Impossible escrita por Bebê Panda


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem fofuras



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POV Jade West

Acordei. Este não é o meu quarto… O que se passou ontem na festa da Cat? Porque eu não fui para casa? Papai vai matar-me! Levantei-me rapidamente e sai do quarto.

– Bom dia senhorita West. – Ouvi Denisa falar. Denisa era a mãe da Cat e pela sua cara as coisas não pareciam nada boas.

– Oi. – Falei.

– Onde está a Cat? – Perguntou e eu dei de ombros.

– Eu lembro-me de tê-la visto ontem. – Falei e ela suspirou.

– Tudo bem. Tchau Jade. – Falou subindo as escadas. De certeza que a Cat vai levar uma bronca. O que isso importa agora?

Se o meu pai descobre que eu dormi fora ele me mata! Entrei no meu carro e fui para minha casa, que infelizmente era do outro lado da cidade. Entrei em casa tentando fazer o mínimo barulho, mas como tudo o que faço é em vão, não saiu muito bem.

– Bom dia Jadelyn. – Ouvi o meu pai falar atrás de mim.

– Oi papai. – Falei virando-me e sorrindo.

– Posso saber onde vais? – Perguntou e eu dei de ombros.

– Para o meu quarto? – Falei apontado para a última porta do corredor.

– Não achas que devia ter chegado mais cedo? – Perguntou cruzando os braços.

– Acho que sim, mas tu sabes como é. Tu também já foste adolescente. – Falei.

– Aos meus 19 anos eu não dormia todos os dias fora de casa e também não passava o tempo todo fora. – Falou em num tom de voz muito sério.

– Mas eu não durmo todos os dias fora de casa... – Resmunguei.

– A maior parte sim. – Falou-me interrompendo.

– Tudo bem! Prometo que isso não vai voltar a acontecer. – Falei emburrada.

– Que bom! – Falou irónico. – Não te esqueças que hoje vais-me ajudar com as coisas da empresa. – Falou quando eu já estava no quarto.

Porque prometi isso? Quer dizer, ele sabe que eu não vou ajudar em nada, mas mesmo assim me obriga a ir para lá. Se não fosse essa empresa eu não sei o que seria de mim. Eu amo aquela empresa, apesar de não fazer nada lá. Entrei no banheiro, tomei banho, fiz a minha maquiagem e depois fui escolher uma roupa mais 'formal' para vestir.

Abri o meu enorme closet e fiquei a olhar para aquelas roupas todas. Maior parte delas são de couro, justas ou muito 'festivas', porque é de festas que consiste maior parte da minha vida. Acabei por escolhendo alguma qualquer que não era muito chamativa.

Desci as escadas e percebi que o chato do meu irmão era o único que estava sentado há mesa. Eu não mereço isto. Sentei-me há mesa e servi-me de café, mas uma coisa estava a incomodar-me, e essa coisa é o olhar de Logan sobre mim.

– Queres parar? – Perguntei e ele riu.

– Parar com o quê? – Perguntou fazendo-se de bobo. Aquele garoto tira-me do sério.

– Parar com o quê? – Imitei a voz dele. Adoro fazer isso, porque isso irritá-lo.

– Eu não falo assim. – Reclamou.

– Eu disse isso? – Perguntei fingindo-me de confusa.

– Cala-te Jadelyn. – Falou. De certeza que quere morrer.

– Só por seres mais velho a dois anos tu não mandas em mim. E nunca mais me chames de Jadelyn. – Falei dando enfase no nunca.

– Okay! – Falou levantando as mãos em rendição e rindo.

Como eu o odeio. Quando eu estava prestes a atirar-me para cima dele o meu pai apareceu. Ele tinha que estragar tudo!

– Tiveste sorte. – Falei enquanto passava por Logan para ir para a garagem.

O motorista do meu pai abriu-me a porta do carro e eu entrei e logo a seguir o meu pai fez o mesmo. Ficamos o caminho todo em silêncio e por fim chegámos ao edifício onde a empresa está. Sai do carro e entrei rapidamente no edifício. Entrei no meu escritório. Não sei para que ele serve, já que eu não faço nada aqui, mas o meu pai insistiu nisto e eu não posso fazer nada. Deitai-me no sofá enorme que estava num dos cantos do escritório. Minha cabeça dói. Fiquei de olhos fechados até ouvir alguém entrar no meu escritório.

– Vamos Jade, já são 11.00. – Reconheci essa voz. É a Tori, a minha secretária.

