa cinza, e não conseguiam ver sua face, já que a mesma colocara o capuz muito em cima do rosto.

A jovem caminhou até o centro do salão, seus passos ecoando no chão de pedra e ouro, e assim que estava exatamente no meio, dando a todos uma boa visão dela, retirou a capa.

O arquejo foi geral.

A jovem agora descoberta era linda. Seus longos cabelos dourados, caiam em cachos fofos e brilhantes até sua cintura. Ela era alta, bem alta, porém magra, e totalmente cheia de curvas. Sua boca era fina e seu nariz arrebitado, ela o levantava levemente para cima, demonstrando orgulho. Também trajava um vestido cinza, de um ombro só e com detalhes em prata e ouro. No topo de sua cabeça havia uma pequena coroa, delicada e simples, bem diferente das coroas exageradas de Afrodite ou de Hera, porém mais simples do que as elaboradas de Ártemis e Héstia, apenas uma coroa. Seus olhos eram de um cinza incrivelmente belos, olhos de tempestade. Olhos que demonstravam que por mais bela que fosse, ainda era uma deusa fria.

— Eu sou Palas Atena — sua voz ecoou alta e potente pela sala. — Deusa da guerra planejada e da civilização, senhora da sabedoria e da estratégia, soberana das artes, da justiça e das habilidades. Patrona das corujas e de todos aqueles que escutam a razão. Eu sou Atena, a 14º deusa Olimpiana.

Tudo o que Poseidon viu foi um grande sorriso de orgulho na face de Zeus, e um leve sorriso nos lábios vermelhos e carnudos de Atena.


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Notas finais do capítulo

[revisado]



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