Eu já sábio o que me esperava: paredes ensanguentadas, um trono com Voldemort sentado, mas dessa vez não.

Nas paredes não havia sangue, mas no chão se formava uma poça ao meu redor, olhei para minhas mãos. Encharcadas.

No lugar que antes estava o trono com Voldemort agora estava vazio. Passei os olhos novamente e aqui estava ele, na minha frente me dando sua mão para levantar. Eu não tinha controle sobre minhas ações, levantei minha mão e quando esta se encontrou com a dele tudo mudou.

Eu estava em um quarto branco, havia uma cama de casal enorme e ao seu lado dois criados-mudos cor de mogno, um guarda-roupa da mesma cor dos criados, vários outros móveis e todos cor de mogno.

Havia também um espelho, andei até ele e me vi, eu estava com um vestido tipo de noiva, mas ele era curto em vez de longo, meu cabelo estava em um coque arrumado e eu estava com uma maquiagem que marcava meus olhos chocolate.

A porta do quarto abriu e por ela entraram Tom Riddle e uma mulher muito parecida comigo, os mesmos cabelos, os mesmos olhos e o mesmo ar de inteligência. Tom e a mulher se abraçaram como um casal apaixonado.

–Confusa pequena?- sua voz era tão doce, tão diferente de Voldemort- deixe-me explicar: esta é Meredith Wild sua mãe e eu sou seu pai.

Aquelas palavras me chocaram muito, não podia ser verdade, era impossível. Pela primeira vez nos pesadelos consegui demonstrar uma emoção, uma lágrima solitária caiu de meus olhos. Tom se aproximou e a secou com a ponta dos dedo, depois deu um beijo em minha testa.

–Conheci Meredith em Hogwarts, nos apaixonamos e vivemos uma linda história de amor, mas então um bruxo das trevas possuiu meu corpo, Voldemort como ele dizia. Em um minúsculo momento de controle e lucidez contei a Meredith o que havia acontecido, mandei que ela fugisse e assim ela fez.

“Eu já não conseguia controlar meu corpo nem minhas ações, Voldemort controlava tudo e eu não tinha alternativa a não ser observar. Mandei sua mãe fugir por medo que Voldemort descobrisse que ela estava grávida de você. Minha filha, você deve entender que em minha época Meredith era a melhor bruxa de todos os tempos, já eu era o segundo melhor. Você vem de origem poderosa e tem poderes que nem imagina, é um sangue-puro.”

“Eu e Voldemort não somos a mesma pessoa e no dia que seu amigo Potter o matou consequentemente me matou por matar não só o espírito como o corpo. Mas minha filha, eu te amo”.

Ele se aproximou de mim e me abraçou fortemente, retribui emocionada. Eu estava feliz, meu pai não era Voldemort e sim Tom, ele era inocente, foi apenas mais uma vítima de Voldemort.

Meu pai pediu que quando eu acordasse eu contasse tudo o que havia descoberto a Dumbledore e explicou que sua comunicação comigo era muito difícil e talvez fosse a última que ele a faria, mas não poderia garantir as aparições de Voldemort, minha mãe disse que estava viva, mas que ainda não podia voltar. Eu não conseguia falar nada nem me mover, nem meu pai soube o porquê.

Acordei com um sorriso no rosto, corri para a sala de Dumbledore e mostrei tudo de meu sonho, ele ficou muito feliz. Ele disse que mostraria minha lembrança ao ministério para inocentar meu pai de todas as acusações feitas para com ele. Pedi para ele adiantar algum advogado para me ajudar e ele perguntou para o que, expliquei e ele disse podia me ajudar. Eu queria mudar meu sobrenome, deixar de ser Hermione Jean Granger para ser Hermione Wild Riddle.

Voltei para meu salão comunal e Draco estava andando de cima para baixo, quando me viu me deu uma bronca por ter sumido, depois de ele me fazer pedir desculpa contei todo meu sonho para ele. Ele ficou muito feliz por mim e depois mandou que eu fosse dormir, bati continência e disse “sim senhor” e sai rindo. Logo adormeci e dessa vez não teve Voldemort, nem meus pais nem nada, apenas nada, uma ótima noite de sono.

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–HERMIONE WILD RIDDLE LEVANTA DESSA CAMA, VOCÊ VAI PERDER A PRIMEIRA PROVA- gritava Gina.

Hoje era o dia da primeira prova dos monitores. Muita coisa aconteceu em três dias: comecei a namorar com Draco, descobri quem são meus pais biológicos; sim, eu sabia que era adotada; meu pai foi inocentado, mudei meu sobrenome legalmente. As coisas com a lei no mundo mágico, na maioria das vezes, são rápidas.