– Minha cabeça dói. – Reclamei sentando-me no sofá.

– Ninguém te obrigou a beber ontem. – Falou rindo.

– Prometo não beber até ao próximo fim-de-semana. – Falei e ela riu.

– Só até ao próximo fim-de-semana? Uau Jade! Pensei que fosses depois de amanhã ao aniversário do André. – Falou, já não posso cumprir a minha promessa.

– E se eu não quiser ir? – Perguntei e ela riu.

– Eu sei que tu vais. – Falou.

– Para que vieste aqui? – Perguntei mudando de assunto.

– Ah, é verdade. – Murmurou. – O teu pai pediu para ires ao escritório dele. – Falou.

– O que ele quer desta vez? – Perguntei revirando os olhos.

– Não faço ideia. – Falou Tori saindo do meu escritório.

Bufei e fui em direção do escritório do meu pai. Quando entrei vi lá o Oliver com o seu pai. Como eu odeio esse garoto. Ele andou comigo na mesma escola, e desde sempre nos odiamos, mas tínhamos de conviver, porque infelizmente ele é o melhor amigo do André e o André é o meu melhor amigo.

– O que ele faz aqui? – Perguntei apontando para Beck e o meu pai riu.

– Já vais saber. – Falou e eu sentei-me numa das cadeiras livres que ali havia. Ficamos os quatro em silêncio. Eles vão falar ou não?

– Não quero interromper os vossos pensamentos, mas eu não planeio passar a minha vida inteira aqui. – Falei quebrando o silêncio.

– O que vos vamos falar pode parecer um pouco louco… - Começou o pai do Beck.

– Mas é necessário. – Continuou o meu pai.

– Diz logo o que é! – Reclamei e ele me olhou irritado.

– Vocês os dois ides vos casar. – Falou o meu pai.

– O quê? – Gritamos eu e Beck juntos.

– Entendam é necessário. – Falou o pai de Beck, muito calmamente.

– Não! Eu não me vou casar com ele. Esquece. – Falei.

– É necessário Jade. – Falou o meu pai.

– Porquê? – Perguntei em um tom de voz alto.

– Porque se vocês não o fizerem a minha empresa ficará na falência e tu podes dizer adeus às tuas roupas, carros, festas… - Falou e eu bufei.

– Eu nunca na minha vida me vou casar com ele! – Gritei.

– Tu vais fazer o que eu mandar Jadelyn. – Falou.

– Não me chames de Jadelyn! – Falei.

Se eu não sair daqui agora esta briga vai terminar muito mal. Levantei-me e sai do escritório ignorando todos e tudo. Entrei no meu carro que estava no estacionamento a uns dias e bati com as mãos no volante. Liguei o carro e sai com toda a velocidade do estacionamento. Eu amo conduzir, é a terceira coisa que eu mais gosto neste mundo, depois de café e tesouras.

POV Beck Oliver

Porque com ela? O que eu fiz de mau aos meus pais? Eu sempre fui um bom filho, nunca fiz asneiras, comporto-me direito, eu faço tudo o que os meus pais me pedem. Alguns minutos atrás assisti a uma briga entre pai e filha.

– Eu não me vou casar com ela. – Falei calmamente.

– Não é uma coisa que tu possas escolher Beck. – Falou o meu pai.

– Então o que é isto? – Perguntei.

– Tu tens que fazer isto, queiras ou não. – Falou o meu pai. Ficamos em silêncio até que ouvimos o motor de algum carro ligar-se e depois o barulho do carro partir.

– Jade… - Murmurou o senhor West.

– Essa foi a Jade? – Perguntei e concordou com a cabeça.

– Ela tem uma paixão por conduzir carros a altas velocidades. – Falou.

– Isso pode ser perigoso. – Falou o meu pai. Provavelmente está preocupado com a sua nora.

– Eu sei. Eu e a mãe dela não concordamos com que ela conduza carros, mas ela raramente ouve o que nós lhe dizemos. – Falou.

– E se ela não aceitar casar-se? – Perguntei.

– Ela vai aceitar. Ela não pode viver sem roupa, carros e festas. A vida dela consiste disso. – Falou o pai da Jade num tom convincente.

– Então ela passa maior parte do tempo em festas? – Perguntei.

– Sim. – Respondeu o pai de Jade dando de ombros. – Ela tem 19 anos e infelizmente eu não a controlo mais. É raro eu conseguir obriga-la a algo. – Falou suspirando.