Agora estou indo para o campo de Quadribol encontrar Dumbledore para que ele leve os monitores ao local do teste. Logo cheguei a um labirinto parecido com o do torneio tribruxo, mas esse não era feito de plantas que nos levavam para debaixo da terra.

–Lembrem-se que o coração e a razão trabalham juntos- lembrou Dumbledore.

Ah, aquela maldita frase que nunca descobri como fazer meu coração e mente trabalharem em união. Com minha varinha entrei no labirinto cautelosamente, caminhei alguns metros e escutei os gritos de Draco que gritavam “Mione, Mione me ajuda. MIONE”.

Meu coração gritava alto para que eu fosse para corresse na direção da voz e minha mente gritava para eu não fazer que era uma armadilha. Até que tive um “baque de realidade”, Draco odiava que me chamassem de Mione, ele odiava o apelido e nunca queria me chamar dessa maneira, sempre era Hermi, Mi ou algo do tipo.

Então razão e coração começavam a trabalhar juntos, segui a direção oposta dos gritos e bati contra alguém... Era...

P. V. O Draco.

Eu estava caminhando em uma direção até que ouço gritos de dor, era minha mãe, era a voz da minha mãe misturada com a voz de Hermione e... Lucius.

Só então percebi que eu corria na direção dos gritos, mas parei subitamente, meu pai estava em Askaban, não poderia ser dele. Aquilo fazia parte da prova. Andei na direção oposta aos gritos até que bati contra alguém... Oh, Graças a Merlin era Hermione.

A beijei e abracei depois seguimos na direção que acreditávamos ser a saída, no meio do caminho encontramos Nick e depois Jony, eu guiei todos e então quando estávamos na porta da saída lembramos que só um podia ganhar. Eles decidiram entre si que eu deveria e me empurraram para fora do labirinto.

Depois que ganhei e recebi “vivas” da minha casa procurei Hermione, ela estava debaixo da árvore que a pedi em namoro, estava deitada de olhos fechados.

Aproximei-me silencioso, me coloquei em cima dela e a prendi, ela abriu os olhos e deu um sorriso, em pouco tempo meus lábios estavam nos seus.

Depois de muitos, muitos, muitos beijos nós ficamos conversando, rindo, nos divertindo até que o sol começou a ficar muito quente. Hermione deu a ideia de que fossemos nadar e aceitei.

Ela foi se trocar e eu também, assim que terminei de me trocar fiquei esperando ela no salão comunal e quando ela desceu estava linda, mas não queria que ela saísse em público.

Ela estava com um vestido branco transparente e curto, como era transparente dava para ver seu biquíni, era minúsculo e verde. Ah, mas eu não deixaria ela sair assim é nunca.

–Aonde você pensa que vai vestida assim?- perguntei

–Para o lago tomar banho- ela respondeu.

–Mas não vai mesmo, não com um biquíni tão curto, vai por outro.

–Mas não vou mesmo. Esse biquíni está lindo e eu vou estar com você, amor- ela falou colocando as mãos no meu peito- vai amorzinho, deixa.

Ela me deu leves selinhos e um beijo no pescoço. Ah essa garota ainda me mata. Ela pegou justamente no meu ponto fraco, seus beijos. Um beijo de Hermione valia muito mais do que milhares de beijos de cada mulher do planeta. Ela dava alguns beijos no meu pescoço e caramba como eu podia dizer não para ela?

–Tá bom, MAS não provoque- falei.

–Eu? Provocar? Imagina, eu sou santa- ela falou com carinha de anjo.

Claro que é santa, ela é santa até colocar esse biquíni. Oh perdição, fazer o que né? É o preço de ter namorada bonita, você não é o único que repara nela, ainda tem um monte de idiota atrás do que é seu.

Fomos para o lago e assim que a Mi tirou o vestido para entrar já se ouvia assobios, procurei de onde vinha e encontrei, era Blás. Ufa, ele chegou perto de nós e pareceu que não fomos os únicos com a ideia de nadar, meus amigos estavam lá também. O interessante é que a Gaby, Pans e Gina usavam biquínis mais “decentes” que o da Hermione. Ai que ódio.

Ouvi mais assobios e notei que vinha de um grupo de Corvinais que pareciam devorar a MINHA namorada com os olhos, me aproximei dela e dei um beijo quente que ela retribuiu. É, marquei o meu território. Os Corvinais pareceram não se importar, eu e meus amigos pulamos no lago já Hermione não queria pular com medo de ser muito fundo, ela não era boa nadadora. Mandei que pulasse e ela caiu em meus braços, dei um beijo e a coloquei em minhas costas com medo que ela se afogasse.

Brincamos pelo resto do dia, foi muito divertido, mas depois eu vou ter que castrar uns Corvinais, uns Lufanos, uns Grifinórios e até uns Sonserinos. Cara, ter namorada bonita não é fácil, mas não é mesmo.