– Tudo bem. – Falei saindo do escritório.

Porque logo ela? Comtantas garotas neste mundo eu tinha mesmo que me casar com ela? Não podia ser outra garota qualquer? De certeza que não mereço isto. Não sou muito fã de conduzir, mas mesmo assim entrei no carro do meu pai e dei partida, claro que não da mesma maneira que a Jade, já que eu não sou louco.

Continuei o meu caminho até que sai da cidade e estava a entrar em uma floresta. Eu lembro-me de dias em que eu vinha aqui acampar com os meus amigos. Quando estava já dentro da floresta vi um carro e uma garota de cabelos e roupa pretos. Logo reconheci-a, é a Jade. Parei o carro detrás do dela e quando ela viu que era eu bufou.

– Uma ajudinha? – Perguntei e ela riu sarcasticamente.

– Tua não. – Respondeu.

– Tu é que sabes. Espero que saibas que o celular não tem rede aqui e quase nunca ninguém passa por aqui. – Falei indo em direção do meu carro. De certeza que ela vai-me pedir ajuda.

– Tudo bem. – Ouvi-a falar e depois ri. Cheguei perto dela e abri o capô do carro e percebi logo do que se tratava.

– E então? O que se passa? – Perguntou impacientemente.

– O motor está quente demais, tens que esperar até que esfrie. – Falei e ela revirou os olhos.

– Sério? – Perguntou irritada.

– Sim. Isto acontece. – Falei dando de ombros.

– Quanto tempo isto vai demorar? – Perguntou.

– Não faço ideia. – Falei e ela mandou um chute na roda do carro.

Ela sentou-se no banco do motorista no seu carro e ficou a tentar enviar mensagens, que nunca eram enviadas. – Para onde ias? – Perguntei e ela me olhou confusa.

– Não é da tua conta. – Falou sem me olhar.

– Eu acho que sim. Não te esqueças de que estamos comprometidos. – Falei e ela riu.

– Achas mesmo que eu vou-me casar contigo? – Perguntou e eu dei de ombros.

– Sei lá. – Respondi.

– Podes ter a certeza que não. – Falou. - E tu para onde ias? – Perguntou.

– Também não é da tua conta. – Falei e ela bufou.

– Se não queres conversar civilizadamente, por mim tudo bem. – Falou. Passado 30 minutos o motor já estava mais frio e ela conseguiu ligar o carro.

–Por fim. – Falou pondo o cinto de segurança.

– Tchau. – Falei.

– Tchau Beck. Nos vemos na combinação do nosso casamento. – Falou dando partida ao carro e desaparecendo da minha vista. Então ela aceitou? Bem, pelo menos já não é preciso de convence-la. Entrei no meu carro e fui para casa e chegando lá encontrei os meus pais sentados há mesa na sala de jantares a falarem.

– Beck senta-te aqui. – Falou minha mãe apontando para uma cadeira. Sentei-me e olhei para os meus pais.

– Querias alguma coisa? – Perguntei calmamente.

– Sim. – Falou o meu pai.

– E o que é? – Perguntei.

– Desculpa, nós entendemos de que não queres casar-te agora, mas é necessário para a nossa empresa. – Falou a minha mãe.

– Tudo bem. – Falei dando de ombros. – Mais alguma coisa? – Perguntei e eles fizeram que não com a cabeça.

Segui para o meu quarto e fiquei o resto do dia sem fazer nada, só a pensar em como vai ser agora. Infelizmente tenho que me casar com a pessoa que mais odeio neste mundo e, esse sentimento é mútuo. Porque eles não escolhiam outra garota? Eu até aceitaria casar-me com alguma garota de alguma família pobre, mas não, eu tenho que casar-me com Jade West, o pior pesadelo de todo o mundo, apesar de ela estar muito diferente de quando andávamos na escola, ela continua a mesma.

Não que eu a conheça muito bem, mas o André, conhece-a perfeitamente, e de vez em quando ele contava-me coisas sobre ela, mas claro, ninguém pode saber disso porque não vai só uma pessoa a matar-me e sim duas. Só espero que não tenhamos que ficar muito tempo casados porque não sei como vou suportá-la e para mais a novidade do nosso 'noivado' vai aparecer em todas as revistas já que somos filhos de milionários famosos de Estados Unidos.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Comentários e criticas são bem vindas :)
PS: Postarei quando tiver cinco comentários lindos



